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Rotura - Resumo
Rotura - Resumo
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P R O F . N A T Á L I A C A R V A L H O
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R OT U R A P R E M AT U R A
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D E M E M B R A N AS
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OBSTETRÍCIA Prof. Natália Carvalho |Rotura Prematura de Membranas 2
APRESENTAÇÃO:
PROF. NATÁLIA
CARVALHO
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Atenção, Futuro Residente!
A rotura prematura de membranas (RPM) é um tema
muito cobrado nas provas de Residência Médica, pois, além de
ser um dos problemas mais frequentes da prática obstétrica,
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aumenta consideravelmente os riscos materno-fetais, como
a prematuridade e a infecção. Porém, a conduta frente à RPM
apresenta vários pontos controversos na literatura e pode mudar
de uma instituição para outra, o que aumenta a dificuldade na
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@profnataliacarvalho @estrategiamed
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t.me/estrategiamed
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Estratégia
MED
OBSTETRÍCIA Rotura Prematura de Membranas Estratégia
MED
SUMÁRIO
1.0 INTRODUÇÃO 5
2.0 DIAGÓSTICO NA RPM 8
3.0 CONDUTA NA RPM 11
3.1 CONDUTA NA RPM A TERMO (A PARTIR DE 37 SEMANAS) 12
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3.3 CONDUTA NA RPM ENTRE 34 E 36 6/7 SEMANAS 13
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3.5 CONDUTA NA RPM ABAIXO DE 23-24 SEMANAS 16
4.0 CORIOAMNIONITE 17
5.0 LISTA DE QUESTÕES 19
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CAPÍTULO
1.0 INTRODUÇÃO
A RPM ou amniorrexe prematura é definida pela ocorrência de rotura das membranas amniótica e coriônica antes do início do trabalho
de parto, independentemente da idade gestacional. Quando a rotura prematura das membranas ocorre antes de 37 semanas, define-se
como RPM pré-termo e, quando ocorre após 37 semanas, como RPM de termo.
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A definição de RPM é bastante cobrada nas provas de Residência Médica, tanto de maneira direta quanto
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como pré-requisito para você conseguir entender o enunciado de uma questão. Então, não confunda as palavras
prematura e pré-termo na definição de rotura de membranas!
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O intervalo entre a rotura das membranas e o início do funcionam como uma barreira protetora para o feto, além de
trabalho de parto é chamado de período de latência. O período permitirem a manutenção do líquido amniótico. Por isso, a perda
de latência é inversamente proporcional à idade gestacional e de sua integridade prematuramente aumenta os riscos de infecção
diretamente proporcional à ocorrência de infecção, ou seja, quanto intrauterina, além disso, em casos de RPM pré-termo em idades
menor for a idade gestacional, maior é o período de latência e, gestacionais muito precoces, essa perda pode levar à hipoplasia
quanto maior o período de latência, maior a chance de infecção. pulmonar decorrente do anidrâmnio (ausência de líquido na
Sabe-se que as membranas fetais (córion e âmnio) cavidade amniótica).
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das membranas: infecção, inflamação, estresse,
sangramento, sobredistensão uterina (polidrâmnio),
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fatores mecânicos (movimentação fetal), alteração da
integridade cervical, fatores intrínsecos da membrana,
alteração da oxigenação tecidual (tabagismo) e
diminuição da atividade bactericida do líquido amniótico
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(LA).
Dentre essas etiologias, a principal causa identificável de RPM espontânea é a infecção ascendente do trato genital, que produz
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inflamação na membrana fetal, levando à alteração da sua estrutura e, consequentemente, à sua rotura. Os principais agentes infecciosos
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relacionados à RPM são: Gardnerella vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Escherichia coli, Bacterioides spp, estreptococos do grupo B e
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enterococos. Esses agentes são cobrados nas provas de Residência Médica, então vale a pena memorizar!
