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Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância

CENTRO DE RECURSO DE MANICA

1. O estudante:

Nome: Castigo Chenai António

Código do Estudante:
Curso: Direito – Licenciatura
51231086

Ano de Frequência: 2º Ano/2024

2. O trabalho

Trabalho de: Direito Internacional Público Código da Disciplina:

Nº de Páginas: 10
Tutor:

Data da Entrega: 19.03.2024


Registo de Recepção por:

3. A correcção:

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

CENTRO DE RECURSO – MANICA

O Presente trabalho de campo do Módulo de Direito Internacional Público submetido na


Plataforma de Instituto Superior de Ciências e Educação a Distância ISCED.

Tema: Os Sujeitos do Direito Internacional Público

Licenciatura em Direito

Estudante: Castigo Chenai António

Código: 51231086

2024
ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO......................................................................................................................................1
1.1. Problematização..............................................................................................................................2
1.2. Justificativa.....................................................................................................................................2
1.3. Objectivos......................................................................................................................................3
1.3.1. Geral..........................................................................................................................................3
1.3.2. Específicos.................................................................................................................................3
1.4. Metodologia...................................................................................................................................3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................Erro! Marcador não definido.
2.1. O Conceito e Objecto do Direito Internacional Público................................................................4
2.2. Identificação dos Sujeitos de Direito Internacional Público.........................................................4
2.2.1. Tese Clássica Ou Estadualista...................................................................................................5
2.2.2. Tese Individualista.....................................................................................................................5
2.2.3. Teorias eleticas ou heteropersonalisticas...................................................................................5
2.3. Características do Direito Internacional Público.......................................................................6
2.3.1. Policentrismo.............................................................................................................................6
2.3.2. Fragmentarismo.........................................................................................................................6
2.4. O Estado enquanto sujeito do Direito Internacional Público........................................................7
2.4.1. A População...............................................................................................................................7
2.4.2. Território....................................................................................................................................7
2.4.3. O poder político ou a soberania.................................................................................................8
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................Erro! Marcador não definido.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................10
1.CONTEXTUALIZAÇÃO

O presente trabalho é referente, os sujeitos do Direito Internacional Público, sendo este ramo
da ciência jurídica destinado a regular as relações entre os membros da sociedade
internacional, têm como objectivo primordial viabilizar uma convivência harmoniosa entre
seus integrantes. O Direito Internacional é comumente analisado em duas esferas distintas: as
interacções entre as entidades de direito público, tais como Estados e Organizações
Internacionais, configurando o âmbito do Direito Internacional Público; e as relações jurídicas
entre pessoas físicas e/ou jurídicas de direito privado, denominado Direito Internacional
Privado. É importante destacar que a participação do indivíduo, enquanto pessoa natural, em
relações jurídicas internacionais de natureza privada não é algo novo ou controverso. (SILVA,
2008). Os sujeitos do Direito Internacional Público são definidos pela sua capacidade de
assumir direitos e responsabilidades conforme estabelecido pelas normas internacionais. Os
Estados, como principais sujeitos do Direito Internacional, detêm soberania sobre seus
territórios e são responsáveis por suas acções no cenário internacional. As organizações
internacionais, por sua vez, são criadas pelos Estados para promover a cooperação e resolver
questões transnacionais em áreas como segurança, direitos humanos e comércio internacional.
Os indivíduos também são reconhecidos como sujeitos de certos direitos e obrigações,
especialmente no que diz respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário.

O Estado figura como o principal sujeito do Direito Internacional Público, exercendo


autoridade sobre seu território e sua população. É ele quem representa seus interesses no
âmbito internacional, celebrando tratados, estabelecendo relações diplomáticas e participando
de organizações internacionais. A soberania estatal desempenha um papel crucial na ordem
internacional e na cooperação entre Estados, embora também esteja sujeita a limitações
impostas pelo Direito Internacional, especialmente no que se refere aos direitos humanos e à
protecção ambiental. (CASELLA, 2012).

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1.1. Problematização

O Direito Internacional Público é uma disciplina jurídica que se dedica a regular as relações
entre os sujeitos de direito internacional. Seu objecto de estudo abrange uma variedade de
temas, desde a celebração de tratados e a solução de controvérsias até questões de direitos
humanos, meio ambiente e comércio internacional. A problemática surge na definição clara
dos limites e alcance dessas normas e como elas se aplicam aos diferentes sujeitos. Os sujeitos
do Direito Internacional Público são diversos e incluem Estados, organizações internacionais,
indivíduos e outras entidades não estatais. A problemática reside na determinação de quais
entidades podem ser consideradas sujeitos de direito internacional e como elas interagem umas
com as outras dentro deste sistema jurídico global. Cada sujeito do Direito Internacional
Público possui características próprias que influenciam suas relações e responsabilidades no
cenário internacional. Por exemplo, os Estados detêm soberania sobre seus territórios,
enquanto as organizações internacionais são criadas para promover a cooperação entre os
Estados em questões específicas.

