Você está na página 1de 21

Índice

I. INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
1.1. Delimitação do tema.............................................................................................................2
1.2. Justificativa...........................................................................................................................2
2. PROBLEMATIZAÇÃO.......................................................................................................4
3. OBJECTIVOS..........................................................................................................................5
3.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................5
3.2. Objectivo Específicos...........................................................................................................5
4. PERGUNTAS DE PESQUISA................................................................................................6
5. REVISÃO DA LITERATURA................................................................................................7
5.1. Evolução histórica do sistema fiscal moçambicano.............................................................7
5.2. Receitas Fiscais/ Receitas tributarias....................................................................................8
5.3. Receitas não fiscais...............................................................................................................8
5.4. Receitas Consignadas...........................................................................................................9
5.5. Regime jurídico das receitas fiscais......................................................................................9
5.6. Fases da receita.....................................................................................................................9
5.7. Processo de Arrecadação de Receitas.................................................................................10
5.8. Tipos de Imposto................................................................................................................12
5.8.1. Impostos Directos e Indirectos................................................................................12
6. METODOLOGIA DA PESQUISA.......................................................................................14
6.1. Técnica de pesquisa............................................................................................................14
6.2. Tipos de pesquisa................................................................................................................14
6.2.1. Quanto a Abordagem...............................................................................................14
6.2.2. Quanto aos objectivos..............................................................................................14
6.2.3. Quanto aos procedimentos técnicos.........................................................................14
6.3. Técnica de recolha de dados...............................................................................................15
6.4. Instrumentos e técnicas de análise de dados.......................................................................15
6.5. População e Amostra da pesquisa.......................................................................................16
6.5.1. População de Pesquisa.............................................................................................16
6.5.2. Amostra....................................................................................................................16
i
7. RESULTADOS ESPERADOS.............................................................................................17
8. CRONOGRAMA DA ACTIVIDADE..................................................................................18
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................19

ii
I. INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa abordar sobre a arrecadação das receitas fiscais para satisfação das
necessidades públicas, o estudo de será feito na Direcção da Área Fiscal de Tete. Importa
salientar que para falar das receitas fiscais primeiro há que se referir as receitas públicas. De
acordo com Para Nabais (2003), receita pública é todo recolhimento aos cofres públicos com
dinheiro ou outro bem representativo de valor que o Governo tem direito de arrecadar em virtude
de leis, contratos, convénio e quaisquer outros títulos, de que seja procedente de alguma
finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertença, mediante esse facto as receitas tributárias ou
fiscais são aquelas que mais expressão tem no conjunto das receitas do Estado.

O sistema tributário moçambicano integra impostos directos e impostos indirectos, actuando a


diversos níveis, designadamente: Tributação directa dos rendimentos e da riqueza, Tributação
indirecta, incidindo sobre os níveis de despesa dos cidadãos, estes impostos existem para servir o
orçamento público e outras despesas relacionadas.

O orçamento público é um dos instrumentos mais poderosos de direcção, influência, orientação e


intervenção do Estado nas economias. Subjacente a uma determinada política fiscal, existe uma
ideologia reflectida em um determinado modelo de desenvolvimento económico e social e, em
consequência, nas opções de políticas públicas. As políticas públicas podem reflectir diversas
escolas de pensamento

O Estado desenvolve uma actividade financeira caracterizada pela realização das despesas
derivadas da satisfação das necessidades colectivas e pela arrecadação das receitas para a
cobertura dessas despesas. A arrecadação de receitas reconduz-nos ao Direito tributário em geral,
leia-se, o direito das contribuições, taxas e impostos. É precisamente em sede de direito dos
impostos que o papel do Estado é predominante. É ao Estado (isto é, aos Parlamentos
democraticamente eleitos) que está atribuída a criação e regulamentação dos impostos. Mas o
poder de criação de impostos não é um poder ilimitado, e concorrem com ele vários princípios
que cristalizam a dicotomia entre uma actuação permitida e proibida.