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A maioria dos fatores de risco para RPM são os mesmos do trabalho de parto prematuro. A história pregressa de RPM pré-termo é o
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maior fator de risco para uma nova RPM pré-termo. Além do mais, estão fortemente associados com RPM: as infecções do trato genital, o
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sangramento do segundo e terceiro trimestre, tabagismo, colo curto, IMC baixo, situação socioeconômica vulnerável e uso de drogas ilícitas
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(tabela 1).
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Os fatores de risco são cobrados de maneira direta nas provas de Residência Médica e também podem fazer parte do
enunciado para ajudar na resolução da questão.
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Aborto tardio anterior Extremos de idade materna (<15 anos ou mais de 40 anos)
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Alterações placentárias Tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas
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Ausência de pré-natal Doença periodontal
que o risco de infecção aumenta conforme a duração da rotura das de 20 semanas). Pode ocorrer também descolamento prematuro
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Além disso, na rotura prematura pré-termo de membranas, há retenção placentária e até morte fetal.
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CAPÍTULO
A principal queixa da gestante com RPM é a saída de líquido exame de toque não deve ser realizado se a gestante estiver fora de
amniótico pela vagina na ausência de contrações uterinas. Diante trabalho de parto, pelo risco aumentado de infecção.
desse sintoma, a gestante deve ser avaliada clinicamente por meio Desse modo, o diagnóstico de rotura prematura de
do exame especular, a fim de verificar a saída de líquido amniótico membranas ocorre em 90% dos casos por meio da avaliação
pelo orifício externo do colo uterino. Pode-se fazer compressão clínica, com a visualização da saída de líquido amniótico pelo
no fundo uterino ou solicitar que a gestante realize manobra de orifício externo do colo uterino no exame especular, sendo esse o
Valsalva, a fim de observar melhor a saída de líquido amniótico. O diagnóstico padrão-ouro.
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Evitar o toque vaginal para não aumentar o risco de infecção!
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Quando a clínica for duvidosa, deve-se lançar mão de testes laboratoriais, que podem ser utilizados para ajudar no diagnóstico de RPM.
Os testes diagnósticos mais utilizados estão resumidos na tabela abaixo e são cobrados nas provas de Residência Médica, por isso vale a pena
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Cristalização do muco cervical Após secar na lâmina, o líquido amniótico cristaliza-se, apresentando aspecto
(figura 2) arboriforme na microscopia (folha de samambaia).
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sêmen na vagina.
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A fita de papel nitrazina marcando pH ≥ 6,0 sugere presença de líquido am-
Papel de nitrazina (figura 1)
niótico.
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O líquido amniótico apresenta coloração rosa-choque na presença do corante
Teste do fenol vermelho
alaranjado fenolftaleína.
Teste do azul de Nilo sentes após 32 semanas no líquido amniótico) passam a ter uma coloração
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Lavado vaginal para pesquisa A presença de ureia e creatinina fetal em lavado vaginal indica presença de
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Prova do corante (índigo carmim ou vagina, se, após 30 min, o tampão estiver azul, confirma-se o diagnóstico de
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vitamina B12) amniorrexe. O azul de metileno não deve ser usado (anemia hemolítica e he-
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moglobinemia fetal).
Alfa 1-microglbulina placentária Alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de RPM em qualquer idade
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Fator de crescimento semelhante à Alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico de RPM em qualquer idade
insulina (IGFBP-1). ActimPROM® gestacional.
Com exceção dos testes PAMG-1 e IGFBP-1, os outros testes a RPM, uma vez que pode haver rotura de membranas e o líquido
sofrem influência de sangue, sêmen, vaginose, tricomoníase e permanecer normal. Por outro lado, o oligoâmnio pode estar
antisséptico alcalino, gerando resultados falso-positivos. presente por outras causas que não a RPM, como na insuficiência
A avaliação ultrassonográfica do líquido amniótico pode ser placentária ou em malformações do sistema urinário.
utilizada para ajudar no diagnóstico, mas não exclui e nem confirma
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Figura 1: Determinação do PH vaginal com papel de nitrazina. Figura 2: Cristalização do muco cervical. Aspecto arboriforme se liquido
A: normal, B: Vaginose bacteriana, C: RPMO. amniótico
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CAPÍTULO
Atenção Estrategista, este é o tópico mais cobrado nas questões sobre RPM!
