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Radiografia de Tórax da UTI

Dificuldades na Interpretação:
-Posição do paciente-supino ou sentado
-Com ou sem ventilação mecânica
-Paciente não cooperativo
-Monitorização tubos e cateteres
-Dificuldade de adaptação dos chassis
-Aparelhos portáteis de baixa potência
-Técnica sem grade, baixo kW (potência,resolução), alta mA, menor distância foco-filme
-Condição de estresse, lugares apertados

Radiografia em AP (Antero-posterior), sem inspiração e frequentemente rodadas:


Simulam:
-Aumento da área cardíaca
-Aumento do padrão da vasculatura para campos superiores, fica uma trama vascular mais
túrgida
-Elevação do diafragma uni ou bilateral
-Opacidades basais
-Alargamento do pedículo vascular, do mediastino
-Falso pneumotórax, pregas cutâneas podem simular um pneumotórax

Radiografias em AP:
-Pacientes debilitados ou acamados (se possível, sentado)
-Imagem menos nítida
-Alargamento do mediastino
-Aumento da ICT (deve ser realizado nas incidências PA)
-Elevação do diafragma
-Proeminência dos vasos superiores

Falso Pneumotórax:
Áreas mais radiolucentes
Para diferenciar, procurar sempre por vasos

Sinal do Sulco Profundo: é igual a Pneumotórax


Tubos e Catéteres:
-Cânula traqueal e de traqueostomia
-Sonda nasoenteral
-Catéter venoso
-Catéter de Swan-Ganz
-Marcapasso
-Tubos de drenagem torácica
(27% malposicionados: deve-se laudar)

Cânula Taqueal e de Traqueostomia:


-Extremidade distal: 5-7 cm da Carina: movimentação do pescoço pode migrar até 2 cm
-Entubação seletiva: mais cimum a D, pode levar a pneumotórax
-Entubação esofágica: trajeto da cânula fora da traquéia e pela distensão gástrica
-O balão/cuff não deve estar excessivamente insuflado

Complicações de Tubo Endotraqueal:


-Lesão de cordas vocais
-Entubação seletiva: Pneumotórax, Atelectasia
-Entubação esofágica
-Laceração traqueal: Pneumomediastino, Enfisema subcutâneo, Fístula
-Estenose

Entubação esofágica Entubação seletiva

Cânula de Traqueostomia:
-Suporte prolongado
-Nível de T3
-Complicações:
Pneumotórax, Pneumomediastino, Ruptura de traquéia, Infecção da boca de traqueostomia,
Fístula traqueoesofágica
Sonda Nasogástrica:
-Deve estar com todos os seus orifícios abaixo do diafragma, no estômago ou duodeno
-Complicações: Pneumonia aspirativa, Abscesso pulmonar, Pneumotórax, Perfuração de
esôfago ou estômago

Posicionamento traquebronquico da sonda nasoenteral


OBS: sinal de derrame pleural: Sinal do Menisco

Catéteres Venosos:
-Facilitar o acesso venoso, medir a PVC, administrar medicações, nutrição e fluidos
-Introduzidos pela v. subclávia ou jugular. Extremidade ideal é na VCS
-Catéter fora da posição pode falsear a PVC e no AD pode causar arritmias e perfuração
-Fundamental o perfeito conhecimento anatômico dos vasos
-Complicações:
Leitura Incorreta
Fragmentação: migração para vasos pulmonares e causar arritmias, tromboembolismo,
perfuração vascular ou cardíaca
Hematoma: extrapleural, hemorragia mediastinal, ou pseudoaneurisma
Pneumotórax: pode estar no lado contralateral
TEP
Embolização séptica
Aneurisma micótico

Tubos de Drenagem Torácica:


-No 4-8 espaço intercostal na linha axilar média
-Em pneumotórax: devem ser posicionados perto do ápice, voltado anteriormente
-Em derrames pleurais: póstero inferiormente
-Complicações:
Mal funcionemtno do dreno: localização extra pleural, inter fissural, dobra, bloqueio por
coágulo ou debris, aderências e loculações
Laceração de artéria intercostal
Laceração hepática, esplênica ou gástrica
Hematoma ou laceração pulmonar
Fístula broncopleural
Enfisema subcutâneo
Edema pulmonar

Dreno de pneumotórax

Pedículo Vascular:
Estruturas anatômicas da região mediastinal: aorta, VCS, jugular, v. subclávia, tronco
baquiocefálico superior

O pedículo vascular deve ser menor que 7cm

Aumento de Líquido Intra e Extravascular (podem alargar o pedículo):


Intravascular:
-Pedículo vascular alargado
-Veia Ázigo dilatada, acima de 1cm
-Dilatação e inversão da vasculatura pulmonar ( em decúbito não é identificada)
-Cardiomegalia
Extravascular:
-Edema pulmonar
-Derrame pleural
-Aumento de partes moles (anasarca)
-Outros: ascite, terceiro espaço (queimaduras, hematomas e do conteúdo intestinal)

Edema Pulmonar (passagem do líquido do espaço vascular para o interstício e alvéolos):


Aumento da Pressão Hidrostática: aumento da pressão capilar arterial por sobrecarga hídrica
ou falência cardíaca
-Cardiogênico (hidrostático)
-Renal (hiperhidratação)
Aumento da Permeabilidade Capilar: SAR, alta atitude, alérgico, neurogênico, agentes
químicos, infecções, gases tóxicos, suco gástrico
-Alteração do endotélio capilar, que na SARA é patologicamente conhecido como dano
alveolar difuso, que leva ao aumento da permeabilidade extra vascular e alveolar
Mistura de Fatores: infecção
-O aumento da pressão hidrostática pode lesar o endotélio e ocorrer alteração da
permeabilidade capilar.

Aumento da Pressão Hidrostática:


-Concomitância entre sintomas e alterações radiológicas: melhoram rapidamente com o
tratamento
-Opacidades simétricas
-Peri hílares e bases posteriores
-Aumento da área cardíaca e da vasculatura
-Edema intersticial e alveolar (vidro fosco e consolidações)
-Espessamento septal liso (linhas de kerley)
-Derrame pleural é comum

Aumento da Permeabilidade Capilar:


Principal causa: SARA, causada principalmente devido a sepse
-Inicialmente intersticial que rapidamente evolui para o padrão alveolar difuso
-Bilateral, simétrica, periférica e central
-Vasos centrais bem definidos
-Não muda com o decúbito
-Alterações radiológicas podem aparecer 12 ou mais horas após os sintomas
-Demora a desaparecer, dias e até meses

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