1
I.1. Delimitação do tema
O trabalho de pesquisa com o tema: Arrecadação das receitas fiscais para a satisfação das
necessidades públicas, terá como enfoque a Direcção da Área Fiscal de Tete (2021-2022)
localizada avenida Eduardo Mondlane, Bairro Francisco Manyanga,. A delimitação do espaço,
prende-se ao facto da Direcção da Área Fiscal de Tete, ser um departamento responsável pela
arrecadação de receitas, implementação da popularização do imposto e da definição de propostas
e políticas fiscais para o sistema fiscal de Moçambique ao nível da província de Tete.

Importa referir que a cidade de Tete, situa-se a beira do rio Zambeze, província de Tete,
limitando-se á norte e este com distrito de Moatize, á sul com Changara e á oeste pelos distritos
de Marara e Changara. Tem uma área de 〖314km〗^2 e uma população de 305,722 habitantes
de acordo com o senso de 2017.

Mapa de localização da cidade de Tete (á esquerda) e a localização da DAF (á direita)

I.2. Justificativa
Há muitas razões que determinam a escolha de um tema, ou ainda a realização de uma pesquisa
científica. Entretanto, a ideia de abortar sobre “ a arrecadação das receitas fiscais para a
satisfação das necessidades públicas na província de Tete deve-se ao desenvolvimento da
província que se relaciona com os recursos minerais existente nesta província. E com este

2
cenário aumentou o número de empresas sejam elas pequenas, médias ou de grande porte que
prestam serviços ou vendem e consequentemente o número de contribuinte proporcional.

A académica no sentido de oferecer uma plataforma teórica devidamente sistematizada, que


possa ser melhorada e criticada pelos pesquisadores interessados em discutir o tema em debruçar,
visto que são escassas pesquisas feitas em matéria do imposto, concretamente no tema e ainda
por ser um assunto que desperta discussão. E no aspecto empresarial este trabalho justifica-se
pela contribuição que o meio académico pode oferecer ao ambiente empresarial ao procurar
apresentar um retrato de como tem sido feito a sua contribuição imposto que canaliza aos cofres
do Estado, permitindo as organizações o conhecimento da sua realidade a sua volta. Sobre tudo
espera-se com a pesquisa desafiar a comunidade académica a encontrar com esta abertura novas
linhas de pesquisa que envolvam a participação contínua dos académicos no que diz respeito a
matéria de imposto de modo a contribuírem na divulgação e popularização do mesmo nível da
província.

Em suma o estudo ajudará as autoridades competentes a tomarem uma atitude sobre o assunto no
sentido de criarem estratégias que incentivem os contribuintes o pagamento dos seus impostos
para que possam beneficiar-se dos bens públicos e serviços públicos com qualidade.

3
2. PROBLEMATIZAÇÃO
Moçambique, nos últimos anos, possuiu um regime político e económico de difícil
caracterização em esquemas teóricos definidos. Em poucas décadas, houve mudanças
conjunturais significativas de sistemas/regimes políticos e económicos (capitalismo periférico
em contexto colonial - economia muito parcialmente de planificação central - economia de
mercado capitalista periférico e, portanto, de renda baixa). Hoje em dia, o sistema fiscal constitui
um dos instrumentos fundamentais para arrecadação das receitas do estado através de cobrança
de impostos resultantes de transacções comerciais internas e externas.

Devido ao aumento de empresas de prestação de serviços, assim como empresas que vendem os
seus serviços as grandes indústrias de recursos minerais, da província de Tete passou a aumentar
a sua arrecadação dos impostos, visto que teve um número significativo das empresas que
operam nesta província, desde pequenas, médias empresas até as grandes empresas.

Com vista a responder a pesquisa aqui levantado e também como forma viável e sustentável de
dar uma resposta ao presente trabalho na sua íntegra, coloca-se a seguinte pergunta de partida:
De que forma as receitas fiscais contribuem para a satisfação das necessidades públicas?

4
3. OBJECTIVOS
3.1. Objectivo Geral
 Analisar se as receitas fiscais arrecadadas conseguem atender as necessidades da
comunidade a nível da província da Tete;

3.2. Objectivo Específicos


 Perceber como é feita a arrecadação das receitas fiscais na Direcção da Área Fiscal-Tete;
 Descrever a satisfação das necessidades públicas a nível da Província de Tete;
 Relacionar as receitas fiscais e a satisfação das necessidades públicas na Província de
Tete.

