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ESTUDANDO: NR 17 BÁSICO - ERGONOMIA


Organização do Trabalho
A norma NR 17 no ítem 17.6.2 informa que;

a organização do trabalho, para efeito desta NR, deve levar em consideração, no mínimo:
a) as normas de produção;
b) o modo operatório;
c) a exigência de tempo;
d) a determinação do conteúdo de tempo;
e) o ritmo de trabalho;
f) o conteúdo das tarefas.

Os itens " b" , "c" a "d", relacionados nesse item devem ser detectados e analisados, no ambiente de trabalho,
através de uma analise ergonômica, concluindo-se, então, se a exigência do tempo, a determinação do conteúdo
de tempo e o ritmo de trabalho estão razoáveis ou não.

Antes de pensarmos como o trabalho pode ser melhorado, devemos pensar em algumas desvantagens de tarefas
mal organizadas como por exemplo:

a) Funções limitados que exigem poucas habilidades com poucas oportunidades de aprendizado;
b) Trabalhos repetitivos monótonos;
c) Empregos sem possibilidades de cooperação levam ao isolamento;
d) Trabalhos que não permitem o aprendizado e o crescimento limitando as possibilidades do trabalhador fazer
carreira.
e) Tarefas sem responsabilidade direta exigem supervisão contínua.
f) Trabalhos onde o desempenho é medido pela repetição de uma tarefa simples causam frustração e cansaço.

Obviamente, os trabalhadores cujas habilidades são utilizadas de forma inadequada são excessivamente
supervisionados, ficam cansados, chateados e frustrados e são menos propensos a se preocuparem com a
qualidade do seu trabalho para a melhoria da produtividade. Eles tendem a cometer mais erros, a estarem
distraídos e sofrer mais acidentes e quando há chance deixam o emprego.

A desorganização do trabalho é ruim para o trabalhador e para o empregador. Os funcionários devem ter a chance
de desenvolver e usar suas habilidades para contribuir com a produtividade e a qualidade do produto final. Tratar
os trabalhadores como máquinas implica em ignorar o seu potencial a criar um ambiente de insatisfação e de baixa
produtividade.
O planejamento das atribuições de trabalho deve estar baseado na compreensão clara dos aspectos de trabalho. A
ênfase nos fatores físicos do meio ambiente deve ser complementado pelo conhecimento do clima social e
psicológico do local de trabalho e da sua influência no senso de bem estar do indivíduo, de sua saúde e da
qualidade de vida.

Para melhorar a organização e o conteúdo do trabalho deve-se considerar que um bom ambiente de trabalho deve
ser livre do stress excessivo, fadiga ou pressão operacional. Para executar uma tarefa adequadamente além do
conhecimento técnico são necessários acompanhamento, ferramentas adequadas, fornecedores com qualidade,
atualização profissional e tempo suficiente. Além do mais, um bom trabalho deve ter:

a) Variedade e ciclo de trabalho razoável;


b) Conhecimento a comprometimento com a qualidade do produto final;
c) Oportunidades de comunicação e apoio entre os colegas de trabalho;
d) Capacidade suficiente de auto-estima e o respeito pelos outros;
e) Treinamento contínuo para atualização profissional;
f) Oportunidade de ascensão profissional.

Estas condições fazem o trabalho mais desafiador. Em muitos casos, eles implicam em mudanças na organização
de base, na comunicação interna da empresa e filosofia nas relações de trabalho. Sempre há o risco de aumentar
excessivamente a carga de trabalho resultando no aumento do stress ocupacional. Mas a experiência mostra que
os trabalhos monótonos e ajustados ao ritmo das máquinas são mais prejudiciais do que aqueles que possuem
desafio mental e que operadores rigidamente controlados mostram mais sintomas de stress e irritabilidade do que
os empregados com mais autonomia.

Isto não significa que um bom emprego seja igual para todos. As pessoas tem experiências, habilidades e
ambições diferentes bem como capacidade física, limitações pessoais e atitudes diferenciadas em relação ao
trabalho. Por exemplo, alguns podem enfatizar o salário, outros, o companheirismo, a responsabilidade a
capacidade técnica e produtiva. Por isso, os trabalhos devem ser ajustados de modo a atender às necessidades e
às preferências individuais.

Os seguintes aspectos devem ser observados para melhorar a organização e a produtividade do trabalho:

a) mecanização, com o cuidado de adequar o ritmo das tarefas ao das máquinas e dos trabalhos repetitivos com
baixa exigência intelectual;
b) melhorias ergonômicas, especialmente em relação ao equipamento apropriado e à seqüência de trabalho;
c) organização coletiva dos empregados para executar uma tarefa numa seqüência de operações.
d) mudança de lay-out dos locais de trabalho, como por exemplo, usando uma mesa redonda para permitir a
comunicação mais fácil;
e) valorização da função, combinando tarefas diferentes, como por exemplo, criando linhas paralelas mais curtas,
cada uma com um tempo de ciclo maior.

Uma forma de melhorar a organização do trabalho e sua qualidade, com muitas vantagens para a administração e
para os trabalhadores é o trabalho coletivo. A maioria das pessoas gostam de trabalhar em grupo. Além do mais,
num trabalho participativo, as limitações de uns podem ser compensadas pela habilidade de outros.

Uma nova organização do trabalho é a formação de grupos de trabalho semi-autônomo, que pode decidir, até um
certo ponto, os métodos de trabalho, horário, prioridades a solução de problemas.

Para facilitar as melhorias na organização de trabalho, a participação de todos os integrantes no planejamento é


essencial. Estas mudanças são direcionadas para as melhorias nas condições de trabalho objetivando um trabalho
eficiente. Elas tornam as atividades mais flexíveis a adaptáveis aos procedimentos de produção e a mudanças.
Para os trabalhadores, melhorias como a redução no stress de trabalho, maiores oportunidades de cooperação,
melhor uso de capacidades a melhores perspectivas profissionais estão combinadas com os benefícios de uma
empresa mais produtiva. Muitas técnicas de administração moderna, como os ciclos de qualidade ou a gestão por
objetivos, fazem uso de um planejamento participativo.

Uma boa organização empresarial deve fornecer espaço para iniciativas individuais e coletivas. As sugestões
devem vir tanto dos supervisores como dos trabalhadores independentemente do seu nível hierárquico, esta é uma
boa maneira para elaborar normas operacionais. A motivação para a implantação de um ambiente participativo é a
base para o sistema de normalização de qualquer empresa. Dentro deste espírito na elaboração das normas de
trabalho teremos a certeza que haverá um comprometimento de todos na sua obediência. Vale lembrar que os
aspectos de segurança, higiene e saúde devem estar sempre presente em qualquer norma operacional.

Como não existem soluções simples para os problemas organizacionais, devemos aproveitar as vantagens destas
sugestões e as experiências profissionais acumuladas por todos dentro da empresa.

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