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Ana Paula Avelino eu.

anaavelino

TERAPIA
ALIMENTAR
FUNDAMENTOS
ANA AVELINO
NUTRICIONISTA
Especialista em Seletividade Alimentar e Autismo
Graduada em Nutrição, com experiência clínica há mais de 16
anos.
Desenvolvi o método Descomplicando a Hora das refeições.
Atuei com docência em faculdades públicas e privadas.
Atuei em equipe multidisciplinar no Tratamento de
Seletividade Alimentar e Autismo em Santa Catarina.
Certificada em Terapia para Seletividade Alimentar SOS
Approach to Feeding - EUA
Capacitação método Food Chaining para Seletividade
Alimentar - EUA
Mestre e Doutora em Ciências da Saúde
INSCREVA-SE
INSCREVA-SEAQUI
AQUINO
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Ampliar o
olhar!
Alimentação envolve emoção,

envolve aprendizado, envolve

motivação, curiosidade pelos

alimentos e muito mais.


Toda vez que você inicia terapia alimentar você
tem que entender além do visível

Família é parte do processo não só a criança

O comer é social, afeto, qual a relação com a


comida dessa família.

Lúdico
DIVISÃO DE
RESPOSABILIDADE

Os cuidadores definem:
O que

Quando

Onde

Como

Por que a criança vai comer

A criança define:
Quanto ela vai comer
Suporte de aprendizado alimentar

4C'S

CONFORTO

COMPETÊNCIA

CONFIANÇA

MOTIVAÇÃO

CONEXÃO
TRATAMENTO NUTRICIONAL

Plano nutricional

Suplementação

Esticamento alimentar

Dessenssibilização de alimentos
TRATAMENTO NUTRICIONAL

Corrigir estado Alterar texturas


nutricional
trabalhar horários e
quantidades de refeições,
analisar grupos de
preferências alimentares

Introduzir novos Modificar sabores e


sabores com textura dos alimentos
mesma textura
PORQUE A CRIANÇA NÃO COME?

Causas:

Orgânicas

Trata a base, mas também


Motores orais
devemos sempre trabalhar a
relação positiva com os alimentos
Sensoriais e com o momento da refeição!

Comportamentais

Nutricionais

Kachani et al. 2005.


COMPLEXIDADE DE SE ALIMENTAR

CLASSIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO

- Distúrbio Alimentar
- Dificuldade Alimentar Distúrbios Sensoriais
- Seletividade Alimentar
- Fobia Alimentar / TARE

>>>Independentes do autismo
QUANDO CHEGA A CRIANÇA COM
DIFICULDADES ALIMENTARES?

Perguntas importantes:

O que posso fazer para ajudá-la?


Depois a pergunta é:
Será por que ela não come?
Descobrir as possíveis causas é a chave do sucesso
Alimentar-se

Órgãos
Músculos
Sentidos
História Alimentar
Qualquer problema que afete
Desenvolvimento adequado
negativamente o processo de
Nutrição adequada
dar alimento ou manter a
Ambiente
nutrição adequada!
SELETIVIDADE X DIFICULDADE
SELETIVIDADE DIFICULDADE

(Ledford and Gast 2006; Palmer and Horn 1978; Williams et al 2000)
Come mais de 15 alimentos Come menos de 15 alimentos

Aceita pelo menos 1 alimento por grupos alimentares, pelo tipo Recusa categorias inteiras de alimentos, sabor, aparêcia, temperatura
de textura ou pelo valor nutricional ou valor nutricional

Apresenta comportamento de fuga, luta ou medo quandos os


Tolera alimentos no prato
alimentos são apresentados

Em geral, é capaz de tocar ou provar certos alimentos Quase sempre come alimentos diferentes das outras pessoas da família

Frequentemente seleciona alguns alimentos para comer por Não aceita formas diferentes de apresentação dos alimentos que
determinado tempo consome ou utensílios que utiliza (rigidez de comportamento)

Come no mesmo ambiente que a família Não come no mesmo ambiente que a família

Adiciona no repertório novos alimentos após 20-25 etapas de


Requer 25 etapas ou mais de exposição, para aceitar novos alimentos
exposição.
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS

Nutricionista

Terapeuta Fonoaudiólogo
Ocupacional

Médico
diversas Psicológa
especialidades
SELETIVIDADE ALIMENTAR

A seletividade alimentar é caracterizada por recusa alimentar, pouco apetite e desinteresse pelo alimento. É um
comportamento típico da fase pré-escolar (2 a 6 anos) mas, quando presente e ambientes familiares
desfavoráveis, pode acentuar-se e permanecer até a adolescência ou vida adulta.
Pouco apetite
Recusa alimentar

