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Fundamentos Ii
Fundamentos Ii
FUNÇÕES DA PELE
• Barreira mecânica; termorregulação; excreção; sensibilidade; metabolismo.
TIPOS DE CICATRIZAÇÃO
• Primeira Intenção: as bordas são aproximadas (ex: feridas cirúrgicas)
• Segunda Intenção: as bordas não são aproximadas e existe infecção nas grandes
perdas teciduais após extensos desbridamentos, a cicatrização é mais lenta (ex: úlceras
venosas, abscessos)
• Terceira Intenção: ocorre após uma limpeza mais profunda, deiscência, ressutura ou
enxerto para restabelecer as condições de cicatrização (ex: feridas cirúrgicas infectadas).
ETIOLOGIA
1.Acidental ou Traumática: são feridas de ocorrência imprevista, sendo provocadas por
objetos cortantes, contundentes, perfurantes, lacerantes, inoculação de venenos,
mordeduras e queimaduras.
2.Patológicas: são feridas secundárias de uma determinada doença de base.
3.Intencional ou Cirúrgica: são feridas realizadas com um fim terapêutico.
4.Iatrogênicas: são feridas resultantes de procedimentos ou tratamentos (Ex:
radioterapia)
5.Causais Externos: são feridas resultantes de pressão contínua pelo peso corporal,
fricção, cisalhamento e umidade.
EVOLUÇÃO
• Feridas Agudas: são feridas traumáticas, há ruptura da vascularização e
desencadeamento imediato da hemostasia (Ex: cortes, escoriações, queimaduras).
• Feridas Crônicas: são feridas de longa duração ou recorrência frequente, ocorre desvio
na sequência do processo cicatricial fisiológico.
PRESENÇA DE INFECÇÃO
• Feridas Limpas: são feridas não infectadas, livres de microrganismos patogênicos (Ex:
procedimentos cirúrgicos).
• Feridas Potencialmente Contaminada: são feridas cirúrgicas que penetram no trato
gastrointestinal, respiratório e geniturinário (Ex: traqueostomia).
• Feridas Contaminadas: são feridas cirúrgicas quando a técnica asséptica não é seguida,
o tempo inicial é superior a 6h.
• Feridas Infectadas: são feridas de contaminação grosseira por dendritos ou
microrganismos. Apresentam processo infeccioso, tecido desvitalizado, exsudação
purulenta e odor característico.
COMPROMETIMENTO TECIDUAL
• Lesão Dérmica: manifesta-se na camada da derme, sem ruptura tecidual, que se
apresenta como uma mácula hiperemiada ou eritematosa.
• Lesão Epidérmica: manifesta-se na camada da derme e da epiderme, quando a pele se
rompe superficialmente.
• Lesão Hipodérmica: lesão com envolvimento da derme e da epiderme e exposição da
hipoderme (tecido gorduroso).
• Lesão nos Tecidos Profundos: manifesta-se nas camadas da pele, com envolvimento
do tecido muscular, e pode haver exposição óssea, de tendões e tunelização.
TIPOS DE FERIDAS
1. Feridas Mecânicas: causadas por traumatismos externos, cortante ou penetrante,
inclui esmagamentos e cortes.
2. Feridas por Radiação: exposição a raios solares, RX ou outro tipo de radiação.
3. Feridas Laceradas: margens irregulares, produzidas por caco de vidro ou arame
farpado.
4. Feridas Químicas: ação de ácidos, bases muito fortes, sais e gases.
5. Feridas Térmicas: resultado do calor ou frio extremo.
6. Feridas por Eletricidade: raios ou contato com objeto energizado.
7. Feridas Incisas: instrumento cortante, faca, bisturi, etc.
8. Feridas Contusas: traumatismos das partes moles, hemorragias e edema pela ação
contundente de objetos rombos.
9. Feridas Perfurantes: arma de fogo, ou arma branca, produz pequena abertura podendo
atingir camadas teciduais profundas e órgãos, causando hemorragia interna.
10. Feridas Oncológicas: tumores ou metástases cutâneas.
11. Úlcera Venosa: causadas por dificuldade de retorno venoso, perdas locais da
epiderme, derme e tecido subcutâneo, próximo a maléolos dos MMII.
