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Guia de Sociologia Da Educacao II - VFF
Guia de Sociologia Da Educacao II - VFF
A POLITÉCNICA
Escola Superior Aberta
GUIA DE ESTUDOS
Sociologia da Educação II
Curso de Ciências da Educação
(4º Semestre)
Moçambique
Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
FICHA TÉCNICA
Edição: 1ª
Organização e Edição
Autor
UNIDADES TEMÁTICAS
Unidade Temática Pagã.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) estudante
Este guia tem por finalidade orientar os seus estudos individuais neste
semestre do curso. Ao estudar esta disciplina, você está a iniciar um
processo de aprendizagem que o levará a reflectir sobre a Sociologia da
Educação, com o objectivo de desenvolver uma capacidade critica valendo-
se de categorias sociológicas: a origem, a organização e as mudanças da
sociedade; Identificar as diferentes perspectivas abordadas pelas diversas
teorias sociológicas; Conhecer os diferentes modos de produção e sua
importância na organização da vida social
A Equipa da ESA
UNIDADE TEMÁTICA 1
A SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO
Elaborado por: Eduardo Humbane
Objectivos
No final desta unidade o estudante deve ser capaz de:
- Conceituar a sociologia,
- Conceituar a sociologia de educação enquanto ramos da sociologia,
- Caracterizar as correntes teóricas dentro da sociologia de educação,
- Explicar o pensamento Durkhemiano sobre a educação e
- Explicar a teoria de reprodução social de BOURDIEU
I. Introdução
1. Sociologia da Educação
Ela é uma ciência tida como profundamente envolvida com a modernidade, segundo
SELL (2010) a investigação sociologia constitui um dos meios pelo qual a
modernidade toma consciência de si mesma. Mas o que é que sucedeu na
modernidade que forçou a emergência da sociologia? “Modernidade” designa ao
mesmo tempo um período da história humana inaugurado na Europa e o conjunto
dos fenómenos que o caracterizam. Muitos estudiosos defendem que ela tem início
no séc. XVII, com o aparecimento da ciência e da filosofia política contratualista e
outros no séc. XVIII, com a filosofia das luzes e os primeiros passos da
industrialização, ou até ao séc. XIX com o triunfo da ciência, da técnica e da
indústria.
Mais que características teve esta nova sociedade? Explica BOUDON (1990), no
domínio político, manifesta-se, por um lado, pela instauração de políticas estáveis
empenhadas no concerto das nações europeias e, por outro lado, pela construção
de regimes políticos fundados na distinção do privado e do público, no direito, na
limitação e no controlo do poder político e na capacidade de viver desenvolvimentos
democráticos. No domínio religioso, traduz-se pela laicização, isto é, pelo
acantonamento da religião ao âmbito privado. Finalmente, a economia moderna é
caracterizada pelo esforço constante em injectar nas técnicas de produção e de
distribuição processos cada vez mais eficazes, porque inspirados pelo progresso
científico.
Todas estas mudanças, como você estudou na disciplina anterior, fizeram com que
a sociedade humana se tornasse radicalmente diferente dos períodos anteriores.
Assim, explica SELL (2010:18) a sociologia surgiu da consciência da intensidade
das mudanças em curso e da necessidade de buscar respostas para as perguntas,
dito de outro modo, nasceu da constatação de que a ordem social moderna
desorganizou as formas de convívio social, gerando problemas novos que
reclamavam interpretações e soluções inovadoras.
Vejamos uma outra definição. Define OLIVEIRA (2001) ela é o estudo sistemático do
comportamento social do ser humano, assim, o seu objeto é o ser humano e as suas
relações sociais que ele desenvolve. O seu objetivo é o de ampliar o conhecimento
sobre o ser humano em suas interações sociais, o que faz com que a sociologia
contribua grandemente para a um melhor entendimento da sociedade em que
vivemos
1
Estrutura social é um termo fundamental na sociologia, o desconhecimento do seu significado
inviabiliza a compreensão das propostas ou explicações desta ciência. Segundo (Boudon, 2004: 98)
para Radclife-Brown (1940) ela designa " a rede complexa de relações sociais que existe realmente e
une seres humanos individuais num certo meio natural". Ainda para este autor, mais geralmente, a
expressão "estrutura social" é empregada como sinónimo de organização social: conjunto das
modalidades de organização de um grupo social e dos tipos de relações que existem no interior e
entre diversos domínios de toda a sociedade (tanto ao nível do parentesco como da organização
económica e política).
Para falar de uma ciência, qualquer que seja, é necessário que se centralize o
objecto e o campo de estudo, uma vez que são variáveis de estudo da mesma
ciência e facilitam a delimitação dos programas a desenvolver. Para a sociologia da
educação, a educação enquanto processo social e a escola, enquanto agente
especializado na transmissão de modos de pensar, agir e sentir, são o objecto de
estudo.
