Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
º 4/2015, de 07 de Janeiro
-P. prossecução do interesse público e defesa dos direitos e interesses dos particulares – 4º
CPA + 266 nº2 CRP
-P. igualdade – 6º CPA + 13 e 266 nº2 CRP i) A da proibição de discriminação (vertente
negativa) ii) A da obrigação de diferenciação (vertente positiva) iii) e também a Proibição do
arbítrio
-P. da proporcionalidade – 7º e 178º CPA + 18º nº2, 19º nº4, 266º nº2 e 272º nº1 CRP
-P. da imparcialidade – 9º e 69º a 76º (69 impedimentos absolutos) (73 impedimentos
relativos) CPA + 266º nº2 CRP 269º
-P. da boa fé – 10º CPA + 266º nº2 CRP
-P. da colaboração administrativa com os particulares – 11º e 82 a 84 CPA + 268º nº1 CRP
-P. da participação – 12º, 100º, 101º, 121º CPA + 267º nº5 CRP
-P. da decisão – 13º CPA + 52ºn1 e 268º nº6 CRP
-P. da defesa dos direitos e dos interesses particulares – 4º CPA + 266º CRP
Regulamentos
1. Noção - artigo 135º
Acto geral e abstrato ou norma
Qual o mais solene? Decreto regulamentar pois tem mais exigências 134º b) + 140 nº1 + 119 h)
Resolução do Conselho de ministros - há menos formalidades, assinadas pelo 1ºministro,
publicadas em DR 119º h)
Procedimento do regulamento
Fases
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
1. Preparatória
a) Iniciativa -97+98
A administração pública e os interessados (qq cidadão com interesse) (esse direito deve vir
fundamentado); 97º nº2 estabelece dever de resposta - Prazo geral do acto administrativo
(prazo supletivo) quando não é atribuído outro prazo - 86ºnº2 - normalmente são 90 dias;
exigência da publicitação do início do procedimento - 98º (página internet) requisitos - data de
início, objecto, a forma como se podem constituir os interessados (audiência prévia) - se não
houver publicitação (há vício de procedimento - desvalor jurídico invalidade 144º nº2 CPA)
b) Instrução – 99
nota justificativa (fundamentação do regulamento) (princípio da proporcionalidade) Se não
houver nota justificativa o regulamento sofre de vício de forma e remete para 144º nº2; se nao
inclui os custos e benefícios é insuficiente logo equivale à falta de fundamentação (ilegalidade
formais e procedimentais)
c) Participação -100+101
(DFAmaral estendia a Audiência Interessados a quem tenha direitos subjetivos mas também
aos titulares de interesses difusos (insusceptíveis de apropriação individual, são de todos e de
ninguém, por exemplo associações ambientais) - No artigo 100º o nº 3 estabelece exceções à
Audiência de interessados; quando impraticável remete para consulta pública; A não
realização da audiência dos interessados tem de ser sempre fundamentada. Situações de
consulta pública - (100º nº1, ou quando a natureza da matéria o justifique (existe Margem de
livre apreciação); como se faz a consulta pública? 101º nº 2 prazo, nº3 prevê uma mera
menção (se não se fizer menção é uma irregularidade). E se não for feita CP (vício de
procedimento - 144ºnº2) (prazo é todo o tempo)
Acordos endoprocedimentais
Os acordos endoprocedimentais são contratos celebrados entre a Administração
e os administrados no decorrer do procedimento administrativo. Consagrado no
artigo 57.º do CPA, estes contratos são admissíveis apenas dentro da margem de
livre decisão administrativa. Diz-nos PAULO OTERO que estes acordos
“permitem ao destinatário do acto unilateral participar no processo de formação
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Conferências procedimentais - 77 ao 81
Prazos -86 ao 88
Pareceres - 91 e 92
Extinção do procedimento - 94 a 96 + 131 a 133
Pareceres – 91º
Regime da invalidade
Nulidade
Quando é que o acto é inexistente? Falta um elemento que permite caracterizar como acto -
elementos do acto 155º CPA
Há circunstâncias em que os actos nulos produzem efeitos (exemplo da prof nao ser licenciada
e dar notas)
Anulabilidade
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
163º nº5
3 situações - princípio do aproveitamento do acto
1ª situação da a)
Viúva solicita pensão por viuvez, mas entretanto volta a casar
É praticado acto de indeferimento, sem haver audiência dos interessados. É um caso vinculado
(com ou sem audiencia dos interessados, ela casando perde o direito) não valia a pena voltar a
repetir o acto.
