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Administração

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Aplicada à Engenharia
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de Segurança
A Administração e as Principais Escolas

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Ms. Uerley Magalhães Franchi

Revisão Textual:
Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos
A Administração e as Principais Escolas

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Introdução ao Tema
• Leitura Obrigatória

Fonte: iStock/Getty Images


Objetivos
• Mostrar ao aluno as principais escolas da administração, e destacar suas diferenças e
evoluções, assim como as características de cada uma.

Caro Aluno(a)!

Bem-vindo(a) à segunda unidade da disciplina de Administração Aplicada à Segurança


do Trabalho.

Nesta unidade, abordaremos algumas das escolas da administração, suas características


e as mudanças provenientes delas. Também destacaremos pontos positivos e negativos
e a aplicabilidade das mesmas.

Não se esqueça de acessar o material didático, onde encontrará o conteúdo e as atividades


propostas para esta unidade, assim como o material complementar, que foi escolhido
com muito cuidado para aprimorar seu aprendizado.

Caso tenha dúvidas, entre em contato com o tutor; seja objetivo(a) e direto(a) para que
receba a resposta o quanto antes.

Bons Estudos!
UNIDADE
A Administração e as Principais Escolas

Introdução ao Tema
Sendo esta uma sociedade institucionalizada composta por várias organizações.
Desse modo, percebemos que as empresas controlam todas as atividades especializadas
(por exemplo, a prestação de serviços), ligadas diretamente aos bens de consumo,
mais especificamente na sua produção. Portanto, as organizações são compostas por
pessoas e recursos físicos, materiais, tecnológicos etc.
Tendo conhecimento de que as pessoas seguem o ciclo natural da vida inteira
participando direta ou indiretamente de organizações, fica visível que as organizações
são extremamente heterogêneas e diversificadas, variando, assim, seus tamanhos,
características, estruturas e objetivos. Dessa forma, podemos exemplificar e classificá-
las como não lucrativas (como os serviços públicos, igrejas etc.), ONGs, que são
organizações não governamentais e entidades filantrópicas, entre outras.
A área de conhecimento humano ligada ao estudo das organizações é chamada
de Teoria das Organizações (TO). No caso das organizações que atingem certo
porte, devido às suas operações, faz se necessário o uso de uma administração mais
detalhada, ocasionando, assim, a necessidade da organização hierárquica, para que
funcionem melhor todos os seus processos. Sendo assim, a Administração emprega
planejamento, estruturação e controle de todas as tarefas dentro de uma organização.
Portanto, torna-se algo imprescindível para existência e sobrevivência de uma
organização (Empresa) no mercado. A TGA (Teoria Geral da Administração) trata do
estudo da Administração das empresas, atentando para o seu tipo de segmento.
Devido aos aspectos exclusivos de cada organização, o administrador define
estratégias e os recursos que planeja utilizar para conseguir uma evolução positiva em
todos os setores. Contudo, vale salientar que o administrador bem-sucedido em uma
organização pode não ser bem-sucedido em outra devido a diversos fatores, entre
eles, personalidade, capacidade de agir em diferentes situações, adaptação etc. Com
isso, toda vez que uma empresa deseja incluir um novo colaborador em seu quadro de
funcionários, os mesmos passam por uma infinidade de testes e de entrevistas para
que sejam verificadas suas habilidades e competências.
Sabemos que sempre existe algum problema no período de transição de um
colaborador para outra organização. Mesmo que o seu conhecimento profissional
das atividades e funções da área seja amplo, o mesmo será avaliado pela forma de
como realiza o seu trabalho e os resultados que obtém com os recursos disponíveis.
Segundo Theodore Levitt, ao mencionar “administrador profissional”, lembra que, um
administrador não é denominado profissional como um físico ou químico que passaram
por testes de conhecimento específicos para o recebimento de seus respectivos
títulos, enquanto o administrador é lembrado por seus conhecimentos amplos e em
diversos setores, e lembrado dentro de uma empresa por seu perfil, personalidade
e conhecimento técnico de administração. Justamente por isso, essa verificação de
perfil é realizada, para que seja feita uma melhor adequação na empresa junto ao
pessoal que irá trabalhar em equipe, sabendo que existem diversas maneiras certas de
conduzir as tarefas de uma empresa, mesmo que realizadas por um só administrador.

