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USUCAPIÃO

Definições na Lei
Art. 1.238 do Codigo Civil- Aquele que, por 15 (quinze anos), sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente
de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual
servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único - O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a 10 (dez anos) se o
possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado
obras ou serviços de caráter produtivo.

Existem várias modalidades de usucapião, para cada temos requisitos distintos:


Usucapião de bens móveis:
No Art. 1.260 do Codigo Civil- Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e
incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a
propriedade.
Art. 1.261 do CC- Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá
usucapião, independentemente de título ou boa-fé.
Art. 1.262 - Aplica-se à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244.

Usucapião de bens imóveis:


Existem 5 modalidades de usucapião de bens imóveis:

Usucapião Extraordinária:

 Nesta modalidade pode adquirir a titularidade da propriedade por sentença


judicial aquele que exerce posse mansa e pacífica, ininterrupta como se dono fosse,
sem oposição do proprietário, pelo prazo de 15 anos, independente de justo título e
boa-fé (art. 1.238 do Código Civil - Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem
oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare
por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de
Imóveis).
 O prazo pode ser reduzido para 10 anos se o posseiro realizou no imóvel
obras ou serviços de caráter produtivo ou o utilizou como moradia habitual (parágrafo
único do art. 1.238 do Código Civil= Parágrafo único - O prazo estabelecido neste
artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua
moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo).

Usucapião Ordinária:

 Nesta modalidade pode adquirir a titularidade da propriedade por sentença


judicial aquele que exerce posse mansa e pacífica, ininterrupta como se dono
fosse, sem oposição do proprietário, com justo título e boa-fé, pelo prazo de 10
anos.

 Justo título é algum documento que, em tese, seria hábil a conferir direito de
propriedade, se não contivesse porém, um determinado defeito. O defeito pode
ser alguma nulidade relativa, como a outorga por quem não era dono da coisa.

O prazo pode ser reduzido para 5 anos se o imóvel foi adquirido onerosamente
com registro cancelado, e desde que o possuidor tenha realizado investimentos de
interesse econômico e social, ou tenha utilizado o imóvel como sua moradia.

Usucapião Especial Urbana:

 Individual - Nesta modalidade pode adquirir a titularidade da


propriedade por sentença judicial aquele utilizar imóvel de até 250 metros
quadrados em área urbana, como se dono fosse, se tiver exercido sua posse
ininterruptamente por 5 anos, sem oposição do proprietário, destinando-o para sua
moradia ou de sua família. Não há exigência de justo título e presume-se a boa-fé,
mas é exigido que o possuidor não seja proprietário de outro imóvel urbano ou
rural.
 Coletivo - As áreas urbanas com mais de 250 metros quadrados
ocupadas ininterruptamente por mais de 5 anos por população de baixa renda,
sem que se possa identificar as respectivas áreas de cada possuidor, podem ser
objeto de usucapião coletivo, desde que os possuidores não sejam proprietários
de outro imóvel urbano ou rural, não exigindo justo título e sendo a boa-fé
presumida.

Usucapião Especial Rural:


Nesta modalidade pode adquirir a titularidade da propriedade por sentença judicial a
quem, não sendo proprietário de outro imóvel rural ou urbano, possua como seu, por 10
dez anos ininterruptos, sem oposição do proprietário, área de terra em zona rural não
superior a 10 hectares, desde que nela produza por seu trabalho ou de sua família e
nela tenha sua moradia. Não há exigência de justo título e presume-se a boa-fé.

Usucapião Coletivo
A razão dessa modalidade de usucapião coletiva, em realidade, é a mesma que move
tanto a desapropriação de imóveis rurais por interesse social para reforma agrária,
prenunciada no art. 184 da Constituição Federal de 1988 e disciplinada pela Lei
Complementar nº 76/1993, como a desapropriação para a implementação das metas
traçadas nos incisos I e III do art. 2º da Lei nº 4.132/1962, que considera de interesse
social: "I – o aproveitamento de todo bem improdutivo ou explorado sem
correspondência com as necessidades de habitação, trabalho e consumo dos centros
de população a que deve ou possa suprir por seu destino econômico;" e "III – o
estabelecimento e a manutenção de colônias ou cooperativas de povoamento e
trabalho agrícola".

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