5
4. PERGUNTAS DE PESQUISA
 Como é feita a arrecadação das receitas fiscais na Província de Tete?
 Quais são as satisfações das necessidades públicas?
 Que relação existe entre as receitas fiscais e satisfação das necessidades públicas na
Província de Tete?

6
5. REVISÃO DA LITERATURA
5.1. Evolução histórica do sistema fiscal moçambicano
Através da constituição da república, o sistema fiscal moçambicano, com vista realizar os
objectivos da política económica do Estado e garantir uma justa repartição de rendimentos e da
riqueza. Em qualquer caso, actual configuração do sistema fiscal moçambicano é relativamente
recente, devido a reforma de 2002, altura em que foi totalmente reformulado o sistema então
vigente e que apresentava. Ainda, uma relevante matriz da pró-independência.

O novo sistema fiscal Moçambicano inclui já soluções adaptadas às novas realidades,


económicas, quer através da diferenciação das regras aplicáveis com função dos tipos de
contribuintes, quer através das preocupações de integração internacional cada vez mais exigente.
hoje em dia a fiscalidade é, pois, um dos principais factores que influenciam as economias e,
especialmente, a competitividade dos diferentes sistemas económicos esta circunstância leva a
que nos sistemas fiscais modernos se incorporem, juntamente com os tradicionais princípios de
equidade, de eficiência e de simplicidade, a necessidade de competitividade internacional fiscal
pelo impacto primordial que a fiscalidade tem a nível de atractividade em termos de IDE
(Nguenha, 2016).

A evasão fiscal e mais frequentemente estimada através de uma verificação detalhada das
declarações fiscais, também é a estimada a evasão através de alguns dos seus agregados
macroeconómicos, bases tributárias. Verificar os retornos fiscais é um procedimento exigente c
dispendioso, que fornece informações sobre a estrutura da evasão em uni único ano, mas não
sobre as tendências periódicas.

Uma breve perspectiva daquilo que foram as reformas fiscais em Moçambique após a
independência, o sistema fiscal Moçambicano sofreu várias reformas das quais destacaram-se
nos anos 1978, 1987 e 2002 antes da criação da Autoridade Tributária de Moçambique A
primeira que se verificou em 1978, a segunda em 1987 e a última em 2002 antes da criação da
Autoridade Tributaria.

O sistema tributário actualmente em vigor é o produto da reforma iniciada em 1998, e que tem
seguintes pilares:

 No âmbito da tributação indirecta (tributação da despesa), o IVA - Imposto sobre o Valor


Acrescentado, incide a taxa geral de 17% sobre as transacções de bens e serviços

7
realizados no País, incluindo a importação, substituiu o anterior imposto circulação
criado em 1978, o qual revestia a natureza de” imposto em cascata”, com taxas
diferenciadas nas diferente, fases, de comercialização, respectivamente 5% no produtor
ou importador, 5% no grossista e 10% no retalhista.

 No âmbito da tributação directa, rendimentos, o IRPC - Imposto sobre o Rendimento das


Pessoas Colectivas e o IRIPS - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, os
quais vieram substituir o anterior sistema de tributação do rendimento instituído em 1968
e regulado pelo Código do, Imposto, sobre o Rendimento. O anterior sistema assentava
na existência de um conjunto de imposto, parcelares ou cedulares, de taxa proporcional,
incidente sobre as diferentes espécies de rendimento mais relevantes, complementado, no
caso das pessoas singulares, por um imposto de englobamento (imposto complementar),
de taxa progressiva, aplicável ao conjunto dos rendimentos de pessoas singulares sujeitos
aos diferentes impostos parcelares.

5.2. Receitas Fiscais/ Receitas tributarias


De acordo com Watty (2012), as receitas tributárias ou fiscais são aquelas que mais expressão
tem no conjunto das receitas do Estado.
De acordo com o n°2 artigo 62, do decreto n°23/2004 de 20 de Agosto, são as somas de
arrecadação de receitas provenientes de tributo, compreendidos os elementos, aquelas que
provém de impostos como o IVA, o IRPC, o 'RPS, etc.
 Impostos é uma prestação patrimonial coactiva, positiva, definitiva, não sinalagmática,
sem carácter de sanção estabelecida por lei, a favor duma entidade pública ou com
funções públicas, para satisfação de necessidades públicas e redistribuição da riqueza
independente de qualquer vínculo anterior.

