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01. Introdução ao PPCP
01. Introdução ao PPCP
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
INTRODUÇÃO AO PPCP
• O Planejamento, Programação e Controle de Produção (PPCP) tem se tornado cada
vez mais importante para que empresas de diferentes segmentos, tamanhos e
localidades se tornem competitivas.
• Nos últimos anos, com melhorias de infraestrutura, livre comércio entre os países,
qualidade dos produtos e, principalmente, TICs, as empresas competem em escala
mundial, ou seja, uma empresa no Brasil pode ter como concorrente uma empresa
chinesa, que consegue enviar um produto encomendado pela internet em um
curto prazo, com qualidade e preço bastante interessante.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
INTRODUÇÃO AO PPCP
• Essas possibilidades de atendimento tornaram os clientes mais exigentes e
seletivos e as empresas precisam atendê-los onde estiverem, no tempo correto, na
quantidade correta, com a qualidade e custos esperados.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
NOTA!
• Alguns autores abordam a programação da produção junto do Planejamento.
Então é comum encontrarmos a sigla PCP, que significa Planejamento e
Controle da Produção.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
INTRODUÇÃO AO PPCP
• Até por volta do ano de 1800 a produção era artesanal, ou seja, os produtos
comercializados eram produzidos por artesãos em suas casas. Esses artesãos eram
responsáveis pelo desenvolvimento do produto, geralmente em conjunto com o
cliente, responsáveis pela compra dos insumos, pela construção das máquinas e
ferramentas necessárias, pela produção e entrega do produto final.
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INTRODUÇÃO AO PPCP
• Nessa época os produtos eram raros e caros, porque o lead times (tempo de
produção e entrega) eram altos, os insumos e ferramentas caros e muitas vezes
exclusivos para aquele produto (não poderiam ser usados em outros produtos).
Um automóvel, por exemplo, seria construído pelo dono da oficina, que tomaria
nota das especificações do cliente e o entregaria após meses de trabalho. Esse
automóvel seria testado na estrada, acompanhado do dono da oficina, que o
modificaria de acordo com o gosto do cliente. O carro seria único e o custo alto.
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INTRODUÇÃO AO PPCP
• Essa história começou a mudar no século XVIII com a mecanização da indústria
têxtil na Inglaterra. As atividades desempenhadas por centenas de tecelões, em
suas casas, com suas fiandeiras, foram levadas para grandes máquinas de tecer e,
dessa maneira, nasceu a fábrica. Os grupos de trabalhadores se dirigiam às
fábricas, em horários determinados e recebiam seus salários por horas
trabalhadas. Os empresários e donos das fábricas precisavam aproveitar ao
máximo o tempo dessa mão de obra (recursos humanos) e para isso era
importante que os insumos estivessem disponíveis para produção (compra de
materiais) e que máquinas e ferramentas estivem funcionando (recursos físicos).
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INTRODUÇÃO AO PPCP
• Nascia assim, mesmo que ainda sem esse nome, o PpCP (Planejamento,
Programção e Controle de Produção), responsável pelo planejamento, coordenação
e aplicação dos recursos humanos (mão de obra), recursos físicos (instalações,
maquinários e ferramentas), capital (dinheiro) e matéria-prima na produção de
bens e serviços. Ele tem papel fundamental em disponibilizar os recursos certos no
tempo certo.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
EM RESUMO...
• O PPCP – Planejamento, Programação e Controle da Produção consiste em um
processo utilizado no gerenciamento das atividades de produção.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
FOCO DO PPCP
• Duas variáveis balizam o trabalho do PPCP:
redução de custo x atendimento ao cliente
• Dessa forma, disponibilizar mais recursos que o necessário pode ser bom para o
atendimento ao cliente, porém, muito custoso para a empresa, e disponibilizar
menos recursos que o necessário pode gerar menores custos, porém, pode deixar
o cliente insatisfeito. O PPCP procura, justamente, o equilíbrio entre essas
variáveis.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
FOCO DO PPCP
• O PPCP estabelece planos de Produção nos níveis hierárquicos estratégico,
tático e operacional, a partir de informações advindas de outras áreas da empresa,
como Marketing, Produção e Financeiro, planos esses que devem ser cumpridos
com eficácia e eficiência.
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NÍVEIS HIERÁRQUICOS
P - PLANEJAMENTO
P - PROGRAMAÇÃO
CP – CONTROLE DA PRODUÇÃO
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NÍVEL ESTRATÉGICO
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NÍVEL TÁTICO
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
NÍVEL OPERACIONAL
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IMPORTANTE SABER!