Ate que ponto as características e interacções dos diversos sujeitos do Direito Internacional
Público impactam na eficácia e na legitimidade das normas e instituições internacionais?

1.2. Justificativa
O estudo dos sujeitos do Direito Internacional Público é essencial para compreender as
dinâmicas e os desafios das relações internacionais. Ao examinar o conceito e o objecto do
Direito Internacional Público, é possível perceber que a regulamentação dessas relações
envolve uma ampla gama de actores, desde Estados soberanos até organizações internacionais
e indivíduos. Identificar e caracterizar esses sujeitos é fundamental para estabelecer as bases
legais e institucionais que orientam a cooperação e a resolução de conflitos em nível global.

A caracterização dos sujeitos do Direito Internacional Público permite entender melhor suas
atribuições, responsabilidades e interacções dentro do sistema internacional. Por exemplo, ao
analisar o Estado como sujeito do Direito Internacional, é possível compreender sua soberania
e as limitações impostas por normas internacionais, além de seu papel na celebração de
tratados e na representação dos interesses nacionais em organizações internacionais.

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1.3. Objectivos
1.3.1. Geral
Compreender Os Sujeitos do Direito Internacional Público.
1.3.2. Específicos
Conceituar o Direito Internacional Público;
Identificar os Sujeitos do Direito Internacional Público;
Caracterizar os Sujeitos do Direito Internacional Público;
Caracterizar o Estado enquanto sujeito do Direito Internacional Público.

1.4. Metodologia
Segundo AMARAL (1999), A metodologia é a seção do trabalho na qual são descritas de
maneira concisa e clara as técnicas e processos utilizados na pesquisa, assim como o
delineamento experimental. Segundo Marconi & Lakatos (2003), esse conceito se fundamenta
como um conjunto de atividades sistemáticas e racionais que, de maneira mais segura e
econômica, possibilitam alcançar o objetivo de obter conhecimentos válidos e verdadeiros. Ela
delineia o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas visões do cientista.

Para a estruturação e elaboração do presente trabalho, realizou-se uma pesquisa descritiva de


abordagem qualitativa, atraves de levantamento bibliografico e consulta na internet em livros,
revistas, artigos, visita as paginas electronicas, analise de textos e trabalhos publicados escrito
em parte ou no seu todo, bem como outras publicações ligado ao tema em analise nesta
pesquisa.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. O Conceito e Objecto do Direito Internacional Público
Direito Internacional Público é um ramo jurídico que se concentra nas relações entre os
Estados. No século XX, com o surgimento de várias Organizações Internacionais, sua
importância aumentou significativamente. Essas organizações desempenham um papel
fundamental no cenário mundial, interferindo e influenciando as acções dos países. O Direito
Internacional Público regula questões como tratados, diplomacia, guerra e paz, direitos
humanos, comércio internacional e meio ambiente, entre outros aspectos das relações entre os
Estados e outros actores internacionais (SILVA, 2008).

No âmbito do Direito Internacional Público, há uma preocupação com as relações em um


escopo macro, envolvendo as interações entre as nações, entre os países e entre as
organizações internacionais criadas pelos próprios países. Em suma, trata-se de lidar com
coletividades. À medida que examinamos os diversos sujeitos do direito internacional mais
adiante, torna-se mais fácil compreender esse conceito, que se refere às entidades coletivas
envolvidas nas relações internacionais.

Segundo AMERICANO (1945), o objecto do Direito Internacional Público reside na busca


pelo estabelecimento da segurança entre as nações, fundamentada em princípios de justiça que
visam assegurar a paz, o trabalho, a liberdade de pensamento e de crença para todos os
indivíduos dentro delas. De acordo com Accioly (2012), o Direito Internacional, também
conhecido como Direito das Gentes, constitui um conjunto de princípios e regras destinados a
regular os direitos e deveres internacionais, tanto dos Estados e outras entidades semelhantes
quanto dos próprios indivíduos.

