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Docente:
Prof. Doutora Julieta M. Langa
Data:
Maputo, Agosto/ 2019
Breves Considerações sobre o Surgimento da Psicolinguística
A Psicolinguística, apesar de ser uma ciência emergente, tem um historial que remonta a um
passado distante, concretamente a Grécia Antiga, tendo como base, as visões dialécticas que
surgiram de Platão e Aristóteles. Estas visões podem ser divididas em dois grupos,
nomeadamente: empirista e racionalista.
A visão Aristotélica, empírica, influenciou alguns filósofos como Locke, que deu origem ao
conceito de Tabua Rasa (quadro branco), procurando defender que o homem nasce sem
conhecimento.
Por outro lado, Descartes chegou a conclusão de que as ideias são inatas, partilhando o ponto
de vista de Platão, assumindo que os sentidos são enganosos, incertos e não favorecem uma
via segura de acesso ao conhecimento através das informações que os perpassam.
Antes da concepção da Psicolinguística como disciplina científica, houve uma fase em que a
Psicologia e a Linguística abordavam a questão central sobre a relação pensamento e
linguagem, denominada Psicologia da linguagem. Vejamos os princípios secundados em cada
esfera.
No Âmbito da Psicologia
Segundo Sternberg (2000), a Psicologia moderna iniciou com a fusão de entre a filosofia e a
fisiologia (medicina). A filosofia vista como introspecção e a fisiologia vista como
empirismo.
No Âmbito da Linguística
Até então a língua era vista como produto, mas Humboldt (1767-1835) começou a vera a
língua numa perspectiva diferente: a) 1º - a de que teria duas formas: externa (os sons) e
interna (sua estrutura, gramática e seu significado); 2º - a de que ela é um processo
dinâmico, uma actividade (energea) definida como a capacidade do espírito humano de usar
sons articulados para expressar um número infinito de frases. Estas ideias foram absolvidas
pelo psicólogo Wundt e se estenderam para o estruturalismo linguístico e para as gramáticas
generativas.