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PARECER
Note que, pelo caput o Art. 469 da CLT, a regra é: a transferência é vedada.
“Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua
anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se
considerando transferência a que não acarretar necessariamente a
mudança do seu domicílio.”
Isto posto, o primeiro ponto a ser analisado pela empresa é a existência, ou não,
da previsão em contrato de trabalho.
TRANSFERÊNCIA
Exemplificativamente:
Mas saliente-se: essa mudança (remoção) não pode ocorrer com finalidades
discriminatórias ou como forma de “forçar” o empregado a pedir demissão.
Notem que o Art. 469 da CLT menciona que “(...) não se considerando
transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.”
Porém, devemos ressaltar que nossa posição implica a adoção de uma das
correntes aplicáveis, de modo a tratarmos o tema preventivamente, impedindo a
geração de passivo trabalhista.
A) Lapso Temporal
Inexistindo previsão legal, mais uma vez, a Jurisprudência não tem posição
majoritária a respeito de delimitar: A partir de quanto tempo é considerada
transferência provisória? A partir de quanto tempo é considerada transferência
definitiva?
Nesse sentido, teremos de nos basear caso a caso para chegarmos a uma
conclusão.
O ponto importante é que o fator tempo não foi o principal ponto de análise para
a configuração da transferência como definitiva. Foi, sim, as circunstâncias do
caso concreto, pois o empregado ficava 03 (três) anos em cada uma das diversas
localidades.
Por sua vez, o caso abaixo vale ser transcrito em partes para melhor
interpretação.
Mas, deixa claro que há casos de transferência de pequena duração que são
definitivas, de modo que não seria cabível o adicional de transferência.
Para tanto, analisou o caso concreto e vislumbrou que, em que pese a pequena
duração do empregado naquela última localidade, somente houve esse curto
espaço de tempo em vista de demissão sem justa causa, bem como que o
“animus” das Partes desde o princípio da transferência envolvia a definitividade
dessa mudança de local de trabalho.
B) Pagamento de adicional
Ademais, tem tópico anterior mencionamos que para que a transferência seja
possível, deve existir previsão em contrato de trabalho ou aditamento contratual.
Pois bem. A questão foi pacificada através da Súmula nº 113 do Tribunal Superior
do Trabalho, a qual pontua que mesmo com previsão em contrato de trabalho (a
qual serve somente para não caracterizar a transferência com ilícita), será
cabível o pagamento do respectivo adicional de transferência de 25% (vinte e
cinco por cento), caso seja provisória. E ainda, mesmo que o empregado possua
cargo de confiança.
Como demonstrado ao longo deste Parecer, o tema não possui uma resposta
pacífica por parte da doutrina e dos julgadores.