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As Principais Escolas da Administração
• Administração Científica (ou Taylorismo): trata-se de um modelo de administração
desenvolvido por Frederick Taylor. Segundo ele, o sucesso da fábrica estava
estritamente ligado à produtividade, que, por sua vez, dependia dos seus colaboradores.
A Administração Científica pretendia eliminar movimentos desnecessários dos
colaboradores, dividindo-os de modo que cada um realizasse uma tarefa específica
e contabilizando o tempo que estes levariam para realizar determinada tarefa, além
de treiná-los e incentivá-los com remuneração extra. Isso fez com que a eficiência
dos colaboradores fosse maximizada, o que, consequentemente, traria um aumento
na produtividade da fábrica. O nome “Científica” se dá por ser um modelo regido
por normas, leis e princípios definidos dentro do ambiente de trabalho.
• Gestão Administrativa: desenvolvida por Henry Fayol, era uma escola que enxer-
gava a administração, pela primeira vez, como uma disciplina e profissão. Desse
modo, Fayol estabeleceu princípios (não regras, ou leis) gerais da administração,
após conseguir recuperar a empresa, a qual era diretor geral, da falência. Fayol
dividiu as funções e operações das organizações em 6 (Técnicas, Comerciais, Finan-
ceiras, De segurança, De contabilidade, De administração). Segundo ele, a função
mais importante em uma empresa é a de administrar. Dessa forma, dividiu as fun-
ções do administrador em 5 (Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar, Controlar).
Ao mesmo tempo, elaborou 14 princípios de administração, sendo eles: Divisão de
trabalho, Autoridade e responsabilidade de todos, Disciplina, Centro de comando,
Centro de direção, Subordinação do interesse de ambos, Remuneração, Centraliza-
ção, Hierarquia, Ordem, Equidade, Estabilidade, Iniciativa e Espírito de equipe.
• Teoria da Burocracia: observando que, etimologicamente, burocracia significa
“poder do escritório”, Max Weber idealizou a teoria da burocracia, cujo objetivo
é organizar um grande número de indivíduos, cada um com sua respectiva função
formalizada e codificada sob a hierarquia e as relações impessoais. Conforme
Weber, a burocracia apresentaria um alto grau de eficiência e seria o modo mais
racional de exercer dominação sobre os outros, por conta de se tratar de um
sistema impessoal e com imposição de regras legais, possibilitando assim maior
acesso aos cargos. Princípios: divisão do trabalho, impessoalidade, hierarquia,
profissionalismo, padronização, formalização, autoridade, separação de domínios
públicos e privados.
• Escola das Relações Humanas: em um determinado período de crise financeira
(1929) e de condições de trabalho desumanas, surge nas organizações, como
fruto de experiências realizadas em uma fábrica de Chicago, a Teoria das Relações
Humanas. Elton Mayo descobriu que, ao cooperar com os colaboradores e tratá-los
amigavelmente, a produtividade deles aumentava. Ele enxergou que a produtividade
de um colaborador não está relacionada apenas com a eficiência técnica, mas
também com os problemas de ordem social e humana. Segundo a Escola de
Relações Humanas, o administrador deveria enfatizar, antes de tudo, no bem-estar,
na motivação e na comunicação com seus colaboradores. A Teoria das Relações
Humanas, entretanto, possui algumas limitações. Outras pesquisas comprovaram,
inclusive, que nem sempre os colaboradores mais felizes são os mais produtivos.

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UNIDADE
A Administração e as Principais Escolas