2ª b)
De acordo com a lei deveria ser feita uma Audiencia Interessados mas foi feita uma consulta
pública (elas foram ouvidas na mesma, ainda que por outro procedimento)
Efeitos
REVOGAÇÃO
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Anulação 168º
Actos secundários
1. Actos integrativos (Aprovação; Homologação; Visto; Acto confirmativo; Ratificação
confirmativa)
2. Actos saneadores (Reforma; Conversão; Ratificação sanção)
3. Actos desintegrativos (Revogação; Anulação; Substituição; Suspensão; Declaração de
nulidade)
Vícios orgânicos
Autor:
1. Usurpação de poderes – nulidade: art. 161.º, n.º 2, alínea a)
2. Incompetência
a) Absoluta – nulidade: art. 161.º, n.º 2, alínea b)
b) Relativa – anulabilidade: art. 163.º, n.º 1
A falta do autor e do destinatário do acto implica a sua inexistência – artigos 151.º, n.º 1,
alienas a) e b) e 155.º, n.º 2
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Vícios formais/procedimentais
Forma do acto:
Forma do acto – escrito ou oral – art. 150.º - regra escrito/ pode adoptar, por exemplo, a
forma de despacho, decreto ou portaria.
Nulidade – preterição absoluta da forma legal – art. 161.º, n.º 2, alínea g) – v.g., acto oral
quando exigida a forma escrita
Anulabilidade – art. 163.º, n.º 1 - casos de não uso da forma solene quando exigida por lei: v.g.,
lei exige decreto e foi praticado um despacho
Formalidades do acto:
Trâmites que a lei exige para a formação de decisão + requisitos que o acto deve conter
FA – preterição leva a vício de forma/ MAA - preterição leva a vício de procedimento (de forma
no caso da falta de fundamentação)
Desvalor jurídico:
1. Anulabilidade – regra art. 163.º, n.º 1 – v.g., falta de parecer + preterição audiência dos
interessados + falta de fundamentação do acto
2. Nulidade – art. 161.º, n.º 2, alínea l) – preterição total do procedimento; art. 161.º, n.º
2, alínea h) – deliberação órgãos colegiais tomada tumultuosamente + falta de quórum e
maioria exigida
Vícios materiais
1. Vício de violação da lei; 2- Vícios de vontade; 3- Vício de desvio de poder
Objecto do acto – quid sobre o qual incidem os elementos do acto – deve ser possível,
inteligível e certo: art. 161.º, n.º 2, alínea c): impossível (v.g., pessoa nomeada morreu);
ininteligível (v.g., acto de expropriação de terreno e não se percebe qual terreno); constitua a
prática de crime (fraude).
Vícios de vontade
Relevantes quando exercício de poderes discricionários. A vontade deve ser livre e esclarecida.
a) Nulidade – art. 161.º, n.º 2, alínea f) – coação física e moral
b) Anulabilidade – art. 163.º, n.º 1 - erro e dolo
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Princípios gerais da contratação pública 266 CRP e artigo 1-A do Código dos CPs • Princípio da
prossecução do interesse público, no respeito pelos direitos dos cidadãos • Princípio da
sustentabilidade (ambiental, financeira e social) • Princípio da legalidade • Princípio da boa
administração (max. Boa gestão dos dinheiros públicos • Princípio da igualdade • Princípio da
imparcialidade (Isenção,…) • Princípio da transparência • Princípio da concorrência Muitas
vezes dizemos que o mais importante é a concorrência, e diz-se que vem da Europa. Em parte
verdade. Princípio fundamental por detrás daquelas várias diretivas. Mas nas diretivas de 2014
há outras preocupações. Não é verdade que a concorrência chegue ao nosso OJ por via da
Europa. Concurso público: significa que existe concorrência. Não chegaram a PT nos anos 80.
