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Prova Periodontia I
Prova Periodontia I
Sérgio
É importante conhecer os princípios de instrumentação para uma execução segura e eficaz da
técnica deraspagem e alisamentoradicular no tratamentodasdoenças periodontais.
e m 1965, Löe et al. fizeram um estudo em que voluntários que ficaram sem escovar os dentes Objetivo
apresentaram gengivite. Aovoltararealizaraescovaçãonormal,asaúdebucalfoireestabelecida.
Sendo assim: É importante descontaminar a cavidade bucal do paciente (por meio de raspagem, porexemplo)
para realizar um procedimento cirúrgico. O cálculo muitas vezes não é possível de ser retirado
“Ainflamação gengivalacompanha de formaconsistentea intensidade do acúmulo deplaca” somente com a escovação dental.
om o acúmulo de placa, há perda de inserção clínica, migração apical do epitélio juncional,
C T rata-sedaterapiaassociadaàcausaetemcomoobjetivoaeliminaçãodosdepósitosbacterianos
reabsorção óssea e formação de bolsa periodontal. O equilíbrio que existe entre o biofilme e a localizadossupra e subgengivalmentee aprevençãode sua recorrência.
respostadohospedeiroéquebradopeloaumentodeumbiofilmemaisagressivooupordiminuição
da resposta do hospedeiroe, dessa forma, há o estabelecimentoda doença. Procedimentos
Desequilíbrio entreplaca bacterianae resposta dohospedeiro=doença A terapia periodontal não cirúrgica inclui:
● r aspagemsupragengival
Fases da terapia periodontal ● raspagemealisamento radicular(RAR)
● remoção defatores retentoresde placa
E xame clinico e radiográfico (chegando ao diagnóstico, prognostico e plano de tratamento)
● ● instruçõesde higiene oral
● Terapia periodontal básica (raspagem e alisamento) ● motivaçãoaopaciente
● Reavaliação (pode ser feito um tratamento corretivo ou já vai para a fase de manutenção)
sucessodotratamentodependedacooperaçãodopaciente.Sendoassim,acomunicaçãoémuito
O
alvo principal é o biofilme dental e o cálculo. Assim, é necessária a remoção dos depósitos
O importante.Aterapiaperiodontalenvolveocontrolepelopaciente,atreladaàinstruçãodehigiene
bacterianosparaquesejafeitaacirurgiaemcampoaberto.Alémdisso,énecessárioprevenirqueo oraladequadaeocontrolepeloprofissional(r aspagemealisamentoradicular–remoçãodeplaca
pacienteretorne à esta condição. bacteriana, seus subprodutos e etc.)
É feita a remoção da placa bacteriana, seus subprodutos e FRP com objetivo de restaurar a
compatibilidade biológicae possibilitardesinflamação.
Cálculo
a raspagem é retirado todo o cálculo e a placa, enquanto que no alisamento não é removido
N
muitoenemtodoocemento,apenasasuaporçãocontaminada,considerandoqueaohaverbolsa
eriodontalnãohámaisasfibrasdeinserçãodocemento,sendopossíveloalisamentosemmaiores
p
danos aos tecidos. emoção do cálculo mais duro e retentivo. O instrumento preferencial são as curetas.Háoutros
R
Oobjetivoprincipaldaterapiaperiodontalnãocirúrgicaéotratamentodadoença.Inicialmenteé instrumentos manuais e ultrassônicos, como o ultrassom, mas sempre é necessário a
feita a raspagem e alisamento radicular em campo fechado, sem visualização, por meio da complementação com as curetas manuais.
instrumentação subgengival. Após a realização do procedimento em campo fechado, é feito em
campoaberto,ondeopacientefoilevadoaoutrasituaçãoperiodontal.Ospassosdoatendimento, J untamentecomocontroledeplacasupragengival,sãoasmedidasmaisimportantesnotratamento
taiscomoanamnese,exameclínico,diagnóstico,PSR,IP,IS,raspagemsupragengivaleorientaçãode daperiodontite.Aindaquesejamconsideradosprocedimentosdistintos,comobjetivosdiferentes,
higienização devem ser seguidos. Na primeira sessão é importante também remover os fatores no trabalhoclinicoeles nem sempre podem serseparadosum do outro.
retentores que placa, como restaurações insatisfatórias.
etodososprocedimentosclínicosdentários,araspagemsubgengivaleoalisamentoradicularde
D
cálculoéobiofilmecalcificado.Éumfatoretiológicosecundáriodadoençaperiodontal(irritante).
O bolsas profundassão os de aprendizagem maisdifícile que exigem maiorhabilidade
Deve-se remover com menor dano possível à superfície radicular, por meio de raspagem e/ou
alisamento radicular.
Raspagem de campo fechado
araspagememcampofechado,nãoseafastaagengiva,ouseja,éainstrumentaçãosubgengival
N
semoafastamentointencionaldagengival.Asuperfícieradicularnãoficaacessívelàvisualização
direta.
Raspagem
Alisamento/aplainamento
É a técnica de instrumentação por meio da qual o cemento pode ser removido, tornando a
superfície radicular“dura” e “lisa”. É realizadoem raiz.
pós a raspagem de campo fechado, pode ser necessário realizar a raspagem de campo aberto,
A
cemento não necessariamente precisa ser removido para se alcançar um bom resultado na
O
depois dedesinflamarotecidogengival,ondeérealizadoaexposiçãodasuperfícieradicularpelo
terapiaperiodontal,poisháchancesdeexporadentina.Ocementoremovidoéomaissuperficial.É
afastamento do tecido por meiocirúrgico.
por meio do cemento que se estabelece a inserção do dente.
● r emoçãodamicrobiota patogênicadabolsa
● resoluçãodainflamaçãogengival
● interrupçãodadestruição progressivado aparelhodeinserção
● tornar asuperfície radicular compatívelcom umanovainserção
Raspagem supragengival
Pratica da terapia periodontal não cirúrgica
É feita a remoção do cálculosobreacoroaesuperfíciesradicularesexpostasemtodaadentição.
Remove-se o cálculo menos retentivo e calcificado. • I dentificaçãodoPaciente
• Motivo da consulta –Queixa Principal
Raspagem subgengival e alisamento radicular
• namnese
A a udível). Há os instrumentos piezelétricos (movimento linear) e magnetoestritivos (movimento
• Consentimento Livre e Esclarecido elíptico)
• PSR(Periodontal Screening and Recording)
• Índice de placabacteriana Indicações
• Índice de sangramentomarginal
• Instruçãode higiene bucal é aplicado em todas as etapas do tratamento
• Adequação do meio bucal/RaspagemSUPRAgengival ● instrumentaçãosupragengival
• Remoçãodosfatoresretentores de placa(Pacientejá controla placa) ● instrumentaçãosubgengival
• Periograma/Avaliação radiográfica ● bifurcaçõese áreas dedifícil acesso
• Diagnóstico/Plano de Tratamento ● Remoção de placa, cálculo, manchas, cimentos ortodônticos, excessos de amálgama
• Raspagem SUBgengival e alisamento: número de sessões varia (gravidade do caso,
habilidade do operador, quantidade de dentes afetados) esde que haja domínio da técnica e que tempo suficiente seja empregado para debridar
D
completamente as raízes, pode-se ter sucesso com ambas as técnicas, manual e ultrassonica.
Fatores retentores de placa Contudo, em algumas situações, o ultrassom está contraindicado.
e sses fatores facilitam o acúmulo de placa e dificultam a remoção de biofilme pelo paciente, Houve uma evolução no desenho das pontas ultrassônicas para adaptação a sítios e tratamentos
devendoserremovidos.Objetivodaremoçãoédevolveraformaanatômicaecontroleadequadoda específicos. Ambos os instrumentos desgastam com o uso e começam a perder a sua efetividade.
placa bacteriana. Exemplo – restaurações com sub ou sobrecontorno.
