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PRÁTICA CIVIL I – Profa.

Taís Ferraz Gomes

TRABALHO PARA SER POSTADO ATÉ O DIA 12/04, ÀS 19:30


HORAS

ASSISTIR O VÍDEO E RESPONDER AS SEGUINTES PERGUNTAS:

1- Identificar os nomes do Autor e da Ré.

Autor: Joanderson de Oliveira dos Reis

Réu: São Francisco Sistemas de Saúde Sociedade Empresária Ltda

2- Qual foi a ação proposta? Descrever os fatos.

Ação de obrigação de fazer cumulada com danos morais com pedido de


antecipação dos efeitos da tutela.

A ação foi proposta alegando, em síntese, que o Autor é beneficiário de um


plano de saúde oferecido pela Ré e, que em razão de patologia que lhe
acomete, necessita realizar cirurgia. Porém, em que pese o autor necessitar de
procedimento cirúrgico, a Ré não teria autorizado o procedimento por haver
divergências entre os materiais e procedimentos a serem realizados, razão
pela qual teria sido instaurada uma junta médica, e que, até a presente data
não teria havido uma resposta. O Autor ainda refere que a inércia da Ré é
abusiva, assim requer que a Ré seja obrigada a autorizar e custear o
tratamento solicitado, bem como, seja condenada a indenizar-lhe pelos danos
morais sofridos.

3- Houve pedido de liminar? Qual? Foi concedido?


Sim, houve pedido de antecipação de tutela, a fim de determinar que a Ré
autorize a realização dos procedimentos cirúrgicos indicados pelo autor em
hospital com estrutura adequada. O pedido foi deferido.

4- Foi realizada uma prova pericial?

Sim.

5- Houve depoimento pessoal das partes? Em caso positivo, o que foi


relatado?

Sim, houve depoimento pessoal do Autor. No qual afirmou que procurou a Ré


para contratação de plano de saúde para precaução em razão de que seu pai
já possui o plano na empresa em que este trabalhava. O contrato foi assinado
na própria sede da seguradora não havendo médico nem mesmo
acompanhamento. O Autor afirma que desconhecia o problema o problema
objeto da ação no momento da adesão e que ficou sabendo da doença quando
foi submetido à extração de sisos após a contratação do plano.

6- Foram arroladas testemunhas? Por quem? Prestaram compromisso? O


que disseram as testemunhas?

Sim. Foram arroladas duas testemunhas por parte do Autor, porém só uma
prestou compromisso, no caso a Sra. Mirtes Ramos de Arruda. Está não possui
relação de parentesco com o Autor, sendo sua coordenadora em ambiente
laboral. Tinha conhecimento de que a cirurgia estava marcada e, inclusive, o
Autor havia pedido férias para realização do procedimento. Após, o Autor
comunicou que a mesma não seria feita e não saberia nova data. Com relação
ao problema de saúde, a testemunha afirma que o Autor teria feito o convenio
para que fosse feita a cirurgia, pois era algo que o incomodava muito. A
testemunha afirma, ainda, que o Autor reclamava dos problemas de saúde e
das dores que sentia durante o horário de trabalho, e que os colegas tinham
dificuldade de entender o que o autor tentava dizer. Ademais, refere que o
Autor é uma pessoa bastante ansiosa, e que, na época do ocorrido, ficou muito
decepcionado e frustrado com a não realização da cirurgia.
7- As alegações finais foram orais, remissivas ou em forma de
memoriais? Qual foi o prazo concedido pelo juiz? Localize, também, o
dispositivo legal do Código de Processo Civil.

As alegações foram em forma de memoriais. O prazo concedido foi de 15 dias.


Considerando que os fatos são complexos, o juiz determinou alegações finais
em forma de memoriais, conforme art. 364, § 2º, do Código de Processo Civil.

8- Anexar a ementa, de uma decisão de caso semelhante, em que tenha


havido a procedência da ação com a condenação à indenização por dano
moral.

CIVIL. CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. PERÍODO DE CARÊNCIA.


SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA OU URGÊNCIA. INTERNAÇÃO. LIMITAÇÃO
DO PERÍODO DE ATENDIMENTO. CLÁUSULA ABUSIVA. NEGATIVA
INDEVIDA DE ATENDIMENTO. DANOS MORAIS IN RE IPSA
CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA. I - Considera-se abusiva a cláusula
contratual de plano de saúde que limita no tempo a internação hospitalar do
segurado, pois, a limitação do tratamento as primeiras 12 horas da emergência,
deixa o consumidor em posição nitidamente desfavorável em relação ao
fornecedor, encontrando óbice no enunciado da Súmula 597/STJ: "A cláusula
contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços
de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é
considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da
data da contratação". II - A recusa indevida da operadora de plano de saúde à
cobertura de tratamento médico, a que esteja legal ou contratualmente
obrigada, dá origem ao dever de reparar o dano moral in re ipsa, consistente no
agravamento do estado de aflição e angústia do paciente.  III - Recurso
desprovido.
(Acórdão 1247795, 07066256120198070005, Relator: LEILA ARLANCH, 7ª
Turma Cível, data de julgamento: 6/5/2020, publicado no DJE: 20/5/2020. Pág.:
Sem Página Cadastrada.)

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