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GESIANE FERREIRA

RELATÓRIO DE FARMACOTÉCNICA I
SOLUÇÃO DE SCHILLER

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC


IPATINGA
2010
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GESIANE FERREIRA

SOLUÇÃO DE SCHILLER

Relatório de conclusão de Aula Prática


realizada no Laboratório de
Farmacotécnica, no dia 17 março de 2010,
sob a orientação da professora Andressa
Delziovo, apresentado como exigência do
Curso de graduação em Farmácia, à
Universidade Presidente Antônio Carlos –
UNIPAC Ipatinga.

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC


IPATINGA
2010
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
Soluções...................................................................................................................................3
Solução de SCHILLER (Solução de Lugol)..............................................................................3
OBJETIVO...............................................................................................................................4
PARTE EXPERIMENTAL........................................................................................................5
Material e Matérias-primas......................................................................................................5
Procedimento...........................................................................................................................5
CONCLUSÃO..........................................................................................................................7
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................8
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INTRODUÇÃO

Soluções

Uma solução é um sistema homogêneo e, por essa razão, o fármaco está


uniformemente distribuído em tidas as partes da preparação.
As soluções podem ser classificadas de acordo com os estados físicos de agregação
(gás, sólido ou liquido) do(s) soluto(s) e do solvente. Embora possa existir uma variedade de
tipos, virtualmente todas as soluções de interesse farmacêutico possuem solventes líquidos.
Além disso, os solutos são predominantemente substâncias sólidas.
Para a maioria das soluções de uso farmacêutico, é mais provável que o sistema de
solventes seja liquido, podendo ser o soluto um líquido ou um sólido. Nesses casos, o soluto
encontra-se na forma de uma dispersão molecular, apresentando, por essa razão, uma área
superficial muito grande, a qual propicia uma velocidade de dissolução rápida. Além disso,
como as partículas já se encontram em um estado desagregado e molhado, haverá pouco
ar adsorvido nas suas superfícies que iniba a dissolução e, pelo contrario, pode haver um
leve aumento na solubilidade real.
A água é o solvente mais usado como veiculo em especialidades farmacêuticas, uma
vez que é fisiologicamente compatível e desprovida de toxicidade. Além disso, possui uma
dissolução de uma ampla variedade de substancias ionizáveis. Em muitos casos, essa
propriedade pode ser vantajosa, mas a falta de seletividade pode ser responsável pela
presença de substâncias indesejáveis, tais como sais inorgânicos e impurezas orgânicas. [1]

Solução de SCHILLER (Solução de Lugol)

A solução de lugol, juntamente com outras soluções como a solução salina isotônica e
a solução de ácido acético a 3% a 5%, é um elemento fundamental no exame colposcópico
num procedimento de observação das características do epitélio cervical. [2]
O princípio do teste de Schiller baseia-se em o epitélio escamoso metaplásico
maduro original e o epitélio escamoso metaplásico maduro recém-formado conter
glicogênio, ao passo que a NIC e a neoplasia invasiva contêm pouco ou nenhum glicogênio.
O epitélio colunar não contém glicogênio. O epitélio escamoso metaplásico imaturo em geral
não tem glicogênio ou, às vezes, pode conter glicogênio em pequenas quantidades. O iodo
é glicofílico e, portanto, a aplicação de solução iodada resulta na captação do iodo pelo
epitélio que contém glicogênio. Assim, o epitélio escamoso normal que contém glicogênio se
cora de cor castanho-escura ou preto depois da aplicação do iodo. O epitélio colunar não
capta o iodo e não se cora, mas adquirir um aspecto ligeiramente descorado devido a uma
película fina de solução de iodo; as áreas de epitélio escamoso metaplásico imaturo podem
não se corar com iodo ou corar-se apenas parcialmente.
Se há descamação (ou erosão) das camadas de células superficiais e intermediárias
associadas com afecções inflamatórias do epitélio escamoso, essas áreas não se coram
com iodo e continuam sendo acentuadamente incolores contra um fundo circundante preto
ou castanho escuro.
As áreas de NIC e neoplasia invasiva não captam o iodo (já que não possuem
glicogênio) e apresentam-se como áreas espessas de coloração amarelo-mostarda ou cor
de açafrão.
As áreas com leucoplasia (hiperqueratose) não se coram com iodo.
Os condilomas podem não se corar com iodo ou, às vezes, se coram apenas
parcialmente. [2]
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OBJETIVO

