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Caso número 6

Julia Saad
Subturma 20
No caso em questão, Joana claramente viola a honra da pessoa jurídica NewLab S.A.
A honra não é defendida como um bem absoluto em sí. O código civil português, não
refere diretamente a honra e a sua tutela, porém define no artigo 70/1 a “personalidade
moral” e no artigo 484 sobre a tutela da ofensa do credito do bom nome, que exige
medidas de correção caso tal direito seja violado. A jurisprudência portuguesa entende
como atentado à honra os seguintes atos:
difamação feita pela comunicação social , através de fatos falsos, acusações concretas
infundadas e atentado a competência profissional. Joana parece ter cumprido cada um
desses atos, ao escrever nas redes socias que a new Lab se trata de uma indústria
criminosa e que se aproveitou do momento de desemprego para fazer tais testes.
E se tais acusações fossem verdadeiras? Joana estaria com a razão? Não. O princípio da
execptio vedadis não é por si só uma justificativa, pois mesmo a afirmação seja
verdadeira, ela poderá ser usada com o intuito de ferir a honra do próximo. Porém no
caso em questão , não podemos dizer que a afirmação é completamente verdadeira, pois
para ser considerada como tal, seria necessário que a mesma fosse pura, sem equívocos
ou sombras, o que no caso não procede já que a afirmação feita por joana se aproxima
mais de uma informação tendenciosa e incompleta e fora de contexto. Sendo assim a
pessoa em questão tinha apenas o único intuito de ferir a honra da pessoa jurídica.
Pode-se dizer que ao acusarmos Joana de violar a honra da Newlab , estamos limitando
sua vontade de expressão. E nesse quesito entra em questão o típico conflito entre a
liberdade de expressão e a violação a honra. Qual dos direitos prevalece? A
jurisprudência portuguesa, tutela que a liberdade de expressão pode sim ultrapassar a
honra, porém com limites. E que limites são esses? Bem a afirmação deve ser
socialmente significante, o que no caso ocorre e verdadeira, já que nenhuma liberdade
de expressão justifica a exposição de informações falsas. Sendo assim, Joana já não
poderia, de maneira alguma, argumentar sobre seu direito de liberdade de informação, já
que como já foi dito anteriormente, a informação que a mesma violou se trata de uma
afirmação incompleta.
Em suma, joana violou o direito ao bom nome tutelado no artigo 484 e a personalidade
moral, tutelada no artigo 70/1. Sendo assim, de acordo com o princípio geral da
responsabilidade civil previsto no artigo. 483, é necessário que que joana indenize a
pessoa jurídica em questão.

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