Prevalência:
- Crianças Típicas - 25 - 30%
- Neuroatípicas - 67 - 89%

Kersner, 2015
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

FUNÇÃO IMUNE

INFLAMAÇÃO

GE

TIC
ESTRESSE OXIDATIVO

A
EQUILÍBRIO DE NEUROTRANSMISSORES

TE
EN
BI
AM

MICROBIOMA INTESTINAL
FUNÇÃO MITOCONDRIAL METABOLISMO DE ÁCIDOS GRAXOS
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Causas da Dificuldade Alimentar:

Comorbidades relacionadas ao autismo

Pouca ingestão ou baixa qualidade

Alergias e hipersensibilidades

Falta de absorção

Patologias associadas

Deficiência de enzimas

Inflamação e toxinas

Disbiose e permeabilidade intestinal


TERAPIA
ALIMENTAR
TERAPIA ALIMENTAR

A terapia alimentar é um conjunto de intervenções


multiprofissionais para indivíduos com distúrbios
alimentares.
O QUEÉ A TERAPIA ALIMENTAR?

A Terapia Alimentar tem como objetivo ajudar as crianças a vencerem desafios alimentares com

responsabilidade e o papel da nutri é ressignificar a alimentação, criar vínculo alimentar e expandir o cardápio.

A Terapia Alimentar é a maneira mais leve e responsiva de ajudar as crianças a melhorarem a relação com a

comida, tem como objetivo:

Superar os
Autonomia na hora Aumentar
obstáculos que a Paz na mesa. Prazer em comer!
das refeições. repertório alimentar
impedem de
comer.
INDICAÇÃO DE TERAPIA

Crianças que já tiveram incidente traumático com uso de força nomomento das refeições;

Crianças com história de coordenação de alimentação e respiração;

Crianças com atrasos na evolução da transição alimentar (evoluçãode consistência);

Crianças com padrão mastigatório limitado ou de amassamento;

Crianças que apresentam dificuldades de interação com os alimentos (não gostam de sujar, tocar, interagir);

Crianças com baixo ganho de peso ou perda de peso acentuada;

Crianças com GAGs, engasgos ou tosse nas refeições;

Crianças que apresentam ânsia ou vômitos na hora das refeições;


INDICAÇÃO DE TERAPIA

Crianças que evitam todos alimentos de um grupo alimentar ou texturas.

Crianças com menos de 20 alimentos no seu repertório alimentar;

Crianças que vem descartando alimentos ao longo do tempo, semnovos alimentos substituam os que já

foram "perdidos";

Crianças que não apresentam boa conexão-mão boca;

Crianças que apresentam comportamento de fuga na hora dasrefeições;

Crianças que não sentam a mesa;

Famílias onde o momento das refeições são uma batalha;

Família que briga com a comida dos filhos;

Crianças com rigidez de comportamento referente a alimentação;


QUANDO HÁ RECUSA ALIMENTAR SUPERIOR A 30 DIAS
DEVE-SE PROCURAR AJUDA!

Motivar a criança a novas escolhas alimentares é um processo que necessita de várias ações:

persistência, paciência e técnica. Todas pequenas mudanças são importantes e essenciais para a

evolução do ato de comer da criança.


METAS E OBJETIVOS
METAS E OBJETIVOS

Estabelecer metas claras e alcançáveis.


A importância de celebrar pequenos progressos.
Trabalhar em conjunto com a família para alcançar os
objetivos.
Promover um ambiente seguro e positivo em todos os
contextos.
Acreditar no potencial de cada criança e trabalhar para seu
desenvolvimento.
COMPREENDER A DINÂMICA FAMILIAR

O que você faz quando ele não quer comer?

Como você reage às rejeições?

A necessidade de abordar as reações e


comportamentos dos pais.

O que realmente acontece em casa?


QUEM DECIDE O QUE COMER?

A diferença entre o que os pais oferecem e o que a


criança quer.

A necessidade de estabelecer limites e regras.

A importância de diversificar as ofertas de


alimentos.

A analogia do restaurante
COMO LIDAR COM A RECUSA ALIMENTAR?
COMO LIDAR COM A RECUSA?

A reação dos pais diante da recusa da criança.

A importância de manter a calma e não pressionar.

Estratégias para lidar com momentos de tensão.

A necessidade de estabelecer rotinas e regras claras.

A importância de trabalhar em parceria com o terapeuta.

A busca por equilíbrio entre flexibilidade e limites.


MUDANÇAS NA EXPERIÊNCIA
ALIMENTAR
UDANÇAS NA EXPERIÊNCIA ALIMENTAR
A necessidade de mudar a experiência alimentar em casa.

