1. O documento descreve as regras básicas para ler e escrever fórmulas cromossômicas, incluindo alterações numéricas e estruturais.
2. Alterações numéricas são indicadas acrescentando + ou - antes do número do cromossoma afetado, enquanto alterações estruturais usam abreviações como del ou inv.
3. Mosaicismos e quimerismos são representados separando as linhas celulares por barras ou vírgulas.
1. O documento descreve as regras básicas para ler e escrever fórmulas cromossômicas, incluindo alterações numéricas e estruturais.
2. Alterações numéricas são indicadas acrescentando + ou - antes do número do cromossoma afetado, enquanto alterações estruturais usam abreviações como del ou inv.
3. Mosaicismos e quimerismos são representados separando as linhas celulares por barras ou vírgulas.
1. O documento descreve as regras básicas para ler e escrever fórmulas cromossômicas, incluindo alterações numéricas e estruturais.
2. Alterações numéricas são indicadas acrescentando + ou - antes do número do cromossoma afetado, enquanto alterações estruturais usam abreviações como del ou inv.
3. Mosaicismos e quimerismos são representados separando as linhas celulares por barras ou vírgulas.
Leitura e escrita de frmulas cromossmicas (regras bsicas, resumidas)
- alteraes numricas
- alteraes estruturais
- smbolos da nomenclatura cromossmica
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Leitura e escrita de frmulas cromossmicas
Introduo Com a evoluo da citogentica, que inclui a identificao correta e cada vez mais precisa das alteraes cromossmicas que podem ser compatveis com a vida, surgiu a necessidade de criar uma nomenclatura que fosse universal. Assim, a primeira nomenclatura para os cromossomas humanos surgiu em 1960, na Conferncia de Denver, seguida de muitas outras com atualizaes permanentes. A ltima nomenclatura foi publicada em 2009, e na sua introduo refere o seguinte:
Human chromosome nomenclature is based on the results of several international conferences (Denver 1960, London 191963, Chicago 1966, Paris 1971, Paris 1975, Stockholm 1977, Paris 1980, Memphis 1994, Vancouver 2004). The present report, which summarizes the current nomenclature, incorporates and supersedes all previous ISCN (International System for Human Chromosome Nomenclature) recommendations. The ISCN Standing Committee recommends that this nomenclature system be used also in other species.
Nesta aula no se pretende um estudo exaustivo de todas as regras de nomenclatura includas no ISCN 2009. Sero referidas, em resumo, as regras bsicas fundamentais a partir das quais possvel escrever as frmulas cromossmicas de praticamente todos os tipos de alteraes cromossmicas relevantes para a Citogentica Animal.
Leitura e escrita de frmulas cromossmicas (regras bsicas, resumidas)
(Exemplificao a partir do caritipo 2n = 46,XX ou 46,XY)
Caritipo normal: 46,XX ou 46,XY em que:
- 46 corresponde ao n total de cromossomas (autossomas e heterossomas) - os cromossomas sexuais devem estar identificados, colocando uma vrgula a seguir a 46, e de seguida escrevendo XX (sexo feminino)ou XY (sexo masculino) - a ausncia de qualquer informao adicional na frmula significa que o n 46 corresponde a dissomia para cada um dos 23 pares
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Alteraes cromossmicas numricas
- Quando h uma anomalia numrica num autossoma, esta deve ser identificada colocando uma vrgula a seguir aos cromossomas sexuais e colocando a seguir um sinal + ou seguido do autossoma em causa. Exs:
47,XX,+21; 45,XY,-7 - Quando a anomalia numrica ocorre nos cromossomas sexuais esta identificada diretamente a partir da escrita desses cromossomas. Exs:
45,X 47,XXX 47,XXY 48,XXYY - Se ocorrem vrias anomalias em simultneo, estas colocam-se por ordem crescente do n do cromossoma no caritipo, independentemente do tipo de alterao e sempre antecedidas por uma vrgula. Exs:
- Quando existem diferentes linhas celulares com n diferente de cromossomas, a linha normal vem sempre em ltimo lugar mesmo que seja a que se apresente em menor %. As diferentes linhas so separadas por barras diagonais. O n de clulas observado para cada linha colocado entre parntesis reto no fim da respectiva frmula. Ex:
45,X20/46,XX10 - Se existem vrias linhas alteradas a sua ordem na frmula da que tem maior n de clulas para a menor, ficando sempre em ltimo a linha normal, independentememte do n de clulas observadas. Ex:
47,XXY20/45,X10/48,XXYY4/46,XY15
- Quando h linhas com alteraes numricas diferentes mas que aparecem em igual n de clulas, elas colocam-se por ordem crescente do n do cromossoma que se encontra alterado. Ex:
47,XX,+820/47,XX,+2120/46,XX30
- Se neste caso ainda existisse uma linha com alteraes nos cromossomas sexuais esta viria em 1 lugar. Ex:
45,X20/47,XX,+820/47,XX,+2120/46,XX30 4
- Quando h simultaneamente alteraes numricas e estruturais em igual n de clulas, as numricas so colocadas em 1 lugar. Ex:
47,XXX15/46,X,i(X)(q10)15/46,XX20
Aparecimento de mosaicos
Os mosaicos podem surgir a partir de:
-Fenmeno de no-disjuno primrio: o que surge a partir de um zigoto com um caritipo normal. Quanto mais tardiamente surgir o fenmeno de no-disjuno primrio maior a frequncia de clulas com o caritipo normal.
