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Estabelecer a dose mais eficaz e melhor tolerada de citrato de cafeína para prevenção da
hipoxemia intermitente (HI) em prematuros tardios.
Projeto: Fase IIB, duplo-cego, ”five arm”, paralelo, randomizado controlado
Contexto: Unidades neonatais e enfermarias pós natais de duas maternidades terciárias na
Nova Zelândia.
Participantes: RNPTT nascidos com 34s – 36s+6d, recrutados até 72hv.
Intervenção: Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber uma dose de
ataque (10,20,30 ou 40 mg/kg) seguida por 5,10, 15 ou 20 mg/kg/dia de citrato de cafeína
enteral ou placebo diariamente até a idade corrigida para o termo.
Introdução
Os RPTT compreendem a maior parte dos nascimentos prematuros, fisiologicamente e
metabolicamente imaturos com maior risco de morbidade e mortalidade no período
neonatal do que os RNT.
Maior probabilidade de serem diagnosticados com PC, atraso no desenvolvimento e
comprometimento cognitivo em comparação com RNT.
A frequência dos episódios de HI atinge o pico na idade pós natal de 2 semanas, antes de
reduzir para níveis próximos ao nascimento na idade corrigida a termo.
Pequenas alterações nas saturação podem afetar significativamente a sobrevida e o
neurodesenvolvimento de RN muito prematuros.
Cafeína
Eficaz na prevenção e tratamento da apneia da prematuridade e HI.
Reduz a incidência de doença pulmonar crônica, PC, atraso cognitivo em RNMP
Imaturidade hepática →eliminação da cafeína lenta em prematuros extremos.
Aumento da IG → eliminação da cafeína aumenta → necessárias doses maiores.
RN muito prematuros: cafeína é bem tolerada, mas pode reduzir o ganho de peso neonatal
Ocasionalmente, cafeína pode causar taquicardia e intolerância alimentar.
A dose mais eficaz de cafeína para tratar HI em RNPTT permanece desconhecida.
Metodologia
• RNPTT nascidos em duas maternidades em Auckland, Nova Zelâ ndia, entre 34 +0 e
36 +6semanas de gestaçã o, sem exclusõ es relevantes.
• Randomizados por um membro da equipe do estudo para um dos cinco grupos paralelos (5, 10,
15 ou 20 mg/kg/dia de citrato de cafeína ou placebo) 72 horas apó s o nascimento.
• Alocaçã o 1:1:1:1:1 estratificada por local de estudo e idade gestacional no nascimento (34, 35
ou 36 semanas).
• Os RN participantes receberam uma dose de carga enteral do medicamento do estudo (10, 20,
30 ou 40 mg/kg de citrato de cafeína ou placebo (á gua) seguida de uma dose diá ria todas as
manhã s (5, 10, 15 ou 20 mg/kg de citrato de cafeína ou placebo) até a idade equivalente ao
termo.
• A medicaçã o experimental foi preparada em vá rias dosagens, de modo que cada criança
recebeu o mesmo volume (dose de ataque de 2 mL/kg; 1 mL/kg/dia a partir de entã o) da
medicaçã o experimental de aparência idêntica.
• Apó s a alta Os bebês foram cuidados em casa pelos pais, que continuaram a administrar a
medicaçã o experimental até a visita final com 40s IGC.
Metodologia
• Os registros de oximetria tiveram um tempo médio de 2 segundos e foram editados por um
ú nico investigador usando um software para remover automaticamente dados de baixa
confiança e aberrantes, seguidos de uma revisão manual final.
• Com base em estudo anterior, estimada taxa média (DP) de 6,9 (3,4) episó dios de HI
por hora 2 semanas apó s a randomizaçã o.
• Para detectar uma reduçã o de 50% (3,5 episó dios por hora) em qualquer grupo
versus placebo com poder de 90%, permitindo uma desistência de 10% e
agrupamento de mú ltiplos (coeficiente de correlação intraclasse 0,05), seriam
necessá rios 24 RNs em cada grupo (total de 120 bebês ).
