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Fernando - Teologia
Fernando - Teologia
Classificação
Bibliografia 0,5
Aspectos
organizacionais
Contextualização
(indicação clara do
problema) 1,0
Descrição dos 1,0
Conteúdo Introdução objectivos
Metodologia adequada
no objecto do trabalho
2,0
Articulação do domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2,0
cuidada,
coerência/coesão
textual
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
Análise e
estudo
Discussão 2,0
1. Introdução...........................................................................................................................1
2. Objectivos da pesquisa.......................................................................................................2
4. Revisão da Literatura.............................................................................................................3
4.9.1. Imputabilidade.........................................................................................................7
4.10.1.Conceito do pecado.................................................................................................8
4.10.2.O pecado Original...................................................................................................9
5. Conclusão.........................................................................................................................10
6. Referências Bibliográficas...............................................................................................11
1. Introdução
A compreensão da pessoa humana, sua essência, dignidade, responsabilidade e conexões, é um
dos questionamentos mais profundos e universais da humanidade. Quando observamos esta
temática sob a ótica da fé cristã, somos guiados a uma compreensão enriquecida e única sobre o
ser humano.
Este estudo se propõe a explorar, analisar e refletir sobre a pessoa humana na perspectiva da fé
cristã, delineando os contornos que a fé lança sobre a existência humana. Por meio de conceitos
fundamentais como a encarnação em Jesus Cristo, a relação biológica, social, ética, simbólica e
religiosa, esta análise busca trazer luz aos aspectos essenciais que moldam a visão cristã do ser
humano.
A centralidade de Jesus Cristo como protótipo humano é um dos fundamentos desta análise.
Ele representa a perfeição do ser humano, sendo um modelo a ser seguido em nossa jornada
terrena. Além disso, este estudo explora os laços intrincados que unem cada indivíduo: desde
os laços biológicos que nos conectam à vida até os laços éticos e simbólicos que nos definem
como sociedade.
A consciência, nesse contexto, emerge como uma faculdade moral fundamental, sendo um dos
pilares que definem a responsabilidade e a dignidade do ser humano. Entender até que ponto a
consciência pode ser reta ou errônea, bem como sua formação e influência na tomada de
decisões, é crucial para compreender o papel central que desempenha em nossa existência.
Por fim, exploramos o conceito de pecado e pecado original. Na visão cristã, compreendemos
que o pecado representa um desvio do caminho moral e ético, um afastamento do propósito
divino. Este estudo busca elucidar esse conceito intrincado e sua relevância na vivência
humana.
Assim, esta análise busca lançar luz sobre o entendimento da pessoa humana na perspectiva
cristã, convidando à reflexão e promovendo uma compreensão mais profunda sobre nossa
própria existência e nosso papel no mundo.
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2. Objectivos da pesquisa
Descrever o laço biológico da vida humana, o laço social como lugar cultural, o laço social
como laço ético e o laço social como laço simbólico e laço religioso.
3. Metodologia de Pesquisa
O método de abordagem que adoptado no presente trabalho foi abordagem qualitativa com
vista a conferir as hipóteses, analisar factos, avaliar um assunto conforme suas principais
variáveis.
Quanto aos procedimentos técnicos, é uma pesquisa bibliográfica. “Entende-se por pesquisa
bibliográfica o acto de fichar, relacionar, referenciar, ler, arquivar, fazer resumos de assuntos
relacionados com a pesquisa em questão. Assim, no presente estudo, a pesquisa foi elaborada a
partir de material já publicado, fonte secundária, constituído fundamentalmente, de livros,
artigos de jornais científicos; artigos publicados em portais científicos da internet.
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4. Revisão da Literatura
4.1. A pessoa humana na perspectiva da fé cristã
De acordo com Sapato et.al (2016), a pessoa humana é uma criatura de Deus, justificada por
Jesus Cristo e prometida à divinização. A visão cristã do ser humano supõe uma estrutura
própria de quem crê, espera e ama.
Crer, esperar e amar são 3 operações reunidas que têm uma significação religiosa e designam a
verdadeira relação ao Deus verdadeiro, o Deus de Jesus Cristo (Sapato et.al, 2016).
Ora a relação dos homens a Deus é sempre de ordem activa, da classe do fazer e introduz
sempre uma dinâmica.
Esta visão do ser humano, não deve ser confundida com outras maneiras de abordar a questão
do homem. Trata-se do que o cristianismo confessa e compreende do comportamento humano
quando ele considera que a maneira de ser homem não é sem relação a Deus. O cristianismo
confessa que a condição humana é, como tal, vocação a crer, esperar e amar (Libânio e Meirad,
1998).
