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ERRO NO DIREITO PENAL

ERRO DE TIPO Art. 20 - O erro sobre elemento


constitutivo do tipo legal de crime
exclui o dolo, mas permite a punição
Erro que recai sobre as elementares, por crime culposo, se previsto em lei.
circunstâncias ou quaisquer dados que se As consequências desta espécie de erro vão
agregam a determinada figura típica. depender se inevitável ou evitável: 
 a conduta do sujeito se amolda a um tipo
penal (furto - art. 155, CP e homicídio - art. 1) inevitável: também conhecido como
121, CP, respectivamente), entretanto é justificável, escusável ou invencível, configura
fácil concluir que faltou em cada uma das o erro imprevisível, excluindo o dolo (por não
situações a correta representação da haver consciência) e culpa (pois ausente a
realidade por parte do autor.  previsibilidade). 

2) evitável: também conhecido como


Erro de tipo x Erro de proibição  injustificável, inescusável ou vencível, cuida-se
do erro previsível, só excluindo o dolo (por não
Erro de tipo: falsa percepção da realidade existir consciência), mas punindo a culpa (se
que circunda o agente. O agente não sabe prevista como crime), pois havia possibilidade
o que faz. de o agente conhecer do perigo.
Erro de proibição: percebe a realidade,
equivocando-se sobre a regra de conduta. Como aferir a (in)evitabilidade do erro? O
O agente sabe o que faz mais ignora o critério de diferenciação é o homem médio,
proibido.  figura imaginária, que representa a
normalidade.

Erro de tipo: espécies  Indaga-se:

a) É possível que o erro de tipo seja


Erro de tipo a)inevitável inescusável e o agente não responda pelo
essencial:  erro b)evitável crime? Sim, quando o crime não admite a
recai sobre os dados modalidade culposa
principais do tipo Obs: O erro de tipo essencial SEMPRE exclui o
penal. dolo, mesmo quando inescusável.

ERRO DE TIPO ESPONTÂNEO E ERRO DE TIPO


Erro de tipo a)sobre o
PROVOCADO
acidental:  recai objeto
sobre dados b) sobre a No erro de tipo espontâneo o agente erra
secundários.  pessoa sozinho, sem a interferência de ninguém. Já no
erro de tipo provocado ou erro de tipo
c)na
determinado por terceiro, o erro é causado por
execução terceira pessoa.
d)resultado
Ressalta-se que no erro determinado por
diverso do
terceiro não há concurso de pessoas, eis que
pretendido.
ausente o elemento subjetivo. Apenas o
e)sobre o terceiro irá responder pelo crime, nos termos
nexo causal. do art. 20, §2º do CP.