2.2. Identificação dos Sujeitos de Direito Internacional Público

A compreensão dos sujeitos de Direito Internacional Público é essencial para entendermos as


entidades envolvidas e o papel que desempenham no cenário internacional. De acordo com o
manual de Direito Internacional Público de André Gonçalves Pereira e Fausto de Quadros, um
sujeito internacional é aquele capaz de ser titular de direitos e sujeito a obrigações decorrentes
directamente ou indirectamente de uma norma de Direito internacional. (ACCIOLY, 2012).

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Existem três correntes principais que se confrontam nesse campo:

2.2.1. Tese Clássica Ou Estadualista

A Tese Clássica ou Estadualista sustenta que apenas os Estados são considerados sujeitos de
Direito Internacional. De acordo com essa perspectiva, Estado e pessoa jurídica internacional
são conceitos que se equiparam. Esta visão monolítica, defendida por juristas como Von Liszt,
Anzilotti e outros, foi ultrapassada com o tempo. Actualmente, reconhece-se como sujeitos de
Direito Internacional não apenas os Estados, mas também as organizações internacionais, os
indivíduos, entre outros.

2.2.2. Tese Individualista

A Tese Individualista representa o extremo oposto da Tese Clássica ou Estadualista. Nessa


perspectiva, não é o Estado o único sujeito de Direito Internacional, mas sim o indivíduo.
Partindo do princípio de que o indivíduo é o verdadeiro sujeito em qualquer sociedade, essa
tese argumenta que a conclusão não pode ser diferente na sociedade internacional.

O verdadeiro sujeito na ordem jurídica internacional é todo indivíduo que, em cada Estado,
esteja envolvido na direcção das relações internacionais ou participe activamente delas. Além
da estrutura estatal, as relações individuais motivadas pela sociedade natural são vistas como
essenciais. O Estado, como órgão, é considerado um mero acidente, enquanto a essência das
relações internacionais reside no indivíduo, (ACCIOLY, 2012).

No entanto, essa doutrina é rejeitada, pois não reconhece a personalidade jurídica do Estado e
das organizações internacionais. Esta personalidade confere a tais entidades a qualidade de
verdadeiros centros autónomos de direitos e deveres no âmbito do Direito Internacional.

2.2.3. Teorias eleticas ou heteropersonalisticas

As teorias eclécticas ou heteropersonalistas reconhecem a vastidão do âmbito do Direito


Internacional. Segundo Miaja de la Muela em "Introducción al Derecho Internacional
Público", os sujeitos neste contexto incluem não apenas o Estado, mas também as
organizações internacionais e o próprio indivíduo. Essa abordagem é amplamente adoptada ou

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defendida pela maioria dos estudiosos e juristas especializados no campo do Direito
Internacional.

2.3. Características do Direito Internacional Público


O Direito Internacional Público (DIP) é uma vertente do Direito Público, uma vez que seus
sujeitos detêm poderes de autoridade e superioridade. Ele apresenta duas características
fundamentais:

2.3.1. Policentrismo

O Policentrismo no Direito Internacional Público refere-se tanto às fontes normativas quanto


às entidades que fazem parte desse sistema. Em relação às fontes normativas, há uma
variedade de origens, destacando-se as diferenças entre as fontes escritas, como convenções
que se assemelham a contractos internacionais, e as fontes costumeiras, que constituem a base
da maioria das normas do Direito Internacional, (CASELLA, 2012).

Quanto às entidades envolvidas no Direito Internacional Público, estas também são diversas.
Inicialmente, houve uma multiplicação quantitativa de sujeitos internacionais com o
surgimento de novos Estados durante os períodos de descolonização. No entanto, essa
multiplicação evoluiu para uma diversificação qualitativa com o surgimento de outros tipos de
sujeitos internacionais além dos Estados.

O Policentrismo cria desafios na construção dogmática do Direito Internacional, pois torna


difícil determinar qual direito deve ser aplicado em cada caso específico, dada a variedade de
fontes normativas e de entidades envolvidas (CASELLA, 2012).

2.3.2. Fragmentarismo

O Fragmentarismo no Direito Internacional Público denota a condição em que a


regulamentação desse domínio não engloba todas as questões tratadas no contexto
internacional. Embora apresente desafios, como lacunas normativas e a distinção entre a esfera
internacional e interna, o fragmentarismo é indispensável devido à dispersão e
heterogeneidade das questões enfrentadas pelo Direito Internacional Público. Existem dois
tipos de fragmentaríssimo:

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O Fragmentarismo Horizontal é caracterizado pela falta de regulamentação de certos
assuntos conexos a outros que já foram normalizados, resultando em um sistema disperso e
intermitente. O sistema administrativo é um modelo jurídico característico de organização,
funcionamento e controle da Administração Pública.