4.2. O protótipo do ser humano é Jesus Cristo
No seu caminho de humanidade Jesus é aquele em quem se manifesta a graça da criação que
consiste em ser Filho de Deus, vivendo a dependência a Deus e a autonomia da
responsabilidade pessoal.
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Ele reconhece e aceita a sua condição de filho e não quer de modo algum tomar o lugar do Pai.
É analisando o comportamento de Jesus que nós chegaremos a conhecer nele o HOMEM: “EIS
O HOMEM”. O justo sem pecado – o homem, o verdadeiro sem pecado, aquele que soube
guardar a todo custo a sua relação filial absolutamente plena de humanidade – a excepção que
confirma a regra porque todos os homens são pecadores. Ele é o único de entre todos, Ele é o
único por todos, ele não é o solitário mas o solidário (Sapato et.al, 2016).
Jesus permanece homem, permanece filho na sua relação com Deus e nos mostra que ser
homem é ocupar o seu lugar na criação sem jamais se cansar de ser filho e de se relacionar
correctamente de modo a compor com o universo e com os outros.
Na primeira tentação S. Lucas coloca em evidência que ser humano é respeitar uma estrutura
antropológica que diz que ninguém é humano sozinho. O ser humano faz-se por via da relação
saudável com os outros. Não se pode ser só.
Segundo Sapato et.al (2016), o homem tem necessidade de pão para viver mas ele pode
também morrer quando come demais (excesso de pão).
4.4. O laço social como lugar cultural
O pão é um alimento transformado e não bruto, por isso evoca a realidade do homem em
sociedade e sempre em cultura. O homem é um animal bio-cultural (Sapato et.al, 2016).
O pão evoca uma situação política, onde a justiça impõe o dar a cada um o necessário para
viver e subsistir a justiça social. As necessidades que fazem o homem são as mesmas que
fazem a história: comer, beber, vestir – condições de justiça elementar (Cfr. Mt 25 e Karl
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Marx).
De acordo com Libanio (2014), a nossa relação a Deus passa sempre pela relação aos outros. O
laço religioso é interno ao laço social. Ele permite uma abertura ilimitada ao outro. Nesta
resposta de Jesus há uma espécie de lei, princípio:
NÃO ...SEM; NÃO há laço religioso SEM laço biológico-social; NÃO há justiça para mim
SEM justiça para meu irmão (Sapato et.al, 2016).
A segunda tentação deixa um recado sobre a relação humana e humanizadora entre as pessoas.
Quando o tentador diz que viver é dominar os outros, é exercer violência sobre os outros, é ser
totalitário, dominando e subjugando, Jesus responde que ser homem é aceitar que viver é entrar
em comunhão, é estar ao serviço da comunhão e da paz enquanto renúncia á dominação e á
violência (Libanio, 2014).
A terceira tentação sugere que ser plenamente humano é viver sem Deus, é recusar assumir as
limitações humanas, é recusar a morte. Jesus diz-nos que ser homem é consentir a viver como
homens que conhecem a dor, o sofrimento e a morte.
Conceito da Dignidade
A dignidade da pessoa humana radica na noção de criação a imagem e semelhança de Deus.
Perante Deus, cada indivíduo representa a dignidade de género humano. A motivação mais
profunda da dignidade da pessoa humana está na revelação oferecida pelo Verbo encarnado.
Jesus veio revelar que o pai ama todos os homens independentemente das suas condições
sociais (Mt. 16,26; Lc 12,23). Por isso a igreja ensina que: O homem imagem vivente de Deus
vale por si mesmo, não por aquilo que sabe, produz ou que possui. É a sua dignidade de pessoa
que confere valor aos bens que ele usa para se exprimir e realizar-se.
O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se da escravidão das paixões, tende para o
fim pela livre escolha do bem e procura a sério e com diligente iniciativa os meios
convenientes (Gs. nº 17).
Conceito
A consciência é o núcleo mais secreto e o santuário da pessoa. Ela não é uma função, mas é a
estrutura do ser humano e pode ser identificada com a essência do ser humano. Ela revela, de
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modo admirável, a lei do imperativo categórico8, que se cumpre pelo amor a Deus e ao próximo
(GS, 16).“Na intimidade da sua consciência, a pessoa humana descobre uma lei que ela não
impõe a si mesma, mas a qual se vê obrigada a obedecer. Chamado a amar o bem e a evitar o
mal, a voz da consciência pode, quando necessário, falar-lhe ao coração mais especificamente:
faz isto, evita aquilo. Isto porque o homem tem no seu coração uma lei escrita por Deus.
Obedecer a ela constitui a verdadeira dignidade da pessoa, que será julgada de acordo com tal
lei (Cfr. Rm. 2,15-16).