A conduta na RPM depende da idade gestacional, da presença perfil biofísico fetal, já que a Dopplervelocimetria não é um exame
ou não de sinais de infecção e da avaliação da vitalidade fetal. de escolha para avaliar vitalidade fetal nesses casos. Diante de
A idade gestacional deve ser calculada pela data da última alteração na vitalidade fetal, deve-se partir para a resolução
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menstruação e confirmada por ultrassonografia do primeiro imediata da gestação, independentemente da idade gestacional.
trimestre. Datar precisamente a gestação é de suma importância Caso a gestante apresente sangramento vaginal importante, com
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para a tomada de conduta adequada na RPM. suspeita de descolamento prematuro de placenta, a resolução da
Além disso, a avaliação de sinais de infecção é fundamental gestação também deve ser iminente. Outra situação em que a
diante de um caso de RPM, pois, se o quadro for sugestivo de conduta deve ser ativa é diante do diagnóstico de óbito fetal.
corioamnionite, a conduta é resolutiva, independentemente da Sendo assim, a conduta deve ser a resolução da gestação
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idade gestacional. Para isso, deve-se fazer uma avaliação clínica diante de: sinais de corioamnionite, alteração da vitalidade fetal,
minuciosa da gestante e solicitar exames laboratoriais (hemograma sangramento vaginal importante, óbito fetal e trabalho de parto.
e PCR). Falaremos mais adiante sobre o diagnóstico e conduta de Na ausência de sinais de infecção e na presença de feto
corioamnionite, fique atento! com boa vitalidade, a conduta na RPM varia conforme a idade
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Na rotura prematura de membranas em gestações a termo Além do mais, a antibioticoprofilaxia para estreptococos do
(a partir de 37 semanas), a conduta é ativa com a resolução da grupo B (EGB) deve ser feita durante o trabalho de parto ativo,
gestação, uma vez que a conduta expectante para esses casos se a gestante apresentar cultura positiva ou fatores de risco que
aumenta o risco materno-fetal de infecção. justifiquem a antibioticoprofilaxia em caso de cultura desconhecida
Sendo assim, a resolução da gestação deve ser, (febre >ou = 38 graus, rotura de membranas >ou = 18horas, urocultura
preferencialmente, por indução do parto com misoprostol positiva para EGB no pré-natal ou filho anterior com sepse neonatal
ou ocitocina, a depender das características do colo uterino, por EGB). O antibiótico usado é a penicilina cristalina, 5 milhões UI
logicamente, se não houver contraindicação ao parto normal. seguida de 2,5 milhões UI, a cada 4 horas, até o parto.
Não está indicado o uso de balão cervical, pois não há evidências Atenção para o organograma abaixo que resume a conduta
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seguras para seu uso diante de RPM. na RPM a termo!
Rotura prematura
de membranas
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> 37 semanas
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PENICILINA CRISTALINA
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A conduta frente à rotura prematura pré-termo de membranas visa diminuir os riscos da prematuridade. Alguns procedimentos são
controversos e variam de uma instituição para outra. Sendo assim, as condutas a seguir seguem o preconizado pela Febrasgo e pelo Ministério
da Saúde, e vem sendo utilizadas pela maioria das instituições brasileiras¹.
Vale a pena memorizar o organograma abaixo, ele resume as condutas na RPM pré-termo!
¹A Faculdade de medicina da USP ( FMUSP) tem protocolo próprio, com condutas diferentes, como veremos mais adiante
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Para facilitar seu raciocínio na hora da prova, vamos dividir a conduta na RPM pré-termo em três faixas de idade gestacional: entre 34
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e 36 6/7 semanas; entre 24 e 33 6/7 semanas; e abaixo de 24 semanas. Como você perceberá a seguir, as condutas são diferentes para cada
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uma dessas faixas de idade gestacional e é muito importante saber essas diferenças, pois isso é muito cobrado nas questões de obstetrícia.