-Fenmeno de no-disjuno secundrio: o que surge a partir de um zigoto j com alterao cromossmica, ocorrida j num dos gmetas. Quanto mais tardiamente surgir o fenmeno de no-disjuno primrio maior a frequncia de clulas com o caritipo alterado.
Nomenclatura no caso de quimerismo
- Nas quimeras em que ambas as linhas so do mesmo sexo a frmula cromossmica igual de um indivduo normal (46,XY ou 46,XX). Nas quimeras com linhas dos dois sexos estas so separadas por duas barras diagonais. Ex:
46,XY//46,XX
Alteraes cromossmicas estruturais
H dois sistemas para designar alteraes estruturais: sistema curto e sistema detalhado. Este ltimo sistema utiliza-se em casos de caritipos muito complexos. Neste protocolo vamos apenas abordar o sistema curto.
Sistema curto Regra bsica : quando h uma anomalia estrutural, esta deve ser identificada colocando uma vrgula a seguir aos cromossomas sexuais e colocando a seguir a designao da alterao em causa, em letras minsculas e em abreviatura, seguida do(s) cromossoma(s) envolvido(s) entre parntesis e seguida da identificao do local de quebra ou quebras (brao, regio, banda) tambm entre parntesis.
Exs:
46,XY,del(6)(q23) (deleo terminal do cromossoma 6, com quebra na banda 3 da regio 2 do brao longo) 5
46,XX,inv(3)(p13q21) (inverso pericntrica do cromossoma 3; quando a alterao envolve duas quebras em braos diferentes, designa-se sempre em 1 lugar a quebra do brao curto e depois a do brao longo)
46,XY,inv(17)(q12q24) (inverso paracntrica do cromossoma 17; quando a alterao envolve duas quebras no mesmo brao, designa-se sempre em 1 lugar a quebra mais prxima do centrmero)
46,X,i(X)(q10) (isocromossoma formado pelos braos longos do cromossoma X)
46,XY,t(4;12)(p13;q21) (translocao recproca entre os cromossomas 4 e 12; quando a alterao envolve dois cromossomas, coloca-se sempre frente o cromossoma com o n menor)
46,X,t(X;7)(qter;q22) (translocao no recproca entre o os cromossomas X e 7 ; quando a translocao envolve um cromossoma sexual este coloca-se sempre frente do autossoma)
45,XX,rob(13;21)(q10;q10) (translocao robertsoniana entre os cromossomas 13 e 21)
46,XY,r(7) (cromossoma 7 em anel; no se especificam os pontos de quebra se estes no forem identificados com rigor)
Smbolos da nomenclatura cromossmica
Conferncia de Chicago: / - separao de linhas celulares, ? - cromossoma ou estrutura cromossmica no identificada, ace - acntrico, cen - centrmero, dic - dicntrico, end - endoreduplicao, h - constrio secundria, i - isocromossoma, inv - inverso, mar - marcador, 6
mat - origem materna, pat - origem paterna, p - brao curto, q - brao longo, r - cromossoma em anel, s - satlite, t - translocao.
Conferncia de Paris:
Alteraes nomenclatura de Chicago (+) ou (-) - os sinais mais ou menos devem ser colocados antes do smbolo apropriado, quando se refere a um aumento ou diminuio de um cromossoma inteiro. Devem ser colocados depois do smbolo, quando se referem a um aumento ou diminuio de um segmento cromossmico. O aumento do comprimento das constries secundrias, assim como das regies que coram muito pouco, distinguem- se do aumento ou diminuio de um brao, colocando o smbolo h entre o smbolo do brao e o sinal + ou - (ex. 46,XY,9qh+). Todos os smbolos para as alteraes estruturais devem ser colocados antes da designao do cromossoma envolvido na alterao, e deve ser colocado entre parntesis, como por exemplo r(18) ou i(X). Smbolos adicionais del - deleo, der - cromossoma derivado, dup - duplicao, ins - insero, inv ins - insero invertida, rcp - translocao recproca, rob - robertsoniana, tan - translocao em tandem, ter - terminal do cromossoma, : - rotura (sem reunio, como deleco terminal), :: - rotura e reunio, -> - de... a. Definies Banda - parte do cromossoma que se distingue dos segmentos adjacentes por ser mais clara ou mais escura, Banda marcadora ou landmark - caracterstica morfolgica distinta, que importante para a identificao do cromossoma. 7
Regio - rea do cromossoma que se localiza entre 2 bandas marcadoras adjacentes. Um brao que no tenha banda marcadora consistente, constitudo apenas por uma regio.
Numerao das bandas As regies das bandas so numeradas do centrmero para o extremo de cada brao (fig1). Uma banda usada como landmark pertence totalmente regio distal da landmark, e chama-se banda n1 nesta regio.
p q 1 2 1 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 1 2
Para designar determinada banda necessrio indicar: - smbolo do brao, - n da regio, - n da banda. Estas caractersticas devem ser escritas seguidamente, sem intervalos nem pontuaes (ex. p33, q13).