• A aná lise foi por intençã o de tratar, com modelos separados para cada ponto de tempo.
• Os efeitos do tratamento sã o expressos como diferença média, proporçã o média geométrica
(RGM) ou OR, com ICs de 95%.
Metodologia
• RN alocados para placebo X RN alocados para qualquer dose de citrato de cafeína (ou
seja, todos os grupos de cafeína combinados), em conformidade com o protocolo.
• Ajuste adicional para testes de mú ltiplos desfechos secundá rios nã o foi realizado e
esses resultados sã o interpretados com cautela, cientes do risco de erro.
Resultados
• A taxa de HI:
• 2 semanas apó s a randomizaçã o foi significativamente reduzida entre os RNs alocados
para citrato de cafeína 10 ou 20 mg/kg/dia em comparaçã o com placebo, mas nã o para os
grupos de 5 ou 15 mg/kg/dia.
• Os grupos foram divididos em placebo e doses diá rias de 5 mg/kg, 10 mg/kg, 15 mg/kg e 20
mg/kg.
• No grupo placebo, as porcentagens foram: 83,3% no início do estudo, 100% aos 2 semanas e
100% no termo.
• Informaçõ es sobre adesã o em 2 semanas faltaram para 4 lactentes, um em cada grupo, exceto o
grupo de 10 mg/kg.
2 semanas após randomização, os lactentes com cafeína 10 ou 20 mg/kg/dia, em
comparação com placebo apresentaram em média maior e menos tempo com Sat <90%,
enquanto o grupo com 15 mg/kg apresentou maior FC média.
Em comparação com placebo, todos os grupos passaram significativamente mais tempo
com taquicardia (FC >180) com 2 semanas, que persistiu com 40s IGC nos grupos de 5,10
e 20 mg/kg.
Com 40s IGC não houve diferença significativa entre os grupos placebo e cafeína na taxa
de HI, Sat média ou tempo com Sat <90%
Não houve diferença entre os grupos placebo e cafeína na proporção de Rns que não
recuperaram peso ao nascer em 2 semanas, na velocidade do crescimento em qualquer
período.
A velocidade do PC foi significativamente menor no grupo de 5 mg/kg/dia em comparação
com placebo.
RNs no grupo de 20 mg/kg em comparação com placebo, tiveram scores de comprimento
significativamente menores em 2 semanas de TEA.
RNs no grupo de 10 e 15 mg/kg tiveram scores de RGE mais baixos, em comparação com
placebo em 2 semanas.
8 RNs receberam suporte contínuo de pressão positiva, além da randomização, sem
diferença nas taxas entre os grupos placebo e cafeína.
Não houve episódios de apneia que necessitassem de estimulo após randomização.
Discussão
• Não houve efeitos adversos da cafeína no sono, refluxo ou alimentação, mas houve um
aumento no percentual de tempo em que os recém-nascidos apresentaram taquicardia.
• Não há uma definição consensual para HI em prematuros.
• .
Hipoxemia intermitente = queda de saturação >10% abaixo da
linha de base por <2 min.
• Foi observado um efeito significativo do citrato de cafeína no desfecho primário nas doses de 10
mg/kg/dia e 20 mg/kg/dia, mas não na dose de 15 mg/kg/dia
• Em 2 outros estudos, cafeína de 6 mg/kg/dia reduziu a HI na IG 35-36s, mas com 37s e 38s
foi necessá rio doses mais altas (14 ou 20 mg/kg/dia) para manter concentraçõ es salivares
de cafeína na faixa terapêutica e reduzem a HI.
• Limitação do estudo: Maior taxa de retiradas em grupos das doses mais altas de cafeína
• O Citrato de cafeína reduz a HI em RNPTT, sendo doses de 10-20 mg/kg/dia eficazes, embora
difíceis de administrar em alguns RN na formulaçã o atual, possivelmente devido ao sabor.