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Diferenças individuais

Inteligência

A avaliação moderna da inteligência humana


nasce no início do século XX. O ponto de
partida foi um pedido político feito pelo estado
francês a Alfred Binet, em 1904, para identificar
crianças cujo fracasso escolar sugerisse a
necessidade de alguma forma de educação
especial.
Diferenças individuais

Alfred Binet
1857-1911
Diferenças individuais

O instrumento que Binet criou para avaliar a inteligência


foi designada por escala métrica de inteligência.

Binet introduziu o conceito de idade mental. Para


calcular o atraso ao nível do desenvolvimento mental
subtraía-se esta à sua idade cronológica. As crianças
cujas idades mentais fossem substancialmente
inferiores às suas idades cronológicas poderiam ser
selecionadas para programas de educação especial.
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Em 1912 o psicólogo alemão William Stern


propôs que a idade mental deveria ser dividida
pela idade cronológica e não subtraída dela.
Nascia, desta forma, o quociente de
inteligência ou simplesmente QI.
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A corrente de estudos que se preocupou em


definir e avaliar a inteligência humana através
de testes psicológicos designa-se por corrente
psicométrica.
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Desde o início da corrente psicométrica até aos


nossos dias existe uma questão que divide os
psicólogos: a inteligência deve ser concebida
como uma capacidade geral ou como um
somatório de aspetos diferenciados?
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Charles Spearman
1863-1945
Diferenças individuais

Spearman propôs que a inteligência é essencialmente


unitária, embora possam identificar-se nela dois fatores.

O fator geral (g) encontra-se na base de todos os processos


mentais e explica a realização dos indivíduos numa grande
variedade de tarefas. Uma parte importante dos autores da
corrente psicométrica acreditava que este fator era um
traço psicológico estável e largamente dependente da
hereditariedade.

Os fatores específicos (s) relacionam-se com determinadas


tarefas cognitivas, como a resolução de problemas verbais
ou problemas lógico-matemáticos.
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Louis Thurstone
1887-1955
Diferenças individuais

Thurstone propôs que a inteligência humana deveria ser


conceptualizada como um conjunto distinto de 7 fatores:

1. Fator numérico – resolução de problemas matemáticos


2. Fator verbal – vocabulário e informação geral
3. Fluência verbal – velocidade de criação de palavras
4. Relações espaciais – manipulação mental de imagens
5. Memória – capacidade de recordação de figuras ou textos
6. Raciocínio – processo dedutivo ou indutivo
7. Velocidade percetiva – discriminação entre
elementos pictóricos, linguísticos ou numéricos
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Robert J. Sternberg
1949
Diferenças individuais

Robert Sternberg é o autor da teoria triárquica da


inteligência. Ela pressupõe a existência de três grandes
subtipos constituintes da inteligência humana:
1. Dimensão componencial ‒ compreende os mecanismos e as
estruturas que facilitam os processos cognitivos, a auto-regulação
desses processos e a aquisição de conhecimento. Encontra-se
relacionada com capacidades analíticas.
2. Dimensão experiencial ‒ compreende os processos
psicológicos que lidam com automatismos e procedimentos de rotina,
assim como com estímulos novos e não familiares. Encontra-se
relacionada com capacidades criativas.

3. Dimensão contextual ‒ compreende os processos através dos


quais os indivíduos lidam com as exigências do seu contexto
sociocultural (adaptação, seleção ou modificação). Encontra-se
relacionada com capacidades práticas.
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Howard Gardner
1943
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Howard Gardner apresentou nos anos 80 a teoria das


inteligências múltiplas:

1. Linguística
2. Lógico-matemática
3. Espacial
4. Corporal-cinestésica
5. Musical
6. Interpessoal
7. Intrapessoal
8. Naturalista

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