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Sucessões 1) Consãnguinidãde – ãs relãçoã es civis sãã o

equivãlentes ãà s consãnguííneãs. Temos que


Professora Simone Tassinari Cardoso identificãr o tronco comum (mãterno ou pãterno) e
Hischmann conto o tronco ã pãrtir desse tronco comum.
Escolho se vãi ser ã linhã pãternã ou linhã mãternã.
Aneliz Pantaleão Puccini Caminha
Escolhidã ã linhã mãternã, identificãmos os homens
como quãdrãdo e ãs mulheres como cíírculos.

Serãã o reãlizãdãs 5 ãvãliãçoã es: Lembrãr que em linhã retã ã sucessãã o vãi
ãteí o infinito (ãscendente e descendente) e em linhã
1 provã = peso 10 colãterãl vãi ãteí o 4º grãu.

1 trãbãlho em ãulã = peso 10 2) Afinidãde – tem interesse pãrã o direito


sucessoí rio? Sogrã, norã, cunhãdo? Interessã ão
3 exercíícios instrumentãis = peso 1,0 ponto extrã direito sucessoí rio? Nãã o, nãã o importã, porque essã
pãrã quem entregãr os trãbãlhos. Se for reãlizãdã gãlerã vãi ocupãr o mesmo lugãr que ã Ivete
pãrte dos trãbãlhos, nãã o hãverãí pontuãçoã es. Sãngãlo. Eles ocupãm um lugãr que eí destinãdo ã
quãlquer pessoã. Se eu quiser testãr pãrã ã minhã
norã, sogrã ou genro, o jeito que eu vou testãr pãrã
Sucessãã o significã substituiçãã o. De formã eles eí o mesmo que eu testãriã pãrã ã Ivete Sãngãlo.
leigã, eí como se viesse depois, mãs tecnicãmente Quãndo tem herdeiro testãmentãí rio, nãã o importã se
significã colocãr-se no lugãr de. elã eí pãrente por ãfinidãde ou umã pessoã quãlquer.

Tipos de fãmííliã: Sucessão a título universal – tudo que ã pessoã


tem. Quãndo tem umã pessoã e ãlgueí m sucede ã
Casamento tíítulo universãl, estã pessoã ficã no lugãr que o
sucedido estãvã. A integrãlidãde de todãs ãs
União Estável – tem proteçãã o do Estãdo. O relãçoã es juríídicãs sem ã exclusãã o de nenhumã delãs.
requisito eí que tenhã intuito de formãr fãmííliã, EÉ ã que ãcontece nã herãnçã. Quãndo umã pessoã
puí blicã e contíínuã, durãdourã e ãs pessoãs devem morre sem deixãr testãmento elã tem umã sucessãã o
ser nãã o impedidãs de cãsãr (1521 CC). Se cãsãdã for, legíítimã ã tíítulo universãl.
precisã ser sepãrãdã de fãto.
Sucessão a título singular – nãã o ocorre soí por
Art. 1.723. EÉ reconhecidã como entidãde fãmiliãr ã cãusã mortis. Todã vez que vendo um bem tenho
uniãã o estãí vel entre o homem e ã mulher, umã sucessãã o ã tíítulo singulãr: ãlgueí m entrã nã
configurãdã nã conviveê nciã puí blicã, contíínuã e minhã posiçãã o ãssumindo ãs obrigãçoã es, como
durãdourã e estãbelecidã com o objetivo de ãlgueí m que vende umã cãsã e pãssã o condomíínio
constituiçãã o de fãmííliã. ão comprãdor.
§ 1o A uniãã o estãí vel nãã o se constituirãí se ocorrerem Sucessão por determinação legal – todã vez que ã
os impedimentos do ãrt. 1.521; nãã o se ãplicãndo ã lei mãndã umã pessoã ocupãr o lugãr do outro.
incideê nciã do inciso VI no cãso de ã pessoã cãsãdã Soí cio de umã empresã que vende cotãs sociãis pãrã
se ãchãr sepãrãdã de fãto ou judiciãlmente. um terceiro, este sucede, por determinãçãã o legãl, ã
posiçãã o do primeiro.
Concubinato
Sucessão por vontade das partes – todã vez que
Art. 1.727. As relãçoã es nãã o eventuãis entre o
ãlgueí m tomã o lugãr do outro por determinãçãã o
homem e ã mulher, impedidos de cãsãr, constituem
contrãtuãl.
concubinãto.
Sucessão inter vivos – ãcontece nã viã
Ou sejã, o concubinãto eí quãndo umã fãmííliã
obrigãcionãl.
existe sobre ãs hipoí teses de impedimento de uniãã o
estãí vel/cãsãmento. Sucessão mortis causa – ãcontece por
determinãçãã o legãl ou situãçãã o de testãmento.
Aleí m dessãs formãs de fãmííliã, professorã
citou tãmbeí m ãs fãmííliãs de formãçãã o
contemporãê neã, como o poliãmor. CONTEÚÉ DO DO DIREITO DAS SÚCESSOÕ ES:
As relãçoã es pãrentãis – sãã o contãdãs em  Sucessãã o em gerãl
linhãs e grãus. Sãã o de duãs ordens:
 Sucessãã o legíítimã (que derivã dã lei) – essã I – Descendentes + coê njuge nos cãsos de CPB com
pãlãvrã legíítimã eí engãnãdorã. Temos que entender bens pãrticulãres, PFA e SC convencionãl.
legíítimã como ã sucessãã o que decorre dã lei,
quãndo estivermos diãnte dãs 5 hipoí teses que II - ãos ãscendentes, em concorreê nciã com o
decorrem dã lei. coê njuge;
 Sucessãã o testãmentãí riã
Quãndo o coê njuge concorre com o
 Inventãí rio e pãrtilhã.
ãscendente nãã o importã o interesse dos bens.
Inventãriãr e pãrtilhãr se fãz em fãmííliã,
III - ão coê njuge sobrevivente;
sucessoí rio e empresãriãl, como numã liquidãçãã o de
umã empresã. IV - ãos colãterãis – irmãã o, tio, sobrinhos, primos,
tio-ãvoê .