Desgaste => Menor eficiência
Instrumentação ultrassônica
S ão geralmente utilizados para raspagem supragengival ou subgengival quando o tecido está
flácido. Antigamente, era indicado para grandes quantidades de cálculo e manchas, devido as
extremidades mais ativas e volumosas. Hoje possui pontas delgadas/em forma de sonda, são
instrumentos plásticos/com fibra óptica, possui hastes mais longas, que permitem a raspagem
subgengival.
a quebraearemoçãodosdepósitossãorealizadaspelavibraçãodapontaoscilante.Algunsfatores empunhaduradoultrassoméigualadacureta,feitapelaempunhaduradecanetamodificada.É
A
são importantes, como feita a colocação do inserto e em seguida feito oajuste da potência, devendo:
● frequência (número de vezes por segundoqueapontadoinstrumentoosciladuranteum
ciclo em umpadrão de movimento linear, circular ouelíptico) F luxodeágua:colocarnapotênciamínima;emseguida,encontraropontodenévoa(aumentandoa
● amplitude do golpe de trabalho (éadistânciamáximaemqueapontapercorreemcada potência)eanotar;nasequênciaacharopontoderuptura(aumentandoapotência),comojatode
vibração) água espraiando e anotar. A potência ideal consiste na água percorrendo todo os inserto, com
● jato de água (tem umpapelimportantenoefeitodelavagemerefrigeração,paraaponta gotejamento rápido na extremidade do inserto, formando uma névoa/vaporização leve de água.
não danificar o elemento dental e os tecidos gengivais e ósseo, além de gerar uma Resumindo:deve-setrabalharentreopontodenévoaeopontoderuptura,comaempunhadura
microcorrente sônica, turbulência sônica na água e cavitação na microbiota,ouseja,eleé de caneta modificada.
importante nadesorganização da microbiota).
eralmente os instrumentos ultrassônicos são unidades independentes, ligam-se a uma corrente
G
elétrica, possui ajuste manual da potência e água, com frequência de 18.000 a 50.000 Hz (não
cessibilidade–posicionamentodopacienteeoperador,quefavoreceainstrumentaçãocompleta
A
e quando inadequada gera cansaço prematuro e diminuição da eficiência na instrumentação. É
necessárioergonomia,estandocomaspernasem90grausemrelaçãoaochão.Bocadopacientena
altura do cotovelo do operador. Pode-se trabalharem7h, 9h, 11h e 12h.
ualquerirregularidaderemanescentenasuperfícieradiculardeveserremovidacominstrumentos
Q
convencionais afiados.
● a umenta a rapidez na execução, menor fadiga, maior conforto, maior ergonomia,técnica Condição dos instrumentais
mais fácil, áreas de difícil acesso, limpeza da áreainstrumentada,menormanipulaçãode
tecidos,menos danoa superfície radicular Técnica de afiação
● R aspadores ultrassônicos magnetoestritivos: Marca-passos cardíacos (antigos) - Com a pedra parada
Interferência no ritmo cardíaco ventricular e atrial dos aparelhos
● Problemas respiratórios:Imunodeprimidos;DesordensPulmonares Crônicas • P osicionar a face coronária da cureta a 90o da pedra e depois reposicionar para 100o a 110o
● Doenças infecto-contagiosas:Risco à equipe; Exposiçãode todas as superfícies • Com pressão moderada, puxar o instrumento de encontro ao operador, iniciando pela haste
• Fazer movimentos seguidos até a ponta
Frequência de afiação
Empunhadura
● Polpa do dedo médio(sensibilidade tátil),
dedoindicador,dedopolegar = Efeito trípode
● Mudar angulações
Ponto de apoio
anutençãodocampolimpo:saliva,sangueedetritos–sucçãoadequada;Gazes(tambémdentro
M
de bolsas) • E stável para amovimentação da lâminado instrumento
• O maispróximo possível da superfície radicularselecionada
Técnica da Raspagem e Alisamento Radicular • Angulaçãoótima da lâmina
• Uso domovimento punho-antebraço
Geralmente a técnica de raspagem e alisamento radicular necessita deanestesialocal. • Evita lesõesnos tecidos
• Apoios digitais: intra e extra-orais(dentes posteriores,máximo de contato das superfícies
Deve-se explorar a superfície radicular com asonda,para: dos dedos)
• quando há grandes distâncias entre fulcro e ponta ativa do instrumento – apoios reforçados
a nalisar a profundidade de sondagem
● dos dedos
● anatomia da superfície radicular(irregularidades,sulcos, bifurcações)
● localização de depósitos calcificados
Detecção de cálculo
detecção do cálculo deve ser feita com um explorador o mais sensível possível (com estrutura
A
delgada).
● Múltiplas funções
● Sensibilidade tátil
● Da margem gengival para a base da bolsa
● Todas as superfícies dentárias
● Identificar terminação apical do cálculo
adaptação é feita de forma que oterço finalfiqueemconstante contato com a superfície do
A
dente, acomodando aponta ativa conforme o contornoda superfície dentária.
Operação de corte:
Posicionamento subgengival:
● I nício no fundo da Bolsa
● Golpe de trabalho orientado nosentido da coroa
base da bolsadeve estar identificada com abordadistal da lâmina, fazendo o movimento de
A
● Diferentes direções: TODA a superfície radicular
retirada do cálculo.
● Golpe de trabalho – golpe de acabamento
● Região interproximal: atenção à área apical ao ponto de contato!
Instrumentos para Limpeza e Polimento
✔
L isura do esmalte/ superfície radicular: Sistemaar-pósuperior
✔ Remoção de biofilme em pacientes ortodônticos: Sistemaar-pó superior
✔ Ação sobre tecidos gengivaissadios/levemente inflamados:Sem diferença(lesão leve
localizada)
• abilidadedo operador
H
• Afiaçãodos instrumentos
Raspagem • Anatomiaradicular
● Pressão lateralfirme • Extensãoda doença
● Movimentoscurtose detração • Fatores retentoresde biofilme
Alisamento radicular
● Pressão lateralleve a moderada Considerações finais
● Movimentosamplos
● Sonda novamente inserida na bolsa-Característicasradiculares reavaliadas (Superfície • A RAR,por meio da instrumentação mecânica manualou ultrassônica, tem porobjetivoa
“dura e lisa”) remoção de biofilme e cálculo do ambiente supra e subgengival, visandointerrompera
progressão da doença periodontal.
• Oconhecimento da morfologia dos instrumentos,princípiosde instrumentação,técnicade
instrumentação e otreinamentodo operador são fundamentaispara umaexecução segura
e eficaz da RAR.
– Prof.Daniela
Condições periodontais
Curetas de Gracey ● Informações sobre bolsas:
● Presença;
● Distribuição em cada superfície dentária;
CURETA ÁREA FACE ● Profundidade;
5-6 ANTERIORES TODAS ● Nível de inserção da raiz
7-8 OSTERIORES
P VESTIBULAR/LINGUAL
11-12 POSTERIORES MESIAL Tipos de bolsa
13-14 POSTERIORES DISTAL ● Supra-óssea
● Intra-óssea
Imagem A Imagem B Imagem C distância da margem gengival até o fundodosulcooudabolsaéanalisadanoperiograma.Na
A
junção cemento-esmalte, há o final do epitélio juncional. Aofazerasondagem,emcondiçõesde
saúde,asondadevepararnoepitéliojuncional(atéaregiãodajunçãocemento-esmalte).Quando
Fatores que afetam a sondagem periodontal háproblemasperiodontais,oepitéliojuncionalmigraemdireçãoapicaleasondaéintroduzidaem
umaprofundidademaior,resultandoemumabolsaperiodontal(bolsaverdadeira).Háoutrabolsa
Há vários fatores que afetam a sondagem periodontal, como: quenãoenvolveamigraçãodoepitélio,massimahiperplasia/edemagengivalnacoroadodente
● spessurada sonda
e (bolsa falsa – migração coronal da margem gengival). Além disso, em caso de aparelhos
● posicionamentoerrado da sonda ortodônticos, a sondagem fica alterada.
● contornoda superfíciedentaria á a região do epitélio oral, o sulco gengival e o epitélio juncional, preso na junção
H
● forçana introdução cemento-esmalte. Abaixo dele, há a inserção/fibras conjuntivas, crista óssea e ligamento
● Grau deinflamaçãotecidual/resistência tecidual periodontal. A sondagem, que vai da margem gengival até o fundo da bolsa (profundidade de
sondagem), denota um problema periodontal. A profundidade de sondagem sozinha não
Condições periodontais – técnica de sondagem estabelecegravidade do problema periodontal.
técnicadesondagemdeveserfeitanosentidovertical(sondamaisparalelapossíveldolongoeixo
A epitélio juncional normalmente está ao nível da junção cemento-esmalte. Em uma gengiva
O
dodente).Eladeveserintroduzidanopontomaisdistaldafacelivre,vaiparaumpróximopontona edemasiada,háumapseudobolsa,poisnãoseperdeuinserçãoperiodontal.Ainserçãoperiodontal
facelivreeéfeitoummovimentosaltitantedasonda,atéamesial.Anota-seamaiorprofundidade é o nível clínico de inserção.
de sondagem. Nas regiões interproximais, a sonda deve ser introduzida mais obliqua para as bolsas, há processo inflamatório grande e uma doença instalada que compromete o
N
identificar defeitos periodontais. organismo. Para identificar a doença, deve-se sondar. Na periodontia, deve-se mediraperdade
● S onda de ponta romba inserida com eixo //longo eixodo dente inserçãodamargemgengivalatéofundodabolsa(nívelclínicodeinserção).Elaindicaagravidade
● “C
aminhar” circunferencialmenteem cada superfície da doença periodontal.
● ATENÇÃO: crateras efurcas
● olsa verdadeira – perda de inserção periodontal (migração apical do epitélio juncional)
B
● Mínimo de 6 pontos:3 pontos na vestibular e 3 pontosna lingual/palatina ● Pseudobolsa – não há perda de inserção (migração coronal da margem gengival)
● Profundidade de sondagem – margem gengival ate o fundo da bolsa
● Nível clinico de inserção – gravidade da doença periodontal
● r etraçãodotipo1:papilasinterproximaiscobremoespaçointerproximal.Abaixodejunção
cemento-esmalte, nãoéfeitarestauração(amigraçãoaumenta).Érealizadootratamento
periodontal(trazer a gengiva de volta para cobrira raiz –cirúrgico).
