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Prof: Luciano Figueiredo

Contrato Preliminar

Contrato perfeito e acabado pelo qual as partes se comprometem


a fazer um contrato futuro. Tem forma livre, presume-se
irretratável e deve ser levado ao registro.
Abertura da Sucessão

Hipótese excepcional e episódica através da qual mitiga-se a


autonomia patrimonial entre a pessoa física e jurídica, de forma a
atingir um por débito do outro.
Direito real de habitação
Artigo 1.831 do CC
 
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens,
será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o
direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da
família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar.
Reconhecimento dos filhos
 
Art. 1.609. O reconhecimento dos filhos havidos fora do casamento é
irrevogável e será feito:
I - no registro do nascimento;
II - por escritura pública ou escrito particular, a ser arquivado em cartório;
III - por testamento, ainda que incidentalmente manifestado;
IV - por manifestação direta e expressa perante o juiz, ainda que o
reconhecimento não haja sido o objeto único e principal do ato que o
contém.
Tomada de Decisão Apoiada
 
Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa
com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais
mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na
tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e
informações necessários para que possa exercer sua capacidade. (Incluído
pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Ler parágrafos
Alimentos
O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está
sujeito à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios
autos. (Súmula 358 do STJ)
 
Se fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem
os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz,
conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo
(CC, Art. 1.699).
Obrigação avoenga

Súmula 596 do STJ: "A obrigação alimentar dos avós tem natureza
complementar e subsidiária, somente se configurando no caso de
impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais."
 
Prof: Roberto Figueiredo

Usufruto
TÍTULO VI
Do Usufruto

CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Usufruto

Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou mais bens, móveis


ou imóveis, em um patrimônio inteiro, ou parte deste, abrangendo-
lhe, no todo ou em parte, os frutos e utilidades.

Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não resulte de


usucapião, constituir-se-á mediante registro no Cartório de
Registro de Imóveis.
Usufruto

CAPÍTULO IV
Da Extinção do Usufruto

Art. 1.410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o


registro no Cartório de Registro de Imóveis:
I - pela renúncia ou morte do usufrutuário;
Usufruto

E na hora da prova?

03. (Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2019 -
OAB - Exame de Ordem Unificado XXIX - Primeira Fase)
Arnaldo institui usufruto de uma casa em favor das irmãs Bruna e
Cláudia, que, no intuito de garantir uma fonte de renda, alugam o
imóvel.
Usufruto

E na hora da prova?

Dois anos depois da constituição do usufruto, Cláudia


falece, e Bruna, mesmo sem “cláusula de acrescer”
expressamente estipulada, passa a receber
integralmente os valores decorrentes da locação.
Usufruto

E na hora da prova?
Um ano após o falecimento de Cláudia, Arnaldo vem a falecer.
Seus herdeiros pleiteiam judicialmente uma parcela dos valores
integralmente recebidos por Bruna no intervalo entre o
falecimento de Cláudia e de Arnaldo e, concomitantemente, a
extinção do usufruto em função da morte de seu instituidor.
Diante do exposto, assinale a afirmativa correta.
Usufruto

E na hora da prova?
Alternativas
A) Na ausência da chamada “cláusula de acrescer”,
parte do usufruto teria se extinguido com a morte de
Cláudia, mas o usufruto como um todo não se extingue
com a morte de Arnaldo.
Usufruto

E na hora da prova?
Alternativas
B) Bruna tinha direito de receber a integralidade dos
aluguéis independentemente de estipulação expressa, tendo
em vista o grau de parentesco com Cláudia, mas o usufruto
automaticamente se extingue com a morte de Arnaldo.
Usufruto

E na hora da prova?
Alternativas
C) A morte de Arnaldo só extingue a parte do usufruto que caberia
a Bruna, mas permanece em vigor no que tange à parte que cabe a
Cláudia, legitimando os herdeiros desta a receberem metade dos
valores decorrentes da locação, caso esta permaneça em vigor.
Usufruto

E na hora da prova?
Alternativas
D) A morte de Cláudia extingue integralmente o usufruto, pois
instituído em caráter simultâneo, razão pela qual os herdeiros
de Arnaldo têm direito de receber a integralidade dos valores
recebidos por Bruna, após o falecimento de sua irmã.
Usufruto

GABARITO: A
CLÁUSULA PENAL

CAPÍTULO V
Da Cláusula Penal

Art. 408. Incorre de pleno direito o devedor na cláusula


penal, desde que, culposamente, deixe de cumprir a
obrigação ou se constitua em mora.
CLÁUSULA PENAL

Art. 409. A cláusula penal estipulada conjuntamente com a


obrigação, ou em ato posterior, pode referir-se à inexecução
completa da obrigação, à de alguma cláusula especial ou
simplesmente à mora.
Art. 410. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total
inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a
benefício do credor.
CLÁUSULA PENAL

Art. 411. Quando se estipular a cláusula penal para o caso de


mora, ou em segurança especial de outra cláusula determinada,
terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena cominada,
juntamente com o desempenho da obrigação principal.
Art. 412. O valor da cominação imposta na cláusula penal não
pode exceder o da obrigação principal.
CLÁUSULA PENAL

Art. 413. A penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo


juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se
o montante da penalidade for manifestamente excessivo, tendo-
se em vista a natureza e a finalidade do negócio.
Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que
o credor alegue prejuízo.
CLÁUSULA PENAL

Parágrafo único. Ainda que o prejuízo exceda ao previsto


na cláusula penal, não pode o credor exigir indenização
suplementar se assim não foi convencionado. Se o tiver
sido, a pena vale como mínimo da indenização,
competindo ao credor provar o prejuízo excedente.
CLÁUSULA PENAL

E na hora da prova?

04. (Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2017 -
OAB - Exame de Ordem Unificado - XXII - Primeira Fase) Festas
Ltda., compradora, celebrou, após negociações paritárias, contrato
de compra e venda com Chocolates S/A, vendedora.
CLÁUSULA PENAL

O objeto do contrato eram 100 caixas de chocolate, pelo preço


total de R$ 1.000,00, a serem entregues no dia 1º de novembro de
2016, data em que se comemorou o aniversário de 50 anos de
existência da sociedade. No contrato, estava prevista uma multa de
R$ 1.000,00 caso houvesse atraso na entrega. Chocolates S/A,
devido ao excesso de encomendas, não conseguiu entregar as
caixas na data combinada, mas somente dois dias depois.
CLÁUSULA PENAL

Festas Ltda., dizendo que a comemoração já havia


acontecido, recusou-se a receber e ainda cobrou a multa. Por
sua vez, Chocolates S/A não aceitou pagar a multa,
afirmando que o atraso de dois dias não justificava sua
cobrança e que o produto vendido era o melhor do mercado.
Sobre os fatos narrados, assinale a afirmativa correta.
CLÁUSULA PENAL

Alternativas
A) Festas Ltda. tem razão, pois houve o inadimplemento absoluto
por perda da utilidade da prestação e a multa é uma cláusula penal
compensatória.
B) Chocolates S/A não deve pagar a multa, pois a cláusula penal,
quantificada em valor idêntico ao valor da prestação principal, é
abusiva.
CLÁUSULA PENAL

C) Chocolates S/A adimpliu sua prestação, ainda que


dois dias depois, razão pela qual nada deve a título de
multa.
D) Festas Ltda. só pode exigir 2% de multa (R$ 20,00),
teto da cláusula penal, segundo o Código de Defesa do
CLÁUSULA PENAL

GABARITO: A

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