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DIABETES

SAÚDE DO ADULTO
PREVALÊNCIA – IMAPCTO GLOBAL
SINTOMAS
Poliúria
Polidipsia
Polifagia
Perda involuntária de peso

Fadiga, letargia, prurido cutâneo ou vulvar,


balanopostite e infecções de repetição
COMPLICAÇÕES

Retinopatia AVC:
Diabética: Aumenta 2 a 4 vezes a
mortalidade
Causa cegueira cardiovascular e AVC.
em adultos.

Doença
cardiovascular:
8/10 de pacientes
Nefropatia diabéticos morrem de
eventos CV.
Diabética:

Neuropatia
Causa doença renal
terminal. Diabética:
Causa amputações não-
traumáticas nas
extremidades.
Fatores de risco para DM
Idade superior a 45 anos;
Sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m2 );
Obesidade central - circunferência abdominal: o > 94 cm
para homens o > 80 cm para mulheres
Antecedente familiar de diabetes;
Dislipidemia: triglicerídeos > 150 mg/dle/ou HDL
HAS
CLASSIFICAÇÃO

•Diabetes tipo 1
Imunomediado
Idiopático
•Diabetes tipo 2
•Diabetes gestacional
•Outros tipos de Diabetes
O DM2 é o tipo mais comum.

Está frequentemente associado à obesidade e ao


envelhecimento.
Tem início insidioso e é caracterizado por resistência à
insulina e deficiência parcial de secreção de insulina
pelas células ß,pancreáticas, além de alterações na
secreção de incretinas.
Apresenta frequentemente características clínicas
associadas à resistência à insulina, como acantose
nigricans e hipertrigliceridemia.
O DM1 é causado por destruição das células ß, geralmente
autoimune, o que leva a uma deficiência grave da secreção
de insulina.
O DM 1 pode ser diagnosticado em qualquer idade.
Embora seja o tipo mais comum de DM em crianças e
adolescentes, dados recentes indicam que atualmente há
mais casos novos de DM 1 diagnosticados na vida adulta do
que na infância e adolescência.
Pacientes com DM 1 diagnosticados na vida adulta muitas
vezes são erroneamente classificados como DM2.
OUTROS TIPOS

Defeitos monogênicos na função das células ß pancreáticas


• MODY (Mature Onset Diabetes of the Young)
• Diabetes neonatal transitório ou permanente
• Diabetes mitocondrial
Defeitos genéticos na ação da insulina
• Síndrome de resistência à insulina tipo A
• Leprechaunismo
• Síndrome de Rabson-Mendenhall
• Diabetes lipoatrófico
Doenças do pâncreas exócrino
• Pancreatite
• Trauma ou pancreatectomia
• Neoplasia pancreática
• Fibrose cística
• Hemocromatose
• Pancreatopatia fibrocalculosa
Associado a endocrinopatias
• Acromegalia
• Síndrome de Cushing
• Glucagonoma
• Feocromocitoma
• Hipertireoidismo
• Somatostatinoma
• Aldosteronoma
Secundário a drogas (quimicamente induzido):

• Vacor (Piriminil - raticida com potencial para destruir célula Beta)


• Pentamidina
• Ácido nicotínico
• Glicocorticoides
• Hormônio de tireóide
• Diazóxido
• Agonista ß adrenérgico
• Tiazídicos
• Difenilhidantoina
• Interferon Y
Secundário a infecções
• Rubéola congênita
• Citomegalovírus

