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62-ABCDE Do Trauma PDF
62-ABCDE Do Trauma PDF
O uso de qualquer uma das técnicas de controle das vias aéreas necessita de
estabilização simultânea da coluna cervical em posição neutra até que o paciente tenha sido
completamente imobilizado.
Acessórios Básicos:
Cânula Nasofaríngea:
Indicações: pacientes incapazes de manter a via aérea pérvia
Contra-indicações: suspeita de fratura de base de crânio
Complicações: pode provocar hemorragia
Intubação Nasotraqueal
Pacientes conscientes com reflexo de vômito
Cuidar quando há suspeita de fratura de base de crânio:
Hematoma periorbital: olhos de guaxinin; Hematoma retroauricular: Sinal de Battle;
Otorragia
Indicações de intubação:
apnéia
impossibilidade de manter a via aérea pérvia por outros métodos
proteção das vias aéras contra aspiração de sangue ou de vômitos
TCE com ECG < 8
Lesão por inalação
B - Respiração e Ventilação
Permeabilidade da via aérea não assegura uma respiração adequada
Macicez (LIQUIDO)
Fratura de costela
Lesões associadas: contusão pulmonar, laceração de vasos, hemotórax, pneumotórax,
hemorragia, formação de hematoma
Tratamento: redução de dor, imobilização
Tórax instável
Duas ou mais costelas adjacentes são fraturadas com pelo menos dois lugares
Possui 4 consequências:
1 – diminuição da capacidade vital proporcional ao tamanho do segmento instável
2 – um aumento no trabalho da respiração
3 – dor produzida pelas costelas fraturadas que ficam em contato com a pleura, limitando a
capacidade de expansão da caixa torácica
4 – um problema com significado clínico importante, contusão do pulmão abaixo do
segmento instável
Tratamento: receber O2 suplementar
Contusão Pulmonar
É uma área do pulmão que foi traumatizada a ponto de ocorrer sangramento instersticial e
alveolar. A hemorragia dificulta a oxigenação.
Tratamento: assegurar ventilação adequada e administração de O2
Pneumotórax simples
Presença de ar no espaço pleural
Avaliação: dor torácica pleurítica; respiração rápida e difícil; diminuição ou ausência do
murmúrio vesicular no lado afetado
Tratamento: alta concentração de O2; respiração assistida com máscara facial associada a
um balão dotado de válvula unidirecional, pode ser necessária para doentes com freqüência
respiratória menor que 12 ou superior a 20 incursões por minuto.
Pneumotórax aberto
Orifício na parede do tórax e um orifício no pulmão ou nos brônquios – tem que ser maior
que 2/3 do diâmetro da traquéia
Avaliação: dor no local, ruído de aspiração ou borbulhamento
Tratamento: curativo de 3 pontas + ventilação
Pneumotórax hipertensivo2
2 Jackson Ribeiro Fernandes
O ar não sai do espaço pleural. O aumento da pressão no espaço pleural faz colabar ainda
mais o pulmão no lado acometido e empurra o mediastino para o lado oposto.3
Conseqüências: ventilação difícil, diminui-se o fluxo de sangue para o coração
Avaliação: ansiedade, cianose, taquipnéia, diminuição ou ausência do murmúrio vesicular
no lado acometido, distensão de veias jugulares, taquicardia, diminuição da presença de
pulso, desvio da traquéia.
Tratamento: diminuir a pressão no espaço pleural – descompressão com agulha
Procedimentos: TORACOCENTESE: no 2º espaço intercostal na linha hemiclavicular, usar
Abbocath 14
Tratamento definitivo: DRENAGEM de tórax: inserir dreno de tórax no 5º
espaço intercostal na linha axilar anterior. Sempre fazer a incisão em cima do bordo da
costela porque nervo, artéria e veia passam logo abaixo de cada costela.
Hemotórax
Hipovolemia – ocorre à medida que o sangue deixa o espaço cardiovascular e entra no
espaço pleural.
Avaliação: confuso, sinais de choque, ausência de murmúrio vesicular, taquipnéia, macicez
a percussão.
Tratamento: reposição do volume sanguíneo e descompressão da cavidade torácica. Insere-
se um dreno de tórax (nº 38 French) ao nível do mamilo (5º espaço intercostal), logo
anteriormente à linha axilar média.
C – CHOQUE
A princípio qualquer paciente politraumatizado deve receber 2 litros de Ringer Lactato
aquecido, caso não tenha nada ele irá expelir normalmente.
Objetivos do atendimento
Reconhecer o estado de choque (sudorético, palidez, taquicardia, frio)
Determinar a causa do choque
Definir choque
Escolher a melhor opção de acesso vascular
Aplicar os princípios de reposição volêmica
Aplicar os princípios de tratamento do choque
Monitorizar a resposta do doente
Reconhecer as complicações do acesso vascular e do tratamento
CHOQUE: anormalidade no sistema circulatório que leva a uma má perfusão dos órgãos e
oxigenação inadequada dos tecidos
Reconhecimento
1- taquicardia
Etiologia do choque
Hemorrágico: mais comum, evidências clínicas, história e exame físico, procedimentos
diagnósticos específicos
Não-hemorrágico: pneumotórax hipertensivo, cardiogênico (ex: infarto do miocárdio,
tamponamento cardíaco), neurogênico (hipotenso, sem taquicardia e vasoconstrição),
séptico.
Classificação
Hemorragia classe I
perda sanguínea de 750 ml
ansiedade discreta
freqüência cardíaca abaixo de 100 bpm
diurese 30 ml/h
Hemorragia classe II
perda de 750 ml a 1500 ml
diurese 20-30 ml/h
freqüência cardíaca abaixo de 100 bpm
Administrar cristalóides
Hemorragia classe IV
perda maior que 2000 ml
confusão e letargia
diurese imprevisível
freqüência cardíaca > 140 bpm
Administrar cristalóides e sangue
Sempre que se cateteriza uma veia retira-se sangue para fazer tipagem, provas cruzadas e se
for mulher em idade fértil teste de gravidez
Reposição volêmica
Adulto: 2 litros de ringer lactato aquecido
Criança: 20 ml/kg de ringer lactato aquecido
Monitorar
sinais vitais
estado de consciência
perfusão da pele
débito urinário
oximetria de pulso
Débito Urinário
Criança: 2 ml/h
Adolescente: 1ml/h
Adulto: 0,5 ml/h
Decisões Terapêuticas
Resposta rápida:
menos de 20% de perda sanguíena
responde a reposição
manter monitorado
consultar um cirurgião e reavaliar
4
Resposta transitória:
20% a 40% de perda sanguínea
piora após reposição volêmica inicial
continuar a reposição volêmica e sangue
Reposição Volêmica
concentrado de hemácias com provas cruzadas
sangue tipo específico
tipo O, Rh-negativo
considerar a autotransfusão nos hemotórax maciço
atenção com a coagulopatia
D – Neurológico
A alerta
V verbaliza
D responde a estímulo verbal
I inconsciente
E – Exposição
Despir o paciente
Fazer o controle da hipotermia
Rolagem do paciente5