E o compãnheiro?
TERMINOLOGIAS: Art. 1790 -. A compãnheirã ou o compãnheiro
pãrticipãrãí dã sucessãã o do outro, quãnto ãos bens
1. Autor dã herãnçã – de cuius sucessioni
ãdquiridos onerosãmente nã vigeê nciã dã uniãã o
agitur. O ãutor dã herãnçã eí diferente do ãutor do
estãí vel, nãs condiçoã es seguintes: (Vide Recurso
processo do inventãí rio (este eí quem ãjuizou ã
Extrãordinãí rio nº 646.721) (Vide Recurso
ãçãã o). O ãutor dã herãnçã eí o morto, o presunto.
Extrãordinãí rio nº 878.694)
2. Herdeiro –eí ãquele que herdã, ou porque ã
lei ãssim diz ou porque o testãmento ãssim I - se concorrer com filhos comuns, terãí direito ã
determinã. Se ã lei determinou ele serãí considerãdo umã quotã equivãlente ãà que por lei for ãtribuíídã ão
herdeiro legíítimo. Se foi o testãmento serãí filho;
considerãdo herdeiro testãmentãí rio.
II - se concorrer com descendentes soí do ãutor dã
Os herdeiros legíítimos estãã o no ãrt. 1829. TEM herãnçã, tocãr-lhe-ãí ã metãde do que couber ã cãdã
QÚE DECORAR. um dãqueles;
Soí importã o regime de bens no inciso I. Nos III - se concorrer com outros pãrentes sucessííveis,
demãis nãã o importã. terãí direito ã um terço dã herãnçã;
Art. 1829 CC - A sucessãã o legíítimã defere-se nã IV - nãã o hãvendo pãrentes sucessííveis, terãí direito ãà
ordem seguinte: totãlidãde dã herãnçã.
I - ãos descendentes, em concorreê nciã com o O ãrt. 1790 foi declãrãdo inconstitucionãl e
coê njuge sobrevivente, sãlvo se cãsãdo este com o o compãnheiro tem equipãrãçãã o com ãs regrãs do
fãlecido no regime dã comunhãã o universãl, ou no dã coê njuge. O compãnheiro nãã o eí herdeiro legíítimo nos
sepãrãçãã o obrigãtoí riã de bens (ãrt. 1.640, pãrãí grãfo termos do ãrt. 1829, ele ãpenãs foi equipãrãdo ão
uí nico); ou se, no regime dã comunhãã o pãrciãl, o coê njuge. Numã leiturã ãmpliãtivã, podemos ler o
ãutor dã herãnçã nãã o houver deixãdo bens ãrt. 1829 com ã equipãrãçãã o de coê njuge ão
pãrticulãres; compãnheiro, mãs tecnicãmente o que ocorreu foi
ãpenãs ã declãrãçãã o dã inconstitucionãlidãde do
Trãduzindo: o coê njuge concorre com os
ãrt. 1790, o que por si soí nãã o tornã o compãnheiro
descendentes quãndo ã regime com o de cujus fosse
um herdeiro legíítimo.
o de comunhãã o pãrciãl de bens que deixou bens
pãrticulãres, pãrticipãçãã o finãl dos ãquestos ou Aleí m dos herdeiros legíítimos, temos os
sepãrãçãã o de bens convencionãl. herdeiros necessãí rios ou reservãtoí rios ou
reservãtãí rios. Estãã o no 1845 CC. Quem tem
Onde hãí meãçãã o nãã o hãí herãnçã. O
herdeiro necessãí rio nãã o pode testãr mãis que 50%.
legislãdor pisou nã bolã ãqui. Nã comunhãã o
A herança legítima é reservada para os
universãl o sobrevivente eí meeiro e nãã o recebe
herdeiros necessários e não para os herdeiros
herãnçã.
legítimos (porque estes incluem os colãterãis, que
Súmula 377 STF - No regime de separação legal de bens, nãã o sãã o necessãí rios).
comunicam-se os adquiridos na constância do casamento.
Art. 1.845. Sãã o herdeiros necessãí rios os
Professorã elãborou um novo inciso I, pãrã descendentes, os ãscendentes e o coê njuge.
ficãr mãis clãro:
Art. 1.846. Pertence ãos herdeiros necessãí rios, de que podem ser hãbilitãdos pãrã serem beneficiãí rios
pleno direito, ã metãde dos bens dã herãnçã, dã prevideê nciã:
constituindo ã legíítimã.
Art. 16. Sãã o beneficiãí rios do Regime Gerãl de
Art. 1.847. Cãlculã-se ã legíítimã sobre o vãlor dos Prevideê nciã Sociãl, nã condiçãã o de dependentes do
bens existentes nã ãberturã dã sucessãã o, ãbãtidãs segurãdo:
ãs díívidãs e ãs despesãs do funerãl, ãdicionãndo-se,
em seguidã, o vãlor dos bens sujeitos ã colãçãã o. I - o coê njuge, ã compãnheirã, o compãnheiro e o
filho nãã o emãncipãdo, de quãlquer condiçãã o, menor
Art. 1.848. Sãlvo se houver justã cãusã, declãrãdã no de 21 (vinte e um) ãnos ou invãí lido ou que tenhã
testãmento, nãã o pode o testãdor estãbelecer deficieê nciã intelectuãl ou mentãl ou deficieê nciã
clãí usulã de inãlienãbilidãde, impenhorãbilidãde, e grãve; (Redãçãã o dãdã pelã Lei nº 13.146, de
de incomunicãbilidãde, sobre os bens dã legíítimã. 2015) (Vigeê nciã)

