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ACIONAMENTO DE
DISPOSITIVOS
ATUADORES
Volume 1
série AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
ACIONAMENTO DE
DISPOSITIVOS
ATUADORES
Volume 1
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
ACIONAMENTO
DE DISPOSITIVOS
ATUADORES
VOLUME 1
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI – Departamento Regional do Rio Grande do Sul.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491a
ISBN 978-85-7519-522-2
CDU 621.31
Bibliotecário Responsável: Enilda Hack- CRB 599/10
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte . Quadra 1 . Bloco C . Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen . 70040-903 . Brasília – DF . Tel.: (0xx61)3317-9190
Departamento Nacional http://www.senai.br
Lista de ilustrações
Figura 1 - Comparação das diferentes fontes de energia elétrica no Brasil ................................................19
Figura 2 - Estrutura de um sistema elétrico.............................................................................................................19
Figura 3 - Usina hidrelétrica..........................................................................................................................................21
Figura 4 - Princípio de funcionamento de um gerador elementar.................................................................22
Figura 5 - Distribuição da indução magnética sob um polo.............................................................................22
Figura 6 - Sistema trifásico.............................................................................................................................................23
Figura 7 - Gerador para carga puramente resistiva..............................................................................................24
Figura 8 - Gerador com uma carga puramente indutiva....................................................................................24
Figura 9 - Carga puramente capacitiva.....................................................................................................................25
Figura 10 - Comparação das correntes de excitação...........................................................................................25
Figura 11 - Evolução do motor elétrico.....................................................................................................................30
Figura 12 - Partes de um motor elétrico de indução trifásico...........................................................................34
Figura 13 - Vista explodida de um motor de indução trifásico.........................................................................35
Figura 14 - Enrolamento de motores. a) Monofásico. b) Trifásico...................................................................36
Figura 15 - Motor assíncrono com rotor tipo gaiola.............................................................................................37
Figura 16 - Motor Dahlander........................................................................................................................................38
Figura 17 - Motor elétrico trifásico com freio..........................................................................................................40
Figura 18 - Divisão dos motores de acordo com a sua característica de funcionamento......................42
Figura 19 - Placa com as especificações de um motor........................................................................................43
Figura 20 - Conjugado de um motor elétrico X % de rotação..........................................................................45
Figura 21 - Representação de perdas de um motor elétrico assíncrono......................................................52
Figura 22 - Rendimento .................................................................................................................................................54
Figura 23 - Triângulo das potências ..........................................................................................................................55
Figura 24 - Banco de capacitores ligado em triângulo ......................................................................................56
Figura 25 - Correção do fator de potência por meio do banco de capacitores na baixa tensão.........58
Figura 26 - Conjugado de um motor trifásico........................................................................................................62
Figura 27 - Motor de alto rendimento.......................................................................................................................63
Figura 28 - Composição de um fusível .....................................................................................................................68
Figura 29 - Simbologia do fusível ...............................................................................................................................69
Figura 30 - Fusível tipo D................................................................................................................................................70
Figura 31 - Punho saca-fusível......................................................................................................................................71
Figura 32 - Fusível do tipo NH......................................................................................................................................71
Figura 33 - Contador........................................................................................................................................................72
Figura 34 - Contatos auxiliares e principais de um contator.............................................................................73
Figura 35 - Simbologia do contator (bobina), os contatos principais e os contatos auxiliares............73
Figura 36 - Representação dos contatos auxiliares...............................................................................................74
Figura 37 - Sequência de contatos.............................................................................................................................74
Figura 38 - Comportamento de cargas resistivas, indutivas e capacitivas na hora da partida.............75
Figura 39 - Nomenclatura de um relé de sobrecarga com a sua simbologia.............................................77
Figura 40 - Nomenclatura dos contatos auxiliares de um relé de sobrecarga coma sua simbologia.......77
Figura 41 - Relé de falta de fase...................................................................................................................................78
Figura 42 - Ligação de um PTC em um motor elétrico........................................................................................79
Figura 43 - Disjuntor trifásico........................................................................................................................................79
Figura 44 - Etapas de funcionamento de um disjuntor. a) Disjuntor ligado - disparadores no repou-
so; b) Disjuntor desligado; c) Disjuntor desarmado - atuação dos disparadores........................................80
Figura 45 - Disjuntor........................................................................................................................................................81
Figura 46 - Djuntor morot e sua simbologia...........................................................................................................83
Figura 47 - Utilização de transformador em uma rede trifásica, a) sem neutro, b) com neutro e c)
Simbologia do transformador.......................................................................................................................................84
Figura 48 - Autotransformador de partida trifásico..............................................................................................85
Figura 49 - Temporizador ..............................................................................................................................................85
Figura 50 - Diagrama de funcionamento de um ON DELAY..............................................................................86
Figura 51 - Simbologia a) de um temporizador ON DELAY e b) do contato................................................86
Figura 52 - Diagrama de funcionamento de um OFF DELAY............................................................................87
Figura 53 - Simbologia: a) de um temporizador OFF DELAY; b) dos contatos............................................87
Figura 54 - Simbologia de um contador de impulsos elétricos.......................................................................88
Figura 55 - Funcionamento de um contador..........................................................................................................88
Figura 56 - Chave de impulso.......................................................................................................................................91
Figura 57 - Chave com retenção..................................................................................................................................92
Figura 58 - Chave impulso (2NA + 2NF) e chave trava (2NA + 1 NF)..............................................................92
Figura 59 - Chave impulso (três posições) e chave trava (duas posições)....................................................92
Figura 60 - Chaves manuais...........................................................................................................................................93
Figura 61 - Tomadas e plugues industriais...............................................................................................................93
Figura 62 - Tipos de botoeiras......................................................................................................................................94
Figura 63 - Alguns tipos de sinaleiros........................................................................................................................95
Figura 64 - Sistema gerador com três bobinas.................................................................................................... 101
Figura 65 - Sistema gerador ligado em triângulo............................................................................................... 103
Figura 66 - Correntes e tensões do esquema em triângulo............................................................................ 104
Figura 67 - Sistema gerador ligado em estrela ................................................................................................... 104
Figura 68 - Correntes e tensões do esquema em estrela ................................................................................ 105
Figura 69 - Tensão nominal múltipla a 9 fios ....................................................................................................... 106
Figura 70 - Ligação estrela-triângulo...................................................................................................................... 106
Figura 71 - Esquemas de ligação de um motor com tripla tensão (estrela em paralelo, triângulo em
paralelo e estrela em série) ......................................................................................................................................... 107
Figura 72 - Ligação de um motor com tripla velocidade (motor com três ligações em estrela, com
enrolamento Dahlander e ligação em estrela)..................................................................................................... 107
Figura 73 - Representação gráfica UNIFILAR de um circuito principal ...................................................... 108
Figura 74 - Representação gráfica TRIFILAR......................................................................................................... 109
Figura 75 - Representação gráfica de um circuito de comando................................................................... 109
Figura 76 - Funções de partidas de motores elétricos...................................................................................... 111
Figura 77 - Circuito de potência de uma partida direta: a) coordenada por fusíveis; b) coordenada
por disjuntores................................................................................................................................................................. 112