• Enfoque Comportamental: trata-se de uma denominação que se refere ao


conjunto de contribuições teóricas e empíricas que visam analisar o comportamento
e a importância dos colaboradores nas organizações, abrangendo várias escolas
desde a Escola de Relações Humanas de 1930 até as escolas empreendedoras dos
anos 1990. Diferencia-se, assim, das demais escolas, pois destaca a complexidade
com que cada uma reage nas abordagens em relação ao ser humano. A abordagem
comportamental: formada por teorias de motivação e liderança, promoveu uma
visão mais complexa do ser humano, analisando-o mais psicologicamente na
administração e reconhecendo a importância dos recursos humanos na organização,
mas ignorando ainda fatores como o ambiente.
• Teoria dos Sistemas: com o final da Segunda Guerra, percebeu-se que países re-
presentavam partes diferenciadas de um sistema global e que a alteração em uma
parte significaria modificações em todo o sistema. Von Bertalanffy Foi o primeiro a
considerar o meio em que a organização estava inserida, contribuindo, assim, para
uma abertura das visões interna e externa. Identificando a organização como um
todo dividido por partes inter-relacionadas que interagem com o ambiente. Princi-
pais termos: Subsistemas, Fronteiras, Fluxos, Feedback, Sinergia, Holismo, Home-
ostase. A Teoria dos Sistemas é a união dos focos de estudo das outras escolas. O
administrador pode e deve usar as variadas formas de alcançar um mesmo objetivo.
• Enfoque Contingencial: o enfoque contingencial é tarefa na qual o administrador
vai analisar situações e identificar as técnicas que trarão o melhor resultado, para
a referente situação. Sendo uma forma de complementar a Teoria dos Sistemas, o
enfoque contingencial mudou substancialmente a forma de ver as organizações e a
administração. “Tudo depende”, principalmente após a “abertura” da organização.
Fatores que devem influenciar na decisão do administrador: incerteza e complexi-
dade do ambiente externo, tamanho da organização, tecnologia, tarefa, caracterís-
ticas do ambiente interno.

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Leitura Obrigatória
Escola de Administração Científica
A revolução industrial influenciou muito na A Abordagem Clássica da Administração
as consequências devido ao crescimento acelerado e desorganizado das empresas,
acabou exigindo uma substituição do empirismo e da improvisação forçando o uso
das bases de estudos científicos. Percebendo a necessidade de aumentar a eficiência
e rendimento das empresas, que já sofriam com a elevada concorrência tornou-se
necessário para o desenvolvimento proposto pela Escola.
O americano Frederick Winslow Taylor, da inicio a Escola de Administração
Cientifica a partir da segunda metade do século XIX. Com o principal objetivo, de
garantir o máximo de lucro e desenvolvimento ao patrão e, consequentemente ao
funcionário por meio de sua administração, segundo Taylor. Dando inicio a suas
pesquisas e estudos a partir do operário seguindo os cargos acima, obtendo assim
suas bases para o conceito geral de administração.
Assim conseguia na época uma busca para melhora da produtividade com
qualidade do operário, que por sua vez, era destratado e deixado de lado pelas
empresas. Ele percebeu que o descaso em qualificar o operário na época era absurdo,
e consequentemente notou a baixa produtividade, ocasionando para as empresas
um custo maior, pela necessidade de contratação de mais operários. Contudo a
Administração Científica foi utilizada na época com experimento, já que sua aplicação
buscava alcançar a melhor eficiência, que acabou se consolidando entre os estudiosos
da época devida sua eficácia.
Taylor que sempre se preocupou em eliminar perdas e desperdícios sofridos pelas
indústrias, visando o aumento dos índices de produtividade com aplicação dos mé-
todos e técnicas estudadas e aperfeiçoadas por ele. Com o objetivo de reorganizar
e resolver os problemas de relação entre operários e liderança ele buscou definir os
princípios científicos da administração. Já que um bom operário não discute ordens e
instruções dadas a ele.
Segundo ele “No futuro ira prevalecer à ideia de que nossos líderes deveram bem
treinados e que nenhum homem, embora extraordinário, poderá competir com
homens comuns, mas que forem organizados...” Sendo assim, quando for dada a um
operário uma tarefa bem definida a ser realizada, de forma pré-estabelecida e dentro
de um período definido, o aumento de produção e eficiência será inevitável.
“A estruturação geral das empresas, com acompanhamento planejado e a
racionalização do trabalho são fundamentais para aplicação dos métodos”, isso foi o
que conclui Taylor após notar as dificuldades da época.
Justificando que as indústrias analisadas na época sofriam de males, sendo eles:
• Os operários passavam por uma ociosidade ordenada;

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A Administração e as Principais Escolas

• A gerência não conhecia as rotinas dos trabalhadores e o tempo necessário para


que pudessem realizar suas tarefas;
• Não existia a uniformidade dos métodos e das técnicas de trabalho.

A Administração Científica se distribui universalmente da seguinte forma:

Ciência, Harmonia, Empirismo, Discórdia,


Cooperação e Individualismo E
Rendimento Máximo Produção Reduzida

Figura 1

Taylor percebeu que, em todas as ocupações, os operários aprendiam a executar as


tarefas olhando o colega do lado, ou seja, observando que ocasionava nas diferentes
maneiras de realização para um mesmo trabalho, fora a diversidade de materiais
utilizados para execução dos mesmos.