Segundo Franco (2012), imposto é uma contribuição monetária exigida aos particulares (pessoas
singulares ou colectivas) por via autoritária, a título definido e sem contrapartida, com vista á
cobertura dos encargos públicos.

5.3. Receitas não fiscais


São taxas pagas ao Estado por prestação de vários serviços.

De acordo com o artigo nᵒ1 da circular nᵒ1 do gabinete do ministro das finanças 2010, taxa é
definida como sendo prestação avaliável em dinheiro, exigida por uma entidade pública como

8
contrapartida individualizada pela utilização de um bern de domínio público, ou de um serviço
público ou pela remoção de um limite jurídico a actividade dos particulares, desde que previstas
na lei Moçambicana.

Watty (2012), assume que taxa é uma espécie tributária, que corresponde a uma prestação
patrimonial, legal, a favor de ente público como contraprestação específica e individual de um
serviço público ou de remoção de obstáculo jurídico ao comportamento da actividade de
particulares. As taxas podem ser tarifas ou licenças, administrativas ou judiciais.

 Receitas Próprias São aquelas que provém dos serviços ou unidades orgânicas do
Estado em resultado da sua actividade específica, da administração e alienação do seu
património ou de quaisquer outras que por lei ou contrato lhes deve pertencer.

5.4. Receitas Consignadas


Recursos públicos que, a título excepcional e por determinação legal, são proveniente de tributos
imposto, taxas ou contribuições especiais estabelecidos em dispositivos legais que a vincula na
totalidade ou em pane a um ou mais objectivos específicas são afectos á cobertura de
determinadas despesas públicas.

5.5. Regime jurídico das receitas fiscais


De acordo com Watty (2012), o regime jurídico das receitas deverá ser em ordem a não violar os
princípios orçamentais e da contabilidade pública, nomeadamente:

a) Princípio da legalidade;
b) Princípio da anualidade;
c) Princípio de previsão integral;
d) Princípio da não dedução;
e) Princípio da não consignação; e
f) Princípio da cobrança pelo processo de execuções fiscais.

5.6. Fases da receita


No âmbito do processo orçamentário, a gestão da receita orçamentária pode ser dividida em três
diferentes etapas:

9
 Planeamento que engloba a previsão de arrecadação da receita orçamentária integrante do
Orçamento, usando as metodologias de projecção usualmente adoptadas, de acordo com
as orientações do Manual de Administração Financeira e Procedimento Contabilístico;

 Execução que, de acordo com a Lei nᵒ 09/2002 de 12 Fevereiro, Artigo 29, a execução das
receitas orçamentárias compreende as três fases seguintes:
i. Lançamento, procedimento administrativo de verificação da ocorrência do facto
gerador da obrigação correspondente.
ii. Liquidação, cálculo do montante da receita devida e identificação do respectivo
sujeito passivo;
iii. Cobrança, acção.
 Controle e avaliação que compreende a fiscalização realizada pela Administração, pelos
órgãos de controlo e pela sociedade. Também engloba a avaliação do desempenho da
arrecadação e do combate à sonegação, bem como acções de recuperação de crédito e
demais medidas para incremento de receitas.

De acordo com Watty (2002), as receitas chegam aos cofres do Estado obedecendo aos quatro
(4) passos seguintes:
a) Indicação do quanto foi previsto na Lei do Orçamento de Estado para a receita;
b) Reconhecimento do direito de o Estado receber a Receita;
c) Recebimento de Impostos, taxas e créditos devidos ao Estado; e
d) Depósito do dinheiro nos cofres do Estado.