Figura 78 - Circuito de comando de uma partida direta................................................................................. 113
Figura 79 - Circuito de potência de uma partida direta com reversão: a) coordenada por fusíveis;
b) coordenada por disjuntores................................................................................................................................... 114
Figura 80 - Circuito de comando de uma partida direta com reversão..................................................... 114
Figura 81 - Circuito de potência de uma partida estrela-triângulo: a) Coordenada por fusíveis;
b) Coordenada por disjuntores ................................................................................................................................. 116
Figura 82 - Circuito de comando de uma partida estrela-triângulo ........................................................... 116
Figura 83 - Comportamento do conjugado e da corrente com a ligação Y- ∆, em função da velocidade... 117
Figura 84 - Circuito de potência de uma partida com chave compensadora com autotransforma-
dor: a) coordenada por fusíveis; b) coordenada por disjuntores................................................................... 119
Figura 85 - Circuito de comando de uma partida com chave compensadora com autotransformador... 119
Figura 86 - Comportamento do conjugado e da corrente com a ligação com chave compensadora
em função da velocidade............................................................................................................................................. 119
Figura 87 - Fatores de redução K1 e K2 em função das relações de tensão do motor e da rede...... 120
Figura 88 - Exemplo das características de desempenho de um motor quando parte com 85%
da tensão........................................................................................................................................................................... 120
Figura 89 - Diagrama elétrico da chave em série-paralelo............................................................................. 122
Figura 90 - Circuito de comando da chave série-paralelo............................................................................... 122
Figura 91 - Controle de fases de um motor trifásico utilizando um soft-starter..................................... 126
Figura 92 - Diagrama em blocos de um soft-starter ......................................................................................... 126
Figura 93 - Comparativo da corrente entre partidas direta, estrela-triângulo e soft-starter.............. 127
Figura 94 - Ligação direta com o soft-starter....................................................................................................... 128
Figura 95 - Ligação com contator by-pass............................................................................................................ 128
Figura 96 - Diagrama de comando do soft-starter............................................................................................ 129
Figura 97 - Inversor de frequência........................................................................................................................... 129
Figura 98 - Componentes de um inversor............................................................................................................ 130
Figura 99 - Circuito inversor....................................................................................................................................... 131
Figura 100 - Modulação por PWM........................................................................................................................... 132
Figura 101 - Gráfico escalar........................................................................................................................................ 132
Figura 102 - Inversor de frequência trifásico........................................................................................................ 133
Figura 103 - Inversor de frequência monofásico................................................................................................ 133
Figura 104 - Gráfico do parâmetro 5 do inversor – tempo de partida........................................................ 137
Figura 105 - Gráfico do parâmetro 5 do inversor – tempo de parada........................................................ 137
Figura 106 - Função pulso de partida..................................................................................................................... 138
Figura 107 - Sobrecorrente imediata na saída..................................................................................................... 139
Figura 108 - Subcorrente imediata.......................................................................................................................... 139
3 Motores elétricos...........................................................................................................................................................29
3.1 Histórico sobre motores elétricos .........................................................................................................29
3.2 Evolução do motor elétrico......................................................................................................................30
3.3 Motores de corrente alternada monofásicos.....................................................................................31
3.4 Motores de corrente alternada trifásicos ...........................................................................................32
3.4.1 Motores síncronos.....................................................................................................................32
3.4.2 Motores assíncronos.................................................................................................................33
3.4.3 Partes de um motor de indução trifásico..........................................................................34
3.4.4 Princípio de funcionamento de um motor de indução trifásico..............................36
3.4.5 Tipos de motores de indução trifásicos.............................................................................36
3.4.6 Principais problemas que ocorrem em um motor assíncrono..................................41
3.5 Características dos motores.....................................................................................................................41
3.5.1 Especificações de um motor elétrico..................................................................................42
3.5.2 Conservação de energia..........................................................................................................62
3.5.3 Controle de demanda..............................................................................................................64
Referências......................................................................................................................................................................... 147
Índice................................................................................................................................................................................... 152
Introdução
De onde vem a energia elétrica? Como é gerada? Como surge o sistema trifásico? A tensão já
é “criada” com 110V/220V? Muitas vezes fazemos essas perguntas e não conseguimos respostas
coerentes. Neste capítulo, vamos responder a alguns desses questionamentos.
Veremos alguns aspectos importantes relacionados ao conceito de energia,
apresentando seu sistema de geração, transmissão e distribuição. Além disso, analisaremos
o sistema elétrico trifásico, que é responsável por boa parte do fornecimento de energia
industrial principalmente.
Carvão e
Energia Nuclear Derivados
2,8% 1,6%
Gás natural
6,0%
Consumidor Secundário
120V e 240V
Para que a energia elétrica chegue até sua casa, ela precisa passar pelas
seguintes etapas:
• Máquina primária – transforma qualquer energia em energia cinética de
rotação para ser aproveitada pelo gerador.
• Geradores – transformam a energia cinética de rotação das máquinas
primárias em energia elétrica.
• Transformador – compatibiliza o nível da tensão da saída com a tensão do
sistema ao qual o gerador será ligado, podendo elevar ou rebaixar a tensão.
• Comando, controle e proteção – controla a interligação de um grupo de
geradores, compatibilizando as tensões e o sincronismo da rede antes de
comandar o fechamento da linha.
Veremos agora alguns aspectos dessas etapas.
Barragem
Reservatório Casa das Máquinas
Transformador
Linhas de Transmissão
Gerador
1
f. e. m.
Campo magnético GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA
A força eletromagnética
é também conhecida por Campo indutor
força de Laplace. Quando
um condutor elétrico Anéis coletores S S
N N
percorrido por corrente
é atravessado por um
campo magnético, surge
uma força que atua sobre Armadura
o condutor. 1 3
Escovas
S S
N N
2 4
Nesse caso, admitimos que a bobina gira com uma velocidade uniforme no
sentido da flecha dentro do campo magnético, também uniforme. A variação da
f. e. m.1 (força eletromagnética ou força eletromotriz) no condutor, em função do
tempo, é determinada pela lei da indução magnética sobre um polo, como já foi
visto na Unidade Curricular Fundamentos de Eletrotécnica.
A Figura 5 mostra o corte lateral de uma bobina no campo magnético em doze
posições diferentes, separadas em 30º. Podemos perceber que o condutor varia
sob um tempo de lei senoidal, gerando, consequentemente, uma onda senoidal.
Relação
2 1 12
3 11
4 10
N 5 9
S
6 8
7
(a)
-1
-5
-5
-1
0o 60o 120o 130o 240o 300o 360o
(b)
A cada giro completo das espiras teremos um ciclo completo de tensão gerada
para uma máquina de um par de polos. Os enrolamentos podem ser constituídos
com um número maior de polos, que se distribuem alternadamente (um norte
(N) e um sul (S)).
2 Geração de energia elétrica
23
11 12 13
360º 1 Ciclo
120º
120º 120º 120º
V1 V2 V3
Tempo
1 2 3 4 5 6
2
CARGA PURAMENTE Uma carga resistiva, quando tem uma carrente de carga, gera uma campo
RESISTIVA magnético. O gerador quando alimenta uma carga puramente resistiva2, gera um
É a resistência de uma campo magnético polos defasados 90º em atraso em relação aos polos principais,
carga que varia de acordo
com tensão x corrente de como mostra a Figura 7. Esses polos exercem sobre os polos induzidos uma força
forma linear.
contrária ao movimento, gastando potência mecânica para que o rotor possa girar.
Polo Norte
3
CARGA PURAMENTE N
INDUTIVA
É a resistência de uma carga
S
que varia de acordo com
tensão x corrente de forma
não linear. Por exemplo, S
motores e transformadores Polo Sul
que produzem potência
reativa com corrente
atrasada em relação à tensão.
Figura 7 - Gerador para carga puramente resistiva
Fonte: WEG, 2005c
S
5
CARGA PURAMENTE N
CAPACITIVA
É a resistência de uma carga S
que varia de acordo com
tensão x corrente de forma N
não linear.
N
N
S
S
I exc. iva
in dut
ga
Car s tiva
o resi
Carg
Carg
a Capa
citiva
Uf
Figura 10 - Comparação das correntes de excitação
Fonte: WEG, 2005c
CASOS E RELATOS
“Fazendas de vento”
Aproveitar a força dos ventos para a geração de energia elétrica apresenta-
se, cada vez mais, como forma de diversificar a matriz energética mundial
frente aos impactos ambientais decorrentes do uso de combustíveis fósseis,
hidrelétricas, termelétricas e usinas nucleares. Seguindo essa tendência
mundial, foi construído e já está em operação, desde 2006, o Complexo Eólico
de Osório, no Estado do Rio Grande do Sul, que atualmente é a maior usina
eólica da América Latina.
A geração de energia produzida pela “fazenda de vento” de Osório
complementa o Sistema Integrado Nacional e poderá atender o consumo
residencial de cerca de 650 mil pessoas quando estiver em pleno funcionamento.
O Parque de Osório possui 75 aerogeradores gigantes, instalados em torres de
concreto com 810t, alcançando 135m de altura na ponta da hélice (corresponde
a um prédio de 45 andares). Cada aerogerador tem 71m de diâmetro de rotor
e varre uma área de 3.959m2 com suas três pás, produzindo 2MW de potência.
A cada 100MW médios gerados por parques eólicos são economizados
40m3/s de água na cascata do Rio São Francisco, segundo o Ministério de Minas
e Energia. Um ano de geração de energia do Parque Eólico de Osório equivale
à redução de emissão de 148.324 toneladas métricas de dióxido de carbono.