● Retração tipo 2: as interproximais apresentam junção exposta, há um início de perdada
papila. Ela é mais difícil de tratar que a do tipoI.
● Retraçãodotipo3: nessaretração,hágrandesperdasdeinserçãonaregiãointerproximal.
Há papilas perdidas completamente. Há perda óssea horizontal e não é possível fazer o
recobrimento gengival.
profundidade de sondagem não indica a gravidade da doença. Um paciente pode ter
A
profundidadedesondagemde3mmeumoutrocom5mm,masestede5mmcomhiperplasia(que
Medidas obtidas no Periograma
não é mais grave).
Nível clinico de inserção - NIC (perda de inserção periodontal):
● istância da junção cemento-esmalte até o fundo do sulco ou da bolsa
D
● Parte de um ponto fixo, que é a junção cemento-esmalte. A margem gengival é variável
● Medida ouro na periodontia
● Mudado somente com ganho ou perda de inserção!
● Melhor indicação do grau de destruição periodontal
● Pode ser obtido somando a profundidade de sondagem com onívelgengival,nocasode
retração.Emcasodeedemaehiperplasiasefazasubtraçãodonívelgengivaldovalorda
profundidade de sondagem. O NCI é zero quando a margem gengival coincide com a
junção cemento esmalte.
níveldamargemgengivaléadistânciadamargemgengivalatéajunçãocemento-esmalte.Para
O
QuandoháumabolsanoPSReapósaadequaçãodomeiobucalelasome,haviaumafalsa
●
saberseháretraçãogengivalouhiperplasia,onívelgengivaléimportante.Onúmeronegativono
bolsa.
Periogramaindicaaumento gengival. Onúmero positivoindica recessão gengival.
Profundidade de sondagem:
● ível da margem gengival – distancia da margem gengival ate a junção cemento-esmalte
N
● Negativo – aumento gengival D
● istancia da margem até o fundo do sulco ou da bolsa
● Positivo – recessão gengival ● Mudanças na posição da Margem Gengival
● Profundidade de sondagem: 3 medidas – disto-vestibular, vestibular e mésio-vestibular;
Nível gengival
● nível gengival: 3 medidas - disto-vestibular, vestibular e mésio-vestibular.
● O mesmo ocorre na palatina ou lingual. ● Distancia da margem até a junção cemento-esmalte.
P
● seudobolsas não são incluídas no periograma.
● A profundidade de sondagem menos o nível gengival é igual a perda de inserção (NIC).
Sangramento a sondagem
sangramentoàsondagemimediatamenteouaté30a60segundosdaretiradadasondaéosinal
O
mais precoce dainflamação.
o periograma, o sangramento gengival à sondagem não está relacionado ao sangramento da
N
margem gengival/gengivite, mas com osangramento defundo da bolsa.
placa é o retrato momentâneo do paciente (monitora a higiene bucal do paciente no dia). O
A
sangramentomonitoramuitomaisainflamação.Eleabaixaporcausadaprofilaxia,porexemplo.Se
o paciente continuar com biofilme alto, o sangramento vai voltar a subir.
Supuração
o periograma, na primeira fileira, anota-se a JCE – MG (em cada quadrado, há 3 valores –
N
presença de um número abundante de Polimorfonucleares dofluidogengivalotransformaem
A
disto-vestibular,vestibularemésio-vestibular).Nasegundafileira,anota-sePS–SS(sangramentoa
exsudato purulento.
sondagem, indicada por um asterisco. Esse sangramento não está relacionado com gengivite,
observado no PSR, queindicainflamaçãodemargemgengival.Essesangramentosaidofundodo
● -5% dos sítios com DP
3
sulco ou da bolsa e está relacionado com a atividade da doença periodontal). Também tem 3 ● Ponta do dedo indicador de encontro à parede lateral da gengiva marginal
medidas. Na última fileira, anota-se onível clínicode inserção, também com 3 medidas (NCI). ● Pressão em um movimento rolante ao redor da coroa
● Formado na parede interna da bolsa
● Pode ocorrer abscesso crônico onde há supuração
Envolvimento de furca
Grau 2:perdaexcede 1/3da largura do dente, masnão envolve totalmente a área de furca
E mmolaressuperiores,alesãodebifurcaçãodeveseravaliada,asondaNabersentraporvestibular
para achar a furca entre as raizes mesial e distal; depois por mésio-palatino e disto-palatino (3
pontos). Nos pré superiores, sonda por mesial e distal (raras em pré), na palatina. Em molares
ointroduzirasondanosulco,quandoagengivaévistaportransparência,significaqueofenótipo
A
periodontal é fino. Se ela não é vista, o fenótipo é espesso, no qual possui prognósticos de
tratamentos cirúrgicos.
erda Óssea Vertical: Perda óssea progrediu com taxas diferentes ao redor de diferentes
P
dentes/superfícies dentais;Defeitos angulares ouarqueados
eslizaasondadeapicalparacoronalparaverauniãomucogengival.Agengivainseridaevaiatéa
D
gengival marginal livre, que cobre o sulco gengival.
● A medida da união muco gengival até a margem gengival é a quantidade de mucosa
queratinizada
● união da distância mucogengival até o fundo do sulco gengival é a gengiva inserida.
● A mucosa queratinizada é maior do que a gengiva inserida.
Radiografias
D
● istância Crista Alveolar – JCE: 2 mm
Sinais radiográficos característicos - Periodontite padrão molar/incisivos
● Maior em idosos
P
● erda óssea: INCISIVOS E MOLARES SUP e INF
Radiografia panorâmica
● Perda óssea vertical (em forma de arco)
Á
● reas de Perda Óssea Periodontal não são vistas detalhadamente! ● Pode progredir para outros dentes => mas geralmente pré-molares permanecem com menos
● “Proporcionam imagemGERALdadistribuiçãoegravidadedadestruiçãoÓSSEAnaDP,mas perda óssea
uma série completa intra-oral é necessária para diagnosticar e planejar o tratamento.”
PSR
CÓDIGO 0
A
● usência de sangramento
● Faixacoloridatotalmente visível
● Código 0 - cuidadospreventivosadequados
CÓDIGO 1
S angramento à sondagem
●
● Faixacolorida totalmente visível
● Código 1 -instruções de higiene bucalecontrolede placa bacteriana
CÓDIGO 2
● S angramento à sondagem
● Faixacolorida totalmente visível
● Presença decálculo e/ou outros fatores retentivosde placa
● Código 2 -instruções de higiene bucal,controledeplaca bacteriana,remoção de cálculo
através de raspagem e correção de restaurações com margens defeituosas
CÓDIGO 3
CÓDIGO*
● E nvolvimento defurcas Placa bacteriana e biofilme
● Mobilidade
placaeobiofilmesãoumfatorderisco.Em1965,Löefezumestudoemestudantesquepararam
A
● Problemasmucogengivais
de realizar a higiene bucal e o biofilme acumulou, resultando em inflamação. Ao retornar à
● Recessãogengival (> 3,5 mm)
escovação,asaúdebucaltambémretornou.Comisso,elepôdeconcluirqueainflamaçãogengival
● Registra-se em conjunto com outros códigos
acompanhadeformaconsistenteaintensidadedoacúmulodeplaca(quantomaioraquantidade
de placa, maior o grau da gengivite).
Considerações finais
fator etiológico da gengivite é o biofilme (na periodontite, há uma diferença). Sendo assim, é
O
D
● iagnóstico: técnicas + embasamento científico necessário a cooperação do paciente para o sucesso do tratamento. O acúmulo constante de
● Doença Periodontal: Etiologia MULTIFATORIAL biofilme supragengival faz com que o biofilme migre para a regiãosubgengival,oquevailevarà
● Diagnóstico, Prognóstico e Plano de Tratamento devem considerar todos os fatores perda dos elementos de sustentação, com perda de inserção clínica, migração apicaldoepitélio
envolvidos juncional,reabsorção óssea e formação de bolsa periodontal.
● Clinico + imagem + laboratorial
diferença entre patógenos presentes nos biofilmes é um fator contribuinte da periodontite
A
(complexovermelhoelaranja).Paraaperiodontite,obiofilmepodeserumfatorderisco,masnão
é um fator etiológico (é um gatilho, mas não é suficiente para induzir a doença periodontal). A
periodontiteésítio-específicaetotalmenteindividualizada.Algunspacientessãomaissuscetíveisà
doença (ex: pacientes diabéticos). Outros componentes participam da etiologia da periodontite,
– Prof. Michel
como a resposta imunoinflamatória do paciente. Alguns fatores comportamentais também
interferem na instalação e progressão da doença, como ohábito de fumar.