Art. 20, § 2º - Responde pelo crime o


terceiro que determina o erro.
Erro de tipo essencial
Erro de tipo acidental 
Está previsto no art. 20 do CP, vejamos:
Acidental é o erro que recai sobre dados
secundários, periféricos do tipo. A intenção
criminosa é manifesta, incidindo naturalmente Erro na execução é a modalidade de erro de
a responsabilidade penal.  tipo acidental que se verifica quando, por
acidente ou erro no uso dos meios de
Erro de tipo acidental quanto à pessoa (error
execução, o agente, ao invés de atingir a pessoa
in persona):
que pretendia ofender, atinge pessoa diversa,
Art. 20, § 3º - O erro quanto à pessoa contra a nos termos do art. 73 do CP.
qual o crime é praticado não isenta de pena
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro
(porque é acidental). Não se consideram, neste
no uso dos meios de execução, o agente,
caso, as condições ou qualidades da vítima,
ao invés de atingir a pessoa que
senão as da pessoa contra quem o agente
pretendia ofender, atinge pessoa
queria praticar o crime.
diversa, responde como se tivesse
Em suma, o erro acidental sobre a pessoa: praticado o crime contra aquela,
atendendo-se ao disposto no § 3º do art.
• Não exclui o dolo, não exclui a culpa; 20 deste Código. No caso de ser também
atingida a pessoa que o agente
• Não isenta o agente de pena;
pretendia ofender, aplica-se a regra do
• O agente responde pelo crime como se art. 70 deste Código.
tivesse atingido a vítima virtual
Erro na execução pode ser com:
Erro de tipo acidental sobre o objeto (error in
a) Unidade simples ou resultado único – o
objecto):
agente atinge somente pessoa diversa da
Trata-se do objeto material, ou seja, a coisa desejada. A solução será idêntica àquela que se
contra a qual o crime é praticado. Não possui verifica no erro sobre a pessoa, ou seja, o
previsão legal. agente responde como se tivesse matado a
vítima virtual. Será irrelevante no plano da
O agente queria praticar o crime contra tipicidade, em razão da Teoria da Equivalência
determinado objeto, mas por erro (má do Bem Jurídico, mas interfere na dosimetria da
representação) acaba praticando o crime pena.
contra coisa diversa. Trata-se de erro
irrelevante, em razão da Teoria da Equivalência b) Unidade complexa ou resulta duplo – o
do Bem Jurídico. agente atinge a pessoa desejada e a pessoa
diversa. O agente responde pelos dois crimes
Por exemplo, o agente quer subtrair um relógio em concurso formal, conforme disposto n parte
de ouro, mas acaba furtando um relógio de final do art. 73 do CP.
latão, decorrência da má representação do
objeto. Obs.: Só haverá erro na execução com unidade
complexa ou resultado dublo quando o
Em suma: segundo crime for culposo. Não havia dolo
Não exclui dolo/ não exclui culpa. direito e nem eventual (lembrar que o dolo
exclui o erro e viceversa).
Não isenta o agente de pena.
Duas espécies: 
Responde pelo crime, considerando-se o objeto
material (coisa) efetivamente atingido. Aberratio ictus por acidente: caracteriza-se por
não haver erro no golpe, mas desvio na
No exemplo, ele responderá pelo furto do execução, podendo a pessoa visada estar ou
relógio de latão, podendo o juiz utilizar o não no local. 
princípio da insignificância.

Obs.: Importante ressaltar que, ao menos em


tese, o erro sobre o objeto é compatível com o
princípio da insignificância.