Taylor conclui que os administradores precisariam desenvolver novas formas de


execução dos serviços, tirando essa responsabilidade dos operários, por conta dos
índices de produtividade que eram diversos para uma mesma tarefa realizada.

Assim, Taylor acabou dividindo as atividades entre os operários, deixando o


planejamento e supervisão por conta da administração. Substituindo os métodos
utilizados por métodos científicos em todas as funções, chamando a assim de Organização
Racional do Trabalho - ORT.

Criada por Taylor, A ORT consistia nos seguintes aspectos:


• Seleção Científica do Colaborador – O colaborador deve ser colocado para exe-
cutar uma função ou tarefa adequada as suas aptidões, consequentemente o ato de
repetir sua atividade o deixa melhor preparado, gerando assim a melhor eficiência
e perda de produtividade.
• Tempo-padrão – Deve ser colocada ao colaborador uma meta mínima, para que
assim sua atividade sempre tenha um padrão mínimo.
• Plano de incentivo salarial – Uma prática utilizada até os dias atuais, que ajuda
bastante em momentos difíceis numa empresa, o incentivo serve para se obter uma
alta na produtividade, como interfere no volume de atividade do colaborador, os
dois lados gostam devido ao lucro de ambos.
• Trabalho em conjunto – exemplo disso o plano de incentivo, que consequentemente
favorece ambos, tanto o patrão como funcionário que aumenta sua renda.
• Gerentes planejam e operários executam – Conforme Taylor observou, a res-
ponsabilidade da gerência e lideres é a inserção de um processo eficaz e contunden-
te para produção, cabendo a eles a execução.

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• Divisão do trabalho e especialização do operário – Dado certo nível de tarefa
a um operário, com recursos, espaço adequado e treinamento, o resultado é claro
sempre aprimorado, diminuindo assim as falhas e perdas.
• Supervisão – É pertinente a supervisão ter uma base para cobrança, por isso a
existência da produção mínima, claro que a divisão de lideres é necessária também.
• Ênfase na eficiência – Sabemos que existe uma melhor maneira ou forma de
executar um trabalho, porém isso só é obtido através de uma série de estudos e
métodos pela administração.
• Homo economicus – Através de recompensas e premiações todos os funcionários
acabam se submetendo a redução de perdas.
• Condições de trabalho – Interferem nos resultados, portanto fatores como: a
adequação de espaço, maquinário e recursos para minimizar o esforço e perda de
matéria-prima durante o processo de produção.
• Padronização – Se faz necessária à padronização de todas as atividades e processos
para facilitar a eliminação de desperdício e aumentar a eficiência dos métodos e
tarefas executados na empresa.
• Princípio da exceção – Taylor se atentou em todo aprimoramento do processo,
não se esquecendo de se preocupar com os resultados negativos apresentados,
para que tudo ocorra de maneira plena e continua sem perdas, Taylor se baseava
na aplicação de alguns princípios, que são:

Definição
de rotina
Utilização
de trabalho Prêmios de
da régua de cálculo
produção pela
e de instrumentos
execução eficiente
para economizar
das tarefas
tempo

Planejamento das Fichas de instruções


tarefas e cargos de serviços

Estudo de
Princípio tempo e padrões
da execução de produção
de serviços

Padronização
Supervisão
de ferramentas
funcional
e instrumentos

Figura 2

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A Administração e as Principais Escolas

Henry Ford (1863-1947) – Engenheiro –Fundador da Ford Motor Co. Foi um


revolucionário em estratégia comercial da sua época, por fabricar o primeiro carro
popular e criar um plano de vendas. Montou também a assistência técnica de grande
alcance, fora a distribuição de agências próprias, com montagem, produção em série,
padronizada e de custo inferior.

Todo o processo era feito lá, desde a composição da matéria prima até a entrega do
produto acabado.

O Fordismo tornou-se para a produção em massa um exemplo, como um espelho


que mudou a indústria automobilística, após a metade do século XX. Empregando a risca
todos os princípios de padronização e simplificação de Taylor. Ford foi que conseguiu a
abertura no mercado para a grande massa dos automóveis, que antes não era possível.
Conseguindo assim a façanha de tornar o automóvel acessível pelo seu preço reduzido.

Tudo obtido graças ao aperfeiçoamento das técnicas de montagem, que na época


já se utilizavam de esteiras rolantes para que os funcionários permanecessem parados
durante a sua parte da montagem. Fazendo assim desnecessária uma qualificação
especial do colaborador.

