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Comunicação Celular
Comunicação Celular
Transdução de sinal é o processo pelo qual uma molécula sinalizadora a extracelular ativa um
receptor de membrana, que, por sua vez, altera moléculas intracelulares para gerar uma
resposta.
● Ativar proteínas-cinase, as quais são enzimas que transferem um grupo fosfato do ATP
para uma proteína. A fosforilação é um importante método bioquímico de regulação
dos processos celulares.
● Ativar enzimas amplificadoras que geram segundos mensageiros intracelulares.
As proteínas modificadas pela ligação do cálcio e pela fosforilação são responsáveis pela
resposta da célula ao sinal. Exemplos de respostas incluem aumento ou diminuição da
atividade enzimática e abertura ou fechamento de canais iônicos.
Amplificação: o sinal original não é apenas transformado, mas também amplificado. Nas
células, a amplificação do sinal transforma uma única molécula sinalizadora em múltiplas
moléculas de segundos mensageiros.
O processo inicia-se quando o primeiro mensageiro (ligante) se combina com o seu receptor. O
complexo ligante-receptor ativa uma enzima amplificadora. A enzima amplificadora ativa
diversas moléculas, que, por sua vez, ativam diversas moléculas mais à medida que a cascata
avança. Ao final do processo, os efeitos do ligante foram muito mais amplificados do que se
houvesse uma razão de 1:1 em cada passo.
● Dá maior eficiência.
As vias de sinalização mais rápidas mudam o fluxo iônico através dos canais
Os receptores mais simples são canais iônicos dependentes de ligante. A ativação do receptor
acoplado a canal inicia as respostas intracelulares mais rápidas de todos os receptores. Quando
um ligante extracelular se liga ao receptor acoplado a canal, o canal abre ou fecha, alterando a
permeabilidade da célula a um íon.
Alguns canais iônicos estão ligados a receptores acoplados à proteína G. Quando um ligante se
liga ao receptor acoplado à proteína G, a via da proteína G abre ou fecha o canal.
Por fim, alguns canais iônicos de membrana não estão associados com receptores de
membrana. Canais dependentes de voltagem podem ser abertos diretamente por uma
mudança do potencial de membrana. Canais podem ser abertos mecânicamente, com pressão
ou estiramento da membrana celular. Moléculas intracelulares, como o AMPc ou o ATP, podem
abrir ou fechar canais dependentes de ligante não acoplados a receptores.
A maior parte da transdução de sinal utiliza as proteínas G
Os receptores acoplados à proteína G (GPCRs) são uma família grande e complexa de proteínas
transmembrana que atravessam a bicamada fosfolipídica sete vezes. A cauda citoplasmática da
proteína receptora é ligada a uma molécula transdutora de membrana, com três partes,
denominada proteína G.
As proteínas G receberam seu nome pelo fato de se ligarem aos nucleotídeos da guanosina. As
proteínas G inativas estão ligadas ao difosfato de guanosina (GDP). A troca de GDP pelo
trifosfato de guanosina (GTP) ativa a proteína G. Quando as proteínas G são ativadas:
Alguns receptores acoplados à proteína G estão ligados a uma enzima amplificadora diferente:
a fosfolipase C. Quando uma molécula sinalizadora ativa a via acoplada à proteína G, a
fosfolipase C (PLC) converte um fosfolipídeo de membrana (bifosfato de fosfatidilinositol) em
duas moléculas de segundos mensageiros derivados de lipídeos: o diacilglicerol e o trifosfato
de inositol.
O trifosfato de inositol (IP3) é uma molécula mensageira solúvel em água que deixa a
membrana e entra no citoplasma, onde se liga a um canal de cálcio no retículo endoplasmático
(RE). A ligação do IP3 abre canais de Ca2+, permitindo a difusão de Ca2+ do RE para o citosol. O
próprio cálcio é uma importante molécula sinalizadora, como será discutido posteriormente
Os receptores enzimáticos possuem duas regiões: uma região receptora, na face extracelular
da membrana celular, e uma região enzimática, na face citoplasmática. Em alguns casos, a
região receptora e a região enzimática são partes da mesma molécula de proteína. Em outros
casos, a região enzimática é uma proteína separada.
