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NOÇÕES de DIREITO APLICADAS a OPERAÇÕES de


CRÉDITO
CONCEITO DE CRÉDITO
Antes de começarmos é aula é necessário muito cuidado, pois, como todos sabem,
minha metodologia é focada no que precisamos de forma CONCISA e COMPLETA.

Este assunto é baseado no Direito Civil e Direito Financeiro, sendo assim, acredito
que muito deste material será para contextualizar o assunto e não, necessariamente,
será cobrado em prova. Então, nas partes que eu acreditar que podem ser mais
cobradas, chamarei a atenção.

Dito isso, vamos começar, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), pode-
se definir OPERAÇÃO de CRÉDITO como:

III - operação de crédito: compromisso financeiro assumido em razão


de mútuo, abertura de crédito, emissão e aceite de título, aquisição
financiada de bens, recebimento antecipado de valores provenientes
da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e
outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos
financeiros

OU SEJA – Crédito é um compromisso que o devedor assume ao tomar o


crédito, de pagar o principal para o credor, acrescido dos juros devidos

IMPORTANTE – A “LRF” foca na Responsabilidade Fiscal do governo, então


seu detalhamento é na forma que o GOVERNO DEVE PEGAR O CRÉDITO! Sendo
assim, não é adequado ao nosso estudo nenhuma outra previsão.

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SUJEITO ATIVO E PASSIVO DO CRÉDITO
Como vimos, em uma relação de crédito surge a figura do DEVEDOR e CREDOR,
sendo:
 SUJEITO ATIVO (CREDOR) – Deve receber alguma coisa do devedor, pois
há um débito do devedor para com ele.

 SUJEITO PASSIVO (DEVEDOR) – Deve dar, fazer ou deixar de fazer


alguma coisa, como o próprio nome já diz, ele deve alguma coisa ao credor

LEMBRE-SE – Quando falamos de títulos de crédito, também podemos


chamar o CREDOR de SACADOR e o DEVEDOR de SACADO

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO


É importante retomarmos esse conceito para garantir que tudo ficará completo,
segundo o código civil, são pessoas jurídicas de direito privado:

Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

I - as associações

II - as sociedades

III - as fundações.

IV - as organizações religiosas

V - os partidos políticos.

LEMBRE-SE – Em nossa aula de Pessoa Física e Jurídica focamos nas


sociedades, que possuem diversas ramificações (Simples, Empresárias, etc)

DETALHE – São pessoas jurídicas de Direito Público: Autarquias, União,


Estados e Municípios

Lembrando que as Pessoas Jurídicas de constituem com a INSCRIÇÃO de seu


ATO CONSTITUTIVO, conforme preceitua o artigo 45 do código civil

Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de


direito privado com a inscrição do ato constitutivo no
respectivo registro, precedida, quando necessário, de
autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se
no registro todas as alterações por que passar o ato
constitutivo.

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OBJETO DO DIREITO
Para entendermos esse conceito, podemos decidir o que a Doutrina Majoritária
interpreta sobre o direito civil, salientando que:

 COISAS – Tudo que não é humano

 BENS – Coisas que guardam INTERESSE ECONÔMICO ou JURÍDICO

PERCEBA – Todos os BENS são COISAS, mas nem toda COISA é BEM. Coisa
é GÊNERO e bem é ESPÉCIE

CLASSIFICAÇÃO DOS BENS


Antes de continuarmos, é importante salientar que este assunto é comumente
cobrado no Direito Administrativo e Direito Civil, porém, para completude, deixarei
resumido aqui:

 BENS CORPÓRES (TANGÍVEIS) – Podem ser “tocados”, como por


exemplo, casa, carro, computador, etc.

 BENS INCORPÓREOS (INTANGÍVEIS) – Não podem ser “tocados”, como


por exemplo, hipoteca, penhor, patentes, direitos autorais, etc.

 BENS MÓVEIS – Suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por


força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-
social.

 BENS IMÓVEIS – O solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou


artificialmente, bem como os direitos reais sobre imóveis e as ações que os
asseguram e o direito à “sucessão aberta”

 BENS CONSUMÍVEIS – Bens móveis cujo uso importa destruição imediata


da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à
alienação.

 BENS FUNGÍVEIS – Bens móveis que podem substituir-se por outros da


mesma espécie, qualidade e quantidade.