Claro que no seu método (Fordista) eram necessários consideráveis investimentos e


grandes instalações, mas foi justamente o que permitiu Ford a produção de mais de 2
milhões de carros por ano, durante a segunda década do século XX. Tendo como veículo
pioneiro o mítico Ford Modelo T, mais conhecido no Brasil como “Ford Bigode”. O For-
dismo teve seu auge nas duas décadas pós-Segunda Guerra Mundial, chamados os Anos
Dourados pelo capitalismo. A causa do seu declínio foi o seu modelo rígido de gestão.

Então no inicio dos anos 70, a Ford entra em declínio. O modelo de gestão e a
produção da General Motors (GM) aumenta. São lançados vários veículos de modelos
diferentes, com diversas cores e também com um modelo de gestão profissional,
baseando-se no colegiado. Acarretando na saída da Ford do posto, de maior montadora
do mundo, agora ocupado pela GM. Nos anos 70, com alguns impactos causados pelo
petróleo e com o aparecimento dos mercado automobilísticos japonês, entra em colapso
o modelo fordismo de produção em massa, sendo esse substituído gradativamente por
um sistema de produção enxuta, conforme adotado pela empresa Toyota. A Toyota vem
a se tornar a maior montadora do mundo em 2007. Três princípios básicos adotados
pela Ford, sendo eles:
1. Intensificação: Intensifica a ideia e utilização dos recursos para redução do tempo
de produção com a inserção imediata e facilitada da matéria prima na produção.
2. Economia: Ford sempre se preocupou com a redução do volume de matéria-
-prima e produto final em estoque, um pensamento muito além de seu tempo e
fator de preocupação nos dias atuais. Segundo ele, a velocidade de fabricação
deveria ser rápida, para que o tempo fosse otimizado ao máximo.
3. Produtividade: Confirmado evolução da produtividade com a preparação e
treinamento adequado dos funcionários, trazendo assim uma excelente resposta
ao desenvolvimento e crescimento de produção nas indústrias.

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Administração e a Teoria Clássica
Henri Fayol, idealiza uma Teoria mais Clássica da Administração. Foi pensada no
âmbito organizacional em sua estrutura, por meio da visão econômica do homem,
buscando a maior eficiência. Salientamos que o conteúdo é de suma importância para o
entendimento das praticas administrativas mais simples.

Fayol defendia os princípios que eram utilizados na Europa, por conta de suas
experiências com administração de alta, sendo ele um grande admirador e entusiasta dos
métodos e estudos de Taylor. Não só observados por ele, mas por diversos executivos
europeus, porém os seguidores da Administração Científica só deixaram de ignorar as
idéias de Fayol quando publicada nos Estados Unidos. Com isso, os princípios de Fayol
passaram despercebidos por grandes contribuintes do pensamento administrativo.

Para Fayol, contrário à visão de Taylor e Henry Ford. No final dos anos 80 do
século XIX, assumindo a direção geral da mineradora de carvão francesa Commentry-
Fourchambault-Decazeville que atravessava um processo de falência na época, Fayol se
tornou responsável por reequilibrar a saúde econômica e financeira da companhia.

Depois de algumas publicações e de mais de meio século de estudos e pesquisas,


Fayol concluiu que, a administração é uma função distinta das demais. Contudo, ele
identificou quatorze princípios que deveriam ser seguidos para que se obtivesse uma
Administração contundente. Sendo eles:

Remuneração Trata-se da recompensa pelos esforços que sustentam a


organização. Tendo que ser justa com o colaborador, não
se tornando exploração

Centralização O trabalho do chefe é tratado com maior importância por


um núcleo de comando único, com isso descentralizando
de forma homogênea as tarefas e atividades para as
demais pessoas

Hierarquia Trata-se da recompensa pelos esforços que sustentam a


organização. Tendo que ser justa com o colaborador, não
se tornando exploração

Divisão
Que dividia as tarefas certas a certos executores, evitan-
de trabalho do assim falhas

Autoridade e
A autoridade coordenando e todos os subordinados
responsabilidade compreendendo as ordens e tarefas pedidas. Responsa-
de todos bilidade da obrigação de prestar contas e deveres