§ 1o Nãã o eí permitido ão testãdor estãbelecer ã II - os pãis;


conversãã o dos bens dã legíítimã em outros de
espeí cie diversã. III - o irmãã o de quãlquer condiçãã o menor de 21
(vinte e um) ãnos ou invãí lido ou que tenhã
§ 2o Mediãnte ãutorizãçãã o judiciãl e hãvendo justã deficieê nciã intelectuãl ou mentãl ou deficieê nciã
cãusã, podem ser ãlienãdos os bens grãvãdos, grãve, nos termos do regulãmento;
convertendo-se o produto em outros bens, que
ficãrãã o sub-rogãdos nos oê nus dos primeiros. § 1º A existeê nciã de dependente de quãlquer dãs
clãsses deste ãrtigo exclui do direito ãà s prestãçoã es
Art. 1.849. O herdeiro necessãí rio, ã quem o testãdor os dãs clãsses seguintes.
deixãr ã suã pãrte disponíível, ou ãlgum legãdo, nãã o
perderãí o direito ãà legíítimã. § 2º .O enteãdo e o menor tutelãdo equipãrãm-se ã
filho mediãnte declãrãçãã o do segurãdo e desde que
Art. 1.850. Pãrã excluir dã sucessãã o os herdeiros comprovãdã ã dependeê nciã econoê micã nã formã
colãterãis, bãstã que o testãdor disponhã de seu estãbelecidã no Regulãmento. (Redãçãã o
pãtrimoê nio sem os contemplãr. dãdã pelã Lei nº 9.528, de 1997)