O Fragmentarismo Vertical baseia-se na orientação geral que o Direito Internacional Público


atribui às suas normas, deixando a aplicação e efectivação destas ao Direito Interno de cada
país.

2.4. O Estado enquanto sujeito do Direito Internacional Público

O Estado é um dos sujeitos do Direito Internacional Publico dotado, por tanto, de


personalidade e capacidade jurídica a nível Internacional.

Mas quando é que estamos na presença de um Estado?


O Estado, para ser considerado como tal, deve reunir três (3) elementos:

a) População
b) Território
c) Poder político.
2.4.1. A População
A população se refere ao grupo de indivíduos de ambos os sexos que vivem juntos, formando
uma comunidade. Portanto, a população é o conjunto de pessoas que habitam um Estado,
incluindo tanto os nacionais quanto os estrangeiros. Nesse sentido, a nacionalidade não é um
requisito para que um indivíduo seja considerado parte da população de um país
(GUIMARÃES, 2009).
2.4.2. Território
O território é um elemento fundamental do Estado e merece reflexão cuidadosa. Sua
importância reside em diversos aspectos. Primeiramente, o território delimita a área na qual o
Estado exerce sua soberania. Além disso, a extensão do território é um factor crucial em
termos de defesa militar e económica. Em outras palavras, quanto maior a extensão territorial,
maior é o potencial de recursos para a defesa e para o desenvolvimento económico,
especialmente quando essa extensão está associada à fertilidade do solo ou à riqueza do
subsolo.
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2.4.3. O poder político ou a soberania

O poder político, ou soberania, é um dos elementos essenciais do Estado. Alguns autores


defendem que um Estado soberano é aquele que não está legal ou geralmente sujeito a outro
Estado e exerce o poder político em seu próprio território. Na verdade, o poder político é
crucial para a soberania do Estado, pois sem ele não se pode considerar soberano. Esse poder
político pode ser entendido como a capacidade exercida por um povo para, por autoridade
própria e não delegada por outro poder, estabelecer instituições que governem um território e
criar e impor normas jurídicas, dispondo dos meios necessários de coerção (GUIMARÃES,
2009).

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3. CONCLUSÃO

Como forma de conclusão, O Direito Internacional Público é um campo complexo que aborda
as relações entre Estados e outros sujeitos internacionais, regulamentando essas interacções
por meio de normas e princípios aceitos pela comunidade global. Seu objectivo é estabelecer
regras para promover a segurança entre as nações e garantir a paz, a justiça e a cooperação
global. Os sujeitos do Direito Internacional Público não se limitam apenas aos Estados, mas
também incluem organizações internacionais, indivíduos e outras entidades não estatais. Os
Estados, como os principais sujeitos, exercem soberania sobre seus territórios e são
responsáveis por suas acções no cenário internacional. As organizações internacionais
desempenham um papel crucial na cooperação entre Estados e na resolução de questões
transnacionais. Os indivíduos também são reconhecidos como titulares de certos direitos e
obrigações no contexto internacional, especialmente em relação aos direitos humanos. Os
sujeitos do Direito Internacional Público se distinguem pela capacidade de assumirem direitos
e obrigações conforme estabelecido pelas normas internacionais, apresentando uma variedade
de formas e estruturas, cada uma com suas próprias competências e responsabilidades. Em
suma, o Estado é o principal sujeito do Direito Internacional, exercendo autoridade sobre sua
população e representando seus interesses no cenário mundial, sendo sua soberania crucial
para a ordem internacional e para a cooperação entre Estados.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. SILVA, Roberto Luiz. Direito internacional público. Belo Horizonte: Del Rey, 2008.
2. VARELLA, Marcelo Dias. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva, 2009.
3. ACCIOLY, Hildebrando.Manual de Direito Internacional Público, 20ª Edição. Ed.
Saraiva. 2012.
4. AMERICANO, Jorge. O novo fundamento do Direito Internacional. SP, edit. Diez,
1945.
5. CASELLA, Paulo Borba. Manual de Direito Internacional Público (Hildebrando
Accioly), Ed. Saraiva. 2012. 20ª Edição. Pg 32.
6. GUIMARÃES, Antônio Marcio da Cunha Guimarães. Direito Internacional. Ed.
Campus. 2009ELLA, Marcelo Dias. Direito internacional público. São Paulo: Saraiva,
2009.

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