Disciplina Tornando as expectativas claras e punindo as infrações


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Segurança
do assim falhas

UNIDADE Autoridade e
A autoridade coordenando e todos os subordinados
A Administração e as Principais Escolas
responsabilidade compreendendo as ordens e tarefas pedidas. Responsa-
de todos bilidade da obrigação de prestar contas e deveres

Disciplina Tornando as expectativas claras e punindo as infrações

Segurança
Através da estabilidade do pessoal as organizações
no emprego obtém uma redução de custos decorrentes da mini-
mização de novos processos de seleção e treinamentos
de novos funcionários

Iniciativa Procura através dos seus funcionários a resposta aos


problemas ocorridos no processo mais rapidamente

Espírito de
É basicamente a interação de todos com os objetivos
equipe (União) traçados, o entendimento e consciência dos esforços de
cada um no processo

Ordem Seguimento de tarefas e materiais para o auxilio da


direção da organização

Equidade É forma da melhora do comportamento dos funcionários


através da ordem e disciplina

Estabilidade É realizado um controle para a longevidade com satis-


fação do funcionário

Figura 3

Apesar de toda a crítica aos postulados clássicos e aos novos enfoques da organiza-
ção verifica-se que os princípios de administração de maneira geral nunca foram total-
mente substituídos.

Ou seja, indiretamente a Teoria Clássica da Administração é utilizada como base para


todas as outras, como ponto de divergência ou mesmo de partida, mas sempre relacionada.

Teoria da Burocracia
Em 1910, O sociólogo Alemão, Max Weber, já promovia um estudo aprofundado
sobre as Organizações e sua forma racional de administração, entretanto suas ideias só
foram aplicadas a partir da década de 40.
Naquele momento havia um crescimento acentuado das organizações que
necessitavam de modelos organizacionais mais bem definidos e contundentes. Portanto
Fazia-se necessário a criação de procedimentos explicativos e claros para controle e
integração de uma massa de operários distribuídos nos diversos setores.

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Mesmo que A teoria da burocracia de Weber tenha surgido no século passado, ela
gera até os dias atuais uma série de dúvidas e só o termo burocracia já aparece com
uma conotação depreciativa. Porém, a Teoria da burocracia possui interfaces nas quais
iremos observar.
Ainda que os estudos de Weber sejam genéricos e possam ser aplicados a empresas,
sua abordagem é sociológica e mais facilmente aplicável às administrações públicas.
A burocracia enfatiza a formalização (obediência a normas, rotinas, regras e
regulamentos), divisão do trabalho, hierarquia (obediência às ordens dos superiores
e conferência de status às posições hierárquicas elevadas), impessoalidade e
profissionalização e competência técnica dos funcionários.
Segundo Weber, na Burocracia Ideal a promoção ou escolha do profissional deve ser
baseada exclusivamente pelo mérito/competência. Na sua visão, a burocracia era o mo-
delo ideal contra as escolhas arbitrarias e pessoais para composição dos cargos públicos.
A confiança na racionalidade técnica, na especialização funcional, na hierarquia,
na previsibilidade e na estrutura formal aproxima os aspectos clássicos da burocracia
weberiana. Mesmo as duas surgindo na mesma época, influenciadas pela realidade
histórica e científica de seu tempo. Representando assim o ápice do conjunto de
procedimentos combinados a sociedade industrial.
No geral, conclui-se que a Teoria Burocrática weberiana se assemelha à Teoria
Clássica. Porém, existem diferenças.
Weber e seus adeptos analisaram o contexto social mais amplo, identificando o
fenômeno crescente da autoridade racional-legal nas sociedades modernas.
Por isso, Sua teoria conseguia explicar um novo comportamento social: o burocrático.
Além disso, enquanto os clássicos pretendiam intervir na organização, aumentando
sua eficiência, fazendo com que sua orientação fosse predominantemente normativa e
prescritiva, a weberiana era mais descritiva e explicativa.
A Burocracia funciona e sobrevive por conta de seus regulamentos e normas
regulamentadas e estabelecidas. Essas normas e regulamentos são escritos e abrangem
todas as áreas da organização, preveem todas as ocorrências e as enquadra dentro de
um esquema definido direcionando todas as atividades e procedimentos. Com essas
normas e regulamentos, a organização se mantem estruturada burocraticamente, pois
tudo e todos seguem o método adotado.
Weber identificou três tipos de autoridade, para uma definição melhor sobre a
burocracia, sendo eles:
• Racional-legal: é baseada na aceitação dos regulamentos e normas prescritas pela
organização, confirmando assim sua autoridade legal.
• Tradicional: trata-se da autoridade conquistada por costumes e tradições, no caso
os subordinados aceitam as ordens das autoridades habituais.
• Carismática: Se deve a confiança adquirida por lideres dos seus subordinados,
gerando assim a melhor aceitação da hierarquia.