Manipulação de solução de Schiller (Solução Lugol à 2%)


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PARTE EXPERIMENTAL

Material e Matérias-primas

Foram utilizados Iodo Metalóide, Iodeto de potássio, Gral de vidro, Água deionizada,
Funil de vidro, Vidro relógio, Espátula, Suporte para funil, Cálice de vidro, raduado, Bastão
de vidro, Frasco âmbar 30 mL, Papel barreira, Balança analítica e Papel de filtro.

Procedimento

Foram realizados os cálculos farmacotécnicos para uma solução de Schiller


contendo:

Iodo Metalóide.........................................2%
Iodeto de potássio...................................4%
Água deionizada..............................qsp 30 mL

Para a determinação da quantidade em gramas do Iodo Metalóide utilizou-se a


fórmula:

Iodo metalóide (%) x volume total da solução (ml) = iodo metalóide (g)
100%

Segue-se:
2 x 30 = 0,6 g de iodo metalóide.
100%

Para a determinação da quantidade em gramas do iodeto de potássio utilizou-se da


mesma fórmula:

Iodeto de potássio (%) x volume total da solução (ml) = iodeto de potássio(g)


100%

Segue-se:
4 x 30 = 1,2 g de iodeto de potássio.
100%

Para o procedimento de manipulação foi imprescindível a utilização da paramentação


adequada como:
Avental, luvas, touca e máscara descartáveis, conforme as orientações concedidas
pelo professor.
Após os cálculos, realizou-se a assepsia de bancada com papel toalha e álcool 70% e
a utilização do papel barreira sobre a bancada.
Os constituintes foram pesados separadamente na balança analítica, cada substância
em seu respectivo vidro relógio.
No gral de vidro adicionou-se e triturou-se bem o iodo.
No mesmo gral, foi adicionado o iodeto de potássio, triturado e misturado juntamente
com o iodo.
Adicionou-se água deionizada em q.s.p. completar a dissolução dos pós triturados e
misturados.
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A solução obtida, foi vertida em um cálice graduado, com devida lavagem do gral
para a retirada da solução retida no recipiente e logo, o volume foi completado com água
deionizada em q.s.p. 30mL total da solução.
A solução foi homogeneizada com o auxílio do bastão de vidro.
Em seguida, a solução foi filtrada, o volume foi verificado, embalada em frasco de
vidro âmbar e rotulada com a composição da fórmula, data de validade e o nome da
farmácia do grupo, por quem a solução fora manipulada.
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CONCLUSÃO

Recomenda-se a aplicação sistemática de solução de iodo na prática colposcópica, já


que isto pode ajudar a identificar lesões que não foram notadas durante o exame com
solução salina e com ácido acético e delimitar a extensão anatômica das áreas anormais
com maior precisão, o que facilita o tratamento.
O iodeto de potássio é acrescentado à mistura da solução para uma melhor
solubilização do Iodo, desta forma, o iodeto de potássio é um coadjuvante para esta
formulação.
Dever-se preparar qualquer solução a base de Iodo em recipientes de vidro, pois
recipientes de outros materiais como porcelana e plástico, contaminam-se pelo Iodo.
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BIBLIOGRAFIA

[1] AULTON, Michael. Delineamento de formas farmacêuticas. 2ª ed. Porto


Alegre: Artmed, 2005.

[2] Internation Agency for Research on Câncer: Screening Group. Online screening
material / Colposcopia e tratamento da neoplasia intra-epitelial cervical: Manual para
principiantes / Capítulo 4: Introdução à colposcopia: indicações, instrumental, princípios e
documentação dos achados. World Health Organization. Disponível em: <
http://screening.iarc.fr/colpochap.php?lang=4&chap=4> Acessado em 17 de mar. 2010.

[3] Roteiro de aula prática fornecido pela professora em sala de aula.

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