Erro na execução ou aberratio ictus


Erro no uso dos meios (instrumentos} de acertando um pedestre (lesão corporal
execução: existe erro no golpe, ou, em outras culposa).
palavras, desvio na execução em razão da
inabilidade do agente no manuseio ou uso dos Perceba que o agente responderá pela
meios utilizados na execução do crime. Neste lesão corporal culposa, uma vez que
caso, a vítima se encontra no local da execução prevista em lei, conforme prevê o art. 74
do delito. do CP.
LEGÍTIMA DEFESA E ABERRATIO ICTUS A regra do artigo 74 do Código Penal
Aberratio ictus é o erro na execução, a exemplo deverá ser afastada quando o resultado
do agente que por erro de pontaria atinge pretendido seja mais grave que o
pessoa diversa da desejada. produzido, evitando-se a impunidade.
A legítima defesa é compatível com a aberratio b) Com unidade complexa ou resultado
ictus. Portanto, o erro na execução não exclui a duplo
legítima defesa.
O agente pratica o crime desejado e, por
Resultado diverso do pretendido culpa, também o crime diverso.
Aberratio crimems ou aberratio delicti, Por exemplo, o agente atira a pedra para
representa a situação em que o agente, quebrar a vidraça e acaba atingindo pessoa
também por acidente ou erro no uso dos que estava no interior da residência. Irá
meios de execução, atinge bem jurídico responder em concurso formal pelos dois
distinto daquele que pretendia atingir. crimes.
Art. 74 - Fora dos casos do artigo
Ressalta-se que somente estará
anterior, quando, por acidente ou erro
caracterizado quando o crime diverso for
na execução do crime, sobrevém
resultado diverso do pretendido, o culposo. Caso os dois sejam dolosos não há
agente responde por culpa, se o fato é que se falar em erro.
previsto como crime culposo; se ocorre
Erro sobre o nexo causal ou aberratio
também o resultado pretendido,
causae
aplica-se a regra do art. 70 deste
Código. É o erro na causa
Tanto a aberratio ictus quanto a aberratio provocadora/determinante do crime. Ou
criminis são espécies de erro na execução, seja, o agente queria produzir o resultado
todavia, enquanto o primeiro erro faz com com determinada causa, mas acaba
que o agente ataque pessoa diversa da praticando o crime por uma causa diversa.
pretendida (pessoa x pessoa), no segundo, Por exemplo, o agente empurra a vítima de
o agente provoca lesão em bem jurídico um penhasco, para que morra afogada.
diverso do pretendido (coisa X pessoa). Porém, durante a queda, ela bate a cabeça
Possui duas espécies, vejamos: contra uma rocha, morrendo em razão de
um traumatismo craniano.
a) Com unidade simples ou resultado único
Obs.: Há doutrina que faz distinção entre
O agente pratica apenas o crime diverso do dolo geral e aberratio causae.
desejado.
V Erro sobre o nexo causal em
Cita-se, como exemplo, o agente que joga sentido estrito: o agente,
uma pedra para quebrar vidraça mediante UM só ato, provoca o
(claramente crime de dano), mas acaba resultado visado, porém com
outro nexo de causalidade imaginava ser um de “alguém” ele
(exemplo acima) animal) imagina que tinha
V Dolo geral (erro sucessivo): o alguém).
agente, mediante conduta Ele pratica fato Ele pratica fato
desenvolvida em DOIS OU MAIS típico, sem querer. atípico, sem
atos, provoca o resultado visado, querer.
porém, com nexo de causalidade
diverso. Exemplo1: atira na vítima, Erro de tipo x competência para processo
e imaginando estar morta, joga o e julgamento 
corpo no mar, vindo então a
morrer afogada. O erro de tipo é matéria de direito penal,
sem previsão no Código de Processo. Logo,
Levando em consideração o primeiro não reflete na competência para o
exemplo, haverá a incidência da processo e julgamento do crime praticado,
qualificadora da asfixia (já que o agente determinada pela vítima efetiva (real) e
queria que a vítima morresse afogada)? não pela vítima pretendida. 
1ªC: o agente responde pelo crime
considerando o nexo visado (pretendido). STJ: Ainda que tenha ocorrido a aberratio
Portanto, haverá a incidência da ictus, o militar, na intenção de cometer o
qualificadora. crime contra colega da corporação, outro
2ªC: o agente responde pelo crime militar, na verdade, acabou praticando-o
considerando o nexo ocorrido (REAL), contra uma vítima civil, tal fato não afasta
suficiente para a provocação do resultado a competência do juízo comum. Conflito
desejado. Não há a incidência da conhecido, declarando-se a competência
qualificadora. PREVALECE na doutrina. do Tribunal de justiça do Estado de São
Paulo, o suscitado".
Erro de tipo: questões complementares
Erro de subsunção 
Erro de tipo essencial x delito putativo por
Situação jurídica penalmente irrelevante, o
erro de tipo 
erro do agente recai sobre conceitos
ERRO DE TIPO CRIME PUTATIVO jurídicos, ou seja, sobre a compreensão do
POR ERRO DE TIPO sentido jurídico de um requisito
O agente não sabe O agente acredita (normativo) previsto no tipo legal. Embora
que pratica um que está não haja isenção da pena, conforme a
fato descrito na lei praticando um situação pode incidir a atenuante genérica
como crime, crime, mas na do artigo 66 do Código Penal.
quando na verdade não o faz,
verdade o faz. pois falta um ou Erro provocado por terceiro 
mais elementos do
tipo penal. No erro determinado por terceiro, previsto
Atirar contra um Imagina estar no artigo 20, §2° do Código Penal, temos
animal em uma atirando contra a um erro induzido, figurando dois
caça, porém pessoa, porém, personagens: o agente provocador e o
atinge uma está atirando agente provocado. Trata-se de erro não
pessoa. contra animal. espontâneo que leva o provocado à prática
O agente ignora a O agente ignora a do delito. O erro determinado por terceiro
presença de uma ausência da tem como consequência a punição do
elementar. elementar. (Ele agente provocador, na condição de autor
(“alguém”, ignora a AUSÊNCIA
mediato. Se o erro foi determinado (C) o agente ignora a lei e a ilicitude do fato:
dolosamente, responderá pelo crime na configura-se erro de proibição. Se inevitável,
modalidade dolosa; se foi determinado exclui a culpabilidade; se evitável, reduz a pena.
culposamente, responderá por delito OBS: a evolução da teoria psicológica normativa
culposo. para a normativa pura acarretou a migração da
culpa e do dolo para o fato típico. O dolo,
O agente provocado (autor imediato), em despido de elemento normativo (consciência
regra, não responderá por crime. atual da ilicitude), migrou somente com
Entretanto, caso tenha agido com dolo ou elementos naturais (consciência e vontade). A
culpa, responderá também pelo delito. consciência da ilicitude, no entanto, foi
absorvida pela culpabilidade como seu novo
elemento, ao lado da imputabilidade e
exigibilidade de conduta diversa, porém não
ERRO DE PROIBIÇÃO mais como atual, mas potencial consciência,
No Código Penal não existe o nome “erro elemento normativo valorado pelo intérprete.
Importa esclarecer as consequências dessa
de proibição”, trata-se de criação da
mudança. Enquanto consciência atual da
doutrina acolhida pela jurisprudência.
ilicitude, todo e qualquer erro de proibição,
Utiliza a expressão “erro sobre a ilicitude evitável ou não, isentava o agente de pena.
do fato”, conforme disposto em seu art. Contentando-se com a potencial consciência,
21, observe: somente o erro inevitável exclui a
culpabilidade, permitindo-se a punição (mesmo
Art. 21 - O desconhecimento da lei é
que diminuída) quando evitável.
inescusável. O erro sobre a ilicitude do
fato, se inevitável, isenta de pena; se DESCONHECIMENTO DA LEI x ERRO DE
evitável, poderá diminuí-la de um PROIBIÇÃO
sexto a um terço.
DESCONHECIMENTO ERRO DE PROIBIÇÃO
Parágrafo único - Considera-se evitável DA LEI
o erro se o agente atua ou se omite É inescusável, por O agente
sem a consciência da ilicitude do fato, necessidade de desconhece o
quando lhe era possível, nas segurança caráter ilícito do
circunstâncias, ter ou atingir essa jurídica. fato.
consciência. Produz dois efeitos: Se evitável, diminui a
- Atenuante genérica pena.
Para aferir se o erro foi escusável ou (art. 65, II, do CP) Se inevitável, isenta
inescusável são consideradas as características - Se escusável, o agente da pena.
pessoais do agente, tais como idade, grau de autoriza o perdão
instrução, local em que vive e os elementos judicial nas
culturais que permeiam o meio no qual sua contravenções
personalidade foi formada, e não o critério penais (art. 8º)
inerente ao homem médio. 

