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24/04/2020 Unisinos | Teorias e Funções Organizacionais

TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Unisinos
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Teorias e Funções Organizacionais

Teoria da Contingência
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Teoria da Contingência

Contextualização
Esta teoria enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa.
Tudo é relativo.
Tudo depende.
Esta abordagem explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas
administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização.
Surgiu a partir de várias pesquisas feitas para verificar os modelos de estruturas organizacionais mais
eficazes em determinados tipos de empresas.
Os resultados das pesquisas levaram a uma nova concepção de organização: a estrutura da organização e o
seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo.
Verificaram que não há um único e melhor jeito (the best way) de organizar. Assim, procura recomendar
desenhos organizacionais e sistemas gerenciais específicos para cada situação.

Teoria da Contingência

As principais pesquisas

As principais pesquisas foram:


A de Chandler sobre estratégia e estrutura;
A de Burns e Stalker sobre organizações;
A de Lawrence e Lorsch sobre o ambiente;
A de Joan Woodward sobre tecnologia.

Teoria da Contingência

1. A pesquisa de Chandler sobre estratégia e estrutura (1962)


Pesquisou, historicamente, as mudanças estruturais de quatro grandes empresas americanas (DuPont, GM, Standard
Oil e Sears), relacionando-as com a estratégia de negócios. Demonstrou como a estrutura organizacional dessas
empresas foi sendo, de forma contínua, adaptada e ajustada a sua estratégia. Essas organizações passaram por um
processo histórico que envolveu quatro fases:

Acumulação de recursos;
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Racionalização do uso dos recursos;


Continuação do crescimento;
Racionalização do uso dos recursos em expansão.

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2. A pesquisa de Burns e Stalker sobre organizações (1961)


Pesquisaram indústrias inglesas e encontraram diferentes procedimentos administrativos nelas:

Os sistemas mecanicistas:
estruturas burocráticas;
estruturas centralizadas;
integração vertical;
ênfase nos princípios gerais da T. Clássica.
Os sistemas orgânicos:
estruturas flexíveis;
estruturas descentralizadas;
integração lateral;
ênfase nos aspectos democráticos da T.R.H.

Teoria da Contingência

3. A pesquisa de Lawrence e Lorsch sobre o ambiente (1967)


Desta pesquisa derivou a T. da Contingência.

Pesquisaram dez empresas de diferentes indústrias (plásticos, alimentos empacotados e recipientes - “containers”).

Analisaram que características as empresas tinham para enfrentar com eficiência as diferentes condições externas,
tecnológicas e de mercado.

Concluíram que os problemas organizacionais básicos são a diferenciação e a integração:

diferenciação: a organização é dividida em subsistemas ou departamentos, cada qual desempenhando uma


tarefa especializada para um contexto ambiental também especializado;
integração: refere-se ao processo oposto à diferenciação e é gerado por pressões vindas do ambiente da
organização no sentido de obter unidade de esforços e coordenação entre os vários departamentos.

Os autores, diante dos resultados, elaboraram a T. da Contingência:

“Não existe uma única maneira melhor de organizar; ao contrário, as organizações precisam ser sistematicamente
ajustadas às condições ambientais.”

A T. da Contingência, conforme Chiavenato (2003), apresenta os seguintes aspectos básicos:

A organização é de natureza sistêmica, ou seja, é um sistema aberto;


As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente. Isso explica a íntima
relação entre as variáveis externas (como o grau de certeza e de estabilidade do ambiente) e as características
da organização (grau de diferenciação e integração organizacionais);
As características ambientais funcionam como variáveis independentes, enquanto as características
organizacionais são variáveis dependentes.

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4. A pesquisa de Joan Woodward sobre tecnologia


Pesquisou uma amostra de 100 firmas inglesas, classificadas em três grupos de tecnologia de produção:

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produção unitária ou artesanal, por ex., produção de navios, geradores e motores de grande porte, aviões
comerciais, locomotivas e confecções sob medida;
produção em massa ou mecanizada, por ex., montagem de automóveis e tratores, produção de
eletrodomésticos, calçados;
produção em processo ou automatizada, por ex., petroquímicas, produção de bebidas, siderúrgicas.

