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UNIVERSIDADE LUSÓFONA DE HUMANIDADES E TECNOLOGIAS

EMOÇÃO RAIVA ESCOLA DE PSICOLOGIA E CIÊNCIAS DA VIDA

1 º A N O D E L I C E N C I AT U R A

DOCENTES: JOSÉ MIGUEL PINTO CARDOSO DE BOURBON TELES E VÍTOR BRUNO


N U N O J O R G E F E R R E I R A M O TA - A 2 2 1 0 2 4 5 1 ; A N A
FA U S T I N O A L M E I D A .
PA U L A A G U I A R – A 2 2 1 0 8 0 4 2 ; A N D R E I A L U C A S – A 2 2 1 0 0 1 8 5 ;

S A R A VA R E D A – A 2 2 1 0 4 5 7 5

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O objetivo deste trabalho nasce da
proposta de trabalho da disciplina
de emoções e motivação do curso No presente trabalho são abordados
de Psicologia da Escola de os vários modelos teóricos inerentes
Psicologia e Ciências da Vida da às emoções proposto por vários
Universidade Lusófona de autores, assim como uma (possível)
Humanidades e Tecnologias de definição concetual.
Lisboa e tem como objeto de
estudo a emoção da raiva.

Atender-se-á ainda às estruturas


neurobiológicas e circuitos cerebrais
associado ás emoções,
dimensionalidades da resposta A metodologia aplicada no
emocional, assim como a presente trabalho, tem
funcionalidade da emoção da raiva e como base a exploração
a quantificação na resposta, não nos
debruçando no entanto para a bibliográfica sobre o tema
indução dessa emoção, visto não se
aplicar a ela. 2
Modelos Teóricos

HIPOCRATES

Iniciando a nossa reflexão sobre os modelos teóricos,


abordamos:

Hipócrates (460-377 a.C.), médico conceituado,


considerado o “pai da medicina”, desenvolveu a teoria
dos quatro humores corporais (sanguínea, fleumática,
bílis amarela e bílis negra), consoante as quantidades
existentes no corpo, estas levariam a estados de bem-
estar ou enfermidade.

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PLATÃO Platão (428-347 a.C.), um
dos filósofos mais conceituados
da história, considerado o “pai
do idealismo”, filosofo e
discípulo de Sócrates.
A sua teoria intitulada de
“teoria das ideias” assentava no
conceito da alma humana, sendo
esta constituída por três partes.
A primeira parte situava-se na
cabeça, associada ao
pensamento, ao
desenvolvimento e sabedoria, a
segunda situada no coração,
recetáculo das emoções embora
não definidas como tal, estas
eram a raiva o medo, orgulho e
coragem, por último situada no
fígado, Platão descrevia-as
como paixões, desejos e
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apetites. 4
ARISTÓTELES

Aristóteles (384 a.C.), discípulo de Platão,


filosofo, veio quebrar as teorias já introduzidas
anteriormente e induzir o “Conhecimento
empírico”, relacionou os termos psique e corpo e
separou a alma desta equação.
Para Aristóteles o homem é um ser que se distingue
de todos os outros na natureza por ser racional,
intelectivo, embora não associe o intelecto a
nenhum órgão específico, Aristóteles desenvolve a
teoria onde o coração será o centro das atenções.
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DAVID HUME

David Hume (1711-1776), filósofo,


historiador, ensaísta e diplomata. Hume
definiu uma nova forma de entendimento
através da sua obra “Tratado da natureza
humana (1739- 1740)” ao cruzar o
método experimental do raciocínio com a
moral, tenta assim descrever o
funcionamento da nossa mente através de
princípios como: perceção, impressão,
ideias, sensações, emoções, entre outros.

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Friedrich Nietzsche 
•Friedrich Nietzsche (1844–1900), filosofo.
Para este Filosofo a moral não é algo que mude ao
longo dos tempos, mas sim imputado ao ser
humano através da sociedade. A moral não é
adquirida através da devoção a Deus, mas sim da
vontade do homem, ou seja, dotados de senso de
justiça.
•Nietzsche aquando da publicação da sua obra
“The Birth of Tragedy”, foi o primeiro filosofo a
incluir a razão a emoção e a sua influência nos
julgamentos morais. Por fim acrescentamos que
para este autor, as emoções são a base das nossas
ações.

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Funcionalidade da Raiva
• Perigo: Fuga ou Ataque
• Função adaptativa: auto-defesa, controlo, poder, vingança
• Sociedade: Repressão da raiva: transtornos psicossomáticos, stress, doenças

-Abordagem de Reforço Postivo: quando falta a recompensa – raiva


-Abordagem de Avaliação Cognitiva: interpretação de uma situação – raiva
- Harmon Jones: avaliação da situação ou inverso (indivíduo pode sentir dor
e só, depois, expressar raiva, pode bater em objectos inanimados)

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Funcionalidade da Raiva
• Raiva:
-emoção de motivação orientada: necessidade de aproximação
-resposta aos obstáculos que dificultam o alcance de um objectivo
-determinismo e optimismo
-mais propensas ao risco (focam-se nas recompensas)

• Medo:
- emoção de fuga/evitamento: necessidade de afastamento
- desencorajamento e pessimismo
- menos avessas ao risco (focam-se nas ameaças)

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Funcionalidade da Raiva
-Ataque