TERAPIA PERIODONTAL RELACIONADA À CAUSA
PRINCÍPIOS BIOLÓGICOS E TÉCNICOS tratamento periodontal começa de maneira uniforme para todos (ex: raspagem) e, depois, é
O
individualizado. Alguns pacientes apresentam uma resposta genética que os tornam mais
suscetíveisadesenvolverdoençaperiodontal(defeitosgenéticasemcitocinas,comoainterleucina
1 beta. Quando secretada no fluído gengival, há uma resposta inflamatória no paciente capaz de
Considerações iniciais
destruir os tecidos periodontais).
ompreenderosfundamentosbiológicosetécnicosdaterapiaperiodontalassociadaacausapara
C
evehaverumequilíbrioentreaplacabacterianaearespostadohospedeiro.Orestabelecimento
D
interrupção da progressão da doença periodontal e retorno da dentição a um estão de saúde,
desaúdeleva em consideraçãoa boca e o intestino(a alimentação influencia).
conforto e função.
● A placa deve chegar abaixo de 15% dentro do tratamento
escrever as etapas da terapia periodontal associada a causa, bem como seus objetivos,
D
procedimentos e importânciano contexto global doplanejamentodo tratamento periodontal técnica de escovação ideal é aquela que permite uma completa remoção da placa dental no
A
menor tempo possível, sem causar dano aos tecidos. A técnica de Bass modificada auxilia no
Citarosfatores que afetam o sucesso da terapia periodontalassociada à causa
controledobiofilme.Odentifríciocontémagentesantimicrobianos.Oraspadordelínguaajudana
escreverainfluênciadodebridamentomecânicoesuaslimitaçõessobreostecidosperiodontaise
D limpeza. Alimpeza interdental é a mais difícil deser realizada de maneira adequada.
biofilme subgengival.
● O
maior local de ocorrência de cáries e doenças periodontais está localizada na região
Descrevercomo ocorre acicatrizaçãodos tecidos periodontaisapós o debridamento radicular. interproximal.
É achaveparaainterrupçãodaprogressãodadoençaeretornodadentiçãoaumestadodesaúde,
conforto e função.
Objetivos:
E liminarinfecção
●
● Atingir boas condições dehigiene oral
Deve-se realizar
● instrução dehigiene oral
● motivaçãodo paciente
● RAR
● remoção dosfatores retentores de placa
● remoção erestaurações de lesões cariosas
emaneirageral,apesardafaltadebasecientifica,umarecomendaçãogeralmenteaceitaéescovar
D
● tratamento endodôntico
por, pelo menos, 2 minutos, 3 vezes ao dia.
Como começar?
ertamente, muitos indivíduos removem apenas cerca de 50% da placa de seus dentes, mesmo
C
quando escovam por 2 minutos. Fase sistêmica
uando o biofilme migra e se matura para regiões subgengivais, não é possível remove-lo por
Q Objetivo
métodos caseiros.
● e liminar/melhorar ascondições sistêmicasparamelhoraros resultados daterapia causal
● proteger o paciente contra riscos de infecção
● Contato commédico
● Aconselhamento sobretabagismo
É oconfrontodeinformaçõesdaanamneseeconsultasmédicas,comintuitodenormalizarcondição
dopaciente.Osobjetivosdaterapiasãoeliminarainfecçãoeatingirboascondiçõesdehigieneorale
de controle de biofilme.
Plano inicial
é feita a apresentação do caso ao paciente. Nesse caso, o grau de sucesso da face inicial é
desconhecido. Há uma necessidade “subjetiva” do pacienteenãosepodepreveroresultadodo
tratamento.
primeiropassoérealizaroPSR.Depois,realiza-seoíndicedeplacaeodesangramento.Deve-se
O
Deve-seestabelecer o diagnóstico da doença periodontal,o plano de tratamento e o prognóstico. instruiropacientesobrehigieneoraleremoverfatoresretentivos.Porfim,realiza-searaspagem.
Em uma segundaconsulta,utiliza-seasoluçãoevidenciadoradeplacaealimpezatradicionaldos
Medidas terapêuticas e preventivas - Terapia periodontal associada à causa e saúde periodontal
dentespelopacienteealimpezadassuperfíciescomplacapelopaciente.Realiza-seumaprofilaxia
Fases da terapia periodontal e introduz-se o uso de fio dental. Na terceira sessão, inicia-se o preenchimento do Periograma,
apósoíndicedeplacaesangramento.Nassessõesseguintes,deve-semotivaropacienteerepetir
● e xame clínico e radiográfico (anamnese – fatores sistêmicos e ambientais, plano de omesmoprocedimentodasessão.Apósrealizarainstrumentaçãosubgengival,deve-sereceitar15
tratamento provisório e identificação de condições agudas) ml de digluconato de clorexidina 0,12% de 12/12h por 4 semanas para paciente não tão
● terapia associada à causa cooperativos e realizar uma reavaliação para retirada da clorexidina.
● reavaliação
● tratamentocorretivo(procedimentoscirúrgicoscompacientecomplacaabaixode15%)ou
terapia periodontal de suporte(manutenção).
● P rimeira consulta – PSR, IP, IS, Instrução de higiene oral, Remoção de fatoresretentivose Influência do debridamento mecânico no biofilme subgengival
Raspagem
d
● iminuiçãodonúmero total de microrganismos
● Segunda consulta – solução evidenciadora de placa, limpeza tradicional dos dentes pelo
● redução de microrganismos dos complexos vermelho e laranja
paciente, limpeza das superfícies com placa pelo paciente, profilaxia e fio dental
● aumento na proporção de cocos e bastonetes Gram-positivos aeróbios
● Terceira consulta– IP, IS, Periograma
● Sessões seguintes – motivar paciente e repetir importância do profissional na motivação do paciente: Na ausência de cuidados caseiros
A
adequados, poderá ocorrer, em algumas semanas, o restabelecimento da microflora pré
Procedimentos terapêuticos
tratamento, bem como o recuo dos ganhos clínicos até então obtidos.
● r emoção total de cálculo
Sequência da fase operatória
● ajuste ou substituição de restaurações e próteses mal adaptadas
● restauração de lesões de cárie
● instrução de higiene oralpara o controle da placa
● movimentação ortodôntica ● remoção decálculo supragengival
● tratamento de áreas com impactação alimentar ● recontorno de restaurações e prótesesdefeituosas
● tratamento de trauma oclusal ● restauração de lesões cariosas
● exodontia de dentes condenados ● instrução de higiene oral para o controle da placa
● alisamento radicular
Detecção e remoção do cálculo dental
● reavaliaçãodos tecidos periodontais
efeitodeletériodocálculosupragengivalédevidoaoacúmulodebiofilme.Aorealizararaspagem
o
A reavaliação é feita entre 4 a 6 semanas e o Periograma deve ser refeito.
subgengival, deve-se remover cemento contaminado e realizar o alisamento radicular. Há vários
fatores que influenciam na remoção de cálculo. Desinfecção total da boca
Métodos utilizados para debridamento das superfícies radiculares
● aspagem e alisamento radicular em 24 horas
R
● Irrigação subgengival com gel de clorexidina a 1% (3x 10/10 minutos)
● instrumentos manuais, raspadores sônicos e ultrassônicos, instrumentos de movimento
● Escovação da língua com gel de clorexidina a 1%
alternado e terapia ablativa a laser.
● Bochecho com clorexidina 0,12%
instrumentação manual depende da habilidade do operador, condições dos instrumentos,
A
Dor e desconforto após terapia periodontal não-cirúrgica
princípios de instrumentação e profundidade de bolsa e região afetada.
● L iberação deprostaglandinas, bradicinina e histamina=percepção de dor no SNC
C
● ada bolsa deve serinstrumentadaporcerca de 10minutos
● Sensibilidaderadicular /efeito colateral de alisamentoradicular meticuloso?
● Acada 12 golpes feitos com a cureta, deve-se afiaro instrumento.
● Ansiedade e antiinflamatórios
entesmultirradicularescomenvolvimentodefurcatemmaiorproporçãodeperiodontopatógenos
D ● Em média:dor leve a moderada e transitória
emelhora clínica menos efetiva após debridamentomecânico.
Avaliação do debridamento radicular
Limitações do debridamento em campo fechado
omomentodaexecução,deve-serealizarainspeçãovisual(espelhoearcomprimido)eousode
n
● E m mais de 90% dos casos, depósitos de placa e cálculo persistem nos sítios com explorador ou sonda fina(asuperfície radicular deveestar lisa igual a superfície do esmalte).
profundidades de bolsa > 5 mm.
avaliação baseada na resposta tecidual não deve ser realizada antes de 2 semanas. Deve-se
A
● Clínicos commais experiênciaalcançamníveis superioresna remoção de cálculo
aguardaracompletacicatrização.Deve-serealizaradocumentaçãoconstantedoíndicedeplacae
● emalgunsestudos,50%oumaisdassuperfíciescomPS>7mmmostraramcálculoresidual
sangramento.
independente da metodologia utilizada.
Reavaliação
I nfluência do debridamento mecânico em tecidos periodontais acometidos pela doença
periodontal R
● estabelecimento doepitélio juncional: 1 a 2 semanas.
● Reparo dotecido conjuntivo:4 a 8 semanas.
● r eduçãodaconcentração de produtos bacterianoseprodutos dotecido doente
● Colonizaçãodasbolsasperiodontaistratadasnaausênciadeadequadocontroledeplaca:2
● reduçãodofluxo do fluido crevicular gengival
meses.