Aulã diã 15/9 § 3º Considerã-se compãnheirã ou compãnheiro ã


pessoã que, sem ser cãsãdã, mãnteí m uniãã o estãí vel
com o segurãdo ou com ã segurãdã, de ãcordo com
HERANÇA o § 3º do ãrt. 226 dã Constituiçãã o Federãl.
Bens que sãã o integrãntes do ãcervo § 4º A dependeê nciã econoê micã dãs pessoãs
hereditãí rio: indicãdãs no inciso I eí presumidã e ã dãs demãis
deve ser comprovãdã.
 Bens moí veis e imoí veis;
 Obrigãçoã es – ãs obrigãçoã es nãã o pãssãm pãrã Art. 1º dã lei 6858/80 - Os vãlores devidos pelos
os herdeiros, mãs os bens do de cujus devem ser empregãdores ãos empregãdos e os montãntes dãs
usãdos pãrã pãgãr ã díívidã. contãs individuãis do Fundo de Gãrãntiã do Tempo
 Outros direitos e ãçoã es mãis quotãs sociãis. de Serviço e do Fundo de Pãrticipãçãã o PIS-PASEP,
 Creí ditos perãnte terceiros. nãã o recebidos em vidã pelos respectivos titulãres,
 Direito de propor ãçoã es judiciãis. Por serãã o pãgos, em quotãs iguãis, ãos dependentes
exemplo: nãã o receber em vidã o FGTS, ã sucessãã o hãbilitãdos perãnte ã Prevideê nciã Sociãl ou nã
pode propor ãçãã o. formã dã legislãçãã o especííficã dos servidores civis e
militãres, e, nã suã fãltã, ãos sucessores previstos nã
Bens que NAÕ O integrãm ã sucessãã o:
lei civil, indicãdos em ãlvãrãí judiciãl,
 Obrigãçoã es personãlííssimãs, que sãã o independentemente de inventãí rio ou ãrrolãmento.
ãquelãs que soí ã pessoã pode fãzer.
Ou sejã, de quem sãã o os creí ditos trãbãlhistãs? Dos
 Questoã es que nãã o sãã o pãtrimoniãis –
dependentes previdenciãí rios, que estãã o listãdos no
obrigãçoã es de fãzer.
ãrt. 16 dã lei 8213.

Indenização (crédito) trabalhista – dependentes


Seguro – tem um beneficiãí rio.
hãbilitãdos perãnte ã prevideê nciã sociãl. As pessoãs
Prevideê nciã privãdã - tem um beneficiãí rio. 1) expressã: escritã

As que teê m beneficiãí rios nãã o integrãm ã 2) tãí citã: quãndo quem herdã tem ãtos compãtííveis
sucessãã o. Se nãã o tiver beneficiãí rio, vãi pãrã ã com ã ãceitãçãã o dã herãnçã
sucessãã o legíítimã, tãnto no seguro quãnto nã
prevideê nciã privãdã. 3) presumidã: estãí no sileê ncio. Depois de 30 diãs,
presume-se que estãí ãceitã.

INVENTAÉ RIO Art. 1.807. O interessãdo em que o herdeiro declãre


se ãceitã, ou nãã o, ã herãnçã, poderãí , vinte diãs ãpoí s
Pode ãcontecer por ãrrolãmento, que eí o ãbertã ã sucessãã o, requerer ão juiz prãzo rãzoãí vel,
procedimento simples de inventãí rio. nãã o mãior de trintã diãs, pãrã, nele, se pronunciãr o
herdeiro, sob penã de se hãver ã herãnçã por ãceitã.
Pode ãcontecer por ãlvãrãí judiciãl, que eí ã
ordem judiciãl pãrã pequenãs quãntiãs. (Dec. Art. 1.805. A ãceitãçãã o dã herãnçã, quãndo
85.845/81) expressã, fãz-se por declãrãçãã o escritã; quãndo
tãí citã, hãí de resultãr tãã o somente de ãtos proí prios
Jãí o Inventãí rio negãtivo eí ã declãrãçãã o de dã quãlidãde de herdeiro.
inexisteê nciã de bens ã inventãriãr (evitãr1523, I CC)
§ 1.º Nãã o exprimem ãceitãçãã o de herãnçã os ãtos
oficiosos, como o funerãl do finãdo, os merãmente
conservãtoí rios, ou os de ãdministrãçãã o e guãrdã
A sucessãã o se ãbre no momento dã morte. O
provisoí riã.
lugãr eí o locãl do uí ltimo domicíílio do fãlecido.
Quãnto ão tempo dã morte, temos ã reãl (fãleê nciã § 2.º Nãã o importã iguãlmente ãceitãçãã o ã cessãã o
do corpo) e ã presumidã, que eí quãndo nãã o hãí grãtuitã, purã e simples, dã herãnçã, ãos demãis
mãteriãlidãde dã morte. Aindã tem ã comorieê nciã, coherdeiros.
que e pãrã determinãr que duãs pessoãs morrerãm
ão mesmo tempo. A ãceitãçãã o dã herãnçã eí irretrãtãí vel,
irrevogãí vel e indivisíível. Estãí no 1812, pãrte finãl. A
Droit de sãisine – significã que o exãto eficãí ciã desse ãto eí ex tunc.
momento dã morte eí responsãí vel pelã trãnsmissãã o
dã posse e dã propriedãde ãos herdeiros. Poreí m ã Art. 1.812. Sãã o irrevogãí veis os ãtos de ãceitãçãã o ou
quebrã dã mãssã hereditãí riã soí ãcontece com ã de renuí nciã dã herãnçã.
pãrtilhã.
Art. 1.808. Nãã o se pode ãceitãr ou renunciãr ã
Os efeitos de sãisine sãã o: herãnçã em pãrte, sob condiçãã o ou ã termo.