Prof. muito defensora de que é importante, mas a concorrência não é um valor em si, mas um
instrumento para as boas escolhas públicas e para garantir a imparcialidade, etc.
“1 - Para a formação de contratos cujo objeto abranja prestações que estão ou sejam
suscetíveis de estar submetidas à concorrência de mercado, as entidades adjudicantes devem
adotar um dos seguintes tipos de procedimentos: a) Ajuste direto; b) Consulta prévia; c)
Concurso público; d) Concurso limitado por prévia qualificação; e) Procedimento de
negociação; f) Diálogo concorrencial; g) Parceria para a inovação.”
Cada um deles se desdobra em subprocedimentos. Prof. critica. Ajuste direito e consulta prévia
vs todos os outros: AD e CP: não há concorrência. Em todos os outros há. O que distingue? AD:
contratação direta – entidade pública convida diretamente uma entidade para com ela
celebrar um contrato. Concursos: abertura à concorrência; anúncio e os interessados são
chamados, querendo, a participar. CP tem origens em PT no séc. XX. AP dirige o convite pelo
menos a 3 entidades, tem que consultar no mínimo 3 e depois de entre essas escolhe 1. Nem
toda a gente arruma estes procedimentos desta forma. Na CP há alguma concorrência entre
aquelas 3 ou mais entidades, mas em bom rigor é um procedimento fechado à concorrência, é
a AP que à partida escolhe. Concurso público vs concurso limitado por prévia comunicação:
Concurso público: anúncio dizendo as condições e os interessados vão apresentar propostas.
concurso limitado por prévia qualificação: há um momento inicial que é diferente – a prévia
qualificação. Há um anúncio, os interessados apresentam candidaturas e a AP faz uma Seleção
prévia; escolhe os que considera que do pto de vista técnico, financeiro, reúnem condições
para apresentar propostas. À partida todos podem apresentar candidatura. Concurso limitado
àqueles que foram qualificados. Diálogo concorrencial: consagrado nas diretivas de 2004,
passou para o nosso código em 2008. O único procedimento em que a AP à partida não
apresenta um caderno de encargos (documentos com cláusulas técnicas e financeiras que
serão parte do contrato que se vai celebrar – ex. numa obra pública, descrição da obra que se
pretende construir – características, dimensões, materiais, fases etc). Normalmente AP elabora
o caderno de encargos. O DC surgiu na Europa para as montagens jurídico-financeiras
complexas. Ideia de grandes obras ligando estados da EU, etc. Apresenta-se uma memória
descritiva: documento que diz qual a necessidade pública a satisfazer – ex. precisamos de ligar
a margem sul à margem norte. E o mercado vai propor soluções para resolver esse problema.
Diálogo entre entidade adjudicante e os que apresentaram soluções e depois pode escolher 1,
pode compor 1 a partir de 2 ou 3 soluções que se apresentaram, etc. Com base nisso elabora-
se o caderno de encargos, que vai depois ser posto à concorrência. A solução pode ter vindo
de 1 empresa, mas pode-se escolher outra para construir. Que empresa vai dizer isto sem ter
garantia de que vai ser escolhida? Dúvidas. Parceria para a inovação: diretivas de 2014,
passaram para o C em 2017/2018. Ao contrário de todos os outros,… todos os outros são
procedimentos pré-contratuais. Este é simultaneamente um procedimento e um contrato.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Auxilio Administrativo
Prevê o Código de Procedimento Administrativo (CPA) no seu artigo 66.º a figura do auxílio
administrativo. Trata-se de um regime que consagra a possibilidade de o órgão competente
para decisão final do procedimento administrativo requerer auxílio de quaisquer outros órgãos
da Administração Pública, solicitando que estes procedam a investigações, partilhem dados ou
documentos em seu poder ou disponibilizem pessoal especializado ou meios técnicos.
