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ASSISTÊNCIA AO PARTO

HAC

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DIAGNÓSTICO DO TRABALHO DE PARTO

RESUMIDAMENTE: contrações uterinas dolorosas + perda


de tampão mucoso (rolha de Schroeder) + rotura precoce
de membranas e/ou esvaecimento cervical

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AVALIAÇÃO INICIAL
• Anamnese e verificação do pré-natal
• Exame físico inicial
• Avaliação da vitalidade fetal
*Avaliar possibilidade de colonização pelo
estreptococo do grupo B

EXAME FÍSICO INICIAL: estado geral (PA, FC, Peso,


temperatura), exame obstétrico (avaliação das contrações,
palpação obstétrica, exame vaginal e vitabilidade fetal)
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• Exame obstétrico: avaliar os 3 parâmetro que interferem
na evolução do trabalho de parto – o feto, o canal de
parto (incluindo avaliação da bacia obstétrica) e a
dinâmica uterina. Na avaliação vaginal deve-se observar:
1) Avaliação da integridade das membranas amnióticas:
caso se tenha suspeita de rotura, realizar exame especular.
Se as membranas estão rotas, observar as caractéristicas do
líquido amniótico (presença ou não de mecônio). Se as
membranas estão íntegras, deve-se proceder à amnioscopia
2) Sangramento vaginal
3) Colo uterino: observar dilatação cervical (0 a 10cm),
esvaecimento cervical, o tipo de apresentação, a variedade
de posição e a altura em relação aos planos de De Lee
4) Pelve materna: realizar pelvimetria
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*Cardiotocografia na admissão: a
utilização como teste de rotina não traz
benefícios ao prognóstico fetal e associa-
se a maior número de cesáreas, não
sendo recomendada.

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• EXAMES LABORATORIAIS
1) Tipo sanguíneo ABO/fator Rh
2) Teste rápido para HIV
3) Teste rápido para sífilis

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ASSISTÊNCIA AO PRIMEIRO PERÍODO
• POSTURA DA PARTURIENTE: andar e sentar-se em cadeira
confortável são associadas a maior conforto da paciente
durante a dilatação.
• ANALGESIA: deve-se respeitar o limiar da dor, que é
individual.
• CONTROLE MATERNO: pulso, PA e temperatura a cada 4hrs
para gestantes de baixo risco.
• ALIMENTAÇÃO E FLUIDOS INTRAVENOSOS: não há consenso
a respeito da ingestão de alimentos e líquidos durante o
trabalho de parto. Geralmente opta-se por fluidos
intravenosos para que a paciente receba aporte calórico
adequado
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• ASSISTÊNCIA OBSTÉTRICA: registrar no partograma
• CONTRAÇÕES UTERINAS: podem ser avaliadas pela
palpação abdominal ou tocodinamômetro externo.
Observar: frequência, intensidade e duração.
• TOQUE VAGINAL: dilatação do colo uterino,
condição das membranas, apresentação fetal,
variedade de posição e descida
– * Prolapso de cordão: presença de funículo à frente da
apresentação com membranas rotas. (se as membranas
ainda estão íntegras, considerar procidência/procúbito
de cordão). Mais frequente em apresentação não
cefálica, prematuridade, gestação múltipla e
polidâmnio. Se diagnosticado, realizar cesárea

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• MONITORIZAÇÃO FETAL INTRAPARTO: ausculta
intermitente com sonar Doppler e cardiotocografia
contínua. No primeiro período é preconizado a
ausculta a cada 15 min e no segundo período a cada
5min.