● neutralização do pH do biofilme
● diminuição da profundidade de bolsa 4 a 6 semanas após término da Terapia Inicial – reavaliar
● diminuiçãodainflamação e edemacomreadaptação doepitélio juncional.
● Eliminação das infecções dentais
● P
rofundidadedesondagem,sangramentoàsondagem,níveldeinserçãoclínico,mobilidade, Classificação das Condições e Doenças Periodontais é a atualmente utilizada (AAP/EFP, 2017) e
A
envolvimento de furca, fatores locais,índica e de placa e higine oral. dividida em gengivite, periodontite e doenças perimplantares. Há grupos classificados em saúde
periodontal, condições e doenças gengivais; periodontites; outras condições que afetam o
fechamentodabolsasedápordoisfatores:retraçãogengivaleoepitéliojuncionalsereadapta
O
na superfície periodontal. Ou seja, não ocorre regeneração, mas sim, o reparo na cicatrização periodonto; e condições e doenças perimplantares.
periodontal.
esumindo: não é regeneração, a cicatrização após a RAR é um reparo( juncionallongo,retração
R
gengival e pequena deposição óssea)
Conclusões finais
● A terapiaperiodontalrelacionadaàcausaéaprimeiraetapanasequênciacronológicados
procedimentos necessários para otratamento da doençaperiodontal.
● Raspagem supra e subgengival resulta no rompimento mecânico da placa de biofilme e,
associada a um efetivo controle de placa realizado pelo paciente, persiste como a
modalidadepadrão ouropara otratamento periodontal
I ntrodução: a junção cemento-esmalte divide a coroa dental da raiz. Na normalidade, o epitélio
juncional está inserido ao dente e, apicalmente a ele, há o tecido conjuntivo com fibras S aúdeperiodontal:algunscritériosdevemserconsideradosparaclassificarumpacientecomsaúde
dentogengivais, que promoveminserção.Ocemento,otecidoósseoeoligamentoperiodontalsão periodontal.Pode-setersaúdegengivalclínicaemumperiodontointacto(semperdadeinserção);e
responsáveis pelo suporte do elemento dental. Há perda de inserção quando o epitélio juncional saúde gengival clínica em um periodonto reduzido (em que já houve perda de inserção, mas no
migra apicalmente. Há bolsas que surgem em casos sem perda de inserção quando há aumento momento, se apresenta com saúde. Há pacientes periodontalmente estáveis e pacientes não
gengival (de colágeno), resultando em uma falsa bolsa. Trata-se de uma bolsa gengival, e não periodontais, com recessão gengival ou aumento de coroa clínica, por exemplo).
periodontal.Quandoaraizdentáriaestáexpostaeháperdadeinserção,tornando-secontaminada, → S aúdegengivalcomperiodontointacto:paraconsideraropacientecomsaúdegengivalcom
inicia-se a periodontite. Nesses casos, é possível nem terbolsa,poisoepitélioeagengivapodem periodonto intacto, não há perda de inserção à sondagem, perda óssea radiográfica e
retrairtambém,principalmentequandoopacientetemumfenótipofinoenafacevestibular(sendo profundidade de sondagem maior que 3 (bolsa). Contudo, ele pode apresentar
assim, não haverá a formação de bolsa). A profundidade de sondagem é a medida da margem sangramentoàsondagemdeaté10%(édifícilumpacientequenãotenhasangramentona
gengivalatéofundodosulcodabolsa(epitéliojuncional).Ocomportamento,osfatoresambientais, cavidade bucal inteira, porcontadebiofilme).10%desangramentoéalgocompatívelcom
o risco genético e os efeitos epigenéticos são fatores que podem levar à periodontite. saúde.
BS: toda periodontite tem perda de inserção. Dessa forma, o que diferencia a gengivite da
O → Saúde gengival com periodonto reduzido: para considerar opacientecomsaúdegengival
com periodonto reduzido, há perda de inserçãoàsondagem(poroutromotivosemsera
periodontiteéaperdadeinserção.Contudo,nemtodaperdadeinserçãoésinônimodeperiodontite
periodontite),épossívelquehajaperdaóssea,aprofundidadedesondagemémenorque3
(àsvezes,oindivíduopodeterretração,maspodenãoterperiodontite.Essaretraçãopodetersido
mm (sem bolsas) e sangramento de até 10%.
ocasionada por um fenótipo fino ou escovação traumática, por exemplo).
→ Saúde gengival com estabilidade periodontal: para considerar o paciente com saúde
gengival com estabilidade periodontal (isto é, ele já teve periodontite), há perda de
bjetivos da classificação das doenças e condições periodontais: o sistema de classificação é de
O inserçãoàsondagem,perdaóssearadiográfica,deveterprofundidadedesondagemmenor
grande importância para o realizar planejamento do tratamento. Essa classificação é feita não que4mm(bolsarasa)ecomsangramentodeaté10%.Deve-seficarsempreatentoaesse
somente em casos de doenças, mas em condições periodontais que não necessariamente são paciente, pois a periodontite pode recorrer (este deve receber terapia periodontal de
doenças (ex: retração, sorriso gengival, pigmentação por cigarro, entreoutros).Sãocondiçõesque suporte).
afetam o periodonto e diferem das características de normalidade, como gengiva rosa-pálido e
aspecto de casca de laranja e, por isso, não são necessariamente doenças.
BS:opacientequeteveperiodontitedeveterumacompanhamentocontínuosempre(manutenção
O
periodontal periódica). Ele terá umriscoaumentadoderecorrênciadadoença,umavezqueelejá
Casos de gengivite:
apresentou periodontite no passado.
OBS 2: o sangramento à sondagem não é feito com asonda OMS, mas sim com a Carolina do Norte. ❖ G engiviteemumperiodontointacto:paraconsideraropacientecomgengiviteemum
OBS3: emcasosdeperiodontoreduzido,opacientetevedoençaperiodontal(masnãopossuimais) periodonto intacto, não há perda de inserção, perda óssea radiográfica e bolsas (a
ou apresentarecessão gengival. profundidade de sondagem é de até 3 mm). Contudo, o sangramento àsondagemé
OBS4: oespaçoentreoepitéliojuncionaleainserçãoconjuntivaéchamadodeespaçobiológicoe maior que 10%.
❖ Gengiviteemumperiodontoreduzido:paraconsideraropacientecomgengiviteemum
separa o meio interno do externo.
periodonto reduzido (paciente não periodontal), há perda de inserção, é possível ter
perdaóssearadiográfica,nãohábolsas(aprofundidadedesondagemédeaté3mm)e
o sangramento à sondagem é maior que 10%.
❖ Gengiviteemumpacienteperiodontal:paraconsiderarumagengiviteemumpaciente
periodontalestáveltratadocomsucesso,háperdadeinserção,perdaóssearadiográfica
e profundidade de sondagem de até 3mm,alémdesangramentoàsondagemmaior
que 10% (sehouver uma bolsa de 4 mm, já se consideraperiodontite).
OBS: de 10 a 30% dos sítios, a gengivite é localizada. Com mais de 30% dos sítios, a
gengivite é generalizada.
engivites induzidas por biofilme dental: a gengivite induzida por biofilme pode estar em um
G
periodontointacto;emumperiodontoreduzidoemumpacientenãoperiodontal(ex:comretração
gengival);eemumperiodontoreduzidoemumpacienteperiodontalquefoitratadocomsucesso.
As abordagens clínicas desses três casos são diferentes.
S ubdivisões das gengivites induzidas por biofilme dental: a gengivite pode ser associada apenas
combiofilme,podesermediadaporfatoresderiscosistêmicos(modificadores)eporfatoresderisco
locais (predisponentes).
s fatores de risco sistêmicos podem aumentar a gengivite por causa de alterações na resposta
O
inflamatória gengival à presença da placa, como tabagismo, desordens metabólicas, alterações
hormonais (ex: gravidez), hiperglicemia, deficiências nutricionais (como escorbuto), drogas
imunossupressoras, condições hematológicas (ex: leucemia), entre outros. Esses fatores,
juntamente com o biofilme, contribuem para a ocorrência da gengivite. Por exemplo, o paciente
pode apresentar umaalteraçãoemsuarespostaimuneinflamatória,oquefazcomqueeletenha
marespostaexageradaàpresençadebiofilme,podendoresultaremumagengivitemaisseveraou
u f raturas ou trincas, pacientes com variações anatômicas (como projeções cervicais de
que progrida mais rápido para uma periodontite. esmalte), entre outros.
