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Colégio da Rainha Santa Isabel

FILOSOFIA – Prof. Sérgio Carvalho


O problema da definição de arte 1
 “Ser capaz de dar exemplos de animais que são éguas e de animais que não são éguas não
equivale a saber o que distingue as éguas de outros animais. De modo semelhante, também não
basta ser capaz de dar exemplos de coisas que são arte e de coisas que não são arte para se
saber distinguir o que é do que não é arte” (Aires Almeida, p. 10).
 Quando falamos de arte referimo-nos a algo social e não-natural. Ou seja, o conceito de arte é
O problema da
socialmente construído, resulta da atividade humana.
definição de
 Para definir arte determinamos o que é comum e estável aos objetos e práticas artísticas. A
Arte
definição cai muitas vezes numa tendência valorativa, associando ao um juízo de valor, em vez
de nos centrarmos na questão descritiva.
 Se a questão valorativa é oposta à questão descritiva então, devemos procurar as condições
(necessárias e/ou suficientes) que terão de ser satisfeitas para definir a arte.
 Uma das dificuldades está no na grande extensão de coisas às quais o conceito de arte se refere.
 Descrevem a essência ou natureza íntima da arte. São necessárias e suficientes.
 Três respostas:
Respostas
 Arte como representação – a arte representa/imita a realidade;
Essencialistas
 Arte como expressão – a arte é expressão de emoções ou sentimentos;
 Arte como forma – a arte como criação de formas ou padrões interessantes por si mesmos.
 Procura de uma definição não-essencialista, capaz de identificar as condições necessárias e
suficientes da arte
Resposta cética
 Não há uma essência da arte. Não podemos definir a arte por esta ser indefinível. Mas
precisamos de uma definição de arte? Para os céticos, não.
 As Teorias Não-Essencialistas da Arte propõe-se a mostrar que não é possível definir arte
através de um conjunto de características intrínsecas.
 Duas repostas:
 A Teoria Institucional
 A Teoria Histórica
Respostas Não-
 As condições são relativas ao contexto em que objetos estão inseridos e ao modo como
-Essencialistas
adquirem o estatuto de obras de arte. «Nenhuma obra é uma ilha»: é preciso procurar fora da
obra — mais precisamente no contexto em que ela se encontra —, aquilo que a torna arte.
 A pergunta relevante para o não-essencialista não é "Quais são as características de um dado
objeto que fazem esse objeto ser uma obra de arte?" mas antes "Como é que um qualquer
objeto adquire o estatuto de obra de arte?"

1
Esta ficha tem em conta a obra: ALMEIDA, Aires: A definição de Arte. Lisboa: Plátano Editora, 2019.

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