5.7. Processo de Arrecadação de Receitas


1. De acordo com a circular nº 01/GAB-MF/2010, para arrecadação de receitas, desde o
agente arrecadados, ate os valores entrarem, nos cofres do estado obedecem o seguinte
fluxograma:
a) Registo da legislação que estabelece a receita no Modelo de elaboração Orçamental e
criação dos classificadores orçamentais que individualiza cada receita;
b) Publicidade adequada a legislação que fixa o tarifário para a cobrança de cada receita;
c) Previsão de recolha de receita e sua inscrição no Modelo de Elaboração Orçamental no
processo de elaboração do orçamento;

10
d) Alinhamento das classificações da célula orçamental de receita no sistema de
administração financeira do estado com a classificação;
e) Aprovação do Orçamento do Estado e sua disponibilização no modelo de execução
orçamental;
f) Cobrança de receita e sua canalização individualizada pelo órgão ou instituição gerador
da receita;
g) Entrega da receita cobrada através da guia do modelo B devidamente preenchido pelo
órgão ou instituição gestora de facto gerador na Direcção da Área Fiscal/Unidade Gestora
Competente;
h) Registo da receita da Direcção da Área Fiscal/ Unidade Gestora Competente e
certificação da entrega;
i) Transferência da receita da conta bancária da Direcção da Área Fiscal/ Unidade Gestora
Competente para a conta única do tesouro;
j) Emissão do Modelo 51 e verificação rigorosa da exactidão das classificações e valores,
digitados no Modelo 51, pelo funcionário diferente daquele que os digitou, confrontando-
os com os dados do relatório de receitas que lhe deu origem;
k) Envio do modelo 51 a Direcção Provincial de Plano e Finanças/ Direcção Nacional do
Tesouro;
l) Emissão e envio de Memorando comprovativo do montante recolhido pela Direcção
Geral de Administração Tributaria para órgão ou instituição gestora do facto gerador da
receita para efeito de monitoria das classificações e valores restado;
m) Registo da receita no Modelo de Execução Orçamental pela direcção Provincial de Plano
e Finanças/ Direcção Nacional do Tesouro e emissão da Guia Recolhimento com a copia
para o Departamento de Administração e Finanças/ Unidade Grandes Contribuinte, para
efeitos de monitoria das classificações e valores registados;
n) Monitoria diária do modelo de execução orçamental pelo órgão ou instituição gestor do
facto gerador para efeitos de certificação da correcta classificação, da data do registo e da
exactidão dos valores registados. Em caso de inexactidão, ou atraso no registo, contactar
a respectiva Direcção da Área Fiscal.

11
2. O Memorando a que se refere a alínea I) do número anterior deve conter a data,
classificações (Classificação Económica da Receita, fonte de recurso e Classificador
Tributário da Receita) registadas e valor transferido'.
3. Os erros de classificação registados devem ser reclamados no prazo de 15 dias após a
data de recepção, pelo órgão ou instituição gestora do facto gerador da receita, do
memorando.

5.8. Tipos de Imposto


5.8.1. Impostos Directos e Indirectos
Existem várias formas de classificação dos impostos, no entanto, a forma clássica usada na
classificação dos mesmos e, mais antiga é aquela que classifica os impostos em directos e
indirectos, reais e pessoais, principais e acessórios, periódicos e de obrigação única,
proporcionais, progressivos e degressivos. De acordo com (Ibraimo, 2008), os impostos
classificam-se de acordo com os seguintes critérios:
a) Critérios Económicos
Segundo o critério do modo de avaliação da capacidade tributária, consideram-se impostos
directos àqueles que incidem sobre a matéria colectável (rendimento ou património) possuída ou
obtida. Deste modo, serão impostos indirectos àqueles que incidem sobre o património ou
rendimento utilizado (em consumo ou transferência da riqueza).
b) Critérios Jurídicos
De acordo com este critério, serão considerados impostos directos, quando for possível
determinar previamente os contribuintes, organizando um rol nominativo destes. O imposto será
directo quando essa possibilidade não existe, por o contribuinte não ser previamente conhecido.

O critério de classificação dos impostos directos e indirectos usado pelo legislador moçambicano
é o critério jurídico.

A divisão dos impostos em directos e indirectos remonta aos fisiocratas (indivíduos defensores
da fisiocracia). Para os fisiocratas, a terra era o único factor produtivo, pelo que, todos os
impostos acabavam sempre por ser suportados pela terra, estabelecendo-se a partir daí, a
distinção entre impostos directos, aqueles que tributavam a posse do solo ou o produto líquido da
agricultura, e impostos indirectos todos os restantes que, tributando outras realidades, acabavam
por indirectamente recair sobre a agricultura (Vouga, 2011 citado por Santos, 2003).