12. Úlcera Arterial: causadas por isquemia, relacionada com a presença de doença
arterial oclusiva.
13. Lesão por Pressão: isquemia secundária a compressão.
14. Feridas Vasculogênicas (Pe Diabetico): resultante de complicações da diabetes,
como neuropatia diabética e doença vascular periférica.
15. Escoriações: surge tangencialmente à superfície cutânea.
16. Equimoses e Hematomas: rompimento dos capilares, sem perda da continuidade da
pele, hematoma o sangue extravasado forma uma cavidade.
COBERTURAS
Objetivos:
• Desbridar tecido não viável;
• Eliminar infecção e espaço morto;
• Controlar exsudato e odor ;
• Atender as características da ferida;
• Bom custo/benefício;
• Estar disponível para o uso do paciente.
CURATIVOS
• Objetivos: promover a cicatrização; tratar e prevenir infecções; remover corpos
estranhos; proteger a ferida contra traumas mecânicos; promover hemostasia; reduzir
edemas; diminuir odor e dor; manter a umidade; fornecer isolamento térmico; conforto
psicológico ao paciente.
TIPOS DE CURATIVOS
1.Semi-oclusivos: é absorvente, utilizado em feridas cirúrgicas; drenos; exsudativas e
isolamento da pele adjacente saudável.
2.Oclusivo: atua como barreira mecânica, impede a entrada de ar e a perda de fluidos;
promove isolamento térmico e veda a ferida.
3.Compressivo: reduz o fluxo sanguíneo; promove a estase e a hemostasia.
4.Aberto: feridas cirúrgicas limpas após 24 horas; cortes pequenos; suturas; escoriações.
5.Secos: fechado com gaze ou compressa secos.
6.Úmido: fechado com gaze ou compressa umedecida com pomada ou solução.
7.Drenagens: grandes quantidades de exsudato.
DESBRIDAMENTO
a) Autolítico: fatores terapêuticos a hidratação do leito, e consequente ação de enzimas
endógenas sobre o esfacelo/tecido desvitalizado (hidrogel, alginato de cálcio,
hidrocolóide, filme transparente)
b) Enzimático: atua como ação de enzimas quebrando as fibras de colágeno que unem o
tecido necrosado/esfacelo (colagenase, papaína).
c) Mecânico: meios mecânicos de escovação, hidroterapia, irrigação e esfregaço com
gaze.
d) Instrumental Cirúrgico: realizado no centro cirúrgico sob anestesia, com grandes
áreas de erosão; tunelização; fistulização.
e) Instrumental Conservador: retirada do tecido necrótico sem lesar o tecido viável com
bisturi por meio da técnica cover ou square.
AVALIAÇÃO DA FERIDA
1- Complexidade
• Feridas Simples: seguem o curso fisiológico da cicatrização e perpassam as três fases
do processo cicatricial
• Feridas Complexas: não seguem o curso fisiológico da cicatrização, demandam tempo
cicatricial devido a processos infecciosos, perdas teciduais extensas e traumas
3 - Localização Anatômica
4 - Exsudato
• Seroso: plasma claro e aquoso.
• Purulento: espessa, amarela, verde, cobreada.
• Serossanguinolento: pálida, rósea, aquosa.
• Sanguinolento: vermelho vivo, sangramento ativo.
• Odor Característico: suportável, exalado no descobrimento da lesão.
• Odor Fétido: desagradavel, reação de afastamento.
• Odor Pútrido: fétido de grande intensidade
• Pequena Quantidade: pouco úmido (<25%)
• Moderada Quantidade: úmido (>25% e <75%)
• Grande Quantidade: muito sujo (>75%)
5 - Grau de Contaminação
• Colonização: apresenta múltiplos microrganismos que não provocam danos ou
interrompem o processo de cicatrização.
• Colonização Crítica: carga bacteriológica aumentada, cicatrização lenta, mudança de
cor no leito, aumento de exsudato e dor.
• Infectada: carga bacteriológica bastante elevada, danos nos tecidos e alterações no
sistema imunitário.
9 - Mensuração
• COMPRIMENTO X LARGURA E PROFUNDIDADE.