Igualmente ainda de acordo com este autor, em termos mais teóricos, convivem na
sociologia da educação a perspectiva funcionalista, também denominada
consensualista e a sociologia crítica, baseada no marxismo, denominada
conflitualista. Nas linhas que se seguem vamos ver como estas abordagens
percebem o fenómeno “educação”.
2
O autor cita a familia, a igreja e a escola
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
paradigma, são como “estruturas sociais” que têm determinadas “funções sociais”,
como por exemplo, fornecer quadros bem preparados para o sistema económico ou
político. Ao cumprir estas funções, o sistema educativo contribui para a integração,
estabilidade e consenso sociais. É assim que, os conceitos fundamentais veiculados
pelos consensualistas são “estrutura”, “função”, “integração”, “estabilidade” e
“consenso”.
A outra perspetiva teórica tem uma compreensão bem diferente da educação. Ela é
bem mais pessimista em relação ao papel que a educação desempenha na
sociedade. Ela é céptica em relação ao discurso dominante (o discurso dominante é
Por conseguinte, há uma diferença radical entre este paradigma e o anterior. Explica
CASTIANO (2006), enquanto as teorias consensuais “focam a integração funcional e
estabilidade social”, as teorias de conflitos “salientam a natureza coerciva da
sociedade”, por isso os seus conceitos fundamentais são “conflito”, “mudança social”
e “coerção”.
Tendo em conta este carácter da sociedade, as teorias que fazem parte deste
paradigma, a função da educação é de “estabelecimento e manutenção da
dominação”. Para CASTIANO (2006) o paradigma, postula a “ escola é um meio de
reprodução da classe dominante, aliás, esta (a escola) só pode estar ao serviço da
classe política e económica dominante”, portanto, à escola está associada a
transformação social”.
segundo numa sociologia mais critica. Ambos, pelo valor de suas análises, são
incontornáveis quando se fala de sociologia de educação. Você irá constatar isso
nas páginas que se seguem neste manual!
3
Na obra “Regras do Método Sociólogo”, Durkheim defende aquele que é um dos seus pressupostos
maiores: “A sociedade não é uma simples soma de indivíduos, mas o sistema formado pela
associação deles representa uma realidade específica que tem seus carateres próprios” pg. 105.
Explica Rodrigues (2011), Durkheim ao desenvolver esta ideia, pretende demostrar que o todo tem
precedência sobre as partes e que a sociedade tem vontade própria, por conseguinte há uma
consciência coletiva que existe através das consciências particulares. “… para Durkheim a consciência
coletiva, esta sociedade viva na cabeça de cada individuo e ao mesmo tempo exterior a cada pessoa
e que a obriga a comportar-se conforme o desejo da sociedade, não existe individualmente, mas
somente pela cooperação entre os indivíduos. Segundo essa existência social, essa vida coletiva, é
obra não apenas dos indivíduos que cooperam entre si num dado momento da vida da sociedade,
mas também das gerações passadas, que ajudaram a criar as crenças, os valores e as regras que
ainda hoje estão presentes e que nos obrigam de certo modo a nos comportarmos de acordo com a
“vontade da sociedade” (RODRIGUES, 2011, p. 22)
Mas esta educação que é múltipla, simultaneamente é una, na medida em que estas
diferentes educações especializadas repousam numa base comum, por isso,
independentemente da categoria social a que se pertença, há um número de ideias,
Compreende DURKHEIM (2007), assim tem que ser porque “a sociedade só pode
subsistir se houver entre os seus membros uma homogeneidade suficiente, a
educação perpetua e reforça esta homogeneidade fixando com antecedência na
alma da criança as similitudes essências para a vida coletiva” DURKHEIM (2007, p.
52). O sociólogo, deste modo, alia a sua sociologia de educação à sua teoria de
coesão social, que também o tornou célebre. A propósito, explica Rodrigues (2011)
A forma como DURKHEIM (2007) compreende a educação mostra-nos que ele está
preocupado em explicar porquê as sociedades são coesas. A educação em
DURKHEIM, em suma, prepara os indivíduos para uma sociedade que já existe,
aliás, a educação não é mais do que um mecanismo social para fazer refletir uma
sociedade concreta num individuo, para que ele se torne membro dessa mesma
sociedade.
que ela não perca a sua essência: conservar a sociedade, promover a sua
harmonia.
4
Conjunto de saberes, entre os quais conhecimentos, informações, códigos linguísticos, postura face
ao conhecimento, etc. adquiridos pelo individuo no convívio familiar.
um lado surge a desvalorização dos diplomas devido a sua inflação e por outro já
não é suficiente possuir o diploma para o se ter um “bom emprego”, para tal torna-se
imprescindível o capital social5. A estes dois aspectos se acrescenta que as classes
mais altas passam a optar por certos tipos de áreas em que se formarem, conferindo
a elas um maior prestígio. Em síntese, todo este quadro faz com que não obstante
ter-se incrementado consideravelmente a frequência à escola, com ela não há uma
maior integração social, a escola não é por conseguinte a via a partir da qual
necessariamente se verifica a promoção social.