A importância de promover uma experiência positiva.

O desafio de generalizar o aprendizado para outros ambientes.


COMPORTAMENTO ALIMENTAR
POR BUSCA DE ATENÇÃO

Como a criança pode buscar atenção através do comportamento


alimentar.

A importância de não reforçar comportamentos negativos.

Estratégias para promover uma relação saudável com a comida.


ABORDAGENS EM TERAPIA ALIMENTAR
Mealtime Developement - 4Cs do Aprendizado Alimentar - Suzanne Morris

Divisão de Responsabilidade - Ellyn Satter

Get Permissions - Marsha Dunn Klein

SOS Approach to feeding - Kay Toomey

Food Chaining - Cheri Fraker

Educação do Paladar - Karen Le Billon


THE SOS APPROACH TO FEEDING PROGRAM
A ABORDAGEM SOS PARA O PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO

Sequencial-Oral-Sensory
(Sequencial-Oral-Sensorial)

A Abordagem SOS para Alimentação é um Programa Transdisciplinar para avaliar e tratar crianças com

dificuldades de alimentação e peso / crescimento.

Foi desenvolvido ao longo de 30 anos através do trabalho clínico do Dr. Kay Toomey, em conjunto com colegas de

diversas disciplinas, incluindo: Pediatras, Terapeutas Ocupacionais, Dietistas Registrados e Fonoaudiólogos.


PRINCÍPIOS SOS

Mitos x alimentação

Dessenssibilização

Segue o desenvolvimento típico

Jogos

Hierarquia de alimentação

A comida é a ferramenta
Escalada do Comer
Dependendo do tipo e grau de
sensibilização, não inicia com o
alimento diretamente!

COMER

PROVAR

TOCAR

CHEIRAR

INTERAGIR

TOLERAR 32 passos para atingir a habilidade de comer o alimento


POR MEIO DA ESCALADA DO COMER
CRIAM-SE EXPERIÊNCIAS SENSORIAIS
POSITIVAS COM OS ALIMENTOS. PARA
EXEMPLIFICAR, UMA CRIANÇA
DENTRO DA ESCALADA, REALIZARÁ
COMO SE FOSSE UM PASSO A PASSO,
SE APROXIMANDO E ACEITANDO DE
FORMA GRADATIVA OS ALIMENTOS.
GET PERMISSIONS - MIGALHAS
MARSHA DUNN KLEIN

ASPIRAÇÕES

Prazer Confiança Motivação Interna


DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA

A dessensibilização sistemática é um tipo de condicionamento clássico

que nos ajuda a substituir cuidadosa e sistematicamente a fobia de

uma pessoa, ou reação de medo, com uma nova reação. Em termos

mais simples, ele cria uma hierarquia de situações (pequenos passos ao

longo de um tempo) que desencadeia uma resposta de medo

começando com o ponto de partida mais confortável (o aqui) e

trabalhando em direção à resposta mais temerosa e preocupada, o lá.


FOOD CHAINING
APLIAÇÃO DE CARDÁPIO, TRAZENDO FLEXIBILIDADE!

Foi criado por Cheri Fraker (fonoaudióloga pediátrica) durante o tratamento de um menino de 11 anos.

Os problemas dele com a comida começaram aos 18 meses, quando ele começou a demonstrar um padrão de

alimentação exigente e cada vez mais alimentos saíam de sua dieta.

Quando chegou à infância, sua dieta consistia apenas em manteiga de amendoim, pão branco e grande

quantidade de leite.

BATATA CHIPS BANANA CHIPS BANANA CHIPS BANANA RODELAS


COM POUCO SAL SEM SAL FINAS CONGELADAS

BANANA BANANA PEDAÇOS BANANAS


CONGELADAS
ESTICAMENTO EM 6 PASSOS

Determinar se a Obter a nutrição de Avaliar habilidade Avaliar


criança tem que ele precisa. motoras orais sensibilidade
alguma condição Descobrir se as alergias sensorial
médica, como por alimentares estão
exemplo desempenhando um
desordem papel na recusa
gastrointestinal
ESTICAMENTO EM 6 PASSOS

Aprender a lidar com o Esticamento Alimentar


comportamento negativo. Determinar por que a criança só aceita
Disciplina positiva certos tipos de alimentos.
Ensinar sobre comida Expandir seu repertório alimentar,
apresentando-lhe novos alimentos que
tenham as mesmas características dos
alimentos que ingere atualmente
Posteriormente, introduzir novos
alimentos com sabores ou texturas
ligeiramente diferentes.

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