 Definir ã lei ãplicãí vel ãà sucessãã o; (fenoê meno § 1.º O herdeiro, ã quem se testãrem legãdos, pode
dã ultrãtividãde dã lei) – ã horã dã morte eí que ãceitãí -los, renunciãndo ã herãnçã; ou, ãceitãndo-ã,
define quãl lei se ãplicã nã sucessãã o. Isso nãã o vãle repudiãí -los.
pãrã normã processuãl.
 Fixãçãã o dã ãlííquotã dos tributos (Suí mulã § 2.º O herdeiro, chãmãdo, nã mesmã sucessãã o, ã
112 STF) mãis de um quinhãã o hereditãí rio, sob tíítulos
 Verificãçãã o dos herdeiros: estãr VIVOS, ou JAÉ sucessoí rios diversos, pode livremente deliberãr
CONCEBIDOS. quãnto ãos quinhoã es que ãceitã e ãos que renunciã.
 Permissãã o pãrã trãnsmissãã o de direitos;
Isso quer dizer que se ã pessoã ãleí m de ser
(ãrt. 426 CC – proibiçãã o do pãctã corvinã).
herdeirã tãmbeí m recebe testãmento, ele pode
ãceitãr ã pãrte como herdeiro, como legãtãí rio ou ãs
duãs.
Aulã diã 22/9 – ãulã dã mestrãndã
A nãturezã juríídicã: eí um negoí cio juríídico
unilãterãl, porque depende unicãmente dã vontãde
ACEITAÇAÕ O DA HERANÇA do herdeiro de ãceitãr, sem condiçoã es. Aceitã ou
nãã o.
O que precisã fãzer pãrã ãceitãr ã herãnçã?
Tutor e curãdor podem ãceitãr ã herãnçã,
Hãí treê s espeí cies de ãceitãçãã o: isso estãí no 1748.
Art. 1.748. Compete tãmbeí m ão tutor, com Nã horã de dividir os bens, o renunciãnte eí
ãutorizãçãã o do juiz: tido como inexistente, estendendo essã
cãrãcteríísticã pãrã os herdeiros do renunciãnte.
I - pãgãr ãs díívidãs do menor;
Tipos de renuí nciã:
II - ãceitãr por ele herãnçãs, legãdos ou doãçoã es,
ãindã que com encãrgos; ã) Abdicãtivã – ãto de repuí dio.

III - trãnsigir; b) Trãnslãtivã – quãndo um herdeiro cede seu lugãr


pãrã outro herdeiro. EÉ como umã cessãã o de direitos
IV - vender-lhe os bens moí veis, cujã conservãçãã o hereditãí rios. Essã cessãã o pode ser pãrã quãlquer
nãã o convier, e os imoí veis nos cãsos em que for pessoã. Pãrã fãzer essã cessãã o, pãgãr-se-ãí dois
permitido; tributos: cãusã mortis e inter vivos. Por isso nãã o eí
interessãnte.
V - propor em juíízo ãs ãçoã es, ou nelãs ãssistir o
menor, e promover todãs ãs diligeê nciãs ã bem deste, O efeito dessã renuí nciã retroãge ão diã dã
ãssim como defendeê -lo nos pleitos contrã ele morte.
movidos.
Aulã diã 29/9
Pãrãí grãfo uí nico. No cãso de fãltã de ãutorizãçãã o, ã
eficãí ciã de ãto do tutor depende dã ãprovãçãã o
ulterior do juiz.
L E G I T I M AÇ AÕ O
RENÚÉ NCIA S Ú C E S S I VA
EÉ um ãto formãl, sendo necessãí rio que sejã
expresso, porque se nãã o fãlãr nãdã presume ãceitã. Diferençã entre cãpãcidãde e legitimidãde.
EÉ irrevogãí vel, tendo efeito ex tunc. EÉ indivisíível. Todos noí s temos cãpãcidãde sucessoí riã, pelo
Esse ãto formãl deve ser por escriturã puí blicã ou simples fãto de sermos pessoãs. Aleí m dã
termo judiciãl. Isso estãí no ãrtigo 1806. cãpãcidãde sucessoí riã geneí ricã, ã pessoã pode ser
tãmbeí m legíítimã ã suceder, que eí umã escolhã
Art. 1.806. A renuí nciã dã herãnçã deve constãr
legislãtivã de quem eí legíítimo ã suceder. A
expressãmente de instrumento puí blico ou termo
legitimãçãã o eí ã possibilidãde especííficã de ser
judiciãl.
herdeiro numã sucessãã o especiãl. Por exemplo, cãso
A renuí nciã soí pode ocorrer ãpoí s ã ãberturã meu pãi morrã, eu sou legíítimo ã suceder, mãs meu
dã ãceitãçãã o. O curãdor e o tutor nãã o podem vizinho nãã o eí nessã sucessãã o, emborã ele tenhã
renunciãr em nome do curãtelãdo ou do tutelãdo. cãpãcidãde sucessoí riã geneí ricã.
Ou sejã, pãrã renunciãr ã pessoã tem que ser cãpãz.
Esse ãto necessitã ã veê niã conjugãl, exceto nã ORDEM DE VOCAÇAÕ O
sepãrãçãã o ãbsolutã de bens.
Art. 1.829. A sucessãã o legíítimã defere-se nã ordem
O credor de um herdeiro pode se hãbilitãr seguinte:
pãrã evitãr que este herdeiro renuncie ãà herãnçã
pãrã frãudãr o pãgãmento dã díívidã. O credor irãí se I - ãos descendentes, em concorreê nciã com o
hãbilitãr no inventãí rio, no prãzo de 30 diãs ãpoí s o coê njuge sobrevivente, sãlvo se cãsãdo este com o
conhecimento do fãto. fãlecido no regime dã comunhãã o universãl, ou no dã
sepãrãçãã o obrigãtoí riã de bens (ãrt. 1.640, pãrãí grãfo
Art. 1.813. Quãndo o herdeiro prejudicãr os seus uí nico); ou se, no regime dã comunhãã o pãrciãl, o
credores, renunciãndo ãà herãnçã, poderãã o eles, com ãutor dã herãnçã nãã o houver deixãdo bens
ãutorizãçãã o do juiz, ãceitãí -lã em nome do pãrticulãres;
renunciãnte.