Osfatoresderiscolocaisincluemfatoresretentoresdeplacabacteriana(quedificultamaremoção
asodeperiodontite:opacientedeveterperdadeinserçãoclínicainterdentaldetectávelem2ou
C
de biofilme), ou seja, há predisposição ao acúmulo de biofilme pela capacidade de favorecer maissítiosemdentesnãoadjacentesouperdadeinserçãoclínicavestibularde3mmoumais,com
acúmulo e dificultar aremoçãopelastécnicasdecontroledeplacaqueopacienteusa.Emrelação profundidade de sondagem maior que 3 mm em 2 ou mais dentes. Diversos são os fatores
aosfatoreslocais,hámalformaçõesdedesenvolvimentodentárias,quepodematuarcomofatores associados àperiodontite, como fatores de risco ehábitos do paciente.
retentores de placa, como projeção cervicaldeesmalte,péroladeesmalteesulcosprofundos.A
xerostomia também pode ser um fator predisponente, além de casos de aumento gengival BS: o sangramento considerado é o sangramento à sondagem (e não o sangramento gengival
O
influenciado por medicações (bloqueadores de canais e cálcio, como a nifedipina; obtido no índice de sangramento gengival).
imunossupressoras, como a ciclosporina; e anticonvulsivantes, como a fenitoína) e restaurações Classificação atual da periodontite: a periodontiteé dividida em estágios e graus.
com sobrecontorno. O biofilme é necessário para quehajaessascondições.Pacientescompouca E stágios: há a severidade, a complexidade e a extensão. A severidade inclui a perda clínica de
saliva apresentamumamaiorcapacidadedeacúmulodebiofilme.Alémdisso,quandoopaciente inserção interdental nos sítios, a perda óssea radiográfica eaperdadentária(dentesperdidospor
respira pela boca, oar resseca obiofilme da regiãoanterior, o que predispõe a gengivite. periodontite).Acomplexidadeéoquãocomplexoéotratamentodadoença,ouseja,osfatoresque
OBS: projeções cervicais de esmalte devem ser removidas, pois dificultamahigienização,alémde dificultam o tratamento. A extensão pode ser localizada (menos de 30% dos dentes envolvidos),
que a inserção não ocorre em esmalte. generalizada(30%oumaisdosdentesenvolvidos)oupadrãomolares/incisivoseestárelacionadaà
● Doenças gengivais não induzidas por placa dental: várias apresentam envolvimento quantidade de dentes envolvidos com perda de inserção (deve-se ter pelo menos 2 dentes com
sistêmicoeestãolocalizadasnacavidadebucal.Essascondiçõessãorarasesãomaiscomuns perda de inserção).
em pacientes imunocomprometidos e em pacientes com baixo poder socioeconômico. áquatroestágios,sendoelesoI(periodontiteinicial),II(periodontitemoderada),III(periodontite
H
Nesses casos, são lesões não causadas pela placa bacteriana. Contudo, o biofilme pode
avançada, em que a perda óssea ocorre em até 1/3 médio ouapical.Contudo,hápreservaçãoda
exacerbar as lesões, ou seja, potencializar a gravidade da lesão, apesar da lesão não ser
função mastigatória) e IV (periodontite avançada com consequências complexas para a função
dependente do biofilme. Essas doenças incluem a fibromatose gengival hereditária
mastigatória,compotencialdeperdadetodaadentição).Noestágio1,deve-seatentaràidadedo
(crescimento gengival), infecções específicas (algumas doenças sexualmente
paciente.Quandooinícioéprecoce,issodenotaumaaltasuscetibilidadeàdoença.Noestágio2,há
transmissíveis,comogonorreiaesífilis,quepodemresultaremlesõesorais;herpestipo1;
candidíase), entre outras. Há também condições inflamatórias e imunes (ex: pênfigo; umadoençajáestabelecida,mascomtratamentoprevisível.Emrelaçãoàseveridade,nosestágios1
penfigoide; líquen plano, entre outras), lesões traumáticas, pigmentação gengival (ex: e2,opacientenãoapresentanenhumaperdadentáriadevidoàperiodontite.Noestágio3,háaté4
melanose do fumante, tatuagem por amálgama e pigmentação induzida por algumas perdasdentáriasporperiodontite.Noestágio4,há5oumaisperdasdentáriasporperiodontite.Em
drogas, como minociclina), alergias (ex: material restaurador; o diagnóstico de lesões de relação à complexidade, no estágio 1 há bolsas de até 4 mm eperdaósseahorizontalfácildeser
hipersensibilidade é feito por exclusão; deve-se remover o fator causador), escovação tratada,comresultadoprevisível.Noestágio2,hábolsasdeaté5mm.Noestágio3,hábolsasde6
traumática(principalmente em fenótipos finos),queimaduras,entre outros. mmoumais,perdaósseavertical,defeitodecristamoderadooulesãodebifurcaçãoclasseIIouIII.
OBS: é importante realizar o diagnóstico diferencial quando as lesões se encontram em Contudo, sua mastigação ainda está preservada. A partir doestágio3,otratamentosetornamais
gengiva. Aftas não ocorrem em regiões de gengiva queratinizada. Sendo assim, deve-se complicado, pois o paciente pode ter lesão de bifurcação, bolsas mais profundas, defeitos
desconfiar de outras lesões. intraósseos,entreoutros.Oquediferenciaoestágio3doestágio4éanecessidadedereabilitação
OBS2: eritemagengivallinear(linhaavermelhadapróximaàgengivamarginal)egengivites oralcomplexanoestágio4devidoàdisfunçãomastigatória,traumadeoclusão(colapsodemordida)
necrosantespodemestarassociadasaimunossupressão.Seopacienteestivercomumbom resultando em mobilidade dentária grau II (a oclusão não balanceada pode piorar a mobilidade),
controle de biofilme, não haverá sangramento à sondagem. Isso ajuda no diagnóstico defeito de crista óssea severa, colapso oclusal e menos de 20 dentes remanescentes (10 pares
diferencial. antagonistas).
A classificação deve ser feita de cima para baixo e da esquerda para a direita. Deve-se sempre
GRUPO II (periodontites): selecionarodentecomopiorprognóstico(ex:piorperdadeinserção).Porexemplo,seemumitem
● C lassificação: há perda de inserção e mudanças na altura e densidade do osso alveolar. opacienteapresentaalgumacondiçãodoestágio2e,napróximalinha,apresentaalgumacondição
Pode haver bolsas periodontais e recessão gengival. É classificada como periodontite, do estágio 3, ele já se caracteriza como estágio 3. Se na próxima linha ele apresentar alguma
doenças periodontais necrosantes e periodontite como manifestação de doenças condição do estágio 1, ele permanece no estágio 3 (o paciente nunca retrocede. Ele pode
sistêmicas. permanecer no mesmo estágio ou avançar de estágio). Deve-sedefinirodiagnósticocombaseno
● Periodontite: nemtodaperdadeinserçãoéperiodontite. Outrascondiçõespodemlevarà periograma. As radiografias são utilizadas na tabela de graus.
perda de inserção, como recessões gengivais associadas a outros fatores (ex: escovação
OBS: a periodontite molar-incisivo também era chamada de periodontite agressiva, pois progride
traumática), dentes quepassaramporaumentodecoroaclínica,cáriescervicais,perdade
muito rápido (são lesões em espelho, o que denota uma alteração na interrelação
inserçãoclínicanadistaldo2°molarassociadaaum3°molarimpactadomalposicionado,
biofilme-hospedeiro.Ouseja,opacientecontrolaobiofilme,masrespondedeumaformaexagerada
a o biofilme. Trata-se de uma alteração genética). Nesses casos, normalmente há só primeiros u é diabético não compensado (hemoglobina glicada de 7 ou mais). Esses pacientes podem
o
molares e incisivos afetados no início. apresentar um início e progressão mais rápidos da doença e uma severidade maior.
OBS 2: a perda de inserção é o principal parâmetropara definir a periodontite.
→ A
bscessosperiodontais:osabscessossãoexsudatos/coleçõespurulentasnaparedegengival
do sulco ou da bolsa periodontal e pode ou não ser aguda (causar dor). Leva à rápida
destruição tecidual (prognostico comprometido). São causados por invasão bacteriana no
interior do tecido ou impactação de corpo estranho, resultando em uma alteração na
resposta imunoinflamatória do paciente. Há predominância de polimorfonucleares (PMN).
Se o dente não for tratado logo, seu prognóstico se torna comprometido. Há sintomas e
sinais diversos, como elevação ovoide em gengiva ou mucosa alveolar, supuração,
sangramento à sondagem, dor, mobilidade aumentada (por conta de inflamação do
ligamentoperiodontaleodentepodeestarlevementeextruído)ebolsasprofundas(quando
opacienteapresentaperiodontite).Háabscessosempacientesperiodontaiseempacientes
quenãosãoperiodontais.Empacientesperiodontais,háaexacerbaçãodadoençaporalgum
motivo,comoestresseouemcasosemqueéfeitaaraspagemsubgengivaleocálculonãoé
removido do fundo da bolsa, por exemplo, podendo resultar em um abscesso. O uso de
algumas medicações também pode resultar no surgimento de abscessos, como os
RUPO III (outras condições que afetam o periodonto):
G antimicrobianos sistêmicos, que matam todos os microrganismos e permitem que alguns
Doenças ou condições sistêmicas que afetam os tecidos periodontais de suporte: algumasestão patógenosoportunistasquenãosãoeliminadospelomedicamentosurjam.Jáempacientes
associadas ao biofilme e a condição sistêmica agrava o quadro e outras levam a destruição do nãoperiodontais,oabscessopodesercausadoporimpactação,hábitosprejudiciais,fatores
periodonto independentemente da presença de biofilme. São divididas em doenças e condições ortodônticos,aumentogengivaloualteraçõesdasuperfícieradicular(ex:reabsorção,densin
raras; doenças e condições comuns; e condições raras que levam à destruição periodontal, dente, perfurações, fissuras, fraturas, pérolas de esmalte, alterações anatômicas, entre
independentemente de inflamação associada ao biofilme dental. outras, que favorecem a invasão bacteriana).