Lembrando que 1 tonelada métrica é igual a 103 Kg.
2 Geração de energia elétrica
27
Recapitulando
A história do motor elétrico tem início em 1600, quando o cientista inglês William
Gilbert publicou, em Londres, a obra intitulada De Magnete, descrevendo a força de
atração magnética. Porém, o fenômeno da eletricidade estática já havia sido observado
pelo filósofo grego Tales de Mileto, em 641 a.C., quando atritou uma peça de âmbar com
um pedaço de pano. Ele verificou que a peça de âmbar tinha adquirido a propriedade de
atrair corpos leves como pelos, penas, cinzas etc.
Séculos se passaram, e em 1820 o físico dinamarquês Hans Christian Oersted, ao fazer
experiências com correntes elétricas, verificou que a agulha magnética de uma bússola
era desviada de sua posição norte-sul quando passava perto de um condutor no qual
circulava corrente elétrica. Essa observação permitiu a Oersted reconhecer a íntima
relação entre o magnetismo e a eletricidade, dando, assim, o primeiro passo em direção
ao desenvolvimento do motor elétrico.
Baseado nessa importante descoberta do físico dinamarquês, o sapateiro inglês William
Sturgeon que, paralelamente a sua profissão, estudava eletricidade nas horas de folga,
constatou, em 1825, que um núcleo de ferro envolto por um fio condutor elétrico transformava-
se em ímã quando se aplicava uma corrente elétrica. Sturgeon observou também que a força
do ímã cessava tão logo a corrente fosse interrompida. Assim, surgia o eletroímã, que seria
de fundamental importância na construção de máquinas elétricas girantes.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
30
88 kg/kW
Evolução do motor
trifásico AEG (relação
67 kg/kW peso/potência)
42 kg/kW
29 kg/kW
21 kg/kW
19kg/kW
12 kg/kW
12 kg/kW
11 kg/kW 7,5 kg/kW
6,8 kg/kW
1941
1891
1901
1926
1930
1896
1899
1924
1954
1964
1984
2
3
5
12
11
7 6
9
4
10
1
Quando uma bobina é percorrida por uma corrente elétrica após dirigido é
criado um campo magnético dirigido conforme o eixo da bobina e de valor
proporcional à corrente. O enrolamento é constituído de dois polos, um “norte” e
um “sul”, cujos efeitos se somam para estabelecer o campo magnético H. O fluxo
magnético atravessa o rotor entre os dois polos e se fecha através do núcleo do
estator, como mostra a Figura 14.
1 120º 120º
U1
120º
a) b)
De acordo com Franchi (2008), o rotor tipo gaiola é o mais robusto de todos.
Não exige o uso de escovas e nem comutadores, o que evita muitos problemas
relacionados ao desgaste e à manutenção. A forma mais simples desse motor
apresenta um conjugado de partida fraco, e o pico de corrente na partida alcança
até 10 vezes o valor da corrente nominal do motor. Esses aspectos podem ser
melhorados parcialmente pela construção do próprio rotor.
b) Motor Dahlander
O motor Dahlander é um motor com enrolamento especial que pode
receber dois fechamentos diferentes, de forma a alterar a quantidade de
polos, proporcionando, assim, duas velocidades distintas, mas sempre com
relação 1:2. Exemplos: 4/2 polos (1.800/3.600rpm); 8/4 (900/1.800rpm).
A Figura 16 mostra esse tipo de motor, que pode ser aplicado em talhas,
elevadores, correias transportadoras, máquinas e equipamentos em geral ou
outras aplicações que requeiram motores assíncronos de indução trifásicos
com duas velocidades.
Motor CA Relutância
Síncrono
Histerese
de Gaiola
Assíncrono
de Anéis
Trifasico Imã
Permanente
Síncrono Pólos
Salientes
Excitação
Série Pólos Lisos
Excitação
Independente
Motor CC
Excitação
Compound
Imã
Permanente
Placa de identificação
Número do lote
Corrente alternada
Frequência
Categoria de conjugado
Potência do motor Rotação nominal
Fator de serviço
Grau de proteção
Classe de isolamento
Tensõess nominais Número de vezes que a correnre
do motor de partida é maior que a nominal
Regime de serviço Correntes nominais do motor
Tipos de rolamentos
Tipo de lubrificante
6
ESCORREGAMENTO • modelo (MOD)
A corrente alternada cria
um campo magnético • potência (cv, HP, kW)
giratório, conhecido
como campo girante, • número de fases (por exemplo, TRIFÁSICO ou 3N)
em motores de indução.
Nesse tipo de motor, o • tensões nominais (V)
rotor nunca consegue ter
a mesma velocidade de • frequência nominal (Hz)
giro do campo magnético.
O escorregamento é, • categoria (CAT)
exatamente, a diferença
entre a velocidade do
rotor e a do campo
• correntes nominais (A)
magnético girante. Tal
característica é própria de • velocidade nominal (rpm)
motores de indução.
• fator de serviço (FS)
• classe de isolamento (ISOL.)
• letra-código (COD)
• regime de trabalho (REG)
• grau de proteção (PROTEÇÃO IP)
• ligações
• relação entre corrente de partida e corrente nominal (IP/IN).
Agora, veremos algumas das principais características que você deve conhecer.
Conjugado com
rotor bloqueado
(Cp)
Conjugado
Conjugado %
maximo
(Cmax)
Conjugado mínimo (Cmin)
Conjugado nominal (Cn)
Rotação ns
Figura 20 - Conjugado de um motor elétrico X % de rotação
Fonte: WEG, 2005f
Especificações gerais
Detalhes a serem ressaltados no gráfico da Figura 20:
• No instante da partida, o conjugado não é afetado pela natureza da
carga aplicada.
• O conjugado da partida é proporcional à tensão aplicada ao enrolamento
do estator. Reduzindo a tensão nominal, reduz-se também a corrente. Esse
processo de diminuição de corrente de partida é bastante utilizado em
motores grandes ou médios do tipo gaiola, nos casos em que a acentuada
redução do conjugado de partida não comprometa o acionamento da carga.
No gráfico apresentado na Figura 20, temos as seguintes especificações:
• Co: conjugado básico – é o conjugado calculado em função da potência e
velocidade de rotação.
Co (kgfm) = Potência = 716p (CV) = 974.p (K w)
Velocidade n(rpm) n(rpm)
Co (Nm) = Potência = 7024p (CV) = 9555.P (k w)
Velocidade n (rpm) n (rpm)
Em que:
Co (kgfm) = Conjugado básico em kilograma - força - metro
Co (Nm) = Conjugado básico em Newton - metro
P (cv) = Potência elétrica em cv (cavalo - vapor)
P(kW) = Potência elétrica em kW (quilo Watt)
1cv = 736W = 0,736 kW
n= rotação do motor
7
LIGAÇÃO ESTRELA- • Cn: conjugado nominal ou de plena carga – é o conjugado desenvolvido
TRIÂNGULO pelo motor a potência nominal, sob tensão e frequência nominais.
Ligação feita em
motores elétricos para • Cp: conjugado com rotor bloqueado ou conjugado de partida ou, ainda,
melhorar a partida da
mesma, diminuindo conjugado de arranque – é o conjugado mínimo desenvolvido pelo
consequentemente a motor bloqueado, para todas as posições angulares do rotor, sob tensão e
corrente de partida e
aumentando o torque. frequência nominais.
Comentários: Esse conjugado pode ser expresso em Nm ou, mais comumente,
em porcentagem do conjugado nominal.
Na prática, o conjugado de rotor bloqueado deve ser o mais alto possível, para
que o rotor possa vencer a inércia inicial da carga e possa acelerá-la rapidamente,
principalmente quando a partida é com tensão reduzida.
Há especificações importantes da NBR 7094 (dimensionamento e especificação
de motores elétricos).
Ainda no gráfico da Figura 20 foram destacados e definidos alguns pontos
importantes. Os valores dos conjugados relativos a esses pontos são especificados
pela NBR 7094 da ABNT e são apresentados a seguir:
• Cmin: conjugado mínimo – é o menor conjugado desenvolvido pelo motor ao
acelerar da velocidade zero até a velocidade correspondente ao conjugado
máximo. Na prática, este valor não deve ser muito baixo, isto é, a curva não
deve apresentar uma depressão acentuada na aceleração para que a partida
não seja muito demorada, sobreaquecendo o motor, especialmente nos
casos de alta inércia ou partida com tensão reduzida.