§ 1.º A hãbilitãçãã o dos credores se fãrãí no prãzo de


trintã diãs seguintes ão conhecimento do fãto. II - ãos ãscendentes, em concorreê nciã com o
coê njuge;
§ 2.º Pãgãs ãs díívidãs do renunciãnte, prevãlece ã
renuí nciã quãnto ão remãnescente, que serãí III - ão coê njuge sobrevivente;
devolvido ãos demãis herdeiros
IV - ãos colãterãis. fosse suã sucessãã o e este outro registrã junto ã um
oficiãl.
CAPACIDADE PARA SÚCEDER Úm testãmento soí invãlidã o outro se for de
mesmã formãlidãde ou superior.
Embrioã es congelãdos nãã o teê m cãpãcidãde
pãrã suceder, porque tem que estãr vivo pãrã Inexisteê nciã de substituiçãã o testãmentãí riã –
suceder. nãã o pode ãcontecer de o herdeiro ser substituíído nã
horã de receber ã herãnçã. Se o herdeiro estiver
Prole eventuãl eí ãquele filho que ãindã nãã o morto nã horã de receber ã herãnçã, dãíí voltãmos
concebido pode estãr nos plãnos de ãlgueí m e por pãrã o sucessãã o legíítimã.
isso pode ser contemplãdo por viã testãmentãí riã.
Exemplo: deixo pãrã minhã filhã Mãriã ã cãsã tãl,
emborã ãindã Mãriã nãã o tenhã sido concebidã. Os NÚLIDADE DE TESTAMENTO OÚ AÇAÕ O
filhos tem que ser gerãdos ãteí dois ãnos ãpoí s ã dãtã ANÚLATOÉ RIA DE TESTAMENTO
do oí bito.
Se houver nulidãde, voltã pãrã ã legíítimã.
Art. 1.799. Nã sucessãã o testãmentãí riã podem ãindã Numã ãçãã o de ãnulãçãã o, estou diãnte de um
ser chãmãdos ã suceder: testãmento que o juiz gerãrãí limite de vãlidãde e
este limite de vãlidãde fãz voltãr pãrã ã legíítimã.
I - os filhos, ãindã nãã o concebidos, de pessoãs Possibilidãdes:
indicãdãs pelo testãdor, desde que vivãs estãs ão
ãbrir-se ã sucessãã o;  For celebrãdo por pessoã ãbsolutãmente
incãpãz; (ãrt. 1.860, §u CC – 16 ãnos)
II - ãs pessoãs juríídicãs;  For ilíícito, impossíível ou indeterminãí vel seu
III - ãs pessoãs juríídicãs, cujã orgãnizãçãã o for objeto;
determinãdã pelo testãdor sob ã formã de fundãçãã o.  O motivo determinãnte comum ã ãmbãs ãs
pãrtes for ilíícito;
Apoí s ã morte de um dos pãis, o filho serãí  Nãã o revestir formã prescritã em lei;
legíítimo pãrã suceder se nãscido por fecundãçãã o  For preteridã solenidãde que ã lei considere
ãteí dois ãnos ãpoí s o ãcontecido. essenciãl pãrã ã vãlidãde (ex: requisitos dos
testãmentos puí blico e etc)
O prãzo pãrã petiçãã o de herãnçã eí de ãnos  Tiver por objeto frãudãr lei imperãtivã (ãrt.
ãpoí s o oí bito. 1.802 CC)
Art. 1.802. Sãã o nulãs ãs disposiçoã es
testãmentãí riãs em fãvor de pessoãs nãã o
SÚCESSAÕ O LEGIÉ T IMA
legitimãdãs ã suceder, ãindã quãndo
EÉ ã decorre dã lei. Nãã o eí mãis importãnte, simulãdãs sob ã formã de contrãto oneroso,
elã nãã o necessãriãmente preponderã. Soí vãi ou feitãs mediãnte interpostã pessoã. Ex:
ãcontecer quãndo verificãrmos 5 requisitos. Como o irmãã o do ãmãnte
brãsileiro fãz pouco testãmento, ã legíítimã ãcãbou Pãrãí grãfo uí nico. Presumem-se pessoãs
virãndo ã regrã. A pessoã fãleceu sem testãmento? interpostãs os ãscendentes, os
Se sim, fãzemos ã sucessãã o legíítimã. descendentes, os irmãã os e o coê njuge ou
compãnheiro do nãã o legitimãdo ã suceder.
 Que ã lei tãxãtivãmente declãrãr nulo,
SÚCESSAÕ O TESTAMENTAÉ RIA proibir-lhe ã prãí ticã, sem cominãr sãnçãã o.
(ãrt. 1.900 CC)
Sãã o diversãs ãs formãs dãs quãis se pode Art. 1.900. EÉ nulã ã disposiçãã o:
deixãr um testãmento. I - que instituã herdeiro ou legãtãí rio sob ã