Assim é porque os alunos se deram conta de que não basta ter acesso à escola (ou
a cursos) para ter êxito nela e, mesmo se bem sucedido nela, tal não leva a muito.
Não há futuro com a escola. De facto, a escola na sua história criou expectativas
que hoje já não consegue materializar. A outra escola, aquela que efectivamente
materializa sonhos, que realmente leva ao poder económico e politico não é
democrática, dada a existência de mecanismos que a torna exclusiva para a classe
burguesa6.
5
Conjunto de recursos reais ou potenciais que estão ligados à posse de uma rede durável de relações
mais ou menos institucionalizadas de interconhecimento e de inter-reconhecimento mútuos, ou, em
outros termos, à vinculação a um grupo, como o conjunto de agentes que não somente são dotados
de propriedades comuns (passíveis de serem percebidas pelo observador, pelos outros e por eles
mesmos), mas também que são unidos por ligações permanentes e úteis. Pp 10
6
É privada e praticamente inacessivel às camadas populares.
O educando, claro, interioriza este conhecimento que lhe é imposto pela escola, de
tal forma que mesmo depois de terminada a fase escolar, porque ele os incorporou
na sua personalidade, ou seja os tornou seus próprios valores, vai se comportar de
acordo com eles. Dito de outro modo, o aluno, a partir da violência simbólica
praticada pela escola, vai reproduzir as concepções culturais dos grupos
dominantes. Resume RODRIGUES (2011:74): “[para BOURDIEU] todo o sistema
institucionalizado visa em alguma medida realizar de modo organizado e sistemático
a inculcação dos valores dominantes e reproduzir as condições de dominação social
que estão por trás de sua acção pedagógica”
Leituras Complementares
Actividade 1
UNIDADE TEMÁTICA 2
Objectivos
No final desta unidade o estudante deve ser capaz de:
Introdução
Nesta unidade, continuando a unidade anterior, o nosso interesse passa pelo estudo
das funções que a educação desempenha na sociedade. Assim, vamos realçar a
natureza conservadora da educação. Mas ela não é só conservadora, ela também
propicia a invocação social, embora neste caso a situação se afigure mais
complexa, dado que enquanto a inovação técnica se afigura mais simples, a
inovação ao nível dos costumes já é menos pacífica.
deveria acontecer, dado que cada uma tem o seu conceito, objetivos,
características, gera expectativas diferentes, etc.
A partir deste quadro proposto por DURKHEIM (2007), a carta dos Índios levanta
verdadeiras questões. A escolarização dos seus filhos em escolas americanas, para
depois retornarem ao meio social índio seria problemático. Faria deles, como
exemplificado na carta, maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes
de suportarem o frio e a fome, maus caçadores, maus soldados, maus conselheiros,
maus faladores da língua índia, enfim “totalmente inúteis”. Eles receberiam uma
educação que “não teria nada de real” na sociedade India, uma educação
desarticulada das instituições política, religiosa, familiar, etc. da sociedade para a
qual deveriam mais tarde retornar. A educação, retornando DURKHEIM (2007), é
um fator integrador, promotor da coesão social e neste caso não seria assim, bem
pelo contrário!
Assim, a educação vai assumir um carácter mais inovador, o que é claro por demais
no campo material. Efectivamente, os bens ou artefactos de que a sociedade dispõe
actualmente não se comparam de modo nenhum aos que os nossos antepassados
tiveram, hoje temos a energia elétrica, o avião, a pílula, etc. o que eles não tiveram.
A educação, portanto está por detrás deste progresso técnico, material da
sociedade.
menos mudanças ao nível das formas de ser; quer dizer, as mudanças que se
pretendam introduzir no terreno dos costumes, dos valores, da religião, da moral,
etc. Eles ou são rejeitadas ou, pelo menos, aceites com maior relutância.
Por isso, alguns regimes políticos ditatoriais se servem dela para transmitir apenas o
que lhes interessa, o que esta de acordo com a sua ideologia politica, “fazem da
educação uma técnica social de doutrinação politica que, como tal, desempenha a
função de domesticar as massas, manipulando a vontade e a acção dos indivíduos”
OLIVEIRA (1998:27-28), e isto, alvitra o autor, não é o desejável, na verdade a
educação, como um processo social, deveria ser aberta, democrática, por forma a
preparar os indivíduos para a mudança social, para o aperfeiçoamento progressivo
do homem e a construção de um mundo melhor.
a) A Educação formal
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Embora a educação forma tenha toda uma sistematicidade, previsibilidade, etc. os sociólogos
chamam atenção para o fenómeno do “currículo oculto”. Efetivamente, na escola temos o currículo
formal, o currículo estabelecido pelos sistemas de ensino, expresso na norma. Temos ourrículo real,
o currículo que acontece dentro da sala de aula, com professores e alunos no quotidiano escolar.