→ D
oençasecondiçõesraras:sãodoençasecondiçõesqueinterferemnosistemaimunológico
do paciente de grande impacto no processo inflamatório da periodontite e levam à
ocorrência precoce de periodontite severa (início rápido). Tem associação com obiofilme.
Comoexemplo,háassíndromesgenéticas,comoasíndromedeDown,síndromedePapillon
Lefèvre e síndrome de Chediak-Higashi, deficiência da adesão leucocitária, leucopenias
severas, entre outras.
rognóstico.Ograu1setratadeumabolsaperiodontalestreitaemumasuperfície;ograu2setrata
p
deumabolsaprofundaelargaemumasuperfície;ograu3setratadeumabolsaemmaisdeuma
superfície (ex: vestibular e mesial).
eformidades e condições mucogengivais: deve-se avaliar a presença de recessões gengivais;
D
número de recessões adjacentes; posição dentária (ex: dente vestibularizado); fenótipo gengival
BS: quando há dor, o abscesso é agudo. Quando nãohá dor, o abscesso é crônico.
O (espessura e largura gengivais – faixa de gengiva queratinizada presente); lesões cervicais não
OBS 2: quando o paciente apresenta abscessos múltiplos, provavelmente há alguma condição cariosas ou lesões de cárie; presença de freio aberrante (inserção anômala, próxima à margem
sistêmica associada (ex: diabetes descontrolada). gengival); eprofundidadedevestíbulo(deve-seterumaprofundidadeadequadadevestíbulopara
→ Lesões endo-perio: é uma comunicação patológica entre os tecidos pulpar e periodontal, queopacienteconsigafazerahigienização).Pacientescomfenótipogengivalfinoapresentammaior
sendoamaiscomumnoápicedodente,epodeounãoseraguda(causardor).Trata-sede predisposição a retrações gengivais.
um fator complicador no tratamento. Pode ser dividida em lesão primária na polpa e
secundária no periodonto; lesão primária periodontal e secundária napolpa;elesõesque OBS: as deformidades mucogengivais devem ser marcadascom asterisco (*) no PSR.
acontecem concomitantemente em polpa e periodonto (lesão combinada ou verdadeira). → Recessão gengival: tem etiologia multifatorial, como escovação traumática, movimento
Comocaracterísticas,hábolsasperiodontaisouperdasósseasatéoápiceradicularouatéa ortodôntico, margens restauradoras subgengivais e fenótipo gengival fino. Em algumas
região de bifurcação; o teste de sensibilidade pulpar é negativo; podem ser agudas ou situações, é possível recobrir com procedimentos cirúrgicos e enxertos utilizando
crônicas; a dor pode ser espontânea ou à percussão/palpação; pode haver mobilidade, biomateriais,principalmentequandonãoháperdadepapila(perdadeinserçãonasregiões
interproximais). Quanto maior a perda de inserção, pior o prognóstico.
sangramento à sondagem, supuração, BoP, fístula e alterações de cor e edema.
→ Fenótipoperiodontal:ofenótipoéaespessuraealturadagengiva.Eledeterminaosucesso
São divididas em lesões endo-perio com dano radicular (fratura ou trinca radicular,perfuraçãodo
dotratamento.Ofenótipoéfinoquandoasondaévistaportransparênciadentrodosulco.
canalradicularoudacâmarapulparereabsorçãoradicularexterna)ousemdanoradicular(quepode
O fenótipo espesso é quando a sonda não é vista por transparência dentro do sulco. A
ocorrer em pacientes periodontais e em pacientes não periodontais, divididos em graus1,2e3).
largura de tecido queratinizado também é importante e pode ser determinada atravésda
Quandohádanoradicular,oprognósticoémuitodesfavorável.Emrelaçãoàlesãoendo-periodeum uniãomucogengival.Quandoelanãoévista,pode-setracionarasondaperiodontaldeapical
dente sem dano radicular, quando o pacienteéperiodontal,amicrobiotadesuacavidadebucaljá paracoronal.Quandoelafizerumadobra,elaencontrouauniãomucogengival,porcontada
está alterada, sendo o tratamento mais difícil em comparação a um paciente não periodontal. diferença entre o tecido frouxo e a gengiva inserida. Quando o paciente não tem essa
Deve-sereverteroquadrodeperiodontitenabocatoda,enãosomenteodentequeapresentalesão gengiva, podem ser feitos enxertos.
endo-perio. Quando a doença está localizada e a bolsa está estreita e profunda, é mais fácil de
realizarotratamento(adescontaminaçãodaraizémaisfácil).Quandomaisextensaadoença,pioro
igienizaçãopelopaciente),restauraçõesinvadindooespaçobiológicoformadopeloepitélio
h
juncional e inserção conjuntiva (com excesso ou sobrecontorno) ou ásperas, excesso de
cimento, entre outros.
BS: a erupção ativa ocorre até que o dente se encontre com seu antagonista. Após isso, o
O
periodontoseencontraumpoucomaiscoronaldoqueonormal.Elevaiseacomodando,ficando
próximo à junção cemento-esmalte (na normalidade, a margem gengival fica de 1 a 2mmda
JCE). Essa é a erupção passiva (migração do periodonto apicalmente até que a gengiva se
acomode próxima à JCE). Alterações na erupção passiva podem resultar em sorriso gengival.
BS 2: o aumento de coroa é feito para recuperaçãodo espaço biológico.
O
E m relação aos parâmetros e critérios para diagnosticar o paciente com perimplantite, S upuração e sangramento à sondagem:
quando há o registro das radiografias, o paciente tem perimplantite quando apresenta são sinais evidentes de inflamação e de que o biofilme precisa ser retirado.
sangramento e/ou supuração àsondagem,profundidadedesondagemaumentadaquando
nálise da mucosa queratinizada
A
comparada com sondagens prévias e/ou recessão do tecido mole e perda óssea além da
a mucosa queratinizada mostra cor, consistência, pontilhado em forma de casca de laranja,
remodelação óssea inicial. Na ausência de registros prévios, deve-se verificar se há espessura e largura do tecido e presença de freios e bridas. Pode-se ter uma mínima faixa de
sangramento,bolsade6mmoumais(profundidadedesondagem)eníveisósseoscommais gengivainseridaeumelementocomsaúde,contudo,émaisfácildemantersaúdequandoháuma
de3mmapicalmenteàporçãomaiscoronaldaparteintraósseadoimplante(perdaósseade faixa de gengiva inserida.
3 mm ou mais).
OBS: o que diferencia a saúde de doenças perimplantares é o sangramento à sondagem Fenótipo periodontal
(presente em doenças perimplantares). O que diferencia mucosite de perimplantite é a
fenótipopodeseralteradodeformalocal,assimcomoaepigenética,pormeiodeprocedimentos
O
perda óssea (presente na perimplantite).
cirúrgicos,paraalteraraespessuradotecidodopaciente.Contudo,ofenótipogeraldopacientenão
Deficiênciasdetecidosmolesedurosperimplantares:apósaexodontia,deve-sefazeruma
● é possível de ser alterado.
preservação do alvéolo, com enxertos e/ou biomateriais, por exemplo, para não perder
altura e espessura do alvéolo. Fatores agravantes incluem a periodontite (o paciente já • po I:No fenótipo tipo I, há umaadequada alturae espessura de mucosa queratinizada.
ti
apresentava perda ósseanolocal),tabuasósseasfinas(poisodenteeravestibularizadoou • tipo II:há umaadequada espessura e pouca alturade mucosa queratinizada.
linguarizado), infecções endodônticas, fraturas radiculares, exodontias traumáticas, • tipo III:há umaadequada altura e pouca espessurade mucosa queratinizada.
condiçõessistêmicas,entreoutras.Deve-sepreservaraomáximoatábuaóssea.Aausência • tipo IV:há umaaltura e espessura insuficientes demucosa queratinizada.
de mucosa queratinizada também deve ser levada em consideração ao instalar um implante.
agente etiológico da recessão gengival quando não há uma situação de doença periodontal
O
(periodontite)éotraumadaescovação.Paraquehajarecessão,háumossofinoeumtecidofino,
associado aobiofilme e escovação traumática, ocorreuma inflamação por trauma.
– Profa. Daniela
Exame de mobilidade dental
• grau 1 há mobilidade no sentidohorizontal–0.2 a1mm
• No grau 2, há mobilidade no sentidohorizontalmaiorque 1 mm.