12
Segundo Vouga (2011), a distinção entre impostos directos e indirectos faz-se, essencialmente,
com base em três critérios: o critério económico, o critério fiscal e o critério da avaliação. O
critério económico baseia-se na repercussão do imposto. O imposto é directo se o sujeito sobre o
qual incide, não puder repercutir para outrem o encargo do imposto. O critério fiscal ou
administrativo assenta na diferente natureza do facto gerador. Os impostos directos incidem
sobre fontes regulares e estáveis de rendimento, já os impostos indirectos incidem sobre factos
intermitentes, acidentais ou transitórios que traduzem a mobilização ou o emprego de recursos
financeiros.

13
6. METODOLOGIA DA PESQUISA
6.1. Técnica de pesquisa
A técnica de pesquisa utilizada neste trabalho será a pesquisa exploratória, segundo Gil (1989)
esse tipo de pesquisa tem como a principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar
conceitos e ideias, com vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis
para o estudo.

6.2. Tipos de pesquisa


6.2.1. Quanto a Abordagem
Quanto a abordagem a pesquisa será qualitativa, pois não se preocupa com a representatividade
numérica, mas sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social ou até mesmo de
uma organização.

Para Texeira (2001), a abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu
significado, tendo como base a percepção do fenómeno dentro do seu contexto. O uso da
descrição qualitativa procura captar não só a aparência do fenómeno como também suas
essências, procurando explicar sua origem, relações e mudanças, e tentando intuir as
consequências.

6.2.2. Quanto aos objectivos


Quanto aos objectivos a pesquisa será exploratória, que, segundo Severino (2007), “busca apenas
levantar informações sobre um determinado objecto, delimitando assim um campo de trabalho,
mapeando as condições de manifestação desse objecto”. Uma vez que a pesquisa procurou
estudar o contributo das receitas fiscais na satisfação das necessidades públicas.

6.2.3. Quanto aos procedimentos técnicos


Para a realização da pesquisa usar-se-ão os seguintes procedimentos: análise documental,
pesquisa bibliográfica e estudo de caso.

De acordo com Gil (2010), o estudo de caso consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou
poucos objectos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, o estudo de caso
tem como principal finalidade buscar novas respostas, indagações no desenvolvimento das
actividades e no trabalho do dia-a-dia. O estudo de caso permitira a variedade de fontes de
informação.

14
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos, (Gil, 2002). Para o presente trabalho, este
procedimento será desenvolvido através de leitura de obras referentes á temática escolhida como:
livros, manuais e outros trabalhos que investigaram sobre o assunto. Para Lakatos e Marconi
(1999), análise documental é a análise feita em dados colectados na fonte primária, como
documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos, arquivos particulares de
instituições e domicílios e fontes estatísticas. Neste procedimento, para o trabalho em causa
usar-se-ão manuais e outros documentos fornecidos pelo direcção da área fiscal de Tete, usados
na mesma instituição.

6.3. Técnica de recolha de dados


As técnicas de recolha de dados que auxiliarão na pesquisa serão o questionário, a entrevista e a
observação. Marconi e Lakato (2011), afirmam que "o questionário é entendido como um
instrumento de colecta de dados constituído por uma série de perguntas, que devem ser
respondidas por escrito e que a entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma
delas obtenha informações a respeito de um determinado assunto e a mesma é respondida
oralmente".

A entrevista é um método de pesquisa qualitativo dos mais utilizados em investigação científica,


caracterizada por um contacto directo entre o investigador e os interlocutores, é, em primeira
instância, um método de recolha de informação associado à análise de conteúdo. É um método
que permite obter, de forma rápida e direita, informação privilegiada e opinião real junto de fonte
adequada.

A observação directa que de acordo o Gil (2002), é uma técnica que visa a colecta de dados
através da presença física e uma observação mais atenta. Este instrumento de recolha de dados
consistiu na observação directa do local de estudo.

6.4. Instrumentos e técnicas de análise de dados


Para a análise de dados será aplicado o método de análise de conteúdo, que segundo Gil (1977),
a análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das comunicações que tem por
objectivo enriquecer a leitura e ultrapassar as incertezas, extraindo conteúdos por trás da
mensagem analisada.