• O ponteiro que indica 12 horas está voltado para a região cefálica; 6 horas para a
região podal; 3 horas à direita do observador, e 9 à esquerda.
10 - Dor
• Dor cutânea: sensação aguda, perfurante ou de queimação, mais superficiais no tecido
cutâneo.
• Dor visceral: difusa, de localização imprecisa e referida como dolorida em cólica,
mais profunda nas cavidades torácica, abdominal, pélvica ou craniana.
• Dor isquêmica: dor intensa e ocorre devido à arteriopatia periférica.
• Dor neuropática: resulta de dano ao sistema nervoso central ou periférico, pode ser
leve ou muito intensa, sensação de queimação ou cauterização, contínua e sensações de
calor ou frio, formigamento, dormência ou paralisia.
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
• Forma da realização do curativo;
• Com o que e como a lesão foi lavada;
• Coberturas utilizadas;
• Como a lesão foi ocluída;
• Descrever o local onde o curativo foi realizado;
• Descrever área de abrangência da lesão;
• Extensão da lesão;
• Aspectos da lesão (tipos de tecidos encontrados);
• Aspecto da área adjacente à lesão;
• Características do exsudato encontrado no momento;
• Se é necessário medicar o paciente, para dor, antes ou após a realização do curativo;
• Se o paciente está tomando alguma medicação, ou passando por alguma questão
alimentar.
DRENOS
• São dispositivos usados para transferência de conteúdos entre o meio interno e o
exterior.
• Finalidade: Prevenção de acúmulo de líquido após a cirurgia ou da remoção de pus,
sangue, serosidade e outros fluidos.
• Dreno de Penrose: Lâmina de látex, oca, utilizada para drenagem de abscessos.
• Dreno Tubular Subcutâneo (Hemovac/ Portovac): Tubo de silicone, não colabora
para drenagens maiores do que 200 ml/dia. Sistema fechado com pressão negativa.
Cuidar com o deslocamento. Ex: cirurgias ortopédicas.
DRENO DE TORÁX
• Drenagem Torácica: Consiste na introdução de um dreno em uma das três cavidades
do tórax (pericárdio, mediastino ou espaço pleural), para retirada de coleções líquidas
e/ou gasosas.
• Drenagem Pleural: Espaço pleural - Espaço virtual entre as pleuras parietal e visceral:
no indivíduo sadio há uma fina lâmina líquida.
INDICAÇÕES
• Incapacidade de alimentação via oral
• Dificuldade em deglutir alimentos via oral
• Pós-operatório de cirurgias
• Lavagem gástrica
• Coleta de exames por via gástrica
CONTRAINDICAÇÕES
• Desvio de septo
• TCE – traumatismo crânio encefálico
• Obstrução intestinal mecânica
• Sangramento gastrointestinal
• Vômitos incontroláveis
• Isquemia gastrointestinal
• Inflamação do trato gastrointestinal
• Tumor de boca e faringe
• Varizes esofagianas.
RISCOS ASSISTENCIAIS
• Lesões nas narinas ou na região da orofaringe
• Vômitos durante a passagem da sonda
• Deslocamento da sonda
• Obstrução da sonda
• Distensão abdominal
RECOMENDAÇÕES
• Programar a passagem em jejum de 4 horas para evitar ocorrência de vômitos e
aspiração;
• Em caso de resistência não insistir e introduzir na outra narina;
• Atenção as reações durante a passagem (agitação, tosse, cianose), pois deve estar
localizada no trato respiratório
• Solicitar a cooperação do paciente
• Troca da fixação diariamente;
• Situações de deslocamento ou saída em pós-operatório de esôfago/estômago, não
reintroduzir sem avaliação médica.
• Retirar a prótese dentária antes de realizar a sondagem.
INDICAÇÕES
• Trato gastrointestinal total/parcialmente em funcionamento;
• Correção de déficits nutricionais;
• Situações clínicas nas quais seja impossível ou contraindicada alimentação VO;
• Pacientes inconscientes.
CONTRAINDICAÇÕES
• Desvio de septo
• TCE
• Obstrução intestinal mecânica
• Sangramento gastrointestinal
• Vômitos incontroláveis
• Isquemia gastrointestinal
• Inflamação do trato gastrointestinal
• Tumor de boca e faringe
• Varizes esofagianas.