Finalmente o currículo oculto, esxpessão usada para denominar as influências que afectam a
aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores. O currículo oculto representa tudo o que os
alunos aprendem diariamente em meio às várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos,
percepções, que vigoram no meio social e escolar. O currículo está oculto porque ele não aparece no
planeamento do professor. MOREIRA e SILVA (1997) citadop por Jesus (s/d)
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
b) A educação não-formal
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Cortesia, urbanidade, delicadeza
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
c) Educação informal
Dessa forma, segundo este autor, socializar vai significar por um lado, adquirir
personalidade pessoal e, por outro lado tornar-se membro da sociedade e portador
da sua cultura, colaborando para a sua perpetuação. Assim, o socializar-se envolve
dois aspectos, o individual e o colectivo e é permanente no tempo, nunca se
completando de forma definitiva. De facto, no curso normal da vida, à medida que a
criança passa pelos estágios da adolescência à velhice, deve ajustar-se
continuamente a novas condições de vida e de actividade.
Neste sentido, aquele que é socializado incorpora valores e padrões sociais, válidos
para todos os membros da sociedade (universais) e outros, que se aplicam somente
ao exercício de certos papéis sociais (especiais). Por exemplo uma criança aprende
valores comportamentais do seu sexo, da mesma forma que a língua de seus pais; o
jovem adquire padrões morais vigentes na sociedade global, assim como os que são
específicos de sua religião e classe social; o adulto incorpora as habilidades
necessárias para a vida económica e as peculiares ao seu ofício.
Assim, ainda de acordo com ROCHER (1971) citado por LAKATOS (1996) existe a
socialização “antecipatória”, que consiste na preparação para assumir um papel no
futuro e a socialização concomitante que consiste no próprio exercício de um papel.
Mas como ocorre o processo de socialização? Segundo o autor retro mencionado,
acontece por duas vias, a primeira da participação, entendida como as actividades
sociais exercidas pelo individuo, por meio das quais ele adquire e acumula traços
culturais, notadamente por via do mimetismo e a segunda por comunicação, a partir
da qual o individuo toma conhecimento do acervo de experiências de outras
pessoas, que podem ser aplicáveis a situações presentes e futuras.
O que você acha caro estudante? Você adopta a visão determinista da socialização
segundo a qual ela faz-nos simplesmente reproduzir os padrões de comportamento
que nos foi procurado ser inculcado ou, então, ela não é tao determinista assim, mas
é flexível, permitindo-nos algum espaço para darmos o nosso sentido individual aos
valores que se nos procura socializar, e desse modo nos comportamos não tão
exatamente de acordo com os grupos onde fomos socializados?
a) O processo de socialização
i. Socialização Primária
Outro aspeto central nesta socialização, de acordo com o autor retro mencionado, é
que nela a criança é levada a identificar-se com realidade a ser socializada, ela a
acatará sem objeção
duradoiras, são impressões que tendem a ficar para sempre. Você, caro aluno pode
se estar questionando sobre quando termina a socialização primária. Segundo
PINTO (2006), tal sucede “quando o conceito do outro for estabelecido na
consciência do indivíduo e o mundo é percebido de forma mais universal”. A partir
desse momento, a criança é já inserida num mundo social mais amplo, Noutros
termos, ela já pode ir para a socialização secundária.
Logicamente, por ela ter este carácter de especialização, pressupõe-se que nesta
socialização que o individuo já possua um conhecimento anterior, uma
personalidade formada anteriormente pela socialização primária. Segundo o autor,
os limites biológicos são menos importantes na socialização secundária em relação
à socialização primária, na verdade, a aprendizagem nesta fase terá uma sequência
lógica.
Leituras Complementares
LAKATOS, Eva Maria, (1996), Sociologia Geral, Ed. Atlas S.A, 6° edição, São
Paulo.
Actividade 2
UNIDADE TEMÁTICA 3
Objectivos
No final desta unidade o estudante deve ser capaz de:
Introdução
Nesta unidade o nosso foco vai para a escola, a organização, instituição, ou unidade
social com identidade própria, articulada com a sociedade, que objectiva transmitir a
herança cultural da sociedade, construídas segundo normas, valores e padrões
socialmente aceites. Deste modo, ela vai desempenhar as funções de integração e
inovação social, permitindo a estabilidade e o desenvolvimento social.