• Cmax: conjugado máximo – é o maior conjugado desenvolvido pelo motor, sob
tensão e frequência nominal, sem queda brusca de velocidade. Na prática, o
conjugado máximo deve ser o mais alto possível, por duas razões principais:
a) o motor deve ser capaz de vencer, sem grandes dificuldades, eventuais picos
de carga que podem acontecer em certas aplicações, como em britadores, calandras,
misturadores e outras;
Momento de inércia
Tensão de funcionamento
É a tensão que pode ser aplicada ao motor. A ligação para uma tensão específica
pode ser em estrela em triângulo7. Geralmente, os motores têm alimentação de
220V e/ou 380V.
CAVALO-VAPOR (CV)
8 Corrente de partida (Ip / In)
O engenheiro James Watt
(1736-1819) utilizou essa Durante a partida, os motores elétricos solicitam da rede de alimentação
medida para expressar a
potência de sua invenção, uma corrente de valor elevado, entre 6 a 10 vezes a corrente nominal. O
a máquina a vapor. Na valor depende das características construtivas do motor, e não da carga
época, quando ainda
se utilizava a força dos acionada. A carga influencia apenas no tempo durante o qual a corrente
cavalos para mover os
moinhos, Watt aplicou
de acionamento circula no motor e na rede de alimentação (tempo de
essa mesma referência aceleração do motor). A corrente é representada na placa de identificação
de força à potência da
máquina a vapor. pela sigla Ip/In (corrente de partida / corrente nominal). Atenção: Não se
deve confundir a sigla Ip/In com a sigla IP, que significa grau de proteção.
Escorregamento (s)
Exemplo de escorregamento
Inversão da rotação
P = 150 = 2 cv
75
Observações:
• Essa expressão é para cargas trifásicas equilibradas;
• cosα é o FP (fator de potência);
• na placa dos motores está impressa a potência mecânica (no eixo).
Para expressar a potência elétrica em cv ou HP, a relação é:
• 1 cv (cavalo-vapor) ~= 736 W (Watts) e
• 1 HP (Horse Power) ~= 746 W.
Todo dispositivo atuador (um motor elétrico, por exemplo) possui atrito, até
porque se trata de um dispositivo físico. O motor, ao se movimentar (giro), gera
atrito e diminui, consequentemente, sua potência. O atrito é definido como a
fricção entre duas superfícies, produzindo certa resistência ao movimento. De
uma forma mais completa, o atrito é um estado de aspereza ou rugosidade entre
dois sólidos em contato, que permite a troca de forças em uma direção tangencial
à região de contato entre os sólidos.
3 Motores Elétricos
51
6
2 10
1 5
7
3 4
Figura 21 - Representação de perdas de um motor elétrico assíncrono
Fonte: WEG, 2005f
CASOS E RELATOS
PU = V x I x 3 x Cos α x η
5,4 kW = 380 V x 9,5A x 3 x 0,92 x η
η~
= 0,94 ou 94% ( 0,94 x 100% )
Importância do rendimento
Quanto maior for o rendimento, menores serão as perdas do motor, que farão
com que ele se aqueça menos. Quanto maior o rendimento, menor a potência
absorvida da linha e, consequentemente, menor o custo da energia elétrica paga
nas contas mensais.
O gráfico da Figura 22 mostra os valores de rendimento de acordo com a carga
aplicada.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
54
FASÍMETRO
9
Em que:
1,0 100
Aparelho que serve para % - I = corrente;
medir a diferença de fase - In = corrente
entre duas correntes 0,8 80 η
nominal;
alternadas.
Cosα - P = potência;
cos α 0,6 60
I I - Pn = potência
η I
In nominal;
RPM 0,4 40 - RPM = rotação
RPMs
do eixo;
0,2 20 - RPMs = rotação
PN síncrona;
0,0 0 - η = rendimento;
0 25 50 75 100 %
P x 100 - Cosa = fator de
Pn potência.
Figura 22 - Rendimento
Fonte: WEG, 2005d
S
Q
α
P
Figura 23 - Triângulo das potências
Fonte: Capelli, 2010
Cos α = P = P (W)
S 3 . V. I
M
3~
L1 L2 L3 Iw
Figura 24 - Banco de capacitores ligado em triângulo
Fonte: Capelli, 2010
3 Motores Elétricos
57
WATTÍMETRO
10 Outra forma de corrigir o fator de potência é colocar um banco de capacitores
Instrumento para medir na entrada da baixa tensão. Esse recurso é aplicado quando existem instalações
a potência colocada em
funcionamento num
elétricas com elevado número de cargas, mas com potências diferentes e regimes
circuito elétrico em Watts. de utilização não uniforme. A principal desvantagem deste tipo de correção é que
a corrente elétrica não é reduzida nos circuitos de cada equipamento. A Figura 25
mostra a técnica.
11
kVar-METRO
Instrumento para medir Medidor de energia ativa
a potência colocada em
funcionamento num
circuito elétrico em kVar. P R
Q S
L
FP = kW
kVa
tan α = kVar
kW
Em que:
kW = quilowatt
kVar = quilovolt - ampère reativo
kVa = quilovolt - ampère
3 Motores Elétricos
59
Regime de serviço
a) 0 - sem proteção;
g) 6 - água de vagalhões;
h) 7 - imersão temporária;
i) 8 - imersão permanente.
Categoria (CAT)
200
Categoria H
150
Categoria N
100
50
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Velocidade (%)
Tolerâncias
Para que você faça uma boa conservação de energia em um motor elétrico, é
necessário que tome os seguintes cuidados:
• usar um motor com um fator de potência elevado (próximo de 100%);
• o rendimento do motor deve ser alto;
• verificar o dimensionamento dos condutores a serem utilizados na instalação
elétrica (conforme a NBR-5410);
• evitar emendas entre fios (conforme NBR-5410).
3 Motores Elétricos
63
Recapitulando
Anotações:
Dispositivos de proteção e
manobra de motores
4.2.1 Fusíveis
F21
Fusíveis de comando
Fusível ultrarrápido
O fusível ultrarrápido é indicado para a proteção de diodos e tiristores. Na
prática, esse tipo de fusível é recomendado para a proteção de retificadores e
inversores. Sua principal proteção é contra curtos-circuitos.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
72
4.2.2 Contator
19
18
16 17
15
11
14
13 10
12 7
9
4 8
5 6
3
2 20
1 21
22E
3TF4
4
2/T1
4/T2
0/T3
C 14 24 32 42
2T1 4T2 6T3 A2
Contatos Bobina Contatos
Principais da Contatora Auxiliares
Figura 35 - Simbologia do contator (bobina), os contatos principais e os contatos auxiliares
Fonte: WEG, 2005a
Notamos que há uma linha tracejada indicando que, quando o contator está
energizado, os contatos auxiliares e os contatos de potência mudam de posição
de forma simultânea.
Sequência
13 14
( 2° contato) Função (NF)
21 22
Figura 36 - Representação dos contatos auxiliares
Fonte: WEG, 2005a
13 21 31 43 ON 34 CN 13
5 T
CN 12
5
ON 31
5
14 22 32 44
E 22
8 7
0N 44 CN 23 CN 2 8 5
2 ON 41
Para a escolha correta dos contatores que irá utilizar, precisa saber alguns
critérios que são importantes:
• Categoria de emprego – determina as condições para a ligação e interrupção
da corrente e da tensão nominal de serviço correspondente para a utilização
normal do contator, nos mais diversos tipos de aplicação para CA e CC.
• Tensão de comando – critério empregado após a definição do tipo de contator
a ser utilizado, juntamente com a frequência da rede. Diferencia-se pelo sistema
utilizado, sendo usual a tensão em CA e com menor incidência em CC.
• Frequência de manobras – informa o número de manobras por hora que o
contator deve realizar. Essa é uma informação importante, pois quanto maior
esse valor, menor será a vida dos contatos.
• Quantidade de contatos auxiliares – a quantidade depende das necessidades
de comando intertravamento e sinalizações constantes do circuito.