Formas incomuns de DM imunomediado


• Síndrome da pessoa rígida
• Síndrome de resistência à insulina tipo B (por anticorpos
antirreceptor de insulina)
Outras síndromes genéticas associadas ao DM
• Síndrome de Down
• Síndrome de Klinefelter
• Síndrome de Turner
• Síndrome de Wolfram
• Síndrome de Prader Willi
• Ataxia de Friedreich
• Coreia de Huntington
• Síndrome de Laurence-Moon-Biedl
• Distrofia miotônica
• Porfiria
O diagnóstico de diabetes mellitus (DM) deve ser
estabelecido pela identificação de hiperglicemia.
• Glicemia plasmática de jejum maior ou igual a 126 mg/dl,
• TOTG - glicemia duas horas após uma sobrecarga de 75 g
de glicose igual ou superior a 200 mg/dl
• HbA1c maior ou igual a 6,5%.
É necessário que dois exames estejam alterados. Se
somente um exame estiver alterado, este deverá ser
repetido para confirmação.
RASTREAMENTO
1- todos os indivíduos com 45 anos ou mais, mesmo sem
fatores de risco

2- indivíduos com sobrepeso/obesidade que tenham pelo


menos um fator de risco adicional
MONITORIZAÇÃO
O controle glicêmico deve ser individualizado de acordo com a
situação clínica.
Os parâmetros de avaliação indicados são:
1- HbA1c
2-Glicemias plasmáticas/capilares (jejum, nos períodos pré-
prandiais, 2h após as refeições e ao deitar)

Mais recentemente, com o advento da monitorização contínua de


glicose (CGM), foram incorporados novos parâmetros, como o
tempo no alvo (TIR – Time in Range), o tempo em hipoglicemia, o
coeficiente de variação e a glicemia média estimada.
A glicose liga-se de maneira irreversível à hemoglobina (glicação não-
enzimática)

A HbA1c é expressa em porcentagem e se relaciona à média das


glicemias diárias, bem como às complicações crônicas do diabetes.
A vida média da hemácia dura de 3 a 4 meses.

Aproximadamente 50% da taxa de HbA1c corresponde à glicação


ocorrida no mês que precedeu o exame, sendo 25% no mês anterior
e os 25% restantes, relativos ao terceiro e quarto meses anteriores.

Níveis de HbA1c próximos à 7% correspondem a glicemias médias


diárias de aproximadamente 154 mg/dL, variando de 122 a 184
mg/dl, e tem sido considerados como referência para a meta mais
usada no controle do diabetes
METAS DE MONITORIZAÇÃO
DM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
2. Na ausência dos critérios anteriores, o rastreamento do
DM2 deve ser iniciado a partir dos 45 anos.

3. Se os resultados forem normais, o rastreamento deve ser


repetido a cada 3 anos considerando maior frequência
dependendo dos fatores de risco iniciais.

4. Em pacientes com pré-diabetes, os exames devem ser


repetidos anualmente.
Abordagem não medicamentosa

Deve ser incentivada a incorporação de frutas, verduras e


legumes na alimentação e evitar alimentos ricos em
gordura saturada e trans.
Pacientes com DM diagnosticado também devem ser
instruídos à alimentação saudável e devem receber
orientações dietéticas específicas para o DM.
A recomendação de pelo menos 150 minutos de atividade
física por semana é direcionada tanto aos cuidados com
pessoas com pré-diabetes quanto para aqueles já com DM.
Medicamentos disponíveis no SUS
Orientações em relação à aplicação da insulina

• A via de administração usual é subcutânea (SC), por seringas ou canetas.


• A aplicação SC pode ser realizada nos braços, no abdômen, nas coxas e
nádegas.
• É necessário lavar as mãos com água e sabão antes da preparação da insulina,
mas não é necessário limpar o local de aplicação com álcool.
• Deve homogeneizar as suspensões de insulina (NPH ou associações) antes do
uso, rolando gentilmente o frasco de insulina entre as mãos.
• Para a aplicação da insulina, é necessário pinçar levemente o local de aplicação
entre dois dedos e introduzir a agulha completamente, em ângulo de 90 graus.
• Antes da aplicação, o local da injeção deve ser inspecionado para garantir que
se encontre livre de lipodistrofia, edema, inflamação e infecções.
• É importante realizar rodízio do local de aplicação sistematicamente, de modo
a manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada injeção, para evitar
desenvolvimento de lipodistrofia e o descontrole glicêmico.
• O reuso de seringas e agulhas de insulina por um número limitado de vezes
pode ser considerado.
Orientações em relação à aplicação da insulina