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A conduta mais aceita para essa idade gestacional pelas instituições brasileiras é a indução do parto, porém, desde 2019, os protocolos
internacionais (NICE e ACOG) têm orientado a conduta expectante, por isso é importante ficar atento, pois os protocolos brasileiros podem
também começar a aceitar a conduta expectante nessa idade gestacional.
Desde 2019 as instituições internacionais orientam a conduta expectante nos casos de RPM entre 34 e 36 6/7
semanas.
Na conduta ativa com indução do parto, não se deve esquecer (hemograma e proteína C reativa), a avaliação da vitalidade fetal,
de que todas as gestantes precisam receber, durante o trabalho de além de colher cultura para estreptococos do grupo B.
parto ativo, antibioticoprofilaxia para EGB com penicilina cristalina Além disso, a administração de um ciclo de corticoide pode
se cultura para EGB positiva ou desconhecida. ser considerada entre 34 e 36 e 6/7 semanas, caso seja realizada a
Caso se opte por conduta expectante, manter internação conduta expectante, pois o uso de corticoide nessa idade gestacional
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hospitalar, realizar o controle clínico (temperatura materna e mostrou diminuição do risco de desconforto respiratório do recém-
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frequência cardíaca materna e fetal) e laboratorial de infecção nascido.
A conduta nos casos de RPM entre 24 e 33 6/7 semanas é expectante. Deve-se realizar internação hospitalar, coleta de cultura para
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estreptococos do grupo B, controle clínico (temperatura materna e frequência cardíaca materna e fetal) e laboratorial de infecção (hemograma
e proteína C reativa), assim como a avaliação da vitalidade fetal.
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Além disso, deve-se fazer antibioticoterapia para aumentar o período de latência e diminuir os riscos de corioamnionite. Existem
vários protocolos de antibioticoterapia profilática utilizados para aumentar o período de latência, o mais utilizado é o preconizado pela ACOG:
ampicilina 2g de 6/6h e eritromicina 250mg de 6/6h endovenosa (48 horas) seguida de amoxicilina 500mg 8/8h e eritromicina oral (5 dias).
A eritromicina pode ser substituída por azitromicina 1g dose única, via oral. No Brasil, pela facilidade de prescrição e disponibilidade, dá-se
preferência à azitromicina dose única, ao invés da eritromicina.
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Caso a gestante entre em trabalho de parto, deve-se aplicar da vitalidade, sinais de corioamnionite, sangramento vaginal
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sulfato de magnésio para neuroproteção fetal (até 32 semanas) e importante sugestivo de descolamento prematuro de placenta,
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antibioticoprofilaxia para estreptococos do grupo B com penicilina trabalho de parto ou óbito fetal.
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cristalina se a gestante não estiver mais utilizando antibiótico para Nessa idade gestacional, as condutas são mais homogêneas,
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aumentar o período de latência. não variando muito na literatura, por isso caem com mais frequência
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Lembre-se de que a resolução da gestação deve ocorrer nas provas de Residência Médica, então vale a pena memorizar!
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• Conduta expectante
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A tocólise não está indicada nos casos de rotura prematura pré-termo de membranas, a não ser que a gestante entre em trabalho de
parto rapidamente e seja necessário adiar o parto em até 48 horas para transferência da gestante a um centro de referência.