10
0 10 20 (ms)
Carga indutiva
(X /n) Exemplo: Motor trifásico
com rotor em curto-circuito
20
10
Pico de corrente na ligação
8. /n ( cos α = 0,35)
-10
-20
0 0,5 1,0 (s)
Carga capacitiva
Exemplo: Banco de
(X /n) capacitores
60 Pico de corrente na
40 ligação ( muito elevado ) 60. In
( Os contatores básicos
20 devem ser adaptados a
-10 manobra de capacitores,
diminuindo o efeito de
-20
pico através de resistência
0 10 20 (ms)
ou indutâncias ligadas em série).
1L1 2T1
CARGA
3L2 4T2
5L3 6T3
1,5
1,3
96 NC 98 NO 97 NO 95 NC
95 96 98
Contato tipo reversor Duplo contato
(1 NA + 1 NF )
Figura 40 - Nomenclatura dos contatos auxiliares de um relé de sobrecarga coma sua simbologia
Fonte: WEG, 2005a
O relé não deve ser dimensionado com a corrente nominal, pois, se houver
a necessidade de o motor ser utilizado com fator de serviço acima de 1, o relé
não permitirá tal corrente, mesmo que o motor suporte a situação. O ajuste da
corrente deve ser do seguinte modo:
Ir = 1,15 até 1,25 . In
Em que:
Ir = corrente do relé de sobrecarga;
In = corrente nominal.
Características de operação
• Corrente nominal do motor – é a característica básica de escolha da
faixa de corrente de um relé. Serve, inclusive, para seu ajuste por meio
do botão de regulagem.
• Características da rede – a influência da frequência sobre os valores de
desarme pode ser desprezada. O maior valor de tensão admissível para o
relé é a sua tensão nominal de isolação.
• Número de manobras – a correta proteção de um motor com relé de
sobrecarga é garantida para operação contínua ou para uma frequência de
manobras de até 15man/hora. Após cada manobra, os bimetálicos do relé
deverão ter tempo para resfriar, voltando à posição original (repouso).
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
78
FF ( N )
ao circuito
de força
L1
Figura 41 - Relé de falta de fase
Fonte: Basotti, 2001
Este relé é utilizado em motores que usam sondas PTC (positive temperature
coeficient), um termistor cuja resistência aumenta bruscamente para um valor
definido de temperatura, alterando seu valor de resistência. A instalação do PTC é
feita no meio das espiras do motor elétrico. Geralmente, é ligado um PTC por fase
e ligado em série, protegendo o motor de qualquer aquecimento no enrolamento.
A Figura 42 mostra o PTC em um motor elétrico.
4 Dispositivos de proteção e manobra de motores
79
4.2.4 Disjuntor
1=A
InA=00100 n I
V 0=05500
Ue = eU V
4 =º TC
TC=º 545 O
nOn
C
A .TAA
CAT.
K
AKA
040
4
UeV VeU
32
0230 K0
0K 521 WD
DWH125H
2
525 14/ /415
5380 6 - 60
083 050 05
1
616 44
0440 2H
H2
O
ffOff
1
212 05
0500
21
5125 m
515
1
5 = Icu
= 050%
cI %
uK1 1K TSET
ETESTE
- 74947
2IEC EI
9 C-2 D
100
21- W
0
DW H 5H
01 -125
- 74EN
2CEI C NE IE-2C
90C0947
EDV
0660 0660
VDE
Funcionamento do disjuntor
a Alavanca de acionamento
Ligado
Desarmado
Desligado
disparadores no repouso
Borne i i Borne
de entrada Mola comprimida de saída
Disjuntor ligado
Trava mecânica
“armada”
i i
Contratos de força
Botão
i
de teste i
b Alavanca de acionamento
Ligado
Desarmado
Desligado
Disjuntor Desligado
Borne
de entrada Borne
Trava mecânica Mola comprimida de saída
Contratos de força
Botão
de teste
c Alavanca de acionamento
Ligado
Desarmado
Desligado
atuação dos disparadores
Borne
Disjuntor desarmado
Borne
de entrada Mola sem pressão
Trava mecânica de saída
“livre”
Contratos de força
abertos
Botão
de teste
Figura 44 - Etapas de funcionamento de um disjuntor. a) Disjuntor ligado - disparadores no repouso; b) Disjuntor desligado;
c) Disjuntor desarmado - atuação dos disparadores
Fonte: WEG, 2005a
4 Dispositivos de proteção e manobra de motores
81
2
167
501
809
189 2
167
501
809
5SX1 189
5SX2 2
167
501
5SX3 189
809
B3 2 C4 C16
220 /380 C
380 v - 380 v -
3000 24 24 6
3000
v- Ul 440V
3000
Ul 250/ - Ul 440V
440V - 1 3 - 1 3 5
Figura 45 - Disjuntor
Fonte: WEG, 2005a
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
82
6 – 16
25 – 40
63
100 – 200 X
400
630
1000 X
1250 – 1600 X
2500 – 3150
4000 – 6300
Fonte: WEG, 2005a
4 Dispositivos de proteção e manobra de motores
83
Circuito de Comando
Circuito de Comando
R H1 X1
H1 X1
S
S
F22 H2 X2 H2 X2
T T
a N b c
Figura 47 - Utilização de transformador em uma rede trifásica, a) sem neutro, b) com neutro e c) Simbologia do transformador
Fonte: WEG, 2005a
Autotransformadores de partida
100
100
100
80
80
80
85
85
85
0
00
00
2 3
A1 - A2 - alimentação
4
A1 A2
1
15 - contato comum
16 - contato NF
15
16
18
Seg 5 18 - contato NA
16 18 A2
Figura 49 - Temporizador
Fonte: WEG, 2005a
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
86
Alimentação
Saída (contatos)
a b
T
K
K
18 28
16 26
A2 a b
Funcionamento e simbologia
Alimentação
Saída (contatos)
a b
T
a b
Simbologia e funcionamento
NF NA
K A1
A2 C
acesa
Lâmpada 1 apagada
Recapitulando
5.1.1 Chaves
NA
3 4 3 4
NF
1 2 1 2
Uma vez acionada a chave de retenção, seu retorno à posição inicial ocorre
com um novo acionamento, como é ilustrado na Figura 57.
3 4 1 2
NA NF
Figura 57 - Chave com retenção
Fonte: Franchi, 2008
As chaves com contatos múltiplos com ou sem retenção são chaves com vários
contatos NA e NF agregados, como mostra a Figura 58.
13 23 31 41 13 23 31
14 24 32 42 14 24 32
Chave seletora
2 2
1 NF 1 NF
C C
4 4
NA NA
Figura 59 - Chave impulso (três posições) e chave trava (duas posições)
Fonte: Franchi, 2008
Chaves manuais
1 3 5
2 4 6
Tomada industrial
A botoeira ou botão liga e desliga e fim de curso são os interruptores usados nos
circuitos elétricos industriais. As botoeiras são instaladas em portas de quadro de
comando, em frente de máquinas etc. As pedaleiras são utilizadas em máquinas nas
quais o operador liga e/ou desliga o equipamento com o pé. Já o dispositivo fim de
curso tem maior aplicação como limitadores de deslocamento e proteção de máquinas.
As botoeiras são dispositivos auxiliares de comando que atuam no circuito
com as seguintes funções:
• comando de contatores;
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
94
• comando de sinalizadores.
Cada cor de botão indica um tipo de atividade, conforme descrito por norma, e cada
empresa pode criar seu próprio padrão. A Figura 62 mostra alguns tipos de botoeiras,
conforme norma IEC 60947-1(2011).
0
1
Manipulador Comutadores
Branco
Quadro 3 - Identificação das cores dos botões
Fonte: WEG, 2005a
5 Dispositivos de comando e sinalização
95
5.1.3 Sinaleiros
Recapitulando
4 5 6
Figura 64 - Sistema gerador com três bobinas
Fonte: Ferreira, 2010
Ao encontrar um motor sem identificação em seus terminais, não ligue as bobinas de forma
aleatória, pois isso pode provocar danos ao motor. Você deve fazer um teste de continuidade
com um multímetro, com escala em ohms para identificar as bobinas. As bobinas são como
indutores e possuem uma resistência elétrica.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
102
Tabelas de fios
A tabela de fios mostra qual a corrente máxima suportada por um fio de acordo
com seu diâmetro específico. Essa medida pode ser em milímetros (mm conforme
a NBR-6418 - 70°C) ou em AWG/MCM (American Wire Gauge e 1000 Circular Mils,
conforme a EB-98 ABNT - 60°C), que é um padrão americano. A Tabela 10 mostra
essas medidas.