Mas como funciona a escola? Ela funciona como um sistema social, dado que é um
sistema de interacção de pluralidade de actores, orientados por regras e
expectativas que se concretizam. Em termos de estrutura, nas escolas temos dois
grupos basicamente dependentes e distintos um do outro: os educadores e os
educandos.
A escola, assim, é uma organização, é uma unidade social com identidade própria,
articulada num sistema, a sociedade. Considera OLIVEIRA (1998), ela é o grupo
instituído especificamente com o objectivo de transmitir a herança cultural da
sociedade, construídas segundo normas, valores e padrões socialmente aceites.
A escola, como se vê, deve ter uma missão muito clara. Um objectivo fundamental
que pretenda atingir. De acordo com BRITO (1994:8) ela visa desenvolver global e
de forma equilibrada o aluno, nos seus aspectos intelectuais, socioeducativos,
psicomotor e cultural, de acordo com a sua idade e condições socioculturais, com
vista a sua correcta integração na sociedade.
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Aprofundaremos a relação entre a educação e a cidadania na IV unidade
Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
Falemos primeiro sobre o grupo dos educadores. Ele possui status que lhe permite
dirigir a aprendizagem, impor normas e a exercer uma liderança instituída. Essa
liderança será tanto mais eficiente quanto maior for o apoio dos outros membros da
comunidade. A acção dos membros deste grupo está sujeito a normas de conduta
previstas pela legislação, pela cultura e pela sociedade em geral. O desvio dessas
normas implica sanções que vão desde as repreensões até a exclusão do indivíduo.
Um dos elementos centrais no grupo dos educadores é o professor, sobre ele nos
debruçamos em seguida.
No entanto, OLIVEIRA (1998), sustenta que os factores internos é que são mais
importantes no sistema de status na escola. Por exemplo, os alunos que façam
parte da equipa de futebol ou de básquete podem ser os mais prestigiados,
independentemente dos fatores externos a escola. O mesmo pode ser válido para
os alunos grevistas, indisciplinados, os que conseguem melhores notas, etc.
A escola, como vimos nas partes páginas antecedentes, é a agência criada pela
sociedade para realizar a educação formal, dado que, com a complexização da
sociedade, a família deixou de ser capaz de, isolada, desenvolver nas crianças o
conjunto de saberes imprescindíveis para sua inserção na comunidade e sociedade,
nas dimensões política, económica, cultural, etc.
No entanto, tal não significa que estas duas entidades não se devam relacionar,
aliás, como você sabe, a criança, na socialização primária adquire conhecimentos e
os leva para a escola e, explica, Oliveira (1998) estas as atitudes, crenças e
expectativas que a criança trás da família/comunidade para a escola, podem facilitar
ou retardar o seu ajustamento à escola.
Assim, a discussão hoje posta no mundo científico sobre esta matéria, de acordo
com HERNANDEZ HERMANN (1985), passa por responder à seguinte questão: A
escola deve ser “ampliada”, quanto as suas responsabilidades educacionais, à
medida que os outros agentes tradicionais de educação (família, órgãos de
comunicação social, igrejas, grupo de pares, etc.) perdem força? Ou, pelo contrário,
ela deve simplesmente se concentrar na alfabetização e no ensino académico,
relegando o desenvolvimento de competências emocionais e sociais, para os outros
agentes de educação? Colocando a questão noutros termos: a escola deve ser
concebida para realizar amplos objetivos educacionais ou então para o ensino, para
a formação nos aspetos mais técnicos?
Assim, a terceira via proposta pelos autores é aquela em que a função da escola
seria de ajudar a comunidade a encontrar o caminho para o seu desenvolvimento,
quer dizer, a escola desenvolveria nos homens o sentido de autonomia, a sua
iniciativa pessoal e a sua capacidade de trabalhar com os outros de forma
cooperativa, para o alcance de objetivos comuns.
