Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
42
Certifico e dou fé que o ato abaixo, constante da relação nº 0098/2014, foi disponibilizado na página
2209/218 do Diário da Justiça Eletrônico em 13/05/2014. Considera-se data da publicação, o primeiro dia útil
subseqüente à data acima mencionada.
Advogado
Valter Nunhezi Pereira (OAB 166354/SP)
Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 1009294-53.2014.8.26.0007 e o código 65317E.
Assunto:Reintegração / Manutenção de Posse - Esbulho / Turbação / Ameaça Requerente:A.L.D.
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÃO LTDA. Requerido:DESCONHECIDOS Juiz(a) de Direito: Dr(a).
Alessander Marcondes França Ramos Vistos. Trata-se de ação destinada a reintegração de posse. O autor
demonstra ser o proprietário de imóvel objeto da matrícula 92.277 do 7º Cartório de Registro de Imóveis (fls.
22/26 - R.8), sendo evidente que mantinha posse anterior do bem, decorrente do próprio título aquisitivo e da
manutenção do bem há quase uma década. Desta forma busca o proprietário reaver a posse que fora obtida
com base no artigo 1228, "caput" do Código Civil, posto que sua posse decorre do direito de propriedade. Não
se disputa domínio, mas a posse com base naquela exercida e conferida de forma derivada pela aquisição do
imóvel. Entre os poderes inerentes ao domínio há também a posse do bem, pelo que é viável ao proprietário
abrir mão da ação petitória notadamente mais demorada para valer-se da ação possessória. Nesta situação
defende o ius possidendi. Silvio de Salvo Venosa salienta: "Ius possidendi é o direito de posse fundado na
propriedade (em algum título: não só propriedade, mas também outros direitos reais e obrigações com força
real). O possuidor tem a posse e também é proprietário. A posse nesta hipótese é conteúdo ou objeto de um
direito, qual seja, o direito de propriedade ou direito real limitado. O titular pode perder a posse e nem por isso
deixará sistematicamente de ser proprietário." Desta forma, como o proprietário também exerce a posse do
bem, é possível que venha a perdê-la por esbulho de terceiro. Caio Mario da Silva Pereira defende: "Se o
esbulho é de mais de ano (ação de força velha espoliativa) o juiz fará citar o réu para que se defenda, admitirá
suas provas, que ponderará com as do autor, e decidirá finalmente quem terá a posse. Nesse caso, a
sentença em efeito dúplice: julgando que o autor não deve ser reintegrado, reconhece ipso facto a
legitimidade da posse do réu; e vice-versa, concedendo a reintegração, repele a pretensão do esbulhador
sobre coisa. São requisitos do interdito recuperandae a existência da posse e seu titular, e o esbulho cometido
pelo réu, privando aquele, arbitrariamente, da coisa ou do direito (violência, clandestinidade ou precariedade)."
Noticia o autor que na data de 07.05.14 houve invasão de sua gleba, certamente inspirada por outras invasões
que se perpetraram na região de Itaquera destinada a pressionar o Poder Público em determinada direção. As
fotografias de fls. 19/21 demonstram esbulho, sendo necessária a concessão da medida liminar,