-Combate ao medo/represálias

-Necessidade de reassumir o contro da situação

-Vingança

-Reparação de injustiça percepcionada

-Reforço da auto-estima

-Punição do outro

-Visa obrigar o outro a reconhecer/mudar comportamento considerado errático

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Funcionalidade da Raiva
• Sentimentos que despoletam raiva: alguns Transtornos de Personalidade:

-Borderline: negligência/abandono
-Narcisista: críticas/humilhação
-Paranoide: ataque carácter/reputação

-Comportamento passivo agressivo: silenciosa: desconfiança/medo


intimidade e dependência
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Quantificação da Raiva: Instrumentos
STAXI (State-Trait Anger Expression Inventary): Spielberg
Escala do Estado da Raiva:
• raiva como estado –sentimento (“estou furioso”)
• raiva verbal (“apetece-me gritar com alguém”)
• raiva física (“apetece-me bater em alguém”)

Escala de Traço da Raiva:


- temperamento da raiva (“irrito-me com facilidade”)
- reacção da raiva (“irrito-me quando sou prejudicado por outros)

Temperamento da Raiva:
- escala de expressão da raiva: grau de externalização e grau de controlo/supressão

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Quantificação da Raiva: Instrumentos

-Recurso a expressões faciais e imagens

- Estimulação magnética transcrania: activação córtex pré-frontal esquerdo: maior


reacção da raiva
- Contração das mãos direitas – activação no córtex pré-frontal esquerdo – maior
agressividade

- Graus de intensidade da experiência: diferença entre zanga, raiva e ira: zanga é


menos intensa do que a raiva

- A raiva pode surgir, a par, com outras emoções, designadamente com o medo
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Neurobiologia da Emoção

-Aristoteles – SH ser de conhecimento sensorial. Separação Bios e Logos

• Enquanto ser biológico e sensorial, importa entender como ocorrem as emoções a


nível neurobiológico

• Nota: As áreas envolvidas nas emoções ocorrem para todas as emoções primárias,
podendo divergir quanto ao processo neuronal e psicológico.
• Podem ser indicados processos referentes a outras emoções de forma a tentar explicar
melhor uma teoria, ou apenas porque o autor assim o indicou

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Neurobiologia da Emoção - génese

• -Pheneas Cage: Apos o acidente, não perdeu a consciência, apesar do seu lobo
frontal ter ficado afetado. No entanto ficou mais irascível.

• Inicia-se o estudo sobre as emoções: Primeiros mapas neuronais por Waynbaunm

• É na conceção de Carl Lange que as manifestações fisiológicas ganham expressão


ao correlacionar com a experiência emocional

• Mais tarde Walter Cannon e Phillip Beard, associa o SNC ás manifestações


fisiologicas
• (Abib, 2000); (Vanderson Esperidião-Antonio, 2007)
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Neurobiologia da Emoção - génese
JOSEPH PAPEZ: Conceptualiza uma noção de sistema dos centros emocionais

MCLEAN: Partindo da teoria de PAPEZ, acrescenta o sistema límbico e a área de


BROCCA para as funções afetivas

Estudos de PAPEZ, demonstram que a remoção do telencéfalo – manifestações de raiva


em situações não correspondentes, não se verificando tal correspondência quando a lesão
se estendia até a metade posterior do hipotálamo.

(Abib, 2000); (Vanderson Esperidião-Antonio, 2007)


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Neurobiologia da Emoção - génese
Area motora suplementar

• 1.ª Fase: Apresentação

• 2.ª Fase: A representação é enviada para a


amígdala e córtex prefrontal
ventromeridiano (ação executiva) e
• Cortex do cíngulo
• Área motora suplementar.

Lesões no Lobo occipital ou frontal: certas


expressões emocionais como a raiva e medo
passam a barreira da cegueira e são
identificadas pelo cerebro
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Neurobiologia da Emoção - génese

• Uma lesão na amígdala não só leva a uma perda reativa


emocional, como também interfere nos processos de
aprendizagem, onde a emoção desempenha um papel
importante subjacente à motivação (Recompensa)

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(Abib, 2000); (Vanderson Esperidião-Antonio, 2007)
Neurobiologia da Emoção - génese
O HIPOTALAMO: é responsável por
desencadear a resposta química para o
organismo para reagir fisiologicamente, que
modulam o SNS e o SNA, através de:

• Cortisol
• Adrenalina
• Noradrenalina

(Damásio, 2003)
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Neurobiologia da Emoção - génese
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Agressão Afetiva

A emoção da raiva, traduz-se pelo comportamento agressivo e que ocorre a dois níveis:
• Agressão Predatória
• Agressão Afetiva (Damásio, 2003)
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Neurobiologia da Emoção - génese
Emoções, como também, intervém um processo psicológico,
onde requisita a memória onde são representados os
esquemas mentais. Assim, certas perturbações emocionais,
decorrem dos processos de aprendizagem e da experiência do
individuo que ocorrem através de enviesamentos cognitivos
que desencadeiam a raiva.

A aprendizagem e as experiências, levam a que a raiva tenha


um,a função adaptativa na sobrevivência da espécie, tanto para
a procura de alimento como para a reprodução da espécie de
forma a sobreviver no meio e dar continuidade à espécie.

(Wells, 2001); (Darwin, 1859)


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