Patologia Na Adolescência

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PATOLOGIA NA ADOLESCÊNCIA

Capítulo I

Capítulo II.

2. Patologia
A palavra "patologia" significa literalmente "estudo da doença" e tem origem no grego,
onde Pathos = doença e Logos = estudo. No entanto, "patologia" também é usada como
sinónimo de doença.
Patologia é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células,
tecidos e órgãos, que visa explicar os mecanismos pelos quais surgem os sinais e os
sintomas das doenças.
Na medicina, a patologia está dividida em duas partes:
 Patologia Geral: Estudo das reacções aos estímulos anormais que ocorrem em
todas as células e tecidos;
 Patologia Sistémica ou Especial: Estudo das reacções específicas de cada
tecido ou órgão a determinada agressão.

1.1. Adolescência
Adolescência – (expressão latina que significa “ crescer para a maturidade”) é um
período de transição que vai dos 10/12 anos aos 18/20 anos).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a adolescência é o período da
vida no qual aparecem as características sexuais secundárias, desenvolvem se os
processos psicológicos e os padrões de identificação que evoluem da fase infantil para a
adulta e pela transição de um estado de dependência para uma situação de relativa
autonomia.
A adolescência é uma fase complexa que merece atenção no sistema de saúde, uma vez
que é nesta fase da vida que são definidos os padrões de desenvolvimento biológicos e
comportamentais que irão se manifestar o resto da vida. (FERREIRA; NELAS, 2006)
Em fim, a adolescência inclui todos os aspectos de desenvolvimento físico, emocional,
psicológico e social do indivíduo.

Transtornos Hormonais Mais Frequentes Em Adolescentes


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Depressão e Destemia
A depressão é um transtorno que afeta a muitos adolescentes. A preocupação de se
encaixar em um grupo, a baixa autoestima como consequência da acne e os
problemas de bullying tão presentes na atualidade são apenas algumas das possíveis
causas da depressão nesta etapa.
A distimia, diferentemente da depressão, também pode estar presente. Este
transtorno se caracteriza por ser uma forma leve e ao mesmo tempo crônica de
depressão. Estamos falando de períodos de no mínimo dois anos.
O apoio da família será extremamente importante. Por isso, não se deve ignorar
ou rotular de “coisas de adolescentes” qualquer mudança ou sinal significativo de
transtorno mental. É verdade que os adolescentes não falam muito, que a família
não é o contexto onde mais se expressam. Por isso, é fundamental estar com os
olhos bem abertos e prestar atenção de forma inteligente.

Transtorno de ansiedade
A ansiedade é muito presente atualmente, mas se existe uma etapa onde ganhou
terreno é na adolescência. As expectativas que um adolescente pode ter ou que os
outros podem ter sobre ele podem levá-lo a sofrer um forte estresse. De forma
semelhante, a preocupação por definir limites ou pelos problemas que possa ter com
seus amigos também podem ser uma fonte de pressão.
Os sintomas que podem nos alertar de que alguma coisa não anda bem são claros.
Há insônia? Forte irritabilidade? Isto pode ser confundido com mudanças de humor
próprias desta etapa. Contudo, as dores de estômago sem causa aparente e a tensão
muscular são sintomas suficientes para marcar uma consulta com um especialista.
Afinal, a ansiedade é um dos transtornos mais comuns na adolescência, e é preciso
identificá-la para definir o tratamento mais propício para cada caso.

Anorexia, Bulimia e Transtorno de Atracção


Os problemas relacionados com a comida são, sem dúvida, os mais
conhecidos. Os adolescentes, a partir das críticas em relação ao seu corpo e
impulsionados pelos padrões de beleza impossíveis que a sociedade promove e
vende a um alto preço, costumam lançar o olhar sobre o que comem. É na
alimentação que procuram ganhar o controle sobre o seu peso.
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Contudo, o problema não procede necessariamente desta atitude, mas sim do fato de
que os adolescentes costumam adotar medidas sem consultar ninguém. Com
frequência estas medidas são muito restritivas, são aplicadas como forma de
castigo ou como forma de apaziguar a ansiedade, e podem ter consequências
desastrosas para o seu corpo.
Em algumas ocasiões, estes transtornos também são a manifestação de um problema
maior. Por exemplo, um trauma da infância que levou o adolescente a se sentir
culpado, mal consigo mesmo, e a se prejudicar desta forma. Por isso, é muito
comum que estes transtornos apresentem condutas de autolesão.
Não se mostrar agressivo com o adolescente será fundamental para procurar
ajuda e solucionar esta conduta tão negativa que estão realizando. Às vezes os
pais podem se sentir frustrados e isto pode levá-los a perder o controle. Contudo, é
necessário manter a calma e, principalmente, buscar ajuda profissional.
Neste sentido, se um adolescente quer perder peso, não há problema em levá-lo ao
médico para que o encaminhe a um nutricionista. Ele dirá como pode conseguir
alcançar o seu objetivo. Esta medida será muito melhor do que ignorar o problema
ou estabelecer uma vigilância permanente, que só fará com que o adolescente
aperfeiçoe suas estratégias para fazer o que quer às escondidas.

Fobia social
A fobia social é outro dos transtornos mais comuns na adolescência. Ela pertence ao
grupo dos transtornos de ansiedade, mas neste caso os sintomas se desencadeiam
quando o adolescente se encontra em um contexto social ou quando antecipa que irá
se encontrar em tal contexto. Interagir com pessoas desconhecidas ou ter que ir a
um lugar cheio de pessoas pode significar uma odisseia para eles.
Por isso, é comum que na etapa da adolescência muitos jovens fiquem reclusos em
suas casas. As inseguranças, os problemas com o corpo, o bullying escolar e a
necessidade de ser aceito podem provocar a fobia social.

Transtorno Anti-social e Negativista Desafiador


O adolescente rouba? Usa violência com pessoas e animais? É fácil para as pessoas
que não são especialistas no assunto confundirem o transtorno
antissocial/negativista desafiador com um problema natural da adolescência,
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contudo, este tipo de conduta pode ser um sintoma de um problema incipiente de


maior grau.
Desobedecer os adultos, não acatar as normas, roubar e residir permanentemente na
irritação são alguns sinais que podem nos indicar a presença de um transtorno. Os
jovens parecem não respeitar nada, agem sem pensar, são muito impulsivos e
não consideram a integridade dos outros: um período complicado ou alguma
coisa além disso? O melhor a fazer: consultar um especialista.
Procurar ajuda será muito importante. É normal que diante de um transtorno desse
tipo os pais se sintam impotentes ou procurem motivos em lugares equivocados,
talvez até sintam que não souberam educar bem seus filhos. Contudo, estas ideias
errôneas podem fazer com que adotem uma atitude passiva e submissa diante de
seus filhos, algo que não irá beneficiá-los.
Todos já passamos pela adolescência. Essa etapa em que dificilmente nos
sentimos compreendidos e nossos pais pareciam esconder a mão em vez de
oferecê-la. Por isso, é fundamental que os pais não tratem as condutas como “coisa
de adolescente” para evitar que, caso exista um transtorno, este se torne mais
agudo.
Muitos são os adolescentes que se suicidam, outros tantos que se sentem
sozinhos. Neste período tão complexo da vida é necessário o apoio adulto ou, pelo
menos, a segurança que os mais velhos podem dar. Procurar ajuda, prestar atenção e
não ignorar uma expressão como “hoje não quero jantar”, “aqui mando eu” ou “me
sinto bem trancado no meu quarto” pode deter um problema antes que suas
dimensões aumentem.
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Agora que você já sabe quais são os transtornos mais comuns na
adolescência, fique atento para tentar ajudar estes jovens que estão enfrentando
dificuldades em suas vidas.

Transtornos Emocionais
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Os transtornos emocionais geralmente surgem durante a adolescência. Além


da depressão ou da ansiedade, os adolescentes com essa condição também
podem sentir irritabilidade, frustração ou raiva excessivas. Os sintomas podem
se sobrepor em mais de um transtorno, com mudanças rápidas e inesperadas
no humor e explosões emocionais. Os adolescentes mais jovens também
podem desenvolver sintomas físicos como dor de estômago, dor de cabeça ou
náusea.
Transtornos comportamentais
Transtornos comportamentais na infância são a 6ª maior causa de carga de
doença entre adolescentes. A adolescência pode ser uma época em que regras
e limites são testados. No entanto, os transtornos comportamentais na infância
representam comportamentos repetidos, graves e não apropriados à idade,
como hiperatividade e desatenção (como Transtorno de Déficit de
Atenção/Hiperatividade) ou comportamentos destrutivos ou desafiadores. Os
transtornos comportamentais na infância podem afetar a educação dos
adolescentes e, às vezes, estão associados ao contato com sistemas judiciais.

Os transtornos alimentares
Os transtornos alimentares comummente surgem durante a adolescência e a
juventude. A maioria afecta mais as mulheres do que os homens. Transtornos
alimentares como anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da
compulsão alimentar periódica são caracterizados por comportamentos
alimentares nocivos, como restrição de calorias ou compulsão alimentar. A
anorexia e a bulimia nervosa também incluem uma preocupação com a
comida, a forma ou o peso do corpo, além de comportamentos como exercício
excessivo ou purgação para compensar a ingestão de calorias. Pessoas com
anorexia nervosa têm um baixo peso corporal e um medo maior de ganhar
peso. Pessoas com transtorno de compulsão alimentar podem experimentar
sentimentos de angústia, culpa ou auto aversão quando comem
compulsivamente. Os transtornos alimentares são prejudiciais à saúde e
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frequentemente coexistem com depressão, ansiedade e/ou abuso de


substâncias.

Psicose
Transtornos que incluem sintomas de psicose surgem mais comummente no
final da adolescência ou início da vida adulta. Entre os sintomas da psicose
estão alucinações (ouvir ou ver coisas que não existem) ou delírios (incluindo
crenças fixas e não precisas). Experiências de psicose podem prejudicar
gravemente a capacidade de um adolescente de participar da vida diária e da
educação. Em muitos contextos, adolescentes com psicose são altamente
estigmatizados e estão em risco de violações dos direitos humanos.

Suicídio e Autolesão
As tentativas de suicídio podem ser impulsivas ou associadas a um sentimento
de desesperança ou solidão. Os factores de risco para o suicídio são
multifacetados, incluindo o uso nocivo do álcool, abuso na infância, estigma
que dificulta a busca de ajuda, barreiras para conseguir os cuidados e acesso
aos meios. A comunicação em mídias digitais sobre o comportamento suicida
é uma preocupação emergente para essa faixa etária.

Comportamento de Risco
Muitos comportamentos de risco para a saúde, como uso de substâncias ou
risco sexual, começam durante a adolescência. Limitações na capacidade dos
adolescentes de planejar e administrar suas emoções, normalização de
comportamentos de riscos que têm impacto sobre a saúde entre pares. Fatores
contextuais como pobreza e exposição à violência podem aumentar a
probabilidade de comportamentos de risco, que podem contribuir
negativamente para o bem-estar físico e mental de um adolescente.

1.2. Nas Mulheres


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 Diagnóstico
Na medicina, um diagnóstico é o ato de determinar e conhecer a natureza
de uma doença pela observação dos seus sintomas e sinais. Também
corresponde ao nome com que o médico qualifica a doença de acordo com os
sinais detectados, isto é, é o nome dado à conclusão em si mesma.

 Conduta de Enfermagem
 Conduta de Referência

1.2.1. Alteração da Menstruação


A alteração da Menstruação é identificada por amenorreias primárias e amenorreias
secundárias.

 Amenorreias Primárias
Possíveis causas de “Amenorreias Primárias”
 Função hipofisária insuficiente
 Imperfuração do Hímen
Originando ao hematocolpos (sangue acumulado por falta de acesso ao escoamento).

 Amenorreias Secundárias
Possíveis causas de “Amenorreias Secundárias”
 Puberdade transitória
 Afecções Gerais (Ex: Tuberculose)
 Anorexia mental (Ex: desequilíbrio psíquico por baixa Auto – Estima)

Tamanho Diferente das Mamas


O tamanho diferente das mamas pode representar uma malformação congénita, como pode
estar ligado ao processo de desenvolvimento hormonal, devendo se normalizar se dentro do
mesmo processo. Portanto, as hormonas hipofisárias provocam o crescimento mamário
durante o processo de transformações da puberdade e o tamanho diferente das mamas pode
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representar uma malformação congénita, como pode estar ligado ao processo de


desenvolvimento hormonal, devendo se normalizar se dentro do mesmo processo.

Puberdade
A puberdade faz parte de uma das fases da adolescência; portanto, é o período em que ocorre
a maturação física, especialmente o amadurecimento sexual. Bem, a puberdade encontra-se
subdividida em duas fases:
Fases da Puberdade: A puberdade está dividida em três Estádios distintos:
 Estágio de Pré – Puberdade – As mudanças corporais e as características sexuais
secundárias começam a desenvolver se mais ainda sem a função reprodutiva.
 Estágio Púbere – As células sexuais são produzidas nos respectivos órgãos, mas as
mudanças corporais ainda não estão completas.
 Estágio Pós – Púbere – Os órgãos sexuais funcionam de modo amadurecido, o corpo
atingiu o seu tamanho e forma maduros (maturidade).

Classificação da Puberdade
1.2.2. Puberdade Precoce
É quando as transformações da adolescência ocorrem por volta dos 7 a 9 anos de idade.
1.2.3. Atraso na Puberdade
É quando as transformações de adolescência aparecem por volta dos 15 a 16 anos de idade.
A puberdade Tardia pode ser:
 Gonadal – quando os ovários ou testículos, mesmo se fortemente estimulados pela
hipófise, não respondem com a respectiva produção de hormanas sexuais.
 Puberdade Hipofisária – A hipófise não liberta as hormonas estimulantes suficientes
para estimular as gónadas.

1.2.4. Malformação do Trato Genital Feminino

 Diagnóstico
 Conduta de Enfermagem
 Conduta de Referência
 Hímen Imperfurado
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 Septos Vaginais

2. Nos Homens
2.1. Malformação do Sexo Masculino

2.2. Disfunção Sexual

2.3. Transtornos Psico-emocionais Mais Frequentes


 Diagnóstico
 Conduta de Enfermagem
 Conduta de Referência

Conclusão
Diagnóstico é a fase em que o médico descarta a possibilidade de afecções que
apresentem sintomatologia comum com a doença apresentada pelo paciente

Bem, conclui-se também que de entre os transtornos na adolescência, sinais de


transtornos mentais são negligenciados por uma série de razões, tais como a
falta de conhecimento ou conscientização sobre saúde mental entre
trabalhadores de saúde ou o estigma que os impede de procurar ajuda.

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