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A ESCOLA DE PODER

A FORMAÇÃO DE ESTRATÉGIA
COMO UM PROCESSO DE
NEGOCIAÇÃO

Professor: Sidney Carlos Silva


Imagine!
Imagine como seria o jogo de xadrez se todos
os jogadores tivessem paixões e intelectos
relativamente pequenos e aguçados; se você
estivesse incerto não só a respeito das peças do seu
adversário, mas um pouco também a respeito de suas
peças; se o seu bispo, descontente com seu roque,
pudesse persuadir seus peões a mudar de lugar; e
seus peões, odiando-o pelo fato de serem peões,
pudessem deixar os postos para os quais foram
designados de forma que, de um instante para outro,
você levasse um xeque-mate. Você poderia ter o
melhor raciocínio dedutivo e ainda assim ser
derrotado por seus próprios peões. Suas
probabilidades de ser derrotado seriam
especialmente altas se você dependesse, de forma
arrogante, da sua imaginação matemática e olhasse
com desprezo para suas peças apaixonadas.
George Eliot, 1980
PODER MICRO
 Formulação de estratégia como um processo político
As sociedades são compostas por indivíduos com sonhos,
esperanças, ciúmes, interesses e temores.

introduza qualquer forma de ambigüidade – incerteza


ambiental, metas concorrentes, percepções variadas,
escassez de recursos – e a política surge.

as metas concorrentes de indivíduos e coalizões garantem


que qualquer estratégia pretendida irá ser perturbada e
distorcida a cada passo do caminho.
“Movimentos sociais em organizações”.
 Zald e Berger descreveram esses movimentos, três
em especial:
 Golpe de estado – é a tomada do poder vinda de
dentro, na qual o objetivo é deslocar os detentores
de autoridade mantendo intacto o sistema.
 A insurgência – não busca substituir a liderança, mas
“mudar algum aspecto da função organizacional”.
ex:um programa.
 Movimento de massa – variam “de protesto até
rebelião” são tentativas coletivas de expressar
queixas e insatisfações e/ou promover mudanças ou
resistira às mesmas.
Bolman e Deal (1997) formularam as seguintes proposições a
respeito do mundo da política organizacional

1 – organizações são coalizões de vários indivíduos e grupos de interesse.

2 – existem diferenças duradouras, entre os membros entre os membros de


coalizões, em valores, crenças, informações, interesses e percepções da
realidade.

3 – a maior parte das decisões importantes envolve a alocação de recursos


escassos – quem obtém o quê.

4 – recursos escassos e diferenças duradouras dão ao conflito um papel


central nas dinâmicas organizacionais e tornam o poder o recurso mais
importante.

5 – metas e decisões emergem de barganhas, negociações e manobras em


busca de posições entre os diferentes interessados.
Formação estratégica
 Formação estratégica como um produto único “arquiteto”

 Vários agentes e coalizões de agentes perseguem seus


próprios interesses e agendas.

 A escola do poder nos alerta que há “perigos de se atribuir


a idéia de estratégia gerencial à gerencia como uma
coletividade...”.
Processos de determinação e distorções
de estratégias

 Grupos de subordinados podem entrar no processo;

 As estratégias oriundas desses processos não são


necessariamente ótimas;

 Elas irão refletir os interesses dos grupos mais


poderosos da organização;

 Irão “mapear” a estrutura do poder existente.


A EMERGÊNCIA DE ESTRATÉGIAS
POLÍTICA
 Novas estratégias pretendidas não são apenas guias
para a ação;

 Elas também são sinais de mudança em relações de


poder;

 Quanto mais importante a estratégia e


descentralizada a organização, mais provável a
existência de manobras políticas;

 Essas manobras de fato podem tornar difícil que a


organização chegue a qualquer estratégia.
Cyert e March – “atenção seqüencial as
metas”.

As organizações resolvem conflitos entre metas em parte


cuidando das diferentes metas em ocasiões diferentes.
Assim como a organização política, em geral, resolve as
pressões conflitantes para “ir para a esquerda” e “ir para
a direita” indo primeiro para um lado e depois para o
outro a empresa resolve as pressões conflitantes para
“facilitar a produção” e “satisfazer os clientes” fazendo
primeiro uma delas e depois a outra.
A organização é capaz de tomar decisões, mas parece
não poder formular estratégias.

 A estratégia pode emergir


de um processo político.

 Pode estabelecer um
precedente e a partir
deste virar um padrão.

 “Ala jovem” e “velha


guarda”
OS BENEFÍCIOS DA POLÍTICA

 Precisamos dedicar pouco espaço aos efeitos


prejudiciais da política sobre as organizações.

 Ela é divisiva e onerosa; consome energias que


poderiam ser dedicadas ao atendimento ao cliente.

 A finalidade de uma organização é produzir bens e


serviços e não promover uma arena na qual as
pessoas possam lutar entre si.
Obrigado pela atenção!
Como você interpreta
a escola do poder nas
organizações contemporâneas...

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