15
6.5. População e Amostra da pesquisa
Para Marconi e Lakatos (1999), universo ou população, é o conjunto de seres animados ou
inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum e amostra como sendo
"uma porção ou parcela, convenientemente seleccionada do universo (população); é um
subconjunto do universo".

6.5.1. População de Pesquisa


De acordo com Ruiz (2008), população ou universo, é um conjunto de indivíduos ou objectos
que apresentam uma ou mais características em comum. A população da pesquisa foi constituída
por 42 funcionários da Autoridade Tributaria Direcção da Área Fiscal de Tete.

6.5.2. Amostra
Para constituir a amostra da pesquisa, foram seleccionados 18 funcionários da Autoridade
Tributaria Direcção da Área Fiscal de Tete.

O estudo teve como amostra os funcionários da Autoridade Tributaria Direcção da Área Fiscal
de Tete, sendo estes 5 chefes e 13 funcionários das seguintes áreas: recebedoria, gestão tributária
e auditoria, recursos humanos e administração, logística infra-estruturas e transportes.

16
7. RESULTADOS ESPERADOS
A intenção é que os resultados encontrados no presente trabalho possam atingir toda a
comunidade e que mostre a sociedade em geral que o pagamento dos impostos é benéficos para
todos, pois é graças a eles são construídas novas escolas, hospitais, entradas entre outros serviços
de extrema importância para um pais que esta em um progressivo desenvolvimento.

17
8. CRONOGRAMA DA ACTIVIDADE
A tabela abaixo, ilustra o período que irá decorrer para a realização do trabalho de pesquisa no
âmbito da conclusão dos estudos sobre o tema em alusão.

Semana/mês Março 2022 Abril 2022 Maio 2022

Actividades 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª

Entrega do projecto de
monografia

Revisão bibliográfica

Discussão teórica em
função da determinação dos
objectivos

Localização e identificação
das fontes de obtenção de
dados

Análise e interpretação

Redacção da Monografia

Revisão da Redacção

Entrega da Monografia

18
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 GIL, António Carlos (2010). Como Elaborar Sistemas de Pesquisa. 5ª ed. São Paulo:
Atlas.
 IBRAIMO, Ibraimo. (2002). O Direito e a Fiscalidade: Um Contributo para o Direito
Fiscal Moçambicano. ART C
 LAKATOS, E. M. & Marconi, M. (1999). Técnicas de Pesquisa: planeamento e
execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e
interpretação de dados (4ª Edição). São Paulo: Editora Atlas.
 LAKATOS, E.M.; Marconi, M.A. (2006) Metodologia do Trabalho Científico, (6ª ed.).
São Paulo. Editora Atlas.
 NABAIS, J.C. (2003). Direito Fiscal. Coimbra: Almedina SA.
 NGUENHA, Eduardo Jossias (2016). Receita Pública. Maputo: Mimeo.
 WATY, T.A. (2012). Introdução ao Direito Fiscal. Catembe: W e W Editora
 Lei nᵒ 09/2002 de 12 Fevereiro.
 Decreto n°23/2004 de 20 de Agosto
 Circular nº 01/GAB-MF/2010
 IBRAIMO, Ibraimo. (2002). O Direito e a Fiscalidade: Um Contributo para o Direito
Fiscal Moçambicano. ART C
 VOUGA, M.M.P. Imposto Pessoal Sobre o Rendimento, Compatibilização com um
Modelo Dual de Tributação. (Dissertação de Mestrado em Fiscalidade). Instituto
Superior de Contabilidade e Administração. Lisboa: Instituto Politécnico de Lisboa,
2011.
 SEVERINO, A. J. (2007). Metodologia do Trabalho Científico (23 Ed.). São Paulo:
Cortez.
 TEIXEIRA, Glória (2001). Manual de Direito Fiscal. Coimbra: Almedina.
 GIL, A. C. (1997). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. (5 Ed.). Atlas.
 GIL, A. L. (2000). Auditoria operacional e de gestão. 5. ed. São Paulo: Atlas.

 GIL, A.C. (2002). Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª Edição. Editora Atlas. São
Paulo.

19

Você também pode gostar