• Eficácia – alcançar uma meta preestabelecida, por exemplo, uma indústria de
sapatos que produz e entrega os 1.000 pares descritos no plano de produção, no
tempo certo.
• Eficiência – alcançar uma meta preestabelecida com o menor custo, por exemplo,
essa mesma indústria produz e entrega os 1.000 pares utilizando menos pessoas,
menos energia, com menos material, ou seja, com menor custo.
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P – PLANEJAMENTO
• O primeiro P do PPCP está associado ao planejamento estratégico da empresa,
que envolve previsões e mudanças em longo prazo, que não podem ser alteradas
de um dia para o outro, por exemplo, construir uma nova fábrica no Nordeste para
atender a demanda local.
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P – PLANEJAMENTO
• A principal entrega do P de planejamento é a análise de capacidade de recursos da
empresa. Usando o mesmo exemplo da empresa de sapatos, pode ser que no
momento do planejamento seus gestores percebam que só conseguem produzir
250.000 pares de sapatos por mês (capacidade) e que para alcançar a meta
planejada para três anos devem construir uma nova fábrica, investir em novas
linhas de produção, subcontratar etc.
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P – PROGRAMAÇÃO
• O segundo P refere-se à programação, que é usada para eventos de médio prazo,
podendo abranger semanas ou meses. As principais entregas do P de
programação são um plano mestre de produção (PMP), que apresenta o que e
quanto deve ser produzido de um produto durante um período, e o planejamento
das necessidades de materiais, do inglês material requirement planning (MRP), um
plano de suprimentos de materiais gerado a partir das necessidades de produção
do PMP.
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P – PROGRAMAÇÃO
• Todo produto entregue pela fábrica tem uma estrutura de produto ou lista de
materiais ou BOM (bill of material), que descreve as matérias-primas e
componentes que formam o produtos e quantidades necessárias. O MRP verifica
se esses materiais estão disponíveis em estoque, e quando as quantidades são
insuficientes, uma lista de itens faltantes é gerada.
Costa, Júlio
Costa, JúlioCésar
Césarda.da.
Planejamento, programação
Planejamento, e controle
programação e de produção.
controle deLondrina:
produção.Editora e Distribuidora
Londrina: Editora Educacional S.A.,Educacional
e Distribuidora 2016. S.A., 2016.
P – PROGRAMAÇÃO
• Ainda sobre o exemplo da indústria de sapatos, no momento da programação, as
quantidades, modelos e cores que devem ser produzidos no período são
conhecidas. Por exemplo: 100.000 pares de sapatos masculinos, 100.000 pares de
sandálias femininas e 50.000 pares de tênis esportivo. Se para produzir 100.000
pares de sapatos masculinos são necessários 200 quilos de couro e no
almoxarifado há apenas 100 quilos, o MRP irá gerar uma lista de falta de material
de 100 quilos. Assim será para todos os componentes. Após análise do
programador do PPCP ou analista, as ordens de compra são enviadas à área de
compras.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
CP - CONTROLE DE PRODUÇÃO
• Chegamos agora ao controle de produção. Nessa fase as ordens de produção, de
serviço ou montagem (cada empresa adota um nome ou até os três em diferentes
etapas do processo) são impressas e entregues aos responsáveis por cada
processo de fabricação, que as disponibilizam aos operadores das máquinas ou
área de produção/montagem de produtos. Na sequência do texto adotaremos o
nome ordem de produção quando falarmos desses documentos.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
CP - CONTROLE DE PRODUÇÃO
• De posse dessas ordens de produção, o trabalhador pode ir até o almoxarifado e
retirar o material necessário para a produção (disponível porque o MRP foi rodado,
lembra?). Nesse documento há o tipo de material e quantidade necessária (lista de
materiais, lembra?) para a produção. Por exemplo, para produzir 1.000 sapatos
são necessários 200 quilos de couro, 300 metros de tecido para o forro, 100
metros de tecido para palmilha e 1.000 solados; e as etapas do processo de
produção são: corte, costura, montagem, solado e acabamento.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
CP - CONTROLE DE PRODUÇÃO
• Nessa etapa do processo as quantidades produzidas, tempo e desvios são
apontados pelo pessoal do controle de produção ou mesmo pelo operador da
máquina, e indicadores importantes sobre a performance da fábrica são gerados.
Esses indicadores são discutidos nas reuniões diárias, e quando os números estão
aquém do esperado é preciso traçar planos de ação para recuperar os níveis
desejados de produção.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
REFERÊNCIAS
• Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção.
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.
Costa, Júlio César da. Planejamento, programação e controle de produção. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016.