RISCOS ASSISTENCIAIS
• Contaminação da dieta por manipulação inadequada;
• Obstrução do dispositivo por má higienização;
• Desidratação do paciente por não cumprimento dos horários da dieta e hidratação;
• Administração da dieta com a sonda mal posicionada, em razão de inabilidade para
realizar os testes de verificação;
• Lesão da pele do nariz e da face.
RECOMENDAÇÕES
• Retirar prótese dentária antes da sondagem
• Manter sempre que possível o paciente em decúbito lateral direito, para progressão da
sonda para a região pilórica;
• Guardar o fio guia para futuras sondagens;
• Os testes de posicionamento da sonda não devem ser substituídos pelo RX.
Alimentação Intermitente
• Instilação gradual de líquido por equipo = gotejamento, em 30 a 60 minutos.
• Volume: 250 a 400ml
• Vantagem: reduz a sensação de distensão.
• Equipos: azul; trocar a cada infusão.
Alimentação Contínua
• Infusão de dieta sem interrupção com bomba de infusão. É encaminhada ao intestino
delgado;
• Vantagens: reduz riscos de vômito ou refluxo.
• Desvantagem: a bomba de infusão deve acompanhar o paciente.
• Equipo: trocar a cada 72h.
SONDA TRANSABDOMINAL GASTROSTOMIA
• É a introdução de alimentos diretamente no estômago por meio de um tubo através da
parede abdominal.
INDICAÇÃO
• Alimentação ou medicação;
• Recomendada para longos períodos de nutrição;
• Requer funcionamento do estômago e reflexo de vômito.
RISCOS ASSISTENCIAIS
• Lesões na pele ao redor do estoma por excesso de umidade;
• Deslocamento do cateter por ruptura do balonete ou por não estar bem fixado;
• Infecção no local da implantação do cateter.
RECOMENDAÇÕES
• Na saída do cateter, o reposicionamento deve ser realizado por um médico;
• Em caso de vazamento de líquido gástrico/jejunal ou de dieta, sinais de dermatite
periestoma ou de infecção (eritema, calor, dor, edema, secreção), solicitar avaliação
médica;
• Em caso de saída acidental da sonda, solicitar avaliação médica e verificar a
possibilidade de passagem de uma nova sonda com urgência;
• Registrar horário, realização do procedimento, intercorrências, aspecto da pele
periestomal, sinais de irritação.
INDICAÇÕES
• Alimentação ou medicação;
• Recomendada para longos períodos de nutrição enteral;
• Utilizada quando o acesso ou funcionamento do estômago está prejudicado.
• Em pacientes com risco de aspiração e aqueles com cirurgia intestinal acima do
jejuno.
RISCOS ASSISTENCIAIS
• Lesões na pele ao redor do estoma por excesso de umidade;
• Deslocamento do cateter por ruptura do balonete ou por não estar bem fixado;
• Infecção no local da implantação do cateter.
RECOMENDAÇÕES
• Na saída do cateter, o reposicionamento deve ser realizado por um médico;
• Em caso de vazamento de líquido gástrico/jejunal ou de dieta, sinais de dermatite
periestoma ou de infecção (eritema, calor, dor, edema, secreção), solicitar avaliação
médica;
• Em caso de saída acidental da sonda, solicitar avaliação médica e verificar a
possibilidade de passagem de uma nova sonda com urgência;
• Registrar horário, realização do procedimento, intercorrências, aspecto da pele
periestomal, sinais de irritação;
• Uma vez formado o estoma (após 7 dias), lavar a região da inserção da sonda
diariamente no banho, com água e sabão neutro.
• Existem diversos dispositivos para a implantação, às vezes utilizando a sonda Foley
com o balonete inflado, em contato com a parede gástrica, evitando sua saída;
• Ficar atento à permeabilidade e ao posicionamento, assim como à higiene da pele
periestomal.
ELIMINAÇÃO URINÁRIA
• Processo de liberação de líquidos em excesso e resíduos metabólicos. Em condições
normais um adulto elimina 1.500ml/dia.