• O uso de uma seringa/agulha por dia, por insulina utilizada,


entendendo que esta será utilizada entre 1 vez (para pacientes
com dose única de NPH) até três a quatro vezes (para
pacientes em uso de insulina pré-refeição ou esquema de três
doses de NPH).
• Ao se optar por reutilização de seringa e canetas, considerar
os seguintes aspectos:
• 1- Boas condições de higiene;
• 2- Ausência de infecções de pele nas mãos e no local de
aplicação;
• 3- Seringa, caneta e agulha de uso individual;
• 4- Após o uso a agulha a ser reutilizada deve ser reencapada.
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SES-DF)
Exames de controle e rastreamento
SBD
• Glicemia em jejum, HbA1c – ao menos 2 vezes ao ano
• Colesterol total, triglicerídeos, HDL colesterol, LDL colesterol,
creatinina sérica -no diagnóstico e anual ou a critério clínico
• Albuminúria – no diagnóstico e anual
• Fundoscopia – anualmente a partir do diagnóstico
• Avaliação dos pés – no diagnóstico e anual. Se exame alterado,
conforme critérios clínicos.
• Dosagem de vitamina B12 – anualmente a partir do diagnóstico (para
usuários de metformina)
CUIDADO COM OS PÉS
Avaliação e cuidados com os pés As amputações de
extremidade e as úlceras de pés (também conhecido
como pé diabético) estão entre as mais graves
complicações crônicas do DM e com maior impacto
socioeconômico. Define-se pé diabético como infecção,
ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos
associados a anormalidades neurológicas e vários graus
de complicação da doença vascular periférica nos
membros inferiores .
.
Vários estudos provaram que a taxa de amputação pode ser
reduzida em mais de 50% se as seguintes estratégias forem
implementadas:

• Inspeção regular dos pés e calçados durante as visitas clínicas


do paciente
• Tratamento preventivo para os pés e com os calçados
adequados para pacientes com pé em alto risco, cuidados com
calçados e educação
• Abordagem multifatorial e multidisciplinar de lesões já
estabelecidas
• Acompanhamento contínuo de pacientes com úlceras prévias
nos pés
• Diagnóstico precoce de doença vascular periférica e
intervenção vascular
• Registros de amputações e úlceras
Para identificação do pé em risco, deverá ser realizada pelos profissionais
de saúde, em especial pelo enfermeiro, avaliação anual do paciente para
identificação de:
• História de úlcera ou amputação prévia, sintomas de doença arterial
periférica, dificuldades físicas ou visuais no autocuidado dos pés
• Deformidades dos pés (dedos em martelo, dedos em garra,
proeminências de metatarso ou pé de Charcot) e adequação dos calçados
• Evidência visual de neuropatia (pele seca, calosidade, veias dilatadas) ou
isquemia incipiente
• Micose interdigital e nas unhas
• Neuropatia através da avaliação por monofilamento de 10g e diapasão de
128Hz
• Alteração da sensação dolorosa
• Alteração de pulsos periféricos através da palpação (pedioso e tibial
posterior)
• Deve-se discutir com os pacientes sobre a importância dos cuidados com
os pés como parte do programa educativo para prevenção de úlcera e
amputação, além de oferecer apoio educativo para cuidados dos pés
conforme as necessidades individuais.
MONOFILAMENTO
DIAPASÃO 128Hz
Teste do toque nos dedos dos pés
Ipswich Touch Test

Se o paciente sentir cinco ou seis dos seis toques realizados, sua


sensibilidade é normal e não há risco aumentado para problemas nos
pés causados por alterações da sensibilidade.

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