Nesse contexto, precisamos diferenciar três ERRO DE PROIBIÇÃO INEVITÁVEL x ERRO DE


situações:  PROIBIÇÃO EVITÁVEL

(A) o agente, apesar de ignorar a lei, conhecia a EVITÁVEL- Diminui a pena de um sexto a um
reprovabilidade da sua conduta: não se terço.
configura o erro de proibição, podendo INEVITÁVEL- Isenta o agente de pena. Exclui a
caracterizar atenuante da pena culpabilidade, por falta da potencial consciência
(B) o agente, apesar de conhecer a lei, ignora a da ilicitude.
reprovabilidade do comportamento: configura Espécies de erro de proibição
erro de proibição. Se inevitável, exclui a
culpabilidade; se evitável, reduz a pena. 
(A)Erro de proibição direto o agente se culpabilidade.
equivoca quanto ao conteúdo de uma norma Recai sobre a Recai sobre a
proibitiva, ou porque ignora a existência do tipo
realidade fática realidade jurídica
incriminador, ou porque não conhece
completamente o seu conteúdo, ou porque não
(o agente não (o agente sabe o
entende o seu âmbito de incidência.  sabe o que faz) que faz, apenas
não sabe que a
(B) Erro de proibição indireto (descriminante conduta é
putativa por erro de proibição) o agente sabe
contrária ao
que a conduta é típica, mas supõe presente
direito.
uma norma permissiva, ora supondo existir
uma causa excludente da ilicitude, ora supondo
estar agindo nos limites da descriminante.
DESRIMINANTES PUTATIVAS
Erro Mandamental: Recai sobre o dever de agir
(art. 13, §2º do CP). O agente possui o dever de Discriminantes são as causas
agir para evitar o resultado, mas, no caso excludentes da ilicitude, quais sejam:
concreto, por erro, acredita que está liberado
desse dever de agir. • Legítima defesa