PLANO DE TRATAMENTO PERIODONTAL • No grau 3, há mobilidadeshorizontal e vertical
ssim, a gengivite é um fator de risco, quando observada por métodos de monitoramento
A
FATORES MODIFICADORES DAS DOENÇAS PERIODONTAIS periódico,afimdedeterminarsuacronicidade,poiselatambémpodesereventual(apóssemanade
MEDICINA PERIODONTAL prova). Deve-se sempre associar o estado da doença com aidade,paradeterminaroquantoesse
pacienteéresistenteàprogressãodadoença,porexemplo,umjovemde20anoscomgengivitee
uma idosa com 50 anos com gengivite, no qual a idosa é mais resistente a inflamação.
Considerações iniciais
Oshábitos comportamentaise dehigienetambém sãoum fator de risco.
É necessária uma combinação de fatores e quanto mais fatores de risco, maiores as chances do
Fatores de risco que levam ao desenvolvimento da doença periodontal paciente vir a ter doença com progressão mais rápida. Portanto, é preciso eliminar o agente
causador e controlarofator de risco.
sfatoresderiscomodificamograudepredisposiçãoinflamatória,interferindonaprogressãoda
O
doença.Osfatoresderiscosãoumalistadepotenciaissituaçõesqueirãointerferiremumresultado
futuro.No entanto, o fator de risco não indica quehaverá o problema, o fator de risco modifica. Susceptibilidade
ábitosetraumastambémsãofatoresderisco,comoapresençadepiercingsintraorais,emlábios.
H
Assim, quando se tem trauma, há inflamação, somada à inflamação da DP, leva à progressãoda 27/05/2022 - prof. Taba
doença. Logo, se agengivaforfina,ocorreretraçãonagengiva;seagengivaforespessaháperda
óssea e formação de bolsa. Aespessura gengival éum fator de risco ou determinante. PERIODONTIA E A SAÚDE GERAL – IMPLICAÇÕES NA PRÁTICA CLÍNICA
● f ator de retenção (restaurações, cálculo, prótese mal adaptada)
● aparelho ortodôntico Considerações iniciais
● piercings (inflamação por trauma)
● espessura gengival (fator determinante) periodontiteéumadoençacrônica,inflamatóriaequepersisteporumlongotempo.Énecessário
A
● gengivite umconjuntodefatoresparaqueadoençaseinstale.Umeventoinflamatóriolevaaconsequências
● entre outros clinicas, no qual esse processo inflamatório iniciacomendotoxinas,tantoemgengivitequantoem
periodontite, diferenciando na reabsorção óssea e nas células imunológicas. Para que ocorra a
Conceitos atuais doençaé necessáriobiofilme,fatores de risco e processoinflamatório.
As primeiras células de defesas que chegam no tecido são os neutrófilos, que são estimulados a
engivite: a incidência da gengivite é próxima de 100% (reversívelealtamenteprevalente)etem
G distancia pelo biofilme. A dificuldade da ação dos neutrófilos, que está no tecido, éeleconseguir
relação direta com a higiene oral. A gengivite nãonecessariamente evolui para a periodontite. “jogar” protease onde o biofilme esta (fora da gengiva). Nessa tentativa, essas colagenases e
proteases são liberadas na margem gengival, que gerará problema. Por isso, a resposta do
eriodontite: As formas graves são raras. Uma pequena fração da população concentra a maior
P hospedeiro possui impacto na progressão da doença. Quanto mais mediadores participam, mais
parte dos sítios com doença severa. A doença periodontal evolui através de surtos, seguidos de células são recrutadasparaaregião.Essasinterleucinascomeçamaativaroutrascélulas,comoos
períodos de remissão. osteoclastos,quereabsorverãootecidoósseo.Esseseventosdiminuemooxigêniodotecido,oque
levará a uma microbiota gram-negativa.
Desde o rompimento dos dentespodehaverinflamação(infância).Todainflamaçãoéumfatorde
Parâmetros risco e precisa ser controlada.
O tratamento da doença periodontal é complexo e requer remoção mecânica do biofilme e
Í ndice de sangramento (indica higieneoralduranteasemana)eoíndicedeplaca(higieneoraldo utilização do fio dental. Os antibióticos poderão ser utilizados em alguns casos,maspodeocorrer
dia),sendoqueoíndicedesangramentoindicaapresençadebiofilmeemumprazomaislongode resistência bacteriana. Além disso, a doença periodontal écrônicaecomousodoantibiótico,ele
tempo.IPbaixoeISdemargemalto:escovouosdentesparaaconsulta,masmantemhábitosruins matará as bactérias, que após algumas semanas se proliferarão novamente por conta do novo
durante o dia. biofilme formado. Os anti-inflamatórios não são utilizadosparatratamentodadoençaperiodontal
por contado risco,oqualdeveserdosado,porexemplo,devemospensarsevaleapenaoriscode
s angramento a sondagem da bolsa: alguns segundos após a inserção a sondanabolsaindicaum desenvolvimentodeumadoençacardíacaparaumtratamentodentário.Sefornecessárioousodo
processo inflamatório ativo, necessitando ainda das terapias mecânicas para redução da bolsa anti-inflamatório ele deve ser utilizado por pouco tempo.
periodontal. Os mediadores inflamatórios ajudam a proteger contra a agressão bacteriana, mas, ao mesmo
tempo,destroemotecido(efeitocolateraldainflamação)senãoforbemmodulada,resultandoem
erda de colágeno. Se a inflamação não for tratada, será uma agressão contínua na vida do
p imunossupressãoedificuldadederespostaainfeçãoecicatrização,quepodegeraraumento
paciente. da resistência a insulina e posteriormente aterosclerose.
L PS – IL-1 – IL-6 – Proteína C reativa – monócito – aterosclerose
●
Conceito de infecção focal – histórico ● Bacteremia – p. gingivalis – Proteínas associadas agregação plaquetária (PAAP) –
● William Hunter em 1900 recomendava a exodontia múltipla: naquela época não havia aterosclerose
tratamentoeficazparaabscessos,quepodemlevarabacteremia,sepseeatéaóbito.Hoje, ● Fator de risco + hipertensão + dietas ricas em gordura =PLACASDEATEROMAS–riscode
mesmo com a colocação de implante, haverá formação de biofilme, sendo necessário a morte.
cooperação do paciente.
● Conceito não resistiu aos relatos dos anos 1940 a 1950
● Marca-se o início damedicina baseada em evidencias Impacto das doenças crônicas na população
● Primeiracausa de mortes prematuras
O que realmente está mudando? ● Causam63%das mortes
● Ainfecção periodontal pode aumentar o risco de problemassistêmicos
partir do momentoqueháinflamaçãoemediadoresinflamatórios,estesdestruirãocolágenoe,
A
posteriormente ocorreráperda óssea. Habito de fumar
● Fumantes tem4x maisrisco deperdas dentarias
Esquema de ativação celular e destruição tecidual na periodontite ● Mais de50% das periodontitesestão em fumantes
● Aumenta onúmero de dentes afetadospela doença
E xpressão de TNF, MMPS
● ● perda ósseamaissevera
● as interleucinas ativam células que tentam proteger contra a agressão, mas começam a ● O tabagismo leva a deficiência da resposta cicatricial (falta de colágeno e fibroblastos),
destruir o tecido ósseo. Com isso, há aumento da profundidade de sondagem, perdade comprometendo os procedimentos reconstrutivos
inserção e perda óssea. ● Mecanismo de ação:causaimunossupressão(deficiênciaderespostaimuneeinflamatória,
respondendo pior à agressão, com redução da função celular) e vasoconstrição periférica
Patogênese (por ação térmica e ação da nicotina, que reduz a tensão de oxigênio local)
● oençainflamatóriacrônica destrutiva
d Impotência
● acumulo deinfiltrado inflamatórionamembrana sinovial
● destruição daarticulação e perda de função Stress
● Compromete aresposta do organismo(pode levar aperiodontitenecrosante ulcerativa)
● etiologiamicrobianaouauto antígeno
● risco aumentado dedoença periodontal em 5x
● prevalência daRA é 1,5 maior entre grupo com periodontite Considerações finais
Transmissão de bactérias:
Infecção pulmonar
● Inalaçãoconstantede bactérias
● Risco aumentado emidosos e debilitados
● Grande risco em pacientesintubados(pneumonia)
Endocardite
● Há inúmeros vasos sanguíneos na gengiva. Dessa forma, a inflamação da gengiva pode
chegar facilmenteemoutrasregiõesdocorpo,podendoresultarinclusiveemendocardite,
pois o biofilme é empurrado para dentro do tecido e se estaciona dentro da prótese
valvular.
Obesidade
● considerada comoprevisora significante de periodontite
● efeito émediado pela resistência à insulina(cercade 25% da população)
● severidade da doença periodontal aumentaà medidaque aresistência à insulina aumenta
● incidência deperda dentariaaumenta a medida quearesistência à insulina aumenta
● indivíduos com elevado índice de massa corpórea produzem níveis elevados de citocinas
(2,5x mais TNF) que levam aresistência a insulina.
Alzheimer
● perdas dentárias e doença periodontal precoce podeestarassociadaaoriscoaumentado
para doença de Alzheimer
● exposição continua à inflamação crônica pode contribuir nos processos cerebrais
degenerativos
● doença crônica antes dos 35 anos de idade aumenta o risco em 5x