Para que tal situação ocorra o papel do professor é fundamental. Ele deve ser um
idealista, um intelectual, um defensor de uma causa, o que não é comum nas
nossas escolas, em que o professor não passa de um mero assalariado, sem ideias
próprias, sem convicções politicas e que a troco de ordenado dá aulas. Vejamos
trecho abaixo:
Para que a escola possa cumprir esse papel, o professor precisa assumir
a função de intelectual organicamente10 vinculado à comunidade em que
esta inserido para poder traduzir e cimentar, a nível da supra estrutura, os
valores, aspirações, necessidades e anseios desta comunidade (…) para
que a escola possa cumprir esta tarefa de agente de transformação social
buscando a melhoria da vida comunitária, é necessário formular a
pergunta fundamental: conheço realmente a comunidade em que vivem os
alunos (…) e a pergunta mais crucial ainda: estou (o professor, a escola)
vinculado organicamente a esta comunidade? HERNANDEZ e HERMANN
(1985:14-15)
10
Para o pensador marxista António GRAMISCI intelectual orgânico é o que age, que atua, participa,
ensina, organiza e conduz, enfim, se imiscui e ajuda na construção de uma nova cultura, de uma nova
visão do mundo, de uma nova hegemonia. Para ele, esse intelectual se contrapõe àquele que fica
preso às teorias, mas não se aproxima da prática. Fonte:
http://bocadolixo.wordpress.com/2009/10/16/o-intelectual-organico/
Leituras Complementares
Actividade 3
UNIDADE TEMÁTICA 4
Objectivos
No final desta unidade o estudante deve ser capaz de:
Introdução
Todos os sistemas educativos têm uma razão de ser, uma finalidade que
perseguem. Eles, efectivamente, procuram desenvolver um certo tipo de cidadão,
ou, se quisermos produzir nos indivíduos uma certa visão de mundo que,
logicamente, vai determinar que comportamento social do indivíduo ou cidadão deve
ele formar.
Nesta unidade vamos estudar a educação, particularmente que tipo de cidadão ela
se presta a formar na contemporaneidade. Logo, vamos estudar o conceito de
cidadania e observaremos que ele é um conceito imerso num espaço de disputa, ou
seja, há uma discordância na compressão do conceito entre os liberais e as
perspectivas mais críticas. A escola, como não poderia deixar de ser, é parte desta
disputa: os diversos interesses ou compressões do mundo vão procurar molda-la de
acordo com a sua perspectiva.
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
Todos os sistemas educativos têm uma razão de ser, uma finalidade que
perseguem. GASPAR e DIOGO (2010:8-9) alegam que quando os responsáveis
políticos de um determinado sistema educativo discutem que finalidade deve ter
esse mesmo sistema educativo, se estão indagando sobre que tipo de indivíduo ou
cidadão deve ele formar.
11
Embora se problematize a etnocentricidade dos estudos sobre a cidadania de (MARCHALL, s.d.), a
sua abordagem é vista ainda como bastante válida na sociologia, dada a forma sistemática como
tratou a cidadania bem como a abordagem histórica que fez.
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
A ideia de cidadania como concessão dos poderes instituídos aos “não cidadão”,
como única via a partir da qual se adquire a cidadania é modernamente bastante
questionada. FILHO (1998) apresenta a filósofa alemã Hannah ARENDT (1987) a
conceber a cidadania doutro modo, isto é, enquanto “direito a ter direitos”. FILHO
(1998) explica que para ela o “direito a ter direitos” é o primeiro direito humano
fundamental, do qual todos os outros derivam mas, embora se inscreva no quadro
geral dos direitos fundamentais do ser humano, ele não é uma dádiva.
A partir deste debate, a ideia de que a cidadania deve ser vista apenas dentro do
formalismo jurídico, perde força. Com efeito, a filósofa alemã ao desconstruir a ideia
da cidadania enquanto uma concessão e um privilégio, mas ao sustenta-la como
construção coletiva, uma conquista, remete-nos para a ideia de que a cidadania
deve, antes de tudo, ser compreendida como uma acção, uma vivência dos
indivíduos. E é nesta perspectiva que DAGNINO (1994) discute a problemática da
cidadania. A autora percebe na cidadania uma “estratégia política”, ou seja ela a vê
como acção, como pratica ou então cultura dos indivíduos e não simplesmente com
o conjunto de direito e deveres plasmado em leis.
12
Por exemplo, poderiam emergir grupos de excluidos, preteridos lutando por reconhecimento
como os homossexuais, lesbicas, os desempegrdos, os sem acesso a terra, a financiamento, a
oportunidade de negocios, os excluidos por não simpatizarem com o partido no poder, as mulheres,
etc.
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
Num segundo momento, na obra que estamos a apresentar, DUBET (2008) procura
apresentar propostas com vista a reverter este quadro, segundo ele totalmente
injusto, desumano e impeditivo de uma sociedade mais harmónica e
economicamente mais competitiva. Assim, mostra-se necessário tornar a escola
mais justa.
DUBET (2008) adverte que tal empreendimento (tornar a escola mais justa) se
mostra de muita complexidade, dado que a escola existe numa sociedade de
classes que naturalmente possui os seus mecanismos de funcionamento, que
produzem esta escola falsamente meritocrática e de oportunidades iguais para
todos.
Como se pode ver, o autor não abandona a ideia de que a escola deve funcionar
sobe a lógica das oportunidades para todos e o princípio de uma educação que
aposte na excelência individual. Ele defende que se dê mais, principalmente melhor
aos que tem menos, tudo com vista a compensar as lacunas dos indivíduos que,
como já vimos, derivam da sua origem social. Logo, a gestão escolar deve estar
orientada para o sucesso escolar dos alunos, ela deve providenciar para que hajam
apoios pedagógico e de outra natureza aos mais necessitados.