A conduta na RPM abaixo de 23-24 semanas deve ser amniótico esteja muito reduzido, o risco de hipoplasia pulmonar é
individualizada para cada paciente e para cada serviço. Quando maior e o prognostico fetal é pior.
a rotura das membranas ocorre abaixo do limite de viabilidade, a Caso a paciente, mesmo depois de esclarecidos todos os
tendência é optar pela conduta ativa com resolução da gestação, riscos maternos e fetais, optar pela conduta expectante, deve
em decorrência da prematuridade extrema e do prognóstico fetal utilizar antibiótico e assinar o termo de ciência dos riscos. Não está
reservado, evitando, assim, os riscos de infecção materna diante de indicado corticoide, tocólise e nem sulfato de magnésio antes da
uma conduta expectante. viabilidade fetal. É possível, nessa idade gestacional, fazer a conduta
Nessa idade gestacional, a principal variável que indica o expectante ambulatorial.
prognóstico fetal é o volume do líquido amniótico. Caso o líquido
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RPM abaixo de 23-24 sem
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• Conduta ativa ou expectante ( individualizar)
• Controle de infecção e antibiótico se conduta expectante
• Não fazer corticoterapia, tocólise e sulfato de magnésio
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3.6 VIA DE PARTO NA RPM
A via de parto deve ser discutida com a gestante, porém não há benefícios estabelecidos que justifiquem a indicação de cesárea no
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parto prematuro cefálico, por isso a indução do parto tem sido a conduta mais aceita nos caos de RPM, a não ser que o parto normal seja
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contraindicado por outros motivos. Se o feto estiver em apresentação pélvica entre 26 e 36 6/7 semanas, a cesárea é a via mais indicada.
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O tratamento não farmacológico (repouso e hidratação endovenosa vigorosa) é comumente recomendado, mas não há evidência
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científica para sua prescrição. Além disso, essas recomendações podem aumentar os riscos maternos de complicações, como o de
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tromboembolismo venoso.
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CAPÍTULO
4.0 CORIOAMNIONITE
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estreptococos do grupo B, Bacteroides bivius, Escherichia coli, laboratoriais estes listados abaixo:
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fique ligado!
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Frente a um caso suspeito de corioamnionite, independentemente da idade gestacional, as duas condutas principais são:
antibioticoterapia e resolução da gestação.
Com relação à antibioticoterapia, ela deve ser empírica e de grande espectro, sendo que os dois regimes de antibiótico mais utilizados
são:
Porém, a administração de antibioticoterapia não é suficiente para resolver a corioamnionite. O tratamento só será efetivo com a
resolução da gestação. Por isso, a indução está indicada, independentemente da idade gestacional. A via de parto deve ser discutida com a
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gestante, porém não há benefícios estabelecidos que justifiquem a indicação de cesárea.
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MAPA MENTAL DA CORIOAMNIONITE
CLINDAMICINA + GENTAMICINA
(900MG EV, 8/8h) (1,5mg/kg, 8/8h)
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Ascenção de bactérias do SULFATO DE MAGNÉSIO
trato genitourinário inferior
ANTIBIOTICOTERAPIA (<32 SEMANAS)
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• Febre
CORIOAMNIONITE PRÉ - TERMO
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Ademais, nos casos de corioamnionite, não é preconizado administrar corticoide para maturação pulmonar, pois os riscos de
complicações materno-fetais superam os benefícios dessa medicação para o feto. Se o feto apresentar menos de 32 semanas, diante de parto
iminente, deve-se administrar sulfato de magnésio para a neuroproteção.
Agora, que você terminou de estudar este Resumo, é importante que resolva o máximo de questões sobre este tema, para que
consiga fixar o assunto e compreenda melhor como isso é cobrado nas provas de Residência Médica.
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s. https://bit.ly/3dewmEr
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8. Secretaria do Estado de Saúde do Distrito Federal: Protocolo de atenção à saúde- Rotura prematura de membranas.
9. National Institute for Health and Care Excellence (NICE): Guideline on preterm labour and birth (2015, updated 2019)
co
10. Prelabor Rupture of Membranes: ACOG Practice Bulletin, Number 217. Obstet Gynecol 2020; 135:e80.
11. Park CK, Isayama T, McDonald SD. Antenatal Corticosteroid Therapy Before 24 Weeks of Gestation: A Systematic Review and Meta-
analysis. Obstet Gynecol 2016; 127:715.
s.