A ligação do ligante ao receptor ativa a enzima. As enzimas dos receptores enzimáticos são
proteínas-cinase, como a tirosina-cinase, ou guanilato-ciclase, uma enzima amplificadora que
converte o GTP em GMP cíclico (GMPc).
● Hormônio insulina;
● Citocinas e fatores de crescimento.
Cálcio
Os íons cálcio são os mensageiros iônicos mais versáteis. O cálcio entra na célula através de
canais de Ca2+, que podem ser dependentes de voltagem, dependentes de ligantes ou
controlados mecanicamente. O cálcio também pode ser liberado de compartimentos
intracelulares por segundos mensageiros, como o IP3. A maior parte do Ca2+ intracelular está
armazenada no retículo endoplasmático, onde ele é concentrado por transporte ativo.
● A liberação de Ca2+ para o citosol (a partir de qualquer uma das fontes mencionadas
anteriormente) cria um sinal de Ca2+ ou uma “faísca” de Ca2+.
Nos tecidos, o NO é sintetizado por ação da enzima óxido nítrico sintase (NOS) a partir do
aminoácido arginina:
O monóxido de carbono (CO), um gás conhecido principalmente por seus efeitos tóxicos,
também é uma molécula sinalizadora.
Quando um ligante se combina com um receptor, um dos dois eventos seguintes ocorre. O
ligante ativa o receptor e inicia uma resposta, ou o ligante ocupa o sítio de ligação e impede o
receptor de responder.
A resposta celular que segue a ativação do receptor depende de qual isoforma do receptor está
envolvida. Por exemplo, os receptores α e β2-adrenérgicos para a adrenalina são isoformas.
Quando a adrenalina se liga aos receptores α dos vasos sanguíneos do intestino, os vasos se
contraem. Quando a adrenalina se liga a receptores β2 de certos vasos do músculo esquelético,
estes se dilatam.
A regulação para cima e a regulação para baixo permitem que as células modulem as
respostas
A saturação das proteínas refere-se ao fato de que a atividade da proteína alcança uma taxa
máxima, uma vez que as células contêm número limitado de moléculas de proteína. Portanto, a
capacidade da célula para responder a um sinal químico pode ser limitada pelo número finito
de receptores para aquele sinal.
Em qualquer célula, o número de receptores muda ao longo do tempo. Receptores velhos são
retirados da membrana por endocitose e são degradados nos lisossomos. Novos receptores
são inseridos na membrana por exocitose ⇒ Mudar suas respostas aos sinais químicos,
dependendo da necessidade.
Regulação para cima: quando a concentração de um ligante diminui, a célula-alvo pode usar a
regulação para cima para tentar manter sua resposta em um nível normal. A célula-alvo insere
mais receptores em sua membrana.
Os sinais são iniciados e finalizados, portanto, as células devem ser capazes de informar
quando um sinal finalizou. Isso requer que o processo de sinalização inclua mecanismos de
finalização. Por exemplo, para cessar a resposta a um sinal de cálcio, uma célula remove Ca2+
do citosol bombeando-o de volta ao retículo endoplasmático ou para o líquido extracelular.
Uma vez que o ligante esteja ligado ao seu receptor, sua atividade pode também ser finalizada
por endocitose do complexo ligante-receptor. Depois que a vesícula está dentro da célula, o
ligante é removido e os receptores podem voltar para a membrana por exocitose.
As doenças podem ser causadas por alterações nos receptores ou por problemas nas proteínas
G ou nos segundos mensageiros. Uma única troca na sequência de aminoácidos de uma
proteína receptora pode alterar a forma do sítio de ligação do receptor, destruindo ou
modificando sua atividade.