Assim, o autor defende que a escola deve conseguir que os alunos aprendam uma
cultura comum13, independente do seu desempenho escolar, que seria o mínimo
13
A ideia de que a escola deve oferecer uma cultura comum, mínima para todos, mas sem pôr em
causa o princípio da meritocracia, é em geral adoptado por vários sistemas educativos. Na
contemporaneidade um dos maiores imputes na elaboração de políticas educativas nos países
subdesenvolvido são os compromissos internacionais. E nestes destacam-se as Declarações de
Educacao para Todos (EFA ou EPT), sob a égide das Nações Unidas e do Banco Mundial. Vejamos o
artigo primeiro da Declarações de Educacao para Todos de Jomtien, que versou exatamente sobre q
questão da aprendizagem básica.
Art 1 “Cada pessoa - criança, jovem ou adulto - deve estar em condições de aproveitar as
oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem. Essas
necessidades compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a leitura e
a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas), quanto os conteúdos básicos da
Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
para que eles se tornarem cidadãos com certa dignidade. Mas, atenção: para o
sociólogo, a escola deve garantir que obrigatoriamente os alunos aprendam essa
cultura comum, sem impedir que os mais capazes progridam mais. DUBET (2008)
reconhece a complexidade que o assunto encerra, até porque é assunto que vai
para além da escola. Ele próprio é vago, não é concludente nas respostas às
questões “como se definiria essa cultura?”, “a partir de que pressupostos?”. O autor
se limita a propor que os intervenientes na educacao debatem a matéria.
aprendizagem (como conhecimentos, habilidades, valores e atitudes), necessários para que os seres
humanos possam sobreviver, desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com
dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões
fundamentadas e continuar aprendendo. Art 2: “ A satisfação dessas necessidades confere aos
membros de uma sociedade a possibilidade e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de respeitar e
desenvolver sua herança cultural, linguística e espiritual, de promover a educação de outros, de
defender a causa da justiça social, de proteger o meio-ambiente e de ser tolerante com os sistemas
sociais, políticos e religiosos que difiram dos seus, assegurando respeito aos valores humanistas e aos
direitos humanos comumente aceitos, bem como de trabalhar pela paz e pela solidariedade
internacionais em um mundo interdependente”.
O autor, a nosso ver, chama-nos atenção que poderá ser um erro pensar a
educação dissociada de toda uma totalidade, na qual estão presentes relações de
produção, estruturas do poder, interesses de classe, etc. ARROYO (1987) não
recusa o potencial da educação escolar enquanto instrumento de construção de
visão de mundo que norteie a acção dos indivíduos, mas aparentemente impõe-lhe
certos limites, ao chamar-nos atenção para a necessidade de uma visualização mais
sistémica.
Por isso, analisa ARROYO (1987), no pensamento liberal somente pode ser aceite
como sujeito político e social aquele que passou pela educação, onde se é
“civilizado”. E nessa educação, como se seria de esperar, se privilegia a construção
de uma visão de mundo que facilite o capitalismo, pois “o central não será tentar
racionalizar, instruir ou iluminar os súbditos nem os governantes, mas racionalizar a
vida económica, a produção, o tempo, o ritmo do corpo e a produção da mercadoria
trabalho” ARROYO (1987: 55)
Um outro aspeto trazido por este autor, para demonstrar como a educação
basicamente serve os poderes instituídos, é que na educação (liberal) parte-se do
pressuposto de que sociedade é uma comunidade que visa o bem comum14 e por
isso há a defesa de uma proposta educacional bastante normativa, que insiste numa
14
Recorde-se do paradigma de concenso, tratado na primeira unidade
Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
educação para o dever social, para o bem comum. A cidadania, logo, é vista como a
aceitação da obrigação moral para o convívio harmónico com seus semelhantes e
educar para a ela se circunscreve apenas a cultivar o senso de valor moral nos
indivíduos.
Não é por mero acaso que, como referido por AROYO (1994), no pensamento liberal
somente pode ser aceite como sujeito político e social aquele que passou pela
educação, educação essa que, como vimos, através dos valores que transmite e daí
a subjetividade que desenvolve nos indivíduos, cria as condições para a
prosperidade do capitalismo, ao ter como desiderato por um lado produzir mão-de-
obra requerida pelo sistema capitalista e por outro por levar os indivíduos a
naturalizar a sociedade em que se encontram.
Em DUBET (2008), pensador liberal, pelo contrário, vemos uma postura mais
conservadora, na medida em que, embora reconheça o fracasso da educação
enquanto espaço de emancipação social, particularmente dos “vencidos”, a sua
proposta não vai no sentido de romper com essa educação, mas sim no sentido de a
reparar, através da ideia de que a todo o custo, a escola tem que conseguir
desenvolver em todos a cultura comum, que incorporaria aspectos cívico/morais e
de formação técnica, tudo com vista a tornar a sociedade mais harmónica e
economicamente competitiva.