O auxílio administrativo decorre de um princípio constitucional de cooperação
interadministrativa, garantindo a eficiência, a unidade e a efetividade da ação da
Administração que a Constituição estabelece no artigo 267.º, n.º 2.
O auxílio administrativo é um mecanismo de cooperação no âmbito do procedimento
administrativo entre pessoas coletivas públicas e respetivos órgãos na prossecução do
interesse público, da eficiência e da imparcialidade administrativa.
O CPA prevê o pedido de auxílio administrativo quando: i) o melhor conhecimento da matéria
relevante exija uma investigação para a qual o órgão a quem é dirigida a solicitação disponha
de competência exclusiva ou de conhecimentos aprofundados aos quais o órgão solicitante
não tenha acesso; ii) o órgão competente a quem é dirigida a solicitação tenha em seu poder
documentos ou dados cujo conhecimento seja necessário à preparação da decisão; iii) a
instrução requeira a intervenção de pessoal ou emprego de meios técnicos de que o órgão
competente para a decisão final não disponha.
Em caso de recusa de auxílio administrativo ou de falta de resposta no prazo fixado, a questão
é resolvida ou pela autoridade competente para a resolução de conflitos de atribuições ou
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
competência entre órgãos de competência entre os órgãos solicitante ou solicitado ou, não a
havendo, por órgão que exerça poderes de direção, superintendência ou tutela sobre o órgão
solicitado.
Caso nº1
Valério, médico de clínica geral, solicitou à Câmara Municipal de Oliveira dos Azeméis a emissão
de licença para a construção de uma moradia na cidade. O Presidente da Câmara, a quem tinham
sido delegadas as competências para o efeito, respondeu-lhe que apenas concederia a licença se
Valério se comprometesse a prestar consultas gratuitas no lar da Santa Casa de Misericórdia de
Oliveira de Azeméis. Pode fazê-lo?
A prestação de consultas gratuitas no lar da Santa Casa da Misericórdia prosseguiria o interesse
público. No entanto, não é este o interesse subjacente à concessão de licenças de construção:
urbanismo e ordenamento do território. Assim, existiria aqui um vício de desvio de poder por
motivos de interesse público. Anulabilidade: 163 nº1 CPA.
Violação do princípio da prossecução do IP
Caso nº2
O Estabelecimento Prisional de Évora (EPE) procedeu ao anúncio de um concurso relativo ao
fornecimento de refeições confeccionadas para os reclusos entre os anos de 2021 e 2023. No
aviso do concurso exigiam-se, entre outros requisitos, que os concorrentes tivessem
nacionalidade portuguesa e que tivessem experiência no ramo da música, tendo-se fixado o prazo
de dois meses para a apresentação das propostas.
Suponha as seguintes hipóteses:
a) O Director do EPE decidiu adjudicar o contrato à empresa “Vegan” porque um dos sócios é
cunhado dele;
b) A empresa “Cozido à portuguesa” foi excluída porque um dos sócios é adepto fervoroso do
Sport Évora e Benfica;
c) A empresa “Francesinha” contesta o facto de não ter sido ouvida antes da tomada de decisão e
o facto de esta lhe ter sido comunicada por email;
d) A empresa “Detox” não pôde participar porque, entretanto, o EPE decidiu reduzir o prazo de
apresentação das propostas para um mês;
e) A empresa “Sushiman”, que ficou classificada em último lugar, inconformada com a decisão,
solicitou ao EPE a consulta do processo administrativo, o que foi recusado;
f) A empresa “Masala”, que considera ter apresentado a proposta mais vantajosa, contesta o
facto de a sua candidatura não ter sido sequer analisada. Pronuncie-se sobre a conformidade da
actuação do EPE aos princípios gerais da actividade administrativa.
Exigência de nacionalidade portuguesa: violação do princípio da igualdade (Art. 6 CPA + 13 e
266, nº2 CRP), na dimensão da proibição de discriminação por violação de uma das categorias
que consta naqueles artigos. Vício: violação da lei. Desvalor jurídico: 161 d) CPA – podemos
abrir a discussão sobre se se viola o conteúdo essencial. Tem que ser flagrante. Parece que sim
aqui. Ato nulo.