Conclui que (CHIAVENATO, 2003):

o desenho organizacional é afetado pelo tipo de tecnologia de produção;


há forte correlação entre estrutura organizacional e previsibilidade das técnicas de produção;
as empresas com operações estáveis necessitam de estruturas diferentes das organizações com tecnologia
mutável;
sempre há o predomínio de alguma função na empresa.

Teoria da Contingência

Estudo do ambiente e tecnologia


A partir das diversas pesquisas realizadas, ficou evidente a importância do estudo do ambiente e da tecnologia na
T. da Adm.

Ambiente é o contexto que envolve externamente a organização ou o sistema. É a situação dentro da qual
uma empresa está inserida.
Tecnologia, sob o ponto de vista organizacional, é algo que se desenvolve nas organizações por meio de
conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e a execução de tarefas (know how) e pelas
suas manifestações físicas (como máquinas, equipamentos, instalações), constituindo um complexo de
técnicas usadas na transformação dos insumos recebidos pela empresa em resultados, isto é, em produtos ou
serviços.

Teoria da Contingência

Ambientes geral e de tarefa


Chiavenato (2003) separa, pedagogicamente, o ambiente em geral e de tarefa.

Ambiente de tarefa: é o mais próximo e imediato de cada organização. Constituído por:

fornecedores de entradas;
clientes ou usuários;
concorrentes;
entidades reguladoras.

Ambiente geral: é o macroambiente, ou seja, o ambiente genérico e comum a todas as organizações. Constituído
de:

condições tecnológicas;
condições legais;
condições políticas;
condições econômicas;
condições demográficas;
condições ecológicos;
condições culturais.

Teoria da Contingência

Tipologia de ambientes
Quanto a sua estrutura:
ambiente homogêneo;
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ambiente heterogêneo.
Quanto a sua dinâmica:
ambiente estável;
ambiente instável.

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Tecnologia
“Incorporada”: está contida em bens de capital, matérias-primas intermediárias ou componentes etc. É o
hardware.
“Não-incorporada”: encontra-se nas pessoas (como técnicos, peritos, especialistas, engenheiros,
pesquisadores) sob a forma de conhecimentos intelectuais ou operacionais, facilidade mental ou manual para
executar as operações, ou em documentos que a registram (como mapas, plantas, desenhos, projetos,
patentes, relatórios). É o software.

Teoria da Contingência

Tipologia de tecnologias de Thompson


Propõe uma tipologia conforme o arranjo da tecnologia dentro da organização:

Tecnologia de elos em sequência: Como a linha de montagem da produção em massa e que utiliza a
Administração Científica;
Tecnologia mediadora: Como a dos bancos, empresas de propaganda, as companhias telefônicas e que
utiliza a T. da Burocracia;
Tecnologia intensiva: Como a de um hospital geral, da indústria de construção civil e industrial e os
estaleiros navais e que utiliza a T. da Contingência.

Teoria da Contingência

A concepção de humano: homem complexo


O homem como um sistema complexo de valores, percepções, características pessoais e necessidades. Ele opera
como um sistema capaz de manter seu equilíbrio interno diante das demandas feitas pelas forças externas do
ambiente. Esse sistema interno se desenvolve em resposta à necessidade do indivíduo de solucionar os problemas
apresentados no seu convívio com o ambiente externo, seja na família, com os amigos, nas organizações onde atua
etc. (SCHEIN, 1970).

Concebido como um sistema de necessidades biológicas, de motivos psicológicos, de valores e de percepções, no


qual:

o homem é complexo e variável, com muitas motivações que se interrelacionam;


o homem é capaz de aprender novas motivações através de suas experiências cognitivas;
as motivações do ser humano podem divergir;
o homem se implica de uma maneira produtiva com as organizações de acordo com múltiplas motivações;
o homem pode responder a diferentes estratégias diretivas.

Teoria da Contingência

Apreciação crítica da T. da Contingência


rechaça os princípios universais e definitivos de administração, colocando que a prática administrativa é
situacional e circunstancial;
os conceitos são utilizados em termos relativos, como num continuum;
ênfase no ambiente;
ênfase na tecnologia;

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compatibilidade entre abordagens de sistema fechado e aberto: as mais fechadas e mecanísticas se preocupam
de aspectos mais internos da organização, já as mais abertas e orgânicas ocorrem na periferia da organização
e nos níveis mais altos da hierarquia;
caráter eclético e integrativo.

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Encerramento

Tecnologia Educacional – TI Corporativa


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