 BENS DIVISÍVEIS – Os que se podem fracionar sem alteração na sua


substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se
destinam.

 BENS PÚBLICOS – Bens do domínio nacional pertencentes às pessoas


jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual
for a pessoa a que pertencerem

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ATO, FATO e NEGÓCIO JURÍDICO


FATO JURÍDICO
 Fato jurídico é TODO ACONTECIMENTO RELEVANTE para o direito e
suscetível de regulação pela norma jurídica.

 Cotidianamente existem acontecimentos que fazem NASCER,


TRANSFORMAR E EXTINGUIR DIREITOS

 Ele pode decorrer de um fato natural ou de uma conduta pessoal. O fato


jurídico que constitui uma conduta pessoal pode ser “ATO JURÍDICO” ou
“NEGÓCIO JURÍDICO”.

ATENÇÃO - O fato só será considerado um fato jurídico se houver uma


VALORAÇÃO DE UMA NORMA JURÍDICA sobre um fato (fato relevante para o
direito)

OU SEJA – Nem todos os fatos são considerados fatos jurídicos

CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS


FATOS DA NATUREZA
De forma geral, os fatos jurídicos podem ser:

 FATO JURÍDICO ORDINÁRIO (NATURAL) – Quando a ocorrência é


previsível, esperada e inevitável, exemplo (morte, capacidade civil, influência
do tempo)

 FATO JURÍDICO EXTRAORDINÁRIO - Fato não esperado e/ou inevitável,


podem decorrer de Caso Fortuito ou Força maior.

CASO FORTUITO - Quando há IMPREVISIBILIDADE

FORÇA MAIOR - Quando há INEVITABILIDADE

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ATO OU FATO HUMANO
Dependem da vontade humana para existirem, sendo divididos em 3 ESPÉCIES,
sendo:

 ATO JURÍDICO – Caracterizado pela emissão de UMA VONTADE humana


que tem efeitos já previstos em lei.

EXEMPLO - O ato humano de comprar um carro, gerará imediatamente


diversos efeitos legais, como a necessidade de licenciamento, IPVA, constituirá
uma possível garantia, etc.

 NEGÓCIO JURÍDICO – Designa a UNIÃO DE VONTADES de mais de uma


pessoa.

EXEMPLO – Contrato de compra e venda de imóvel, casamento, etc.

 ATO-FATO JURÍDICO – O ato-fato jurídico decorre de um ato humano


voluntário, na qual a vontade emanada NÃO TEM CONEXÃO COM O
EFEITO JURÍDICO PRODUZIDO.

EXEMPLO – Demolição lícita de um prédio, que gera um acidente alheio a


sua vontade.

ATO JURÍDICO
 Ato jurídico se trata de toda CONDUTA LÍCITA

 Que tem por objetivo a AQUISIÇÃO, O RESGUARDO, A TRANSMISSÃO,


MODIFICAÇÃO OU EXTINÇÃO do direito.
SENTIDOS DO ATO JURÍDICO
 SENTIDO AMPLO – Abrange não apenas as condutas de um indivíduo, mas
também os negócios jurídicos

 SENTIDO ESTRITO – Alcança apenas a conduta pessoal, realizada pelo


indivíduo.

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NEGÓCIO JURÍDICO - CONTRATOS


Para iniciarmos, vamos primeiro falar das disposições do código civil, que são auto
explicáveis:
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:

I - agente capaz

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável

III - forma prescrita ou não defesa em lei.

Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser
invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-
interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto
do direito ou da obrigação comum.

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio


jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a
que ele estiver subordinado.

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de


forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a


boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.

§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação,


de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos
diversas daquelas previstas em lei.

FIQUE TRANQUILO – Esse trecho do código civil inicia a compreensão do


estudo de contrato

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NOÇÕES GERAIS E CONCEITO DE CONTRATO
Vamos agora expandir essa visão prevista no código civil. O contrato é instrumento
jurídico de grande relevância no mundo contemporâneo, possibilitando o intercâmbio de
riquezas e a acomodação de diversos interesses. Conforme preceitua a doutrina

“Contrato é uma espécie de negócio jurídico


cuja formação depende da presença de pelo
menos duas partes. É negócio jurídico
bilateral ou plurilateral.”

