A partilha do continente africano pelos países colonizadores no século XIX reduziu 10 mil unidades sociais africanas a apenas 40 colônias, ignorando laços sociais e culturais. Os europeus traçaram fronteiras sem consultar os africanos, forçando novos grupos a construírem identidades a partir das línguas e religiões coloniais. A exploração dos recursos naturais e da mão de obra africana beneficiou empresas estrangeiras, enquanto a caça predatória quase dizimou os elefantes por seus
A partilha do continente africano pelos países colonizadores no século XIX reduziu 10 mil unidades sociais africanas a apenas 40 colônias, ignorando laços sociais e culturais. Os europeus traçaram fronteiras sem consultar os africanos, forçando novos grupos a construírem identidades a partir das línguas e religiões coloniais. A exploração dos recursos naturais e da mão de obra africana beneficiou empresas estrangeiras, enquanto a caça predatória quase dizimou os elefantes por seus
A partilha do continente africano pelos países colonizadores no século XIX reduziu 10 mil unidades sociais africanas a apenas 40 colônias, ignorando laços sociais e culturais. Os europeus traçaram fronteiras sem consultar os africanos, forçando novos grupos a construírem identidades a partir das línguas e religiões coloniais. A exploração dos recursos naturais e da mão de obra africana beneficiou empresas estrangeiras, enquanto a caça predatória quase dizimou os elefantes por seus
Leita o texto abaixo e responda o que se pede a seguir:
“[...] Pela guerra, por meio de acordos diplomáticos, controlando os chefes
locais ou substituindo-os por funcionários do seu governo, os países colonizadores dominaram quase todo o continente africano de cerca de 1890 a 1960 [...]. Mesmo sendo consequência de um processo que não aconteceu de uma hora para outra, do ponto de vista africano a partilha do continente foi um brusco reagrupamento no qual cerca de 10 mil unidades sociais foram reduzidas a quarenta. [...] Essas unidades sociais originais foram chamadas de ‘tribos’ pelos colonizadores, que ignoraram os laços comerciais, políticos e culturais que as haviam unido até então. Muitas vezes reorganizados a partir de novas fronteiras coloniais que foram traçadas sem a participação dos que moravam nas terras divididas, os grupos sociais tiveram de construir novas identidades a partir da língua e da religião do colonizador. [...] No período anterior – a do tráfico de gente – as pessoas eram retiradas da África para trabalhar na América [...]. Os grupos mais diretamente ligados aos agentes dos governos coloniais e às empresas comerciais que atuavam na África tiveram pessoas de suas elites educadas nos moldes ocidentais, incorporando valores europeus. O individualismo foi sendo introduzido junto com a colonização, e os interesses pessoais se sobrepuseram às identidades comunitárias e à solidariedade entre os membros das famílias, clãs e etnias. Era enorme a espoliação que o continente africano sofria ao ter parte de sua força e trabalho drenada, em troca da intensificação das guerras e do aumento do poder de alguns chefes. E continuou sendo enorme, se não maior, a espoliação imposta ao continente africano pela exploração de sua força de trabalho em benefício de empresários estrangeiros e uns poucos nativos, e pela extração e suas riquezas naturais. Ouro, diamantes, petróleo e muitos minérios são ainda hoje retirados em grandes quantidades do solo das regiões da África, por companhias francesas, inglesas e norte-americanas principalmente. Já os elefantes, que forneciam o cobiçado marfim com o qual as elites ocidentais do século XIX faziam bolas de bilhar, teclas de piano, cabos de faca e espada e uma variedade de objetos esculpidos, foram quase totalmente dizimados, sobrevivendo apenas em algumas reservas, nas quais animais e paisagens considerados exóticos atraem a atenção e alguns dólares de quem os pode gastar com turismo. [...]” SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil africano. São Paulo: Ática, 2007. P.159-161. a) Segundo o texto, o que significou para os africanos a partilha do continente? (0.2) ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ __________________________________ b) Por que os europeus do século XIX chamaram as unidades sociais africanas de “tribos”? (0.2) ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ___________________________________________________ c) Qual a consequência para os africanos de os europeus traçarem fronteiras entre suas colônias na África sem consultá-los? (0.2) ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ___________________________________________________
d) O que se pode dizer a respeito do impacto do imperialismo sobre a fauna africana?