12. Roberts D, Brown J, Medley N, Dalziel SR. Antenatal corticosteroids for accelerating fetal lung maturation for women at risk of preterm
birth. Cochrane Database Syst Rev 2017; 3:CD004454.
13. Committee on Obstetric Practice. Committee Opinion No. 713: Antenatal Corticosteroid Therapy for Fetal Maturation. Obstet Gynecol
2017; 130:e102. Reaffirmed 2018 (interim update).
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14. Crowther CA, Anderson PJ, McKinlay CJ, et al. Mid-Childhood Outcomes of Repeat Antenatal Corticosteroids: A Randomized Controlled
o
15. Verani JR, McGee L, Schrag SJ, Division of Bacterial Diseases, National Center for Immunization and Respiratory Diseases, Centers for
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Disease Control and Prevention (CDC). Prevention of perinatal group B streptococcal disease--revised guidelines from CDC, 2010. MMWR
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16. Kenyon S, Boulvain M, Neilson JP. Antibiotics for preterm rupture of membranes. Cochrane Database Syst Rev 2013; :CD001058.
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17. Committee on Practice Bulletins-Obstetrics. ACOG Practice Bulletin No. 199: Use of Prophylactic Antibiotics in Labor and Delivery. Obstet
a
18. Pierson RC, Gordon SS, Haas DM. A retrospective comparison of antibiotic regimens for preterm premature rupture of membranes.
Có
20. Wolf MF, Miron D, Peleg D, et al. Reconsidering the Current Preterm Premature Rupture of Membranes Antibiotic Prophylactic Protocol.
Am J Perinatol 2015; 32:1247.
21. Mackeen AD, Seibel-Seamon J, Muhammad J, et al. Tocolytics for preterm premature rupture of membranes. Cochrane Database Syst Rev
2014; :CD007062.
22. Hanley ML, Vintzileos AM. Biophysical testing in premature rupture of the membranes. Semin Perinatol 1996; 20:418.
23. Bond DM, Middleton P, Levett KM, et al. Planned early birth versus expectant management for women with preterm prelabour rupture of
membranes prior to 37 weeks' gestation for improving pregnancy outcome. Cochrane Database Syst Rev 2017; 3:CD004735.
24. Thomson AJ, Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Care of Women Presenting with Suspected Preterm Prelabour Rupture of
Membranes from 24+0 Weeks of Gestation: Green-top Guideline No. 73. BJOG 2019; 126:e152.
25. Quist-Nelson J, de Ruigh AA, Seidler AL, et al. Immediate Delivery Compared With Expectant Management in Late Preterm Prelabor
Rupture of Membranes: An Individual Participant Data Meta-analysis. Obstet Gynecol 2018; 131:269.
26. Morris JM, Roberts CL, Bowen JR, et al. Immediate delivery compared with expectant management after preterm pre-labour rupture of
the membranes close to term (PPROMT trial): a randomised controlled trial. Lancet 2016; 387:444.
27. Kunze M, Hart JE, Lynch AM, Gibbs RS. Intrapartum management of premature rupture of membranes: effect on cesarean delivery rate.
Obstet Gynecol 2011; 118:1247.
28. Lin MG, Nuthalapaty FS, Carver AR, et al. Misoprostol for labor induction in women with term premature rupture of membranes: a meta-
analysis. Obstet Gynecol 2005; 106:593.
29. ACOG Committee on Practice Bulletins -- Obstetrics. ACOG Practice Bulletin No. 107: Induction of labor. Obstet Gynecol 2009; 114:386.
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Reaffirmed 2019.
30. Thinkhamrop J, Hofmeyr GJ, Adetoro O, et al. Antibiotic prophylaxis during the second and third trimester to reduce adverse pregnancy
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outcomes and morbidity. Cochrane Database Syst Rev 2015; 1:CD002250.
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Professora Natália Carvalho
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