De modo geral, pode-se dizer que os contratos geram:

 Diversas obrigações para os Contratantes

 Diversos Benefícios para os Contratantes

 Segurança

 Transferência de Riquezas

PERCEBA – Contratos são instrumentos jurídicos de constituição,


transmissão e extinção de direitos na área econômica. Em SENTIDO AMPLO
todas as figuras jurídicas que nascem do acordo de vontade podem ser chamadas
de contrato.

CONTRATOS NA ATUALIDADE
Apesar de existir uma suposta igualdade formal entre indivíduos, a prática nos
mostra o quanto cada indivíduo tem uma FORÇA DE NEGOCIAÇÃO diferente, baseada,
entre outros:

 Condição econômica

 Condição social

 Expertise para negociação

 Necessidade

DESSA FORMA - A noção de igualdade formal dos indivíduos, que


possibilitava a crença no equilíbrio dos contratantes PERDEU SUA
CREDIBILIDADE nos tempos atuais.

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Esta desigualdade criou a necessidade de que o Estado interferisse no instituto
denominado CONTRATO, limitando a:

 AUTONOMIA DA VONTADE

 Liberdade de contratar

 Liberdade de determinar o conteúdo da relação contratual


NECESSIDADE DE FORMALISMO
 Na prática há confusão com relação a palavra contrato, que designa não só
o negócio jurídico BILATERAL, gerador de obrigações como também o
INSTRUMENTO QUE O FORMALIZA.

 Perceba então que “contrato” pode designar um acordo de vontades SEM A


PRESENÇA de documento escrito.

LEMBRE-SE – NÃO é necessário o documento escrito para formalização de


contrato, a não ser que assim esteja previsto em LEI.

PERCEBA – Isso cria a possibilidade de surgirem contratos verbais, por


exemplo.

CONTRATO É LEI?
 A resposta é NÃO! O contrato distingue-se da lei por ser fonte de obrigações
e gerar DIREITO SUBJETIVO, enquanto alei é fonte de direito objetivo.

 Ou seja, o contrato gera direitos e obrigações que muitas vezes a lei não
prevê para cada pessoa!

LEMBRE-SE – Não existe negócio jurídico sem OBJETO LÍCITO,


POSSÍVEL, DETERMINADO OU DETERMINÁVEL!

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PRINCÍPIOS DA RELAÇÃO CONTRATUAL
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE OU IRRETRATABILIDADE
 Decorre da função social do contrato e da própria manifestação livre da
vontade das partes. Fixa tal princípio que não é lícito o arrependimento após
a formação do contrato.

LEMBRE-SE – Não é LÍCITO o arrependimento APÓS a formação do


contrato, em regra!

 Uma vez perfeito, só se desfaz o contrato POR NOVA MANIFESTAÇÃO DE


VONTADE, desta vez no sentido de desconstituí-lo.

ATENÇÃO - O Estado apenas, excepcionalmente, pode interferir para


abrandar a questão da obrigatoriedade.

PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE
 Da mesma forma como o negócio não pode ser desfeito senão por
intermédio de novo acordo de vontade, também NÃO PODE SOFRER
ALTERAÇÃO o conteúdo da relação e as cláusulas do negócio.

LEMBRE-SE - Uma vez as cláusulas estabelecidas, revestem-se do atributo


da imutabilidade.

PRINCÍPIO CONSENSUALISTA
 O simples acordo de vontades É SUFICIENTE PARA O NASCIMENTO DOS
CONTRATOS, que independem de manifestação material para serem
válidos.

 Formam-se do simples consenso, EXCETUANDO-SE apenas os contratos


nos quais, por seu reflexo e repercussão, a lei exige a adoção da forma
prescrita em lei.
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE:
 Os contratantes são livres para, através da livre manifestação de vontade
decidirem SE DESEJAM OU NÃO CONTRATAR, com quem contratar e o
conteúdo do contrato, sempre que a lei não limitar a atuação das partes.

ATENÇÃO - Este princípio não é absoluto, estando limitado pela ordem


pública e pela intervenção estatal.

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PRINCÍPIO DA BOA-FÉ
 A linguagem não deve prevalecer sobre a verdadeira intenção dos
contratantes, ou seja, não adianta “esconder” cláusulas escusas no contrato,
usando o artifício de uma escrita complicada.

 Deve haver lealdade e cooperação entre os contratantes para que cada um


possa cumprir com o que dele se espera na relação.

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