GENTILI (1995) aproximando-se desta análise, profere que neoliberalismo tem uma
obsessão no que tange à educação. Ele esclarece que a educação postulada pelo
neoliberalismo não passa de uma educação para o emprego o que, como sabemos,
representa um evidente reducionismo das potencialidades no que tange a formação
para a emancipação social. Assim, GENTILI (1995) argumenta que o neoliberalismo
procura despolitizar a educação “dando-lhe um carácter mercantil”, ou que se faz,
entre outros, por meio da insistência na “articulação do universo educacional com o
universo do trabalho”. E como é visualizada a questão do cidadão nessa educação?
Em jeito de fim, parece evidente que um dos mecanismos a partir dos quais a
cidadania liberal é essecializada, o que DAGNINO (1994) recusa, é a educação. E,
por causa disso, nas lutas sociais desenvolvida pelos sectores mais progressista o
direito à educação, mas uma educação de 'qualidade', é uma das bandeiras.
E o que seria a educação de qualidade? Aqui teríamos que recuperar de certo modo
o pensamento de DUBET (2008) quando se refere a importância da formação
técnica do individuo. Mas não se deve terminar aqui. Deve-se igualmente, e como
sugere a perspectiva crítica, dotar o individuo de instrumentos analíticos para que
ele se torne consciente (e não alienado) e se emancipe socialmente, agindo no
sentido de ser cidadão activo (e não passivo) que age objetivando criar a sociedade
que ele percebe como mais justa. Noutras palavras, o cidadão que não fica à espera
de simplesmente ser inserido na sociedade em função dos interesses dos grupos
dominantes mas ele age no sentido de criar a sociedade que ele anseia.
A grande questão que fica é a seguinte: é possível criar esta escola que forma um
cidadão esclarecido e não mera mão-de-obra alienada, na sociedade capitalista?
Várias respostas são possíveis, desde as mais cépticas as optimistas. Chamemos
por exemplo a análise de MÉSZÁROS (2007), pensador também crítico, que propõe
uma outra educação, uma educação que vá para além da lógica do capital.
Por isso, ele é extremamente crítico às diferentes reformas educacionais que tem
acontecido na sociedade, desde há alguns séculos a esta parte. Na sua óptica,
estas reformas, não vão ao âmago da questão: desconstrução da lógica do capital.
Elas não passam de meros paliativos ou mesmo utopias educacionais.
E o que seria a educação emancipadora neste autor? É aquela que não aliena, mas
consciencializa. É uma educação “contra-internalizacao', quer dizer aquela que
habilita o individuo a participar nos processos de tomada de decisão fundamentais
de forma consciente, não alienada. É aquela que desenvolve o sentido de
posicionamento crítico no individuo, que o liberta, fazendo-o por conseguinte deixar
de ser mera “caixa-de-ressonância” do discurso que a educação atual (ou liberal)
procura internalizar nele e assumir os interesses de toda a coletividade.
15
Veja-se a proposito a educacao não formal proposta por GONH ( )
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
Leituras complementares
DUBET, François. O que é uma Escola Justa? A Escola das Oportunidades, São
Paulo: Editora Cortez, 2008
ARROYO, Miguel. Educação e Exclusão da Cidadania, in BUFFA, E. et. al.
Educação e Cidadania: quem educa o cidadão, São Paulo: Cortez Editora, 1987, 31-
79
FILHO, João Cardoso Cidadania e Educação, Cad. Pesq. n. 104, jullho,1998, p.101-
121
Actividade 1
Actividade 1
2. DURKHEIM colocou demasiado peso na força da sociedade sobre o individuo, para ele
o individuo é integralmente condicionado pela sociedade. A nossa subjetividade é toda
ela resultado da formatação social de que fomos alvos, por via da educacao.
Actividade 1
Actividade 1
3. Resposta livre.
Actividade 1
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DUBET, François. O que é uma Escola Justa? A Escola das Oportunidades, São
Paulo: Editora Cortez, 2008
DURKHEIM, Émile, Educação e Sociologia, Lisboa: Edições 70, 2007
FILHO, João Cardoso Cidadania e Educação, Cad. Pesq. n. 104, jullho,1998, p.101-
121
Escola Superior Aberta/A Politécnica – Ensino à Distância
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Ciências de Educação – Sociologia da Educação II – Semestre 4
LAKATOS, Eva Maria, (1996), Sociologia Geral, Ed. Atlas S.A, 6° edição, São
Paulo.
MARSHALL, Thomas (1967), Cidadania e Classe Social, Rio de Janeiro: Zahar
Editores: