III HPsicologia

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O Surgimento da Psicologia Científica e

Principais Escolas Teóricas

Conteudista: Prof.ª M.ª Janaina Cristina Barêa de Assis


Revisão Textual: Thaís Teixeira Tardivo Stringaci

Objetivos da Unidade:

Conhecer aspectos históricos, culturais, filosóficos e fisiológicos do processo de


formação e transformação da ciência psicológica;

Comparar as principais concepções teóricas constituintes da Psicologia


Científica;

Refletir sobre a complexidade dos objetos e campos de estudo da Psicologia.

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências
1 /3

ʪ Material Teórico

Introdução
Recapitulando...
Anteriormente conhecemos e refletimos um pouco sobre aspectos da história da Filosofia e
sobre as correntes filosóficas do inatismo, do empirismo, do pensamento kantiano e do
pensamento hegeliano. Correntes essas que apresentam suas teorias sobre a razão e sobre o
conhecimento.

Estudamos os aspectos para compreendermos o processo de consolidação da Psicologia como


ciência e o surgimento das principais escolas da Psicologia, assuntos que serão tratados nesta
unidade.

Antes de iniciarmos nossas discussões, é muito importante que você tenha ciência de que esse
conteúdo é apenas um recorte, por isso, procure ler também os textos utilizados como
referência bibliográfica. Para saber ainda mais, aproprie-se das sugestões feitas como material
complementar e faça suas próprias pesquisas sobre o assunto.

Contribuições da Ciência e da Filosofia à Psicologia


Já explanamos um pouco sobre a história da Filosofia, porém, considerando as influências
filosóficas diretas, que antecederam a consolidação da Psicologia como ciência, estão o filósofo
moderno e racionalista René Descartes e alguns empiristas britânicos.

Durante o século XVII, a Europa se surpreendia e se divertia com os avanços da Tecnologia, da


Mecânica e da Física. O relógio pode ser considerado a máquina que protagonizou o período.
Esse século é também conhecido pela obtenção do conhecimento por meio da observação da
natureza e desenvolvimento das pesquisas científicas (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Segundo Marina Massimi (2016), os séculos XVII e XVIII foram marcados por significativas e
repentinas mudanças nos sistemas político, econômico e cultural, o que ela denomina de
revoluções. Foram essas transformações culturais promovidas pelo conhecimento filosófico
desses séculos que corroboraram o surgimento da Psicologia Científica no século seguinte.

Esse período, também conhecido por Iluminismo, caracterizou-se, entre outras coisas, pelas
quedas das monarquias absolutistas, a ascensão da burguesia, a criação do método científico e
os estudos da razão humana (MASSIMI, 2016).

No final do século XVIII, o mundo, em especial a Europa, vivia os impactos da Revolução


Francesa (1789 – Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão) e da Revolução Industrial, na
Inglaterra.

Vamos lembrar que o movimento iluminista teve seu apogeu no século XVIII, na compreensão
da natureza por meio das concepções do universo como mecânico. Nesse período aconteceu a
chamada revolução intelectual e a expansão do comércio, rumo à construção de uma sociedade
mais liberal e humana. Os conhecimentos psicológicos produzidos buscavam explicações para a
conduta do homem (MASSIMI, 2016).

Na mesma época surge uma nova teoria econômica, criada por Adam Smith (1723-1790)
complementando o liberalismo político. Para ele, a produção e a distribuição de riquezas
estariam também submetidas às leis da física, a natureza é a verdadeira produtora de riqueza. A
máxima era: “laissez faire et laissez passer, le monde va de lui-même” (deixai fazer e deixar
passar, o mundo marcha sozinho). Dentro dessa perspectiva se diminui o poder do Estado e
aumenta o poder dos empresários.

Aqui cabe mais uma vez destacarmos os conhecimentos produzidos pelo filósofo moderno
racionalista, físico e matemático René Descartes (1596-1650). Foi considerado símbolo da
transição do período da Renascença para a Moderna “Era Científica”. Influenciado pelo espírito
mecanicista (zeitgeist da época), em seus estudos procurou evidências e provas e inaugurou,
segundo Schultz e Schultz (2019) a Psicologia Moderna.
René Descartes, segundo Ana Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Teixeira (2018), libertou
as pesquisas dos rígidos dogmas teológicos, como já visto anteriormente , quando apresenta a
teoria separando as noções de mente e corpo, desse modo dessacralizando o corpo e
possibilitando os estudos da Fisiologia e da Anatomia. O corpo passa a ser compreendido como
máquina, regido pelas leis da física, uma vez que o corpo é matéria e possui características
comuns a toda matéria (extensão no espaço e capacidade de movimento).

Em seus estudos, defendeu a ideia de que a mente e o corpo, mesmo tendo essências diferentes,
uma vez que a mente não possui extensão nem matéria, interagem entre si, um influenciando o
outro dentro do organismo humano. Ele propôs o dualismo físico/psicológico, distanciando-se
do conceito de alma e passando a estudar a mente e suas operações (SCHULTZ; SCHULTZ,
2019).

Saiba Mais
René Descartes faleceu de pneumonia em 1650 após não suportar o frio
extremo de uma biblioteca na Suécia, onde ensinava Filosofia para a
rainha do país. Dezesseis anos após sua morte, seus amigos decidiram
trazer seu corpo para a França, porém, este não coube no ataúde
enviado pelos franceses. A decisão das autoridades foi, ironicamente,
cortar a cabeça daquele que havia passado boa parte de sua vida
estudando a relação mente e corpo. Seu crânio, após passar um período
em Estocolmo, circulou por diversos colecionadores suecos e,
atualmente, está em exibição no Museu do Homem em Paris
(SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).
De acordo com Ana Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Teixeira (2018), é no século XIX que
o Liberalismo passa a ser associada às ideias de livre mercado, principalmente à diminuição do
papel do Estado na esfera econômica. Essa tendência se reverteu no final do século com as
legislações voltadas aos aspectos sociais. Nesse século ainda se estabelece uma justificativa
teórica de uma ciência natural do homem e a busca de uma abordagem experimental.

Auguste Comte (1798-1857) inaugura um novo espírito científico, o positivismo. No


positivismo, a sociedade é um organismo e pode ser compreendida a partir da análise dos
fenômenos diretamente observáveis. Só o conhecimento gerado pela ciência seria válido
(SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Sustenta o positivismo, conforme Schultz e Schultz (2019): o materialismo, que seriam os


processos mentais, juntamente com a estrutura anatômica e fisiológica do cérebro; o
empirismo, ou seja, a mente adquire conhecimento através da experiência sensorial; a
experimentação; e a medição.

Nesse cenário, alguns filósofos empiristas britânicos também fizeram importantes


contribuições para o surgimento da Psicologia Moderna, destacando-se John Locke, George
Berkeley (1685-1753), David Hume, David Hartley, James Mill e seu filho, John Stuart Mill.

De acordo com Schultz e Schultz (2019), o filosofo britânico mais importante durante esse
período foi John Locke (1632-1704). Filósofo e teórico político liberal inglês, é considerado um
dos fundadores do movimento iluminista.

Para ele, nascemos como uma folha em branco, e todo conhecimento é derivado da experiência
sensorial, portanto, seguindo os pressupostos do empirismo. Já vimos que a corrente do
empirismo teve um papel importante no desenvolvimento da nova ciência psicológica. John
Locke nega a ideia de inatismo apresentada por Descartes e afirma que todo o conhecimento
tem base empírica, portanto, na experiência (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).
Em 1700, conforme Schultz e Schultz (2019), John Locke publicou a obra Ensaio acerca do
entendimento humano. Ele tinha interesse no funcionamento cognitivo. Para o filósofo,
existiam dois tipos de experiências, as derivadas da sensação e as derivadas da reflexão.
Também distingue dois tipos de ideias, as simples e as complexas, sendo que as ideias simples
advêm da sensação e da reflexão, e as complexas derivam de combinações das ideias simples.

John Locke defendia ideias liberais, inclusive a antes de domínio público, religião. Para ele, a
religião é assunto privado e não é função do Estado impor uma crença qualquer aos cidadãos,
respeitando, assim, os direitos naturais dos indivíduos. Locke reconhecia o caráter subjetivo de
quase todas as nossas percepções e a individualidade dos sujeitos (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Para Schultz e Schultz (2019), George Berkeley (1685-1753) influenciou a Psicologia com suas
obras filosóficas Ensaio para uma nova teoria da visão (1709) e Tratado acerca dos princípios
do conhecimento humano (1710). A concepção defendida por ele, e mais tarde conhecida por
mentalismo, afirma que todo o conhecimento era função da pessoa que percebe ou passa pela
experiência. Para ele, só conhecemos o sentido do sofrimento psíquico se o tivermos
experienciado.

David Hume (1711-1776), já conhecido por nós em momentos anteriores, apoiou a noção das
ideias simples e complexas de Locke. Estudou a sensação e a percepção e estabeleceu uma
distinção entre duas espécies de conteúdo mental: as impressões e as ideias. A primeira seriam
elementos básicos da vida mental, assemelhando-se à sensação e à percepção. A segunda
seriam as experiências mentais na ausência de objetos, seu equivalente moderno seria a imagem
(SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

David Hartley (1705-1757), segundo Schultz e Schultz (2019), reuniu tendências anteriores de
pensamento de forma brilhante. Foi o fundador formal do associacionismo enquanto doutrina
filosófica. O associacionismo pode ser compreendido como o conhecimento ligado às
associações mentais e às ideias. Tentou explicar os processos da memória, do raciocínio, da
emoção e da ação voluntária e involuntária. Para ele, as ideia ou sensações ocorrem
simultaneamente, o que provoca uma associação implicando uma em decorrência da outra, e as
imagens são ideias que podem surgir a partir da sensação e da percepção.
A Origem da Psicologia Médica no Brasil, no Final do Século XVIII
Em 1759, os jesuítas teriam sido expulsos do Brasil, e a ciência e a medicina passam a ocupar o
lugar da religião. Deixa de ser o padre aquele que tem todas as respostas e o médico pode ser o
confessor. Um nome do período na história da Psicologia brasileira foi o médico mineiro
Francisco de Mello Franco (1757-1822). Na época, os médicos estudavam Filosofia, uma vez que
a Filosofia estudava a ciência. Francisco de Mello Franco era seguidor do Iluminismo e
apresentou uma visão organicista da vida moral. Para ele, a saúde mental é produto do equilíbrio
da máquina corporal, que compreende a mente reduzida ao organismo. O objetivo da Psicologia
médica é definir uma “verdade” sobre o homem, alternativa à matriz cristã bem rigorosa
moralmente. Apresentava o conhecimento baseado na autoridade do método científico. Obras
com conteúdo psicológico: Tratado de educação física dos meninos (1790), em que discutia o
modo de aperfeiçoar os sentidos da criança; Medicina teológica (1794), dedicada aos
confessores, função terapêutica da confissão; e Elementos de Hygiene (1813), em que apresenta a
teoria e prática científica para conservar a saúde e prolongar a vida (MASSIMI, 1987).

Os filósofos James Mill (1793-1836) e seu filho John Stuart Mill (1806-1873) sofreram
influências diretas do empirismo e do pensamento cartesiano e tiveram produções importantes
no que diz respeito à contribuição da Filosofia para as ciências psicológicas (SCHULTZ;
SCHULTZ, 2019).

Para James Mill, segundo Schultz e Schultz (2019), a mente é uma máquina, colocada em ação
por forças físicas externas e dirigidas por forças físicas internas. A associação é um processo
passivo e, portanto, a mente não tem capacidade criativa. Tudo é físico, tudo é matéria.

Para John Stuart Mill (1806-1873), a mente possui um papel ativo na associação de ideias.
Schultz e Schultz (2019) descrevem que sua abordagem associacionista, denominada de
química mental, acredita na combinação de que elementos mentais simples sempre geram algo
novo, de modo que você não terá uma ideia mais complexa. Foi Stuart Mill no campo da Filosofia
que afirma ser possível ter uma ciência da Psicologia.
Primórdios da Psicologia Experimental e Influências da
Fisiologia
Schultz e Schultz (2019) contam que, em 1975, o papel do observador humano neutro passou a
ser questionado, quando uma diferença foi apontada entre a observação de dois astrônomos ao
observar o tempo de deslocamento de uma estrela. Nesse momento, começou a se levar em
conta a natureza do observador humano, pois suas características pessoais poderiam
influenciar as observações relatadas. A comunidade científica, em especial os primeiros
fisiologistas, focaram seus estudos nesse aspecto e passaram a investigar os processos
psicológicos da sensação e da percepção estudando os órgãos do sentido.

No século XIX, na Alemanha, cada província tinha uma universidade. Quando o país se unifica,
torna-se uma grande potência em relação à produção de conhecimento científico. No país
existia uma Fisiologia experimental estabelecida, abordagens classificatórias, concepção ampla
de ciência, incluindo Fonética, Linguística, Arqueologia, História, Estética, Lógica e Crítica
Literária. O espírito positivista impregnava a ciência (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

A Fisiologia de orientação experimental estimulou e orientou a constituição da Psicologia por


meio da análise da experiência consciente em seus elementos, sensações e sentidos. Alguns
nomes, na Alemanha, protagonizaram essa história: Hermann von Helmholtz (1821-1894),
Ernst Weber (1795-1878), Gustav Theodor Fechner (1801-1887) e Wilhelm Wundt (1832-1920).

Hermann von Helmholtz, segundo Schultz e Schultz (2019), foi pesquisador na área da Física e
Fisiologia, exerceu funções acadêmicas e realizou pesquisas sobre a velocidade do impulso
nervoso, visão e audição. Interessava-se pela medida e não pelo significado psicológico.

Ernst Weber, Gustav Theodor Fechner e Wilhelm Wundt trabalharam juntos na Universidade de
Leipzig (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2018).

Ernst Weber, interessado pela Fisiologia dos órgãos sensoriais nos campos das sensações
cutâneas e musculares, demonstrou experimentalmente o conceito de limiar, o ponto no qual
um efeito psicológico começa a ser produzido. Investigou tanto a relação mente-corpo como a
relação entre o estímulo e a sensação resultante. As sensações poderiam ser medidas.
Gustav Theodor Fechner, fisiologista, físico e psicofísico, propôs diferentes maneiras de medir
as sensações e o funcionamento dos sentidos. Relacionou quantitativamente os mundos mental
e material. Para se medir a mudança na sensação, é preciso medir a mudança no estímulo.
Fechner foi um dos nomes mais importantes no processo de consolidação da Psicologia como
ciência, criou medidas, segundo Schultz e Schultz (2019), precisas e elegantes.

Ana Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Teixeira (2018) descrevem que, em
aproximadamente 1860, Weber e Gustav Fechner formulam uma lei importante no campo da
Psicofísica, mensurando a relação entre estímulo e sensação. Segundo eles, a diferença que
percebemos ao aumentar a intensidade da iluminação de uma lâmpada de 100 watts para 110
watts é a mesma quando a intensidade da iluminação muda de 1000 watts para 1100 watts, ou
seja, “a percepção aumenta em progressão aritmética, enquanto o estímulo varia em progressão
geométrica” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2018, p. 28).

Wilhelm Wundt foi influenciado por Fechner e considerado o primeiro psicólogo da história.
Fundou a Psicologia como disciplina acadêmica formal. É considerado o fundador da Psicologia
por ter criado o primeiro Laboratório de Psicologia em Leipzig, no ano de 1879, e editou em 1881
a primeira revista de Psicologia. Deu início à Psicologia experimental como ciência (SCHULTZ;
SCHULTZ, 2019).

Para Wundt, os psicólogos deveriam ocupar-se da experiência imediata que não sofre viés de
interpretação. Pretendia analisar a mente ou a consciência e seus processos superiores
(pensamento, aprendizagem, sentimentos e memória), chegando aos seus elementos básicos
(sensação e percepção).

O método criado por ele foi o da introspecção ou, segundo Ana Bock, Odair Furtado e Maria de
Lourdes Teixeira (2018), introspeccionismo. De acordo com os autores, o método propõe, após
um treino, uma auto-observação do próprio estado mental ou percepção interior do sujeito, os
caminhos percorridos por sua percepção em diferentes estímulos sensoriais aos quais eram
submetidos.

Era preciso seguir algumas regras básicas para a realização do método da introspecção, que
constituem a essência dos métodos experimentais. Entre elas, que o observador fosse capaz de
determinar quando o processo pode ser introduzido, estar em estado de prontidão e com a
atenção concentrada e repetir a observação várias vezes (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Wundt concebe a Psicologia como uma ciência intermediária entre as ciências da natureza.
Desse modo, sem perceber, segundo Schultz e Schultz (2019), estaria criando duas Psicologias,
uma fisiológica experimental e uma que buscava reconhecer processos psíquicos fora do
laboratório.

Em 1862, Wundt teria iniciado estudos no que poderia ser compreendido como Psicologia Social.
Entre 1900 e 1920, publicou dez volumes do que denominou de Völkerpsychologie (Psicologia
Cultural), também conhecida por “Psicologia dos Povos” (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Depois de Wundt, surgiram alguns movimentos da Psicologia, e posteriormente algumas


escolas da Psicologia se fundaram.

O Estruturalismo
A extinta abordagem estruturalista foi fundada por Edward Bradford Titchener (1867-1927).
Mesmo o psicólogo considerando que sua produção partia dos ensinamentos de Wundt, sua
obra apresentava elementos diferentes do criador da Psicologia (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Titchener migra para os Estados Unidos com o objetivo de divulgar a obra de Wundt, porém,
conforme descrevem Schultz e Schultz (2019), omite os aspectos culturais das obras de seu
mentor temendo que isso lhe afastasse do status de ciência. Em seus estudos também redefine o
objeto de estudo da Psicologia para as experiências conscientes, apresentando justificativas
puramente fisiológicas para os fenômenos mentais.

Também tinha por método a introspecção e, por influência do mecanicismo, compreendia os


sujeitos como máquinas imparciais de registro. Para Titchener, a experimentação consistia na
repetição da experiência (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2018).

O psicólogo, de acordo com Schultz e Schultz (2019), por meio da observação e dos registros
verbais e escritos, estudava três classes de consciência durante atividades cotidianas e
fisiológicas, como o ato de urinar, defecar e durante as relações sexuais. A primeira classe
seriam as sensações, consideradas por ele como elementos básicos. Seriam sons, cheiros e
outras percepções ligadas ao mundo físico. A segunda, as imagens, fazendo referências às ideias
e lembranças. A terceira estava ligada aos estados afetivos, sentimentos e emoções.

O Funcionalismo
O movimento funcionalista surge como crítica ao estruturalismo e foi batizado por Titchener,
que criticava a finalidade prática e aplicável dos conhecimentos. Ana Bock, Odair Furtado e Maria
de Lourdes Teixeira (2018) afirmam que teria sido a primeira sistematização genuinamente
americana que convocava os cientistas para o processo de desenvolvimento econômico,
influenciado pelo espírito pragmático da época. Só tinha valor aquilo que poderia ser útil e ter
alguma serventia social.

O funcionalismo interessou-se pela mente e como ela funciona e concentrou-se na questão


prática: o que os processos mentais realizam? O que a mente faz? Como ela faz?

Teve influências britânicas dos pensamentos evolucionistas de Charles Darwin (1809-1882) e


Francis Galton (1822-1911). Galton aplicou o espírito da evolução à Psicologia, investigando de
forma sistemática a herança mental e as diferenças individuais na espécie humana. Com ele se
iniciam os primeiros testes mentais, medindo a inteligência em termos de capacidade
sensoriais, e o laboratório antropométrico (1884) (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

O percursor da Psicologia Funcional ou Funcionalista foi William James (1842-1910). Segundo


Schultz e Schultz (2019), em 1890 ele publica a obra Princípios da Psicologia, compreendendo a
ciência como natural e biológica. Para o autor, os processos conscientes seriam atividades
orgânicas capazes de produzir mudanças na vida dos organismos, e os processos conscientes
seriam atividades úteis e funcionais para o organismo manter-se adaptado ao seu mundo. James
acentua o valor do pragmatismo na Psicologia, a validade de que uma ideia deveria ser testada
por suas consequências práticas.

Com o funcionalismo, a pesquisa sobre comportamento animal passou a ser elemento


fundamental da Psicologia. Incorporou-se também estudos com bebês, crianças e pessoas com
deficiência intelectual. Iniciou-se a utilização de técnicas como testes mentais, questionários,
escalas e descrições objetivas do comportamento (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

O movimento funcionalista deu origem ao que chamamos de Psicologia Aplicada, atribuindo


funcionalidade sociais aos conhecimentos científicos produzidos. O contexto sócio-histórico de
desenvolvimento econômico e a Primeira Guerra Mundial interferiram nessa produção.

Dá-se início não só aos diversos campos de atuação, mas às diversas matrizes do
desenvolvimento da ciência psicológica.

O Behaviorismo
Também conhecido como comportamentalismo, o behaviorismo lida com os atos
comportamentais, observáveis e passíveis de descrição em termos de estímulo e resposta,
rompendo com o método da introspecção. Uma Psicologia objetiva. Seu objeto de estudo passava
a ser o comportamento e suas conexões (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2018).

Essa escola teve como principais nomes Edward Lee Thorndike (1874-1949), Ivan Petrovich
Pavlov (1849-1936), John Watson (1878-1958) e Burrhus Frederick Skinner (1904-1990).
Apesar das contribuições do russo Pavlov, essa escola é reconhecida como de origem norte-
americana.

Thorndike, de acordo com Schultz e Schultz (2019), foi psicólogo e um dos primeiros a receber
toda a formação nos Estados Unidos. Realizou pesquisas com diferentes espécies de animais,
mas seu experimento com gatos, em sua chamada “caixa problema”, teria sido o mais famoso.
Descobriu que quando privado de água e alimento, o animal, por ensaio e erro ou tentativa e
sucesso causal, aprendia a abrir o trinco para sair e encontrar alimento, sua recompensa. Para o
pesquisador, quanto mais exercitava, mais fortalecia a resposta e melhorava seu desempenho.

Ivan Petrovich Pavlov, médico fisiologista russo, foi contemporâneo a Thorndike e desenvolveu
teorias semelhantes, porém, em continentes distintos. Pavlov realizou seu experimento mais
famoso com cachorros. Observou que quando o cachorro estava diante de um alimento – no
caso, pão –, ele apresentava uma alteração fisiológica e produzia saliva. Esse comportamento
inato foi denominado de “reflexos não condicionados”. A partir dessa constatação, criou a
teoria dos “reflexos condicionados”, criando uma resposta condicionada a um estímulo e à
recompensa. Antes de apresentar o pão, acendia uma luz; após algumas apresentações, bastava
acender a luz para que o cachorro salivasse (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

John Watson é considerado o fundador da escola behaviorista. Em 1913, publicou Psychological


Review e, em 1914, Behavior. Para Schultz e Schultz (2019), o objeto de estudo da Psicologia
passa a ser o comportamento e o método, não mais a introspecção, mas a observação e o reflexo
condicionado. Iniciam-se os trabalhos experimentais com humanos, alguns bastante
polêmicos, como o do bebê Albert.

Teve atuações na Psicologia da publicidade, Defendia a funcionalidade da Psicologia e acreditava


que as pessoas são como máquinas e, por isso, poderiam ter seu comportamento previsto e
controlado apenas com estímulos emocionais (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Schultz e Schultz (2019) revelam que Watson não foi um pai sensível e procurava testar suas
teorias de condicionamento na relação com seus filhos. O resultado aparentemente não foi
satisfatório. Após estudar Psiquiatria, William, seu filho mais velho, teria se suicidado.

Skinner nasceu na Pensilvânia e é o principal comportamentalista. Renova as teorias de Watson.


Buscava a relação entre as condições de estímulo no ambiente controladas pelo experimentador
e a resposta consequente do organismo (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Apresenta o conceito de condicionamento operante após seus estudos com ratos. Percebe que o
animal, quando privado de água, operando no ambiente, descobre que acionando um
mecanismo na gaiola (também conhecida como caixa de Skinner) teria acesso à água. De acordo
com Schultz e Schultz (2019), o comportamento operante é o mais representativo da situação
humana e pode ser estimulado por reforços positivos e abandonado por estímulos negativos.

Você consegue identificar contribuições dessa escola da Psicologia nos campos de atuação do
psicólogo na atualidade.
A Gestalt
Uma escola alemã, contemporânea ao behaviorismo, surge em protesto à Psicologia de Wundt
por não aceitar sua forma elementarista de compreender os aspectos da consciência e em
oposição à forma norte-americana de fazer Psicologia. Uma corrente que sofre influência das
teorias sobre percepção apresentadas pelo filósofo Immanuel Kant (SCHULTZ; SCHULTZ,
2019).

A Gestalt, ou Psicologia da Forma, segundo Ana Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Teixeira
(2018), é o estudo da percepção e da sensação do movimento aparente, da constância perceptiva
e da aprendizagem, por meio do método da introspecção. Buscava a relação entre a experiência
psicológica e a experiência cerebral. Para os pesquisadores da Gestalt, a percepção não é o
acumulo de sensações, mas algo novo que se forma. Eles definiram os princípios da organização
perceptiva, sendo eles: a proximidade (partes próximas no tempo e no espaço parecem formar
uma unidade, tendendo a serem percebidas juntas); a continuidade (tendência a vincular
elementos para que eles pareçam contínuos e fluídos, numa dada direção); a semelhança (partes
semelhantes tendem a ser vistas juntas como se formassem um grupo); a complementação
(preencher lacunas, completar figuras que se apresentem incompletas); a simplicidade (boa
forma); figura e fundo (reversibilidade, é possível que se veja duas figuras).

Como principais nomes dessa escola, temos Max Wertheimer (1880-1943), Kurt Ko ka (1886-
1941) e Wolfgang Köhler (1887-1967).

Max Wertheimer, advogado, filósofo e psicólogo, foi o mais velho do movimento da Gestalt e
considerado, de acordo com Schultz e Schultz (2019), líder intelectual do movimento. No
Laboratório da Universidade de Frankfurt, na Alemanha, desenvolveu a maior parte de suas
teorias, juntamente com Köhler e Ko ka.

Apresentou a teoria do movimento aparente quando observava a janelastat de um trem, durante


uma viagem de férias, e concluiu que a percepção sugere um movimento do lado de fora do
vagão, quando na realidade nenhum movimento externo havia acontecido. De dentro do trem
temos a sensação de que a paisagem é que se movimenta. Constatou o fenômeno em
experimentos no laboratório com imagens e luzes. Os desenhos animados seriam também um
exemplo dessa teoria, pois se eu diminuo o intervalo de tempo entre uma imagem e outra, eu
tenho a impressão de que a imagem se movimenta (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

O psicólogo Kurt Ko ka teria sido, segundo Schultz e Schultz (2019), o mais criativo dos
teóricos do movimento da Gestalt. Foi sujeito das pesquisas de Wertheimer sobre movimento
aparente e apresentou aos americanos os estudos da Gestalt.

Em 1922, Ko ka publicou nos Estados Unidos um artigo com o título: A Percepção: Uma
Introdução à Teoria da Gestalt. O texto, que tratava de apresentar os principais conceitos e
pesquisas do movimento, devido ao título acabou provocando a errônea sensação de que a
Psicologia da Gestalt estudava apenas a percepção, quando na verdade também teve
contribuições importantes no campo do pensamento e da aprendizagem (SCHULTZ; SCHULTZ,
2019).

Wolfgang Köhler foi considerado, de acordo com Schultz e Schultz (2019), o porta-voz da escola
da Gestalt. O mais novo dos gestaltistas, dedicou boa parte dos seus estudos sobre os
comportamentos e a inteligência dos chipanzés.

Um dos mais clássicos experimentos realizados por ele foi o de colocar próximo à jaula dos
chipanzés algumas frutas e disponibilizar para os animais algumas ferramentas que, se
articulados, poderiam permitir que acessassem os alimentos. Ele conclui que os chipanzés,
espécie mais próxima da humana, diferente dos cães e gatos utilizados pelo behaviorismo,
conseguiam desenvolver um aprendizado e desempenhar as tarefas (KÖHLER, 1978).

Além dos três autores apresentados, Kurt Lewin (1890-1947), apesar de não ser considerado da
escola da Gestalt, trabalhou por dez anos com os pioneiros dessa escola nos laboratórios da
Alemanha e lá produziu sua “Teoria de Campo”, inspirado nos princípios do movimento. Foi um
estudioso dos fenômenos grupais e autor importante nas teorias de grupo e para a Psicologia
Social (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2018).

A Psicanálise
A Psicanálise é compreendida como a mais popular das escolas psicológicas, não só no campo
da Psicologia, mas pela comunidade de maneira geral. Teve como seu principal nome Freud e sua
principal teoria, sem dúvida, o inconsciente. Esse movimento apresenta como método
investigativo o interpretativo, buscando interpretar o significado oculto nos fenômenos (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2018).

Tanto Ana Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Teixeira (2018) como Schultz e Schultz
(2019) afirmam que a história da Psicanálise está diretamente ligada à vida de seu criador,
Sigmund Freud (1856-1939). Médico psiquiatra, formou-se em Viena e desenvolveu suas
teorias em seus atendimentos, principalmente com as mulheres que apresentavam o quadro de
“histeria”.

Freud apresenta em sua obra A Interpretação dos sonhos (1900) as instâncias psíquicas do
inconsciente, pré-consciente e consciente. Posteriormente, elucida as fases do
desenvolvimento infantil, criando os estágios psicossexuais do desenvolvimento da
personalidade, e considera que as neuroses teriam suas causas, na maioria dos casos, em
desejos e pensamentos sexuais reprimidos na primeira infância. Essa teoria chocou a sociedade
puritana da época (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Entre os anos de 1920 e 1923, de acordo com Schultz e Schultz (2019), Freud apresenta os
conceitos de id, ego e superego, aprofundando sua teoria do aparelho psíquico, e desenvolve a
teoria dos mecanismos de defesa.

Mesmo não desenvolvendo uma atuação com grupos, Freud realizou estudos importantes da
coletividade na perspectiva psicanalítica. Entre eles está a obra O mal-estar da civilização (BOCK;
FURTADO; TEIXEIRA, 2018).

Após Freud inaugurar o movimento psicanalítico, muitos autores deram continuidade a suas
ideias e aprimoraram sua obra. Entre eles, podemos destacar sua filha Anna Freud (1895-1982),
Carl Gustav Jung (1875-1961), Alfred Adler (1870-1937), Melanie Klein (1882-1960), Donald
Woods Winnicott (1896-1971) e Jacques-Marie Émile Lacan (1901-1981).
Schultz e Schultz (2019) referem que Carl Jung foi discípulo de Freud,

porém, em 1914, após se manifestar contrário ao conceito de libido


defendido pelo autor e minimizar os componentes sexuais na
construção da subjetividade, rompe com o pai da Psicanálise, fundando
seu próprio movimento, que denominou de Psicologia Analítica. As
obras de Jung não influenciam só a Psicologia e a Psiquiatria, mas
também são reconhecidas no campo da religião, história, arte e
literatura.

O Humanismo
O humanismo ou a “Terceira Força”, surge nos Estados Unidos no início dos anos 1960, com o
objetivo de criticar a artificialidade e o mecanicismo do comportamentalismo e a valorização da
doença psíquica e do inconsciente promovidos pela psicanálise, na ocasião os dois principais
movimentos da Psicologia. A abordagem centrada na pessoa reconhecia as emoções humanas,
promovendo e possibilitando o desenvolvimento pessoal. Devido à simplicidade e eficácia do
movimento, muitos charlatões se aproveitaram desse conhecimento (SCHULTZ; SCHULTZ,
2019).

Os principais autores desse movimento são Abraham Maslow (1908-1970) e Carl Rogers (1902-
1987), que apresentaram estudos importantes da natureza e condição humana.

Schultz e Schultz (2019) apresentam Abraham Maslow como o pai desse movimento. Nascido
nos Estados Unidos, cursou Psicologia, uma formação que, segundo ele, na ocasião não tinha
nada a ver com pessoas.
Uma de suas principais teorias foi a hierarquia de necessidades, também conhecida como
pirâmide de Maslow. Para ele, essas necessidades seriam inatas aos indivíduos e teriam uma
ordem para serem satisfeitas. Seriam elas: as necessidades fisiológicas (comida, água, ar, sono e
sexo); as necessidades de garantia (segurança, estabilidade, ordem, proteção e libertação do
medo e da ansiedade); as necessidades de pertinência e amor; as necessidades de estima dos
outros e de si; e a necessidade de autorrealização (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Segundo Schultz e Schultz (2019), Maslow teria sido fortemente criticado, pois seus estudos,
que resultaram na teoria da hierarquia das necessidades, não cumpria com as exigências
científicas da época. Porém, sua teoria teve grande popularidade, principalmente no campo dos
negócios.

Carl Rogers é conhecido por ter fundado uma abordagem de psicoterapia conhecida como
terapia centrada na pessoa. Seus estudos, diferentes de Maslow, que considerou apenas
indivíduos psiquicamente saudáveis, criou suas pesquisas a partir de pessoas com significativos
sofrimentos psíquicos (SCHULTZ; SCHULTZ, 2019).

Essa escola rompe com a ideia do progresso do tratamento atribuído ao terapeuta, passando a
responsabilidade da mudança ao cliente. Uma das razões para a Psicologia Humanista não ser
considerada uma das principais correntes psicológicas teria sido, segundo os autores, pelo fato
de seus criadores estarem em clínicas particulares e não nas universidades.

A Psicologia Sócio-Histórica
A Psicologia Sócio-Histórica ou Psicologia de Orientação Sócio-Cultural, de acordo com Ana
Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Teixeira (2018), teve sua origem no século XX, na ex-
União Soviética, por influência da Revolução Russa de 1917 e da teoria marxista. Seus conceitos
no Brasil estão fortemente ligados às teorias do desenvolvimento, à Psicologia da Educação e à
Psicologia Social.

O principal objeto de estudo dessa Psicologia pode ser considerado o fenômeno psicológico,
compreendido como uma experiência pessoal que se constitui no coletivo e na cultura. A
subjetividade não é inata e é considerada uma construção histórica e social (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2018).

Lev Semionovitch Vigostski (1896-1934), conhecido como o percursor dessa corrente,


psicólogo revolucionário, faleceu jovem, aos 38 anos. Dedicou seus estudos sobre a História, a
Arte e a Psicologia, com produções importantes sobre o desenvolvimento infantil e a linguagem.
Segundo Ana Bock, Odair Furtado e Maria de Lourdes Teixeira (2018), a continuidade de seus
estudos foi realizada por seus colegas no Instituto de Psicologia de Moscou, Alexei Leontiev
(1903-1979) e Alexander Romanovich Luria (1902-1977).

Figura 1 – Silvia Lane


Fonte: compromissosocial.org.br

O principal nome desse movimento no Brasil foi o da professora Dra. Silvia Lane com a criação
da chamada Psicologia Social Crítica, que em suas produções buscava superar o positivismo,
reconhecendo o sujeito como um ser histórico-social. Fortaleceu os estudos das categorias de
análise desse movimento, sendo elas: a atividade; a consciência; a identidade; a afetividade; a
linguagem; o sentido; e o significado (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 2018).

Como já sinalizado no início do módulo, o conteúdo apresentado aqui é


bastante extenso e poderá ser aprofundado por você nas leituras
complementares.

Figura 2 – História das psicologias


Fonte: Adaptada de Freepik
Esperamos que tenha conseguido compreender as influências históricas, culturais, filosóficas e
fisiológicas que construíram a Psicologia Científica e seu nascimento, bem como tenha podido
vislumbrar sua mudança e seus diferentes movimentos.

Vale ressaltar que nesta Unidade decidimos apresentar as primeiras e mais relevantes escolas da
Psicologia, porém, atualmente sabemos que existem muitas outras formas de fazer e aplicar
essa ciência e profissão.

As psicologias possuem diferentes protagonistas e cenários, diversos objetos de estudo e


variados métodos de produção de conhecimento, o que a torna uma ciência complexa, mas
também muito interessante e instigante.

Agora aproveite para pesquisar e aprofundar seus estudos.


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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros

Psicologia Sócio-Histórica: uma Perspectiva Crítica em


Psicologia Social
O livro escrito por Ana Mercês Bahia Bock, Maria da Graça Gonçalves e Odair Furtado, é
considerado uma obra importante da abordagem sócio-histórica.
BOCK, A. M. B. Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. 6. ed. São
Paulo: Cortez, 2017.

Walden II: Uma Sociedade do Futuro


Escrito por um dos principais nomes do behaviorismo, este romance apresenta a ideia de uma
sociedade perfeita, e é possível identificar muitos dos conceitos apresentados por ele.
SKINNER, B. K. F. Walden II: Uma Sociedade do Futuro. Editora Epu, 1987.

Tornar-se Pessoa
Uma das principais obras de Carl Rogers. Uma leitura importante para quem deseja se
aprofundar nos conceitos da abordagem centrada na pessoa.
ROGERS, C. R. Tornar-se pessoa. WMF Martins Fontes, 2019.

Vídeos

Experimentos de Wolfgang Köhler sobre Inteligência de


Chimpanzés
Neste link você poderá assistir trechos do experimento realizado por um dos principais nomes
da história da Psicologia da Gestalt, Köhler.

Experimentos de Wolfgang Kohler sobre inteligência de chimpanz…

Freud Além da Alma (1962)


Um filme clássico de 1962 que conta a história de Freud e da criação da Psicanálise.
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ʪ Referências

BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. de L. T. Psicologias: uma introdução ao estudo de


psicologia. São Paulo: Editora Saraiva, 2018. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553131327/>. Acesso em: 12/01/2022.

JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (org.). História da psicologia: rumos e


percursos. Rio de Janeiro: Nau, 2006.

KÖHLER, W. Wolfgang Köhler: Psicologia. São Paulo: Ática, 1978.

MASSIMI, M. História dos saberes psicológicos. São Paulo: Pia Sociedade de São Paulo; Paulus,
2016.

________. As origens da psicologia brasileira em obras do período colonial. História da


Psicologia – Cadernos PUC, São Paulo, n. 23, p. 95-117, 1987.

SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cengage Learning
Brasil, 2019. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522127962/>. Acesso em:
12/01/2022.

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