CARACTERÍSTICAS DA DIURESE
Cor
• Varia de cor palha, pálida a âmbar;
• Mais concentrada pela manhã;
• Sangramento dos rins e ureteres pode deixar a urina escura;
• Fármacos alteram a coloração.
Transparência
• A diurese normal tem aspecto transparente;
• Pode ter aparência espessa e turva, como resultado de bactérias e glóbulos brancos.
Odor
• Quanto mais concentrada, mais forte o odor;
• Um odor fétido está associado a possível infecção;
• Um odor doce ou frutado ocorre pela presença de acetona ou ácido acetoacético
presente em DM.
RISCOS ASSISTENCIAIS
• Falha na identificação da paciente e do procedimento;
• Troca acidental de paciente;
• Reação alérgica ao látex;
• Lesão do trato urinário;
• Infecção do trato urinário;
• Não conformidades relacionadas às anotações: elegibilidade, omissão.
RECOMENDAÇÕES
• Higiene íntima após cada evacuação;
• Não forçar a passagem do cateter, quando encontrar resistência;
• Observar e anotar o volume, a coloração e o aspecto da urina;
• Para retirar a SVD, é necessário desinsuflar o cuff/balonete. Após a retirada da sonda,
recomenda-se observar e anotar o horário, o volume e o aspecto da primeira micção
espontânea;
• O sistema de drenagem deve ser obrigatoriamente “fechado” e trocado somente com a
sonda;
• Recomenda-se sua retirada o mais precocemente possível;
• Realizar rodízio da fixação da sonda;
• Orientar o cliente quanto a necessidade de higiene;
• Clampear a extensão do coletor na transferência do paciente;
• Desprezar o volume urinário pelo menos a cada 6/8 horas;
• Manter a sonda sempre abaixo do nível do tronco para evitar o refluxo de urina.
CATETERISMO VESICAL DE ALÍVIO
• Introdução de um cateter para drenar a bexiga, é retirado imediatamente.
• Repetir a cateterização conforme necessário, porém cada inserção aumenta o risco de
lesão ou infecção.
RECOMENDAÇÕES
• O tamanho da sonda deve ser avaliado conforme o meato ureteral.
• As sondas mais utilizadas para cateterismo vesical de alívio em homens são as de nº
12 e 14;
• No caso de resistência na introdução da sonda, interromper o procedimento e
comunicar o médico para conduta;
• Avaliar o uso de anticoagulantes e antecedentes urológicos como doenças da próstata,
traumas uretrais e cirurgias prévias;
• No cateterismo vesical de alívio não é utilizado o coletor sistema fechado;
• O cateter é retirado após o esvaziamento da bexiga.
IRRIGAÇÃO VESICAL
• É a lavagem da mucosa que reveste a bexiga, com o objetivo de remover sedimentos,
coágulos, urina em decomposição ou fins terapêuticos
- Pacientes com ITU;
- Pós-cirurgias;
- Hemorragia;
- Trauma.
TIPOS DE IRRIGAÇÃO
• Sistema Contínua: instilação solução para dentro da cavidade por meio da gravidade
por vários dias.
• Sistema Fechado: é irrigado sem a separação do cateter da extensão de drenagem.
RECOMENDAÇÕES/CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• Para instalar a irrigação vesical, é necessário uma sonda vesical de três vias;
• A troca do frasco de SF 0,9% deve ser feita antes do término do frasco anterior, para
evitar obstrução da sonda;
• A diurese deve ser desprezada da bolsa coletora quando o volume estiver com 2/3 da
capacidade total e ao término do frasco de SF 0,9%, considerando a necessidade de
fazer o balanço entre o volume infundido e o drenado;
• O preenchimento da planilha de controle de irrigação vesical inclui o volume
infundido e o volume drenado;
• Deve-se atentar para sinais de obstrução como distensão abdominal, dor e não
drenagem na bolsa coletora. Comunique ao médico, realize medidas para desobstrução e
registre o ocorrido.
CISTOSTOMIA: definida como uma cirurgia onde se cria um trajeto alternativo para
saída da urina contida na bexiga;
RECOMENDAÇÕES
• Não garrotear o pênis ao instalar o dispositivo ou realizar a fixação
• Observe diariamente a pele do paciente e observe a presença de lesões
• Troque o dispositivo diariamente, após o banho, ou sempre que necessário.