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ASSISTÊNCIA AO SEGUNDO PERÍODO

*Dilatação completa
• TRICOTOMIA: preconiza-se que seja realizada apenas
na região a ser incisada, e que aconteça o mais
próximo possível do momento da incisão da pele
• POSIÇÃO DA PARTURIENTE: recomenda-se a posição
de Laborie-Duncan

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• FORÇA EXPULSIVA: quando não são desencadeados
espontaneamente, só devem ser encorajados quando a
dilatação cervical é completa. Deve-se manter
monitorização fetal contínua da FCF nesse período.
Orientar a paciente que, após inspiração profunda, realize
puxo com duração de aproximadamente 10 segundos
concomitante com a contração uterina. Normalmente, é
possível a realização de três puxos em cada contração.
• PREPARAÇÃO PARA O PARTO: após o posicionamento
adequando parturiente, a preparação para o parto inclui
assepsia de monte púbico, sulcos genitocrurais e terços
superiores da face interna da coxa, além das regiões
vulvar, vaginal e anal. Depois, procede-se à colocação de
campo estéril

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Cuidados no parto
• PROTEÇÃO DO PERÍNEO: pressão na região perineal e
apoiar o polo cefálico.
– * EPISIOTOMIA E PERINEOTOMIA: a episiotomia tem como
objetivo evitar alterações estruturais do assoalho pélvico
(lesões musculares e lacerações perineais). Deve ser
realizada quando o polo cefálico quando o polo cefálico
puder ser visualizado, durante as contrações. Pode ser
lateral (abandonada), mediolateral ou mediana
(perineotomia)

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• DESPRENDIMENTO DO POLO CEFÁLICO: deve ser lento e
gradual. Controlar a saída com uma das mão espalmada
e apoiada no períneo e a outra favorecendo sua flexão.
Manobras como as de Kristeller e Olshausen são
proscritas. Após o desprendimento, deve-se verificar a
presença de circulares cervicais, que devem ser desfeitas
passando-se a alça de cordão pelo polo cefálico ou
ombros
• ASPIRAÇÃO DE LÍQUIDO AMNIÓTICO NA OROFARINGE E
NA NASOFARINGE
• CUIDADOS NA ROTAÇÃO EXTERNA: se não se processar
de forma espontânea, o obstetra deve auxiliar.

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• DESPRENDIMENTO BIACROMIAL E DO TRONCO: o
desprendimento das espáduas deve ser lento.
Posicionar mãos espalmadas sobre os parietais fetais e
ralizar tração do polo cefálico para baixo, com
liberação do ombro anterior. Em seguida tracionar
para cima, conseguindo a liberação fetal do ombro
posterior. A medida que progride a expulsão, deve-se
dirigir uma de suas mãos pelo dorso fetal até
conseguir apreender os maléolos do recém-nascido
• CLAMPEAMENTO DO CORDÃO: usualmente 1 min
após o parto. Após o clampeamento pode ser
realizada uma nova ligadura, da qual se obtém
amostra de sangue para avaliar pH, tipo sanguíneo
ABO/Rh
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ASSISTÊNCIA AO TERCEIRO PERÍODO
• DEQUITAÇÃO PLACENTÁRIA: não devem ser realizadas
manobras para promover o descolamento da placenta.
Geralmente a média de tempo necessário é de 5-15min. Os
sinais de descolamento da placenta são a elevação do fundo
uterino em 2 a 3 cm com desvio para direita (sinal de
Schoroeder), a forma discoide e globosa do útero quando
avaliado em sentido anteroposterior (sinal de Calkins, a não
transmissão da trãção do cordão à mão que palpa o fundo de
útero (sinal de Fabre), a ausência de propagação da percussão
do fundo de útero até o cordão umbilicar (sinal de
Strassmann) e a elevação do útero por meio de palpação
abdominal não acompanhada de movimentação do cordão
(sinal de Kustner)
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• EXPULSÃO PLACENTÁRIA: nota-se descida progressiva
do cordão (sinal de Ahlfeld) com rotação deste (sinal de
Hochenbichler), a sensação de peso retal (sinal da
placenta/Calman/Mickulicz-Radecki) e, ao toque vaginal,
a identificação da presença de placenta em fórnice
vaginal posterior (sinal de Garber). Assim que a placenta
se apresenta no introito vaginal, solicita-se à mulher que
exerça pequena pressão abdominal para sua completa
expulsão. Nesse momento, roda-se a placenta para que
o desprendimento das membranas seja completo
(manobra de Jacobs). Após a retirada da placenta deve-
se avalia-la para certificar que a expulsão foi completa.
• Após o término da dequitação, DEVE-SE REVISAR O
CANAL DO PARTO à procura de eventuais lacerações

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