4.8.1. A consciência é uma faculdade moral
Conforme observado por Sapato et.al (2016), a consciência é elemento que “manifesta aos
homens as suas obrigações morais e os impele a cumpri-las”. A pessoa humana é receptora de
normas que deve executar na intimidade da sua consciência onde descobre uma lei que lhe é
imposta. É importante sublinhar a individualidade da pessoa humana na descoberta e execução
da tal lei o que concorre para a explicação da responsabilidade pessoal do sujeito ao cometer
qualquer acto humano.
4.8.2. A Consciência pode ser recta ou errónea
Quando a consciência se encontra de acordo com a norma moral objectiva chama-se
consciência certa; no caso contrário chama-se consciência errónea. A existência de doutrinas e
correntes filosóficas que deturpam a verdade sobre o ser humano, pode influenciar a rectidão de
uma consciência. A formação errada da consciência designa-se ignorância invencível e o mal
cometido por causa da ignorância invencível, é um mal, embora não possa ser imputado á
pessoa que o comete (Sapato et.al, 2016).
É importante ter presente que a certeza não coincide com a rectidão; isto aplicado a nossa
reflexão, quer dizer que nem sempre a consciência certa é uma consciência recta. Por outro
lado, a consciência duvidosa não coincide com consciência errónea: consciência recta tem a ver
com a bondade moral do acto que se pratica (Sapato et.al, 2016).
Quando alguém está perante uma consciência duvidosa deve suspender o juízo e recorrer à
ajuda externa.
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4.8.4. A Primazia da Consciência
A voz da consciência, por ser a voz de Deus, tem de ser seguida sempre, mesmo que a sua
decisão pareça pouco clara. Na sua primazia a consciência é considerada como a norma
subjectiva suprema e final da moralidade. Mas, porque o juízo prático da consciência depende
da razão humana, que naturalmente não é infalível, pode acontecer que a consciência faça
juízos errados. Isso quer dizer que a consciência, como juízo do acto, não está isenta de erro.
Mas, mesmo quando ela erra, por ignorância invencível, a consciência não perde a sua
dignidade (João Paulo II, 1993, 62).
4.8.5. A Formação da consciência
Há uma obrigação absoluta de obedecer a consciência. Por causa disso é importante a formação
da consciência. A consciência é bem formada quando é recta e verídica, quer dizer, quando
formula o seu juízo segundo o bem estabelecido pela sabedoria do criador. Para os crentes, a
formação da sua consciência deve basear-se no ensino diligente da Sagrada Escritura e na
doutrina da Igreja, pois, por Cristo, a Igreja Católica foi constituída mestra da verdade e, por
isso, ela tem a missão de fazer conhecer e ensinar a verdade que é Cristo. Ademais, pela sua
autoridade, ela declara e confirma os princípios morais que dimanam da natureza humana
(Concílio Vaticano II, D.H.,14).
4.9. O Homem é um ser responsável e imputável
De acordo com Sapato et.al (2016), a Responsabilidade é a capacidade que os seres humanos
têm de responder pelos seus actos. Os seres humanos são considerados capazes de agir
responsavelmente uma vez que são dotados de liberdade.
A responsabilidade implica, que o ser humano pode e deve responder pelos seus actos, que, por
radicarem na sua liberdade, lhe são imputáveis. Ela é a característica do homem adulto e
consciente (Libânio e Meirad, 1998).
4.9.1. Imputabilidade
Segundo Sapato et.al (2016), a imputabilidade é dever de responder pelos seus actos.
Concorrem para a imputabilidade as seguintes condições:
Liberdade de acção;
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Ignorância, sobretudo a invencível. A ignorância vencível não exclui a imputabilidade
mas pode diminuir o seu grau;
Erro,que consiste no conhecimento falso ou defeituoso que leva à uma avaliação
equivocada ou errada da moralidade de uma determinada acção;
Distracção que é uma falta, momentânea, de conhecimento, de percepção ou de
consciência. A não imputabilidade de uma acção depende do grau de distracção que
acompanha essa acção.
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5. Conclusão
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6. Referências Bibliográficas
Concílio Vaticano II (2002). Constituições, Decretos e Declarações. Coimbra: Gráfica de
Coimbra.
João Paulo II (1995). Carta apostólica Rosarium Virginis Mariae. Vaticano: Libreria Editrece
Vaticana.
Libanio, J. B. (2014). Introdução à Teologia Fundamental. São Paulo: Paulus (Coleção
Introduções).
Libânio, J. & Meirad, A. (1998). Introdução à teologia. São Paulo: Edições Loyola.
Sampier, R.; Collado, C. & Lúcio, P. B. (2006). Metodologia de pesquisa. 3ª ed.. São Paulo:
McGraw-Hill.
Sapato, R. B., Cunlela, F., Maira, E. L. (2016). Manual de fundamentos de teologia Católica.
Beira: Universidade Católica de Moçambique (UCM).
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