AUTOCATETERISMO
• Lesão medular;
• Interrupção na comunicação entre a bexiga e o centro da micção no cérebro;
• Cateterismo vesical intermitente técnica limpa: introdução de um cateter lubrificado
na bexiga pela uretra, em períodos diários pré-estabelecidos e sua remoção após a
drenagem urinária, sendo uma intervenção efetiva para prevenção e tratamento de
complicações.
• Cuidados: orientar o paciente quanto ao procedimento; higiene das mãos; higiene da
genitália; posição; higienização do cateter.
ELIMINAÇÃO INTESTINAL
Avaliação da Eliminação Intestinal
Anamnese
• Frequência das eliminações
• Esforços necessários para expelir as fezes
• Recurso utilizados para eliminação das fezes
• Sinais e sintomas
• Diarreia
• Constipação
• Efeito sobre o paciente.
Exame Físico
• Boca: língua, gengiva e dentes.
• Abdome: 4 quadrantes.
• Reto: lesões, inflamação, hemorragias.
ENEMAS
• É a instilação de uma solução dentro do reto.
OBJETIVOS:
• Limpar a porção intestinal inferior;
• Amaciar as fezes;
• Expelir flatos;
• Aliviar a mucosa irritada;
• Delinear o colo durante o raio X diagnóstico;
• Tratar a infestação de vermes e parasitas.
RISCOS ASSISTENCIAIS
• Dor e sangramento
• Lesão da mucosa anal
• Resultado insatisfatório.
RECOMENDAÇÕES
• Em caso de resistência ao introduzir a sonda, avisa ao enfermeiro ou ao médico
• Examine a presença de tumores no canal anal ou no reto, ou outras ocorrências, como
hemorroidas e fístulas perianais; nessas situações, realize o procedimento somente com
avaliação médica
• Verificar a temperatura e a quantidade de líquido antes de iniciar o procedimento;
• Em caso de dor abdominal, interromper o procedimento;
• Posição de SIMS, devido à posição do intestino grosso, que facilita a entrada do
líquido.
• Mantenha a privacidade do paciente
• Planejamento para a hidratação, principalmente os idosos.
• Lavagem intestinal também pode ser feita, utilizando-se do equipo e suporte,
compatível com o volume infundido.
TIPOS DE ENEMAS
ENEMAS DE LIMPEZA: Finalidade de remover as fezes do reto.
• Em geral causam defecamento dentro de 5 a 10 minutos após sua administração.
• Podem causar desconforto devido a distensão abdominal.
Enemas com Água Morna e Soluções Salinas Fisiológicas: utilizadas devido o efeito
não irritante.
• A solução salina estimula a peristalse.
Enemas com Soluções Glicerinadas: é uma mistura de água e glicerina.
• Geralmente é preparado industrialmente, caso não seja, a diluição é 1ml:200 ml (5ml
para 1 litro);
• Mecanismo de ação: distende o reto, hidrata as fezes, mas pode irritar o tecido local.
ESTOMAS
• Refere-se à abertura feita na parede abdominal
• Intestino grosso – COLOSTOMIA;
• Intestino delgado - ILEOSTOMIA.
DISPOSITIVOS PARA OSTOMIAS: saco para a coleta das fezes e uma proteção
externa, ou disco, que fica presa ao abdome. O orifício no centro oferece o espaço ao
qual se projeta o estoma.
RECOMENDAÇÕES
• A bolsa coletora deve ser esvaziada sempre que a eliminação atingir 1/3 e para
eliminação de gases;
• O esvaziamento e a higienização regular da bolsa coletora aumenta sua durabilidade;
• A bolsa coletora em sistema de duas peças pode ser removida para melhor
higienização;
• Aspectos a serem observados do conteúdo eliminado: cor, consistência, quantidade e
odor.
CUIDADOS PERIESTOMAIS
• Ruptura na pele envolta das ostomias como escoriações (enzimas presente nas fezes);
• Higiene com água morna e sabão, secando delicadamente, ou aplicação de substância
que forma uma barreira ao redor do estoma.