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UNIDADE
A Administração e as Principais Escolas

Para Weber, a autoridade racional-legal predomina dentre as sociedades, caracterizados


por ele, da seguinte forma:
• A lei representa o ponto de equilíbrio último, na qual se fazem necessárias para que
sejam compridas as normas e regulamentos impostos.
• A burocracia, em qualquer organização, é estabelecida através da hierarquia. Seguida
por todos, desde a produção aos diretores, fazendo-se assimiladas e realizadas.
• Os funcionários são promovidos e selecionados por conta da avaliação de suas
competências técnicas. Portanto, são feitas exigências de diplomas, exames para
que essas admissões e promoções sejam realizadas.
• As relações informais não têm razão de existir. O funcionário burocrático tem que
ter em mente que é uma peça de um sistema, de forma a cumprir as tarefas e
funções que lhes estão destinadas durante sua jornada.

Caráter formal das comunicações

Caráter legal das normas e regulamentos

Caráter racional e divisão do trabalho

Impossibilidade nas relações

Hierarquia de autoridade

Rotinas e procedimentos padronizados

Competência técnica e meritrocracia

Especialização da administração

Profissionalização dos participantes

Completa previsibilidade do funcionamento


Figura 4

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Portanto a divisão de tarefas é a responsável pela padronização dos procedimentos
técnicos, ocasionando na melhor eficiência e aumento de produtividade organizacional.

Weber descreve uma série de características/princípios do sistema Burocrático:

Com isso, podemos dizer que a burocracia é uma organização que seleciona pessoas
e suas devidas atividades por um processo de seleção, admissão e posterior promoção
por competência, por meio de critérios criados e estudados pela instituição. E não por
motivos particulares, por isso se faz necessário exames e testes para comprovação dos
méritos e competência do funcionário.

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UNIDADE
A Administração e as Principais Escolas

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Sites
As Escolas da Administração
https://goo.gl/kREz6I
Principais Teorias e Escolas da Administração
https://goo.gl/XRaB7G
Principais Escolas da Administração
https://goo.gl/zjo44R
Escolas da Administração
https://goo.gl/9tkhLI

Livros
Teoria Geral da Administração
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo:
Atlas, 2012.

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Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio
de Janeiro: Campus, 2000.

DURANT, Will. A História da Civilização. São Paulo: Record, 1995.

FARIA, Antônio Nogueira de. Chefia e Liderança. Rio de Janeiro: LTC, 1982.

FERREIRA, Victor Cláudio P. Modelos de Gestão. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

HAMEL, Gary; PRAHALAD, C.K. Competindo pelo Futuro: estratégias inovadoras


para obter o Controle do seu setor e criar os mercados do amanhã. Rio de Janeiro:
Campus, 1995.

HAMPTON, David R. Administração: processos administrativos. São Paulo: Mac


Graw-Hill, 1990.

LACOMBE, Francisco José Masset; HEILBORN, Gilberto Luiz J. Administração:


princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.

LODI, João Bosco. A História da Administração. São Paulo: Pioneira, 1987.

MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: Da Escola Científica à


Competitividade em Economia Globalizada. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.

MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo:


Atlas, 2012.

OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Teoria Geral da Administração. 2. ed.


São Paulo: Atlas, 2012.

ROBBINS, Stephen P.; DECENZO, David A. Fundamentos de Administração:


conceitos essenciais e aplicações. 4. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

SCHWARTZ, Peter. Cenários. As surpresas inevitáveis. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

SUN TZU. A arte da guerra. Século VI a.C. 26. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SVEIBY, Karl Erik. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando


patrimônios do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

TAYLOR, Frederick W. Princípios de Administração Científica. 8. ed. São Paulo:


Atlas, 1990.

Theodore Levitt: Prof de Administração da Harvard Business School “The Managerial


Merry-go-round” Harvard Business Review 1974Idalberto. Chiavenato: Prof de Adm Geral
da FGV “Introdução a TGA” 1981. Disponível em: <http://administracaograduacao.
blogspot.com.br/2015/06/perfil-do-administrador.html>

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