condiçãã o cãptãtoí riã de que este disponhã,
Testãmentos puí blico e cerrãdo ficãm tãmbeí m por testãmento, em benefíício do
registrãdos num tãbelionãto. Existe umã centrãl de testãdor, ou de terceiro;
testãmentos pãrã locãlizãr se tem testãmento. Se o II - que se refirã ã pessoã incertã, cujã
testãmento foi pãrticulãr, dãíí tem que ter umã identidãde nãã o se possã ãveriguãr;
testemunhã. O testãmento ex extremis eí pãrã III - que fãvoreçã ã pessoã incertã,
situãçoã es especiãis, como em ocãsiãã o de guerrã, nã cometendo ã determinãçãã o de suã
quãl um soldãdo fãlã pãrã outro como gostãriã de identidãde ã terceiro;
IV - que deixe ã ãrbíítrio do herdeiro, ou de EÉ umã sãnçãã o civil que exclui ã pessoã de
outrem, fixãr o vãlor do legãdo; suceder. A pessoã eí tidã como preí -mortã. Estãí nos
V - que fãvoreçã ãs pessoãs ã que se referem ãrtigos 1814 e 1815.
os ãrts. 1.801 e 1.802.
Art. 1.814. Sãã o excluíídos dã sucessãã o os herdeiros
ou legãtãí rios:
ANÚLABILIDADE
I - que houverem sido ãutores, coãutores ou
ANÚLAÉ VEL o testãmento pãrtíícipes de homicíídio doloso, ou tentãtivã deste,
contrã ã pessoã de cujã sucessãã o se trãtãr, seu
Art. 1.909. Sãã o ãnulãí veis ãs disposiçoã es coê njuge, compãnheiro, ãscendente ou descendente;
testãmentãí riãs inquinãdãs de erro, dolo ou
coação. II - que houverem ãcusãdo cãluniosãmente em juíízo
o ãutor dã herãnçã ou incorrerem em crime contrã
Pãrãí grãfo uí nico. Extingue-se em quatro anos o ã suã honrã, ou de seu coê njuge ou compãnheiro;
direito de ãnulãr ã disposiçãã o, contãdos de quãndo
o interessãdo tiver conhecimento do víício. III - que, por violeê nciã ou meios frãudulentos,
inibirem ou obstãrem o ãutor dã herãnçã de dispor
livremente de seus bens por ãto de uí ltimã vontãde.
HERDEIRO INDIGNO
Art. 1.815. A exclusãã o do herdeiro ou legãtãí rio, em
O reconhecimento dã indignidãde do quãlquer desses cãsos de indignidãde, serãí
herdeiro tirã dele ã cãpãcidãde sucessoí riã. Se tirã ã declãrãdã por sentençã.
cãpãcidãde, por oí bvio nãã o terãí legitimãçãã o.
Exemplo: Suzãne Von Richtofen. Elã perdeu ã Pãrãí grãfo uí nico. O direito de demãndãr ã exclusãã o
cãpãcidãde sucessoí riã especííficã pãrã os pãis delã, do herdeiro ou legãtãí rio extingue-se em quãtro
mãs do ãvoê nãã o. ãnos, contãdos dã ãberturã dã sucessãã o.
Art. 1.814. Sãã o excluíídos dã sucessãã o os herdeiros O prãzo pãrã ã ãçãã o de indignidãde eí de
ou legãtãí rios: quãtro ãnos ã contãr dã ãberturã dã sucessãã o.
I - que houverem sido ãutores, co-ãutores ou Pãrã ser indignã, ã pessoã precisã estãr vivã
pãrtíícipes de homicíídio doloso, ou tentãtivã deste, no momento dã sãisine. Tem como ã pessoã ser
contrã ã pessoã de cujã sucessãã o se trãtãr, seu ãbsolvidã no tribunãl do juí ri e ãindã sim ser
coê njuge, compãnheiro, ãscendente ou descendente; considerãdã indignã. O benefíício previdenciãí rio nãã o
pode ser excluíído por indignidãde.
II - que houverem ãcusãdo cãluniosãmente em juíízo
o ãutor dã herãnçã ou incorrerem em crime contrã Diferençãs entre indignidãde e deserdãçãã o
ã suã honrã, ou de seu coê njuge ou compãnheiro;
A primeirã eí ãpenãs de herdeiros legíítimos,
III - que, por violeê nciã ou meios frãudulentos, testãmentãí rios ou legãtãí rios.
inibirem ou obstãrem o ãutor dã herãnçã de dispor
livremente de seus bens por ãto de uí ltimã vontãde.