ERRO DE TIPO QUE RECAI SOBRE A ILICITUDE • Estado de necessidade


DO FATO
• Exercício regular de um direito
Em regra, o erro de proibição recai sobre a
ilicitude do fato. Contudo, em determinadas • Estrito cumprimento de um dever
situações, a ilicitude do fato funciona como legal
elementar do tipo penal. Nestes casos, o erro
que recai sobre a ilicitude (quando está é Putativa é imaginária, aquilo que só
elementar do tipo) deixa de ser um erro de existe na cabeça do agente.
proibição para se tornar um erro de tipo.
Logo, descriminantes putativas são as
Cita-se, como exemplo, o art. 153 do CP, em
excludentes da ilicitude erroneamente
que a expressão “sem justa causa” se refere a
ilicitude como uma elementar do tipo penal. imaginadas pelo agente. Por exemplo,
imagina estar agindo em legítima
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa
defesa, mas não está.
causa, conteúdo de documento
particular ou de correspondência NATUREZA JURÍDICA
confidencial, de que é destinatário ou
detentor, e cuja divulgação possa 1ª Posição – são causas de exclusão da
produzir dano a outrem: ilicitude. Faz uma interpretação literal.
Pena - detenção, de um a seis meses, Considerada fraca.
ou multa.
2ª Posição – como estão no art. 20, §1º
do CP, são consideradas erro de tipo.
Erro de tipo vs Erro de Proibição Faz uma interpretação topográfica.
Considerada fraca
Erro de tipo (art. Erro de Proibição
20) (art.21) 3ª Posição (Prevalece) – depende da
SEMPRE exclui o Recai sobre a Teoria da Culpabilidade adota. O
dolo. Recai sobre potencial Finalismo adota a
a conduta, consciência da
portanto, sobre o ilicitude. Teoria Normativa Pura que se
fato típico. Portanto, exclui a subdivide em extremada e limitada,
para ambas a estrutura da excesso) – trata-se de erro de
culpabilidade é a mesma proibição indireto.
(imputabilidade, potencial consciência V o Os pressupostos fáticos da
da ilicitude e exigibilidade de conduta excludente (o agente acredita
diversa). Vejamos: que há uma situação fática de
legítima defesa, mas não há) –
• Extremada – descriminante
trata-se de erro de tipo
putativa SEMPRE será erro de
permissivo.
proibição indireto. Consagra a
Teoria Unitária do Erro.
• Limitada – descriminante
putativa pode ser erro de
proibição indireto e pode ser
erro de tipo permissivo.
Quando será erro de proibição direto e
quando será erro de tipo permissivo?
Observe o
art. 20, §1º do CP (indício de que o CP
adota a Teoria Normativa Pura
Limitada):
Art. 20, § 1º - É isento de pena quem,
por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato
que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena
quando o erro deriva de culpa e o fato
é punível como crime culposo.
A excludente da ilicitude mais
frequente é a legítima defesa. Imagine
uma situação de erro na legítima
defesa, o qual pode cair sobre:
V A existência da excludente
(mata a esposa que está com o
amante, acreditando que está
agindo em legítima defesa da
honra) – trata-se de erro de
proibição indireto.
V o Os limites da excludente
(mata criança que estava no
quintal furtando frutas,
acreditando que estava em
legítima defesa. Claramente, há

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