Tabela 10: Tabela de fios com a corrente máxima suportada série métrica e AWG
Série métrica AWG
mm2 (A) AWG mm2 (A)
1,5 15,5 14 2,1 15
2,5 21 12 3,3 20
4 28 10 5,3 30
Continua
6 Esquemas de ligação de motores e partidas de motores elétricos trifásicos
103
Continuação Tabela 10: Tabela de fios com a corrente máxima suportada série métrica e AWG
Série métrica AWG
mm2 (A) AWG mm2 (A)
6 36 8 8,4 40
10 50 6 13 55
16 68 4 21 70
25 89 2 34 95
35 111 1 42 110
- - 1/0 53 125
50 134 - - -
- - 2/0 67 145
70 171 3/0 85 165
- - 4/0 107 195
95 207 - - -
- - 250 127 215
120 239 300 152 240
- - 350 177 260
150 272 - - -
- - 400 203 280
185 310 - - -
- - 500 253 320
- - 600 304 355
240 364 - - -
- - 700 355 385
- - 750 380 400
300 419 800 405 410
- - 900 456 435
- - 1000 507 455
400 502
500 578
Fonte: ISOQUIP, 2011
Ligação triângulo
Se ligarmos os três sistemas monofásicos entre si, como indica a Figura 65,
poderemos eliminar três fios, deixando apenas um em cada ponto de ligação, e o
sistema trifásico ficará reduzido a três fios – 1, 2 e 3.
1 6 1
3 2 1
4 5 3 3
2
6 5 4 2
1
1 I1
I3-1
I1-2
V1-2
V3-1
I2-3 I2
2 2
3
V2-3
3
I3
Ligação estrela
4 5 6
3
Figura 67 - Sistema gerador ligado em estrela
Fonte: Ferreira, 2010
O quarto fio é ligado ao ponto comum às três fases. A tensão de linha e a corrente
de linha são definidas do mesmo modo como na ligação triângulo. Examinando
o esquema da Figura 66, vemos que a cada carga é aplicada a corrente de linha IL,
que é a própria corrente do sistema monofásico correspondente, ou seja:
IL = If (I1 = I1-2; I2 = I2-3; I3 = I3-1)
6 Esquemas de ligação de motores e partidas de motores elétricos trifásicos
105
A corrente em cada fio de linha, ou corrente de linha IL, é a soma das correntes
das duas fases ligadas a esse fio, ou seja, IL=I1+I3. Como as correntes estão defasadas
120º entre si, temos, consequentemente (Figura 68):
VL = V1-2 + V3-1 = ( V1-2 = = V3-1)= 2.V. sen (120) = ( V = Vf ) = 2.Vf. 3 = Vf . 3
2
I1
1
I2
2 V1-2
Y VL = Vf . 3 IL = I f P = 3. Vf . If
∆ VL = Vf IL = If . 3 P= 3 . VL . IL
Fonte: Autor
R R
4 5 6 1 1
1 9 4 9 4 7
2 3 6 7 6
2
3 8 5 2 S
9 7 8
motor nove terminais
T S T 3 8
5
220V 220V
(triângulo/duplo-triângulo) 440V 220V
triângulo (∆) duplo - triângulo ( ∆∆ )
R S R S
1 2 7 8
1 2 3
4 7
8 5 1 2
4 5
330V
6
4 5 6
220V
780V
7 8 9
220V
9 3
9
6
220V
3 T
motor nove terminais duplo - estrela (YY)
(estrela/ duplo estrela) T
estrela (Y)
Figura 69 - Tensão nominal múltipla a 9 fios
Fonte: Basotti, 2001
380 V
T 4 R
6
1
2 3
220V
T
5
220V
S
estrela (Y) triângulo (∆)
Figura 70 - Ligação estrela-triângulo
Fonte: Basotti, 2001
6 Esquemas de ligação de motores e partidas de motores elétricos trifásicos
107
Mas como essa tensão seria maior do que 600V, é indicada apenas como
referência de ligação estrela-triângulo, como, por exemplo, 220V/380V/440V/760V.
Este tipo de ligação exige um motor de 12 fios, como mostra a Figura 71, ou de
9 fios, como mostra a Figura 72.
12 1
1 7
4 10 1 4
6 9
12 12 7 7
5 3 6
9 9 4
6 11 2 10
3 8 3 10
11 8
5 2
11 8 5 2
380V 380V 220V 220V 440V 440V
380V 220V 440V
Figura 71 - Esquemas de ligação de um motor com tripla tensão (estrela em paralelo, triângulo em paralelo e estrela em série)
Fonte: WEG, 2005e
1 2 3 4 5 6 7 8 9
6 4 8 9 10
3 2
Figura 72 - Ligação de um motor com tripla velocidade (motor com três ligações em estrela,
com enrolamento Dahlander e ligação em estrela)
Fonte: Basotti, 2001
Com 6 fios
4 5 6 1 2 3
1 2 3
6 4 5
R S T R S T
6 4 5 10 11 12 7 8 9 7 8 9
duplo-triângulo (380V), es- 7 8 9 7 8 9 4 5 6
1 2 3 1 2 3
12 10 11
7 8 9 12 10 11 1 2 3
trela (440V) e duplo-estrela
10 11 12
R S T R S T R S T R S T
(760V). motor 12 terminais (*) somente na partida
(quatro tensões)
1 2 3
Motor
R S T R S T
Ligação de motores
fase auxiliar
110V 220V
Monofáfico
1 6
monofásicos com 6 fios. 4
com
5
2 3
L1 L2 L1 L2
13 14
7/D6
BA
16 15
7/D4
BM
17 18
7/D3
M
19 20
S2
1
S0
2
3 43
S1 K1
4 44
15 25
K6
16 26 13 13 13
K2 21 K3 21 K1 14 K3 K2
14 14
22 22
A1 A1 A1 A1
K6 K2 K1 H1
A2 A2 A2 A2
Um circuito que alimenta um motor pode incluir um, dois, três ou quatro
elementos de chaveamento ou controle, preenchendo uma ou mais funções.
Quando vários elementos são utilizados, eles devem ser coordenados para
garantir uma operação otimizada do motor.
A proteção de um motor envolve alguns parâmetros que dependem:
• da aplicação (tipo de máquina acionada, segurança de operação, frequência
de partidas etc.);
• do nível de continuidade de serviço imposto pela carga ou pela aplicação;
• dos padrões aplicáveis para assegurar a proteção de vida e patrimônio.
As funções elétricas necessárias são de naturezas muito diferentes:
• proteção (destinada à sobrecarga de motores);
• controle (geralmente com elevados níveis de durabilidade);
• isolação.
6 Esquemas de ligação de motores e partidas de motores elétricos trifásicos
111
Consiste em estabelecer,
Inversor de interromper e regular o valor da
Soft-Start
frequência corrente absorvida pelo motor
Motor Motor
Comutação
PE(N) L1 L2 L3 L1 L2 L3 N(PE)
1 3 5
F1,2,3 Q1
1 3 5 1 3 5
F4 F1
2 4 6 2 4 6
U V W U V W
(1) (2) (3) (1) (2) (3)
M M
M1 M1
3- a 3- b
Figura 77 - Circuito de potência de uma partida direta: a) coordenada por fusíveis; b) coordenada por disjuntores
Fonte: FESTO, 2012
6 Esquemas de ligação de motores e partidas de motores elétricos trifásicos
113
95
Q1 - Disjuntor
Circuito
F4 F1, 2, 3 - Fusíveis
96
(alternativa Q1 - Seccionador - fusível 3NP4 ou
Q1 - Seccionador com porta-fusíveis S37 que
permite acionamento rotativo externo)
1
S0 F21 a F23 - Fusíveis de comando
2
3 13 T1 - Transformador de comando
S1 K1
4 14
K1 - Contator
(contatos auxiliares para contator, consulte
catálogo do produto)
F4 - Relé de sobrecarga
A1
K1 M1 - Motor
A2
S0 e S1 - Botões de comando
(PE)N L1 L2 L3 N(PE) L1 L2 L3
1 3 5
F1,2,3 Q1
F21 T1 F23
2 4 6 F21 T1 F23
Circulo Circulo
F22 de F22 de
comando comando
+ +
1 3 5 1 3 5
K1 K2 2 4 6
1 3 5 1 3 5
2 4 6
K1 2 4 6
K2 2 4 6
1 3 5
F4
2 4 6
U V W
U V W
(1) (2) (3) (1) (2) (3)
M M
M1 3-
3- a M1 b
Figura 79 - Circuito de potência de uma partida direta com reversão: a) coordenada por fusíveis; b) coordenada por disjuntores
Fonte: FESTO, 2012
de Potência
Circuito
1 F1, 2, 3 - Fusíveis
S0
2
Q1 - Disjuntor
1 1
S2 2 S1 2 F21 a F23 - Fusíveis de comando
3 13 3 13
S1 K1 S2 K2 T1 - Transformador de comando
4 14 4 14
K1 e K2 - Contatores
21 21 M1 - Motor
K2 K1
22 22
S0, S1, S2 - Botões de comando
A1 A1
K1 K2
A2 A2
Este tipo de ligação pode ser feito em motores com 6, 9 ou 12 terminais. Com
220 . 3 =vezes,
essa ligação, a tensão de fase é reduzida 380V e a corrente de fase também
220 . 3 =vezes.
