Você está na página 1de 3

ENTREVISTA

1. Qual é a sua formação académica?

R- Licenciatura em Educação Física com Especialização em


Psicomotricidade.

2. Qual o seu tempo de experiência na docência ?

R- Sete anos em sala de aula, e três anos na parte administrativa como


coordenadora. Atualmente estou lecionando.

3. Quais recursos didáticos você utiliza em suas aulas? Já utilizou


algum recurso inovador? Quais?

R- Data show, tablet com jogos e conteúdo para todos os alunos.


Também material poliesportivo para as atividades práticas.

4. Quais habilidades mais importantes para um professor desenvolver


no decorrer da sua formação?

R- Eu acredito que seja a questão interpessoal que hoje em dia está sendo
tão debatida e influenciada para que o professor venha cada dia mais
interagir com o aluno de uma forma ampla. Tem que ver o aluno por
completo. Acredito que esse seria um desafio muito grande a qual a gente se
depara todos os dias a viver e ter experiência mesmo diária com dificuldade.

Outra habilidade seria a questão do planejamento versus realidade. Planejar


de acordo com a realidade da escola é uma coisa que a gente não vê no
meio acadêmico. E sistematizar o planejamento de forma múltipla, porque
temos múltiplas inteligências e a gente tem que se adaptar a todas elas. É
um grande desafio também e o meio acadêmico não prepara, pelo menos até
a época que eu estudei, não preparava o acadêmico para esse futuro

5. Que competências são necessárias que o professor desenvolva


para ter uma educação de qualidade?

R- Acredito que é a interação social com a comunidade escolar, seja eles


pais, alunos, direção, professores e servidores. Outra competência seria
passar o conteúdo de maneira que abranja os alunos com suas múltiplas
inteligências. Fazer um planejamento processual, sistematizando. E ao final
dessas aulas referente ao planejamento, ter uma análise do que foi dado e do
que foi aprendido. Não digo um teste, mas uma avaliação diagnóstica do
professor, analisar sua turma, quanto àquele conteúdo. Não somente em
prova, mas a forma de planejar aquele conteúdo a ser dado. Si surtiu efeito,
se precisa de melhorias.

6. Como você visualiza a educação no cenário futuro?

R- A educação hoje é passada de forma diferente de quando eu me formei.


Hoje a gente vê o aluno como um ser pleno. Temos que desenvolver, buscar
e desenvolver o aluno de forma global, que é um grande desafio, sendo que
o aluno tem suas experiências sociais, emocionais e acadêmicas e tantas
outras. O que eu percebo é que o professor pegou essa responsabilidade
para si sem, ao menos, ter direito a questionar ou a buscar entender como
seria esse processo.
No cenário futuro, acredito que a gente possa desenvolver a toque de caixa,
como está sendo. Buscam a solução com os professores, sendo que a
solução, acredito, que está dentro da própria sociedade, não só os
professores

7. Que metodologias de ensino poderão ser mais utilizadas por um


professor no futuro?

R- Acredito que já esteja acontecendo . Éa questão da mídia social. O


professor está interagindo nas mídias com o aluno e o aluno interagindo com
o público e interagindo também com o professor e sua escola, junto a essa
ferramenta. Seja ela por meio de Instagram, de Kawaii, de Tik Tok. O aluno
de hoje, eles tem a questão de querer ser visto. Justamente pela tecnologia
que eles nasceram já com essa apresentação. Então, para eles, normalizou a
questão de ser visto. Coisas que os alunos há tempos atrás, tinha muito
bloqueio. Então, acredito que é uma ferramenta que vai ser bastante utilizada
e tem bastante aceitação por parte dos jovens. E crianças também, essa
questão da rede, da rede social.

8. Já teve em sala de aula alunos surdos? Caso positivo: Como foi a


experiência? Caso negativo: O que acha necessário para acolher e
integrar alunos surdos na classe?

R- Já tive sim. Ela não sabia a língua de sinais, e dentro da escola tinha
alguns alunos que já sabia a Libras.
Eu observava bastante eles conversando e via que ela conversava diferente.
E no meu trabalho, o que eu tentava fazer com ela, na hora da avaliação
principalmente, eu tentava fazer a avaliação de forma diferenciada.
Praticamente, era uma mímica, já que ela não sabia a língua de sinais e eu
pouco sabia também essa língua.
Ela participava das aulas práticas, conseguia entender as regras pela leitura
labial e por vibração dos lugares onde ela tocava, seja ele no chão etc…
9. A sua escola incentiva a participação de professores e funcionários
em cursos de capacitação em Libras? Em sua opinião qual a
importância desses cursos para a formação do professor?

R- Quanto à questão de incentivo das escolas, em todas as escolas que eu


participei, apenas uma liberou o professor para poder fazer o curso. Outras
escolas é aquela questão e mesmo assim foi um curso rápido, de dois dias,
mas todos foram liberados para poder fazer.
Foi em Tobias Barreto e lá tem um grande índice de pessoas surdas, acredito
que por isso tenho tido um olhar diferenciado. Quanto às outras escolas que
eu já participei não comunicam, se caso houver algum convite de curso de
Libras, pelo menos até hoje a mim não chegou.
A gente percebe pelos outros cursos que muitas vezes tem aquela questão
de carga horária de 200 dias leitivos para aquele aluno e o professor não se
sente acolhido pela direção, uma vez ,que a carga horária é bem puxada, e o
professor tem que doar o seu dia de folga ou então no final de semana. Se
caso tiver o curso no final de semana para poder fazer o curso porque se for
fazer no dia da aula aquele professor não é estimulado e é estimulado se
caso for a resistir a apagar aquela aula é e a repor aquela aula o mais rápido
possível. Isso se torna exaustivo para o professor a cada curso que passe ,
então acredito que tenha muito dessas questões o que não tem o respeito da
qualificação profissional e por parte das direções devido acredito devido a
esses 200 dias letivo o que é o que eles usam de argumento

É muito important os cursos, uma vez que desenvolve, estimula a inclusão


tanto do aluno que seja surdo quanto da aceitação dos alunos não surdos,
com esse aluno, Acredito que seja de extrema importância, no
desenvolvimento também de conhecimentos, desenvolver as habilidades, as
competências com esse aluno, com o professor seria bem proveitoso, porque
a gente percebe que tem uma falha muito grande nessa questão da questão
de não ser preparado o professor,

10. Que métodos de ensino você utiliza ou utilizaria direcionados á


alunos surdos?

Há tempos atrás, quando eu entrei no estado, eu fiz o que eu já relatei aqui,


né. Eu fazia através de mímica algumas coisas, ela entendia, e outras era a
leitura labial. Eu olhava fixamente para ela, na direção dos olhos dela, e
falava palavras pausadamente para que ela entendesse. Hoje, eu utilizaria
recursos tecnológicos, por que não? Uma vez que está tão evidente. Cada
dia mais, acredito que depois da pandemia, a tecnologia vem avançando bem
rápido. Então já existem sites que ajudam você a se comunicar com a pessoa
surda, assim como em outras línguas. Então eu usaria mais isso se a pessoa
soubesse a Libras .

Você também pode gostar