Hãí 3 requisitos: D E S E R DAÇ AÕ O


1.- Tem de estãr vivo no momento dã ãberturã dã
sucessãã o; EÉ quãndo o ãutor dã herãnçã impede que
determinãdã pessoã nãã o recebã.
2.- Ter legitimãçãã o/cãpãcidãde especííficã pãrã
prãí ticã do ãto; O prãzo decãdenciãl eí de 4 ãnos ã pãrtir dã
ãberturã do testãmento. A deserdãçãã o segue regrãs
3.- Nãã o estãr excluíído dã sucessãã o por Indignidãde proí priãs.
ou Deserdãçãã o
Atã ãnterior ãà ãberturã dã sucessãã o.
Aulã diã 06/10/17
Provocãçãã o exclusivã do ãutor dã herãnçã.

Homologãçãã o do testãmento mediãnte


I N D I G N I DA D E sentençã judiciãl.
Preí -morto. ãutor dã herãnçã
Açãã o de indignidãde Homologãçãã o do
Art. 1814+1961+1962. testãmento
Perdãã o pode ser expresso ou tãí cito.

Art. 1.961. Os herdeiros necessãí rios podem ser


privãdos de suã legíítimã, ou deserdãdos, em todos
os cãsos em que podem ser excluíídos dã sucessãã o.

Art. 1.962. Aleí m dãs cãusãs mencionãdãs no ãrt.


1.814, ãutorizãm ã deserdãçãã o dos descendentes
por seus ãscendentes:

I - ofensã fíísicã;

II - injuí riã grãve;

III - relãçoã es ilíícitãs com ã mãdrãstã ou com o


pãdrãsto;

IV - desãmpãro do ãscendente em ãlienãçãã o mentãl


ou grãve enfermidãde.

Art. 1.963. Aleí m dãs cãusãs enumerãdãs no ãrt.


1.814, ãutorizãm ã deserdãçãã o dos ãscendentes
pelos descendentes:

I - ofensã fíísicã;

II - injuí riã grãve;

III - relãçoã es ilíícitãs com ã mulher ou compãnheirã


do filho ou ã do neto, ou com o mãrido ou
compãnheiro dã filhã ou o dã netã;

IV - desãmpãro do filho ou neto com deficieê nciã


mentãl ou grãve enfermidãde.

Art. 1.964. Somente com expressã declãrãçãã o de


cãusã pode ã deserdãçãã o ser ordenãdã em
testãmento.

Art. 1.965. Ao herdeiro instituíído, ou ãà quele ã quem


ãproveite ã deserdãçãã o, incumbe provãr ã
verãcidãde dã cãusã ãlegãdã pelo testãdor.

Pãrãí grãfo uí nico. O direito de provãr ã cãusã dã


deserdãçãã o extingue-se no prãzo de quãtro ãnos, ã
contãr dã dãtã dã ãberturã do testãmento.

INDIGNIDADE DESERÇAÕ O
Quãlquer sucessor Herdeiros necessãí rios
Antes ou depois o ãto Necessãriãmente ãntes
que ensejã ã
indignidãde
Provocãdo por quãlquer Provocãdo
interessãdo exclusivãmente pelo

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