é reduzida 380V Em estrela, a corrente de fase é igual à corrente de linha. Em
220é. 3 =vezes
triângulo, a corrente de linha 380V a corrente de fase. Assim, as correntes
de linha, que realmente interessam para a instalação elétrica, são reduzidas em
um terço quando a ligação é em estrela.
A Figura 81 mostra o circuito de potência (a) coordenada por fusíveis e (b)
coordenada por disjuntor.
N(PE) L1 L2 L3 N(PE) L1 L2 L3
1 3 5
Q1
F1,2,3
2 4 6
K1 K2 K3 K1 K2 K3
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6
1 3 5 1 3 5
F7 F1
2 4 6 2 4 6
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
M1 a M1 b
Figura 81 - Circuito de potência de uma partida estrela-triângulo: a) Coordenada por fusíveis; b) Coordenada por disjuntores
Fonte: FESTO, 2012
95
Circuito
F7 F1, 2, 3 - Fusíveis
96
1 Q1 - Disjuntor
S0
2
F21 a F23 - Fusíveis de comando
3 43
S1 K1 T1 - Transformador de comando
4 44
K1, K2, K3 - Contatores
15 25 F7 - Relé de sobrecarga
K6 18 28
13 13 M1 - Motor
K2 21 K3 21 K1 14
K3 14
22 22
S0 e S1 - Botões de comando
A1 A1 A1 A1
K6 K3 K2 K1
A2 A2 A2 A2 K6 - Relé de tempo
IY
CY
Cr
Rotação
tc n
Figura 83 - Comportamento do conjugado e da corrente com a ligação Y- ∆, em função da velocidade
Fonte: FILIPPO FILHO, 2010
Antes de você decidir por uma partida estrela-triângulo, é necessário que verifique
se o conjugado de partida é o suficiente para operar a máquina. O conjugado
resistente de carga não pode ultrapassar o conjugado de partida do motor, nem a
corrente no instante da mudança para triângulo poderá ser de valor inaceitável.
As principais vantagens da utilização da chave estrela-triângulo são:
• o custo é baixo;
• não há limite quanto ao número de manobras;
• os componentes ocupam pouco espaço;
• a corrente da linha de partida é reduzida.
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
118
A chave compensadora pode ser usada para a partida de motores sob carga.
Ela reduz a corrente de partida, evitando uma sobrecarga no circuito, mas deixa
o motor com um conjugado suficiente para a partida e aceleração. A tensão na
chave compensadora é reduzida por meio de autotransformador que possui,
normalmente, Taps de 50, 65 e 80% da tensão nominal.
Essa chave utiliza um autotransformador trifásico para reduzir a tensão de
linha. Os terminais do estator não sofrem qualquer manipulação. Ela é aplicada
para motores com qualquer número de terminais, ligados em estrela-triângulo.
Na maioria dos casos, as chaves compensadoras de partida são constituídas de:
• transformador trifásico conectado em Y;
• três contatores magnéticos;
• um relé térmico;
• três fusíveis limitadores;
• uma chave seccionadora sob carga;
• fusíveis rápidos no circuito de comando;
• relé de tempo.
A Figura 84 mostra o circuito de potência de uma chave compensadora com
um autotransformador, e a Figura 85 mostra o circuito de comando desse circuito.
6 Esquemas de ligação de motores e partidas de motores elétricos trifásicos
119
N(PE) L1 L2 L3 N(PE) L1 L2 L3
1 3 5
Q1
F1,2,3 F4,5,6
2 4 6
K1 K2 K3 K1 K2 K3
2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6 2 4 6
66% 66%
F7 1 3 5 80% F1 1 3 5 80%
2 4 6 T2 2 4 6 T2
U V W U V W
(1) (2) (3) (1) (2) (3)
M M
M1 3- 3-
a M1 b
Figura 84 - Circuito de potência de uma partida com chave compensadora com autotransformador: a) coordenada por
fusíveis; b) coordenada por disjuntores
Fonte: FESTO, 2012
de Potência
F1 95
Circuito
S0 e S1 - Botões de comando
A1 A1 A1 A1 A1
K3 K2 K6 K1 K11
A2 A2 A2 A2 A2 K6 - Relé de tempo
Figura 85 - Circuito de comando de uma partida com chave compensadora com autotransformador
Fonte: FESTO, 2012
6 2
4
C
C
1
0 C
C
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Figura 86 - Comportamento do conjugado e da corrente com a ligação com chave compensadora em função da velocidade
Fonte: FILIPPO FILHO, 2010
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
120
1,0
0,9
K1
0,8
0,7 K2
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
Um
Un
Figura 87 - Fatores de redução K1 e K2 em função das relações de tensão do motor e da rede
Fonte: WEG, 2005d
Um
Como exemplo, para Un
= 85% da tensão nominal, olhando o gráfico anterior
da Figura 87:
• corrente: (85%)= k1 . IP
In
. 100% = 0,8 .
IP
In
. 100% = 80%
• conjugado: (85%) = k1 . IP
In
. 100% = 0,66 .
IP
In
. 100% = 66%.
Com isso, surge o gráfico da Figura 88, que mostra o resultado obtido.
Relação de corrente
Conjugado em porcentagem do conjugado nominal
200
I
Tn(Un)
I
Tn (85 % Un)
100
C (U )
Cn n
C (85 % U)
Cn n
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 %
Figura 88 - Exemplo das características de desempenho de um motor quando parte com 85% da tensão
Fonte: WEG, 2005d
6 Esquemas de ligação de motores e partidas de motores elétricos trifásicos
121
Estrela-triângulo Compensadora
Custo menor Custo maior
Menores dimensões Tipos de chave com maiores dimensões
Deve partir praticamente a vazio Admite partidas com carga. Pode variar o
tap conforme exigência da carga, como,
por exemplo, partidas longas
Corrente de partida reduzida para 33% Corrente de partida reduzida:
• tap de 80% para 64%
• tap de 65% para 42%
Quadro 9 - Quadro comparativo entre estrela-triângulo e compensadora
Fonte: WEG, 2005d
N(PE) L1 L2 L3
F1 F2 F3
2 2 2
A
T T T 1 1 1
F1 F2 F3
2 2 2
B F4 F5 F6
2 2 2
F23 T1 F21
1 2 H1 X1 1 2
Circuito de
comando
F22 H2 X2
1 2
1 3 5 1 3 5 F1,F2 e F3 - Fusiveis de f
K1 K2 (F1,F2,F3 e F4,F5,F6) - F
2 4 6 2 4 6
F21, F22 e F23 - Fusíveis
1 3 5 1 3 5
T1 - Tranformador de corr
1FT1 2FT1
K1,K2,K3,K4 - Contator
2 4 6 2 4 6
1FT1 e 2FT1 - Relé de so
KT1 - Relé de tempo
M1 - Motor
1 3 5 1 3 5 Acessórios opcionais:
K4 K3 - Relé falta de fase
2 4 6 2 4 6
7 8 9 - Relé minima e máxima te
1 4 - Amperìmetro
2 M 5
3
3 6
Circuito de
potência
FT1
95 98 1 2
96
21
SH1
22
13 13 13 43
SH1 K2 K1 K1
14 14 14 44
15 14 22 44 22
KT1 K3 K1 K2 K3
18 16 13 21 43 21
K1 32
31
A1 A1 A1 A1 SH1 X1
K3 K2 KT1 K1
A2 A2 A2 A2 X2
Recapitulando
R S T Rotação nominal
R
t
S
t
M
3 T
t
Figura 91 - Controle de fases de um motor trifásico utilizando um soft-starter
Fonte: Dreher, 2009
Princípio de funcionamento
Entrada + + Saída
analógica - - analógica
Entrada Saída a relé
digitais RL1 RL2 RL3
CORRENTE
PARTIDA DIRETA
PARTIDA ESTRELA/TRIÂNGULO
SOFT
STARTER
TEMPO
Contator da rede
k
R
K1
Relé de sobrecarga
F1
Chave estática
F1 Fusíveis NH
k
R Contator da rede
K1 Relé de sobrecarga
F2
Condutor em
paralelo
Chave estática
A
B
C
N
PE
U<
S1
S4 15 AC 380 - 415v
14 AC 200 - 240v
13 AC 100 - 120v
12 N/L DCL + 24v
11 DCL + 24v
Interligação 10 Ligar
necessária 9 Desligar
8 Resetar
7
6
5 Falha
4
3 Partida conduída
2
1 Contato para freio
P P
P
Componentes do inversor
W U V
M
3
Retificação da entrada
Controle de chaveamento
T1 T3 T5
R
S
T M
T2 T4 T6
13
Terrômetro
Instrumento de medida
utilizado para medir a
resistência do terra, cuja
unidade de medida é
ohms. Figura 100 - Modulação por PWM
Fonte: Franchi , 2008
330
220
110
15 30 45 60 Hz
IGBT
T1 T3 T5
R
S M
3+
T
T4 T6 T2
+
T1 T3
A M B
1+
Rede
T2 T4
Lógica de controle
Dimensionamento
b) motor = 1 HP (746W)
Cálculos:
a) CI = corrente do inversor;
b) CI = potência em watts;
d) CI = 746W = 2,45A;
e) 380 × 0,8;
c) tipo = escalar.
6. A rede elétrica deve ser confiável, isto é, jamais ultrapassar variações em torno de
10% em sua amplitude.
7. Sempre que possível, utilizar os cabos de comando devidamente blindados.
8. Os equipamentos de controle (PLC, CNC, PC etc.) que funcionarem em conjunto com
o inversor devem possuir o terra em comum. Normalmente, este terminal vem indicado
pela referência PE (proteção elétrica) e sua cor é amarela e verde (ou apenas verde ).
9. Utilizar sempre parafusos e arruelas adequadas para garantir uma boa fixação
ao painel. Isso evitará vibrações mecânicas. Além disso, muitos inversores utilizam o
próprio painel em que são fixados como dissipador de calor. Uma fixação pobre, nesse
caso, causará um aquecimento excessivo (e possivelmente sua queima).
10. Caso haja contatores e bobinas agregadas ao funcionamento do inversor,
utilizar sempre supressores de ruídos elétricos (circuitos RC para bobinas CA e
díodos para bobinas CC).
Essas precauções não visam apenas melhorar o funcionamento do inversor, mas
evitar que ele interfira em outros equipamentos ao seu redor. O inversor de frequência
é, infelizmente, um grande gerador de EMI (interferências eletromagnéticas). Caso
seja instalado sem atenção aos cuidados que apresentamos, poderá prejudicar toda a
máquina (ou sistema) ao seu redor.
Rotação (velocidade)
n (desejada)
Tempo
t (p005)
Tempo
t (P006)
UNom
Uk
Up
Ajuste Tempo
I Soc
I Nom
Ajuste Tempo
I Nom
I Soc
Ajuste Tempo
Recapitulando
NBR
14 As normas técnicas acompanham a evolução das técnicas e de matérias-primas.
ABNT NBR é a sigla Consequentemente, são feitas periodicamente revisões e novas publicações, com
de Norma Brasileira
aprovada pela ABNT,
conteúdos parcialmente diferentes, o que invalida a edição anterior da norma.
de caráter voluntário,
e fundamentada no As normas de símbolos gráficos e de símbolos literais informam como
consenso da sociedade. um componente deve ser identificado em seu esquema de ligação, tanto no
Torna-se obrigatória
quando essa condição é desenho do símbolo quanto na letra que deve caracterizá-lo. As normas de
estabelecida pelo Poder padronização são necessárias em alguns casos de partes e componentes
Público. NR é a sigla de
Norma Regulamentadora elétricos, para permitir a intercambialidade.
estabelecida pelo
Ministério do Trabalho Em todas essas normas, existe o item definições, que contém a terminologia
e Emprego, com caráter
obrigatório. técnica a ser utilizada. Essa terminologia está intimamente ligada ao Sistema
Internacional de Unidades de Medida (SI), que define as grandezas físicas, sua
representação e as unidades de medida e suas abreviaturas e modo de redação.
Portanto, devemos ter presente a necessidade de conhecer detalhadamente o SI.
Recapitulando
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO. Portaria ANP n. 80, de abril de 1999. Disponível em: <http://
licenciamento.cetesb.sp.gov.br/Servicos/licenciamento/postos/legislacao/Portaria_ANP_80_99.
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Minicurrículo do Autor
A
Atrito e rendimento 50
Atuadores 13, 14
B
Bancos de capacitores 56, 58
Botoeira 10, 93
C
Classe de isolamento 44, 85
Comparativo 7, 121, 127
Componentes do inversor 130
Compressores 31
Conjugado 6, 24, 32, 33, 37, 40, 44, 45, 46, 47, 49, 55, 59, 61, 62, 111, 112, 115, 117, 118, 119, 120,
127, 129, 136, 138
Contador 9, 87
Corrente de partida 40, 45, 48, 61, 69, 83, 85, 115, 118, 122, 125, 127, 135, 136, 138
Corrente nominal 37, 40, 47, 48, 68, 69, 70, 76, 77, 115, 118
D
Dispositivos de proteção e manobra 9, 68
E
Elementos de comando 91
Eletricidade industrial 13
Entradas digitais 130
Esquemas de ligações 10, 102, 107, 122
F
Fator de potência 5, 7, 50, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 62, 84, 140
Fator de serviço 44, 59, 63, 77, 140
Filtros 136
Fontes de energia 5, 7, 9, 18, 19, 26
Força eletromagnética 22
Fusível 5, 68, 69, 70, 71, 72, 81, 96, 108, 112, 144
G
Geração de energia elétrica 9, 17, 18, 26
Gerador 5, 6, 9, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 101, 103, 104, 134
Grau de proteção 44, 48, 60, 61
H
Hidráulica 13, 148
I
Ihm 130
Interface 130, 134
Inversor de frequência 7, 10, 129, 133, 136
L
Ligações utilizadas nos motores 10, 107
M
Máquinas primárias 9, 20
Microprocessador 130
Motor dahlander 5, 38, 108
Motor de indução trifásico 9, 10, 32, 34, 35, 36, 43, 101
Motores assíncronos 9, 33, 34, 38, 41, 139
Motores de corrente alternada 9, 31, 32, 43
Motores de corrente contínua 42, 43
Motores elétricos 6, 7, 9, 10, 13, 25, 29, 30, 31, 32, 46, 48, 51, 64, 91, 92, 99, 101, 108, 111, 122, 125,
129, 145
Motores síncronos 9, 32, 33
N
Normas técnicas 13, 143, 144
P
Parametrização de drivers 10, 137
Partida de motores 110, 118, 139
Placa de identificação 43, 47, 48, 51
Plc 130, 134
Pneumática 13, 148
Potência absorvida 49, 51, 53
Potência útil 49, 51, 53, 54
R
Regime de serviço 59
Relés de sobrecarga 69, 76, 88, 144
Relés temporizadores 85, 88
S
Saídas digitais 128
Simbologia 5, 6, 69, 73, 77, 81, 83, 85, 86, 87, 96, 122
Sistema de energia 17
Sistema elétrico trifásico 17, 23
Soft-starter 7, 10, 13, 69, 115, 125, 126, 127, 128, 129, 136, 137, 139, 140
T
Temporizador 6, 85, 86, 96
Tensão de funcionamento 47
Tipos de inversor 135
U
Umidade 93
V
Vazão 97
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Elisabeth Urban
Diretora de Educação e Tecnologia
José Zortea
Diretor Regional e Membro Nato do Conselho Regional do SENAI-RS
DIRETORIA SENAI-RS
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