Atos administrativos são nulos quando estão previstos na lei, 161 CPA.
163 CPA regra é anulabilidade.
Experiência no ramo da música: violação do princípio da proporcionalidade, na dimensão da
adequação. Não é a medida idónea. O fim é selecionar a empresa que possa fazer um serviço
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
culinário de qualidade. Arts. 7 e 178 CPA + 266, nº2 CRP. Vício: violação da lei. Desvalor
jurídico: anulabilidade – 163.
a) Violação do princípio da prossecução do IP. Art. 4 CPA, 266 nº1 CRP. Estão a ser
protegidos interesses privados, pelo que há um desvio de poder por motivos de interesse
privado.
Princípio da imparcialidade. Prof. tb admitia igualdade. Artigo 9 CPA e 266 nº2 CPA. Dimensão
negativa. 69-76. Casos taxativos do artigo 69. Mas tb pode haver escusa ou suspeição – 73 –
em que estão em causa familiares próximos. Cunhado: afim, 2º grau na linha colateral. Artigo
69 nº1 b). Impedimento absoluto.
73 nº1? Parentes até ao 2º grau – 69. 3º grau: 73. Interpretação na prof.
Vício: violação da lei. Desvalor: anulabilidade 76 nº1.
b) Violação do princípio da igualdade (13 e 266 nº2 CRP + 6 CPA), na vertente da
proibição do arbítrio. Não há justificação racional para excluir esta empresa.
Vício: violação da lei. Desvalor jurídico: 163 nº1 anulabilidade. Mas devíamos suscitar a
discussão: não há violação de um conteúdo essencial.
Também pode ser princípio da justiça e da razoabilidade.
P da discriminação é reportada às categorias que existem no artigo 13 da CRP e 6 do CPA.
Porque é o próprio legislador que diz que nestes casos há mesmo discriminação.
c) Violação do princípio da participação. Artigo 12 CPA e 267 nº5 CRP. Relativo à
audiência dos interessados. Vício de procedimento (trâmite procedimental necessário ao nível
da feitura dos atos). Prof. FA. Fala em vício de forma. Desvalor jurídico: anulabilidade 163 nº1.
Mas pode haver casos em que a preterição da audiência dos interessados pode implicar
nulidade.
Comunicação por email: Decisões administrativas devem ser comunicadas por meios
eletrónicos? Artigo 63 nº1. É necessário prévio consentimento. 63 nº1 CPA reporta-se às
pessoas singulares. Artigo 63 nº3: não se exige consentimento das PCs.
Empresa não tem razão.
Violação do princípio da legalidade (não houve audiência dos interessados?). Artigo 3, nº1 do
CPA. Subprincípio: Princípio da preferência de lei. A lei constitui um limite de atuação da
administração. Quaisquer atuações contrárias à lei são ilegais/inválidas.
d) Violação do princípio da boa fé. Houve a criação de uma situação de confiança,
investimento dessa confiança e frustração da confiança. 266 nº2 CRP + 10 CPA. Também
podíamos dizer que foi violado o p da igualdade. As que apresentaram primeiro conseguiram.
Vício de violação da lei. Anulabilidade.
e) Violação do princípio da colaboração, artigo 11 nº1 + 83 nº1 CPA e 268 nº1 CRP.
Diferente do princípio do arquivo aberto (que se reporta a informação não procedimental).
Vício de procedimento. Desvalor jurídico: anulabilidade 163 nº1.
f) Princípio da imparcialidade na sua dimensão positiva. Dever de analisar todos os
interesses relevantes. 9, 1ª parte CPA e 266 nº1 CRP. Vício de violação da lei. Desvalor jurídico:
anulabilidade 163 nº1.
Caso n.º 3
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
c) Imagine agora que, ao saber desta deliberação, Francisco, proprietário de terreno contíguo ao
de Deise, e a quem, em Junho de 2017, a Câmara Municipal havia indeferido pedido de licença
construção com base na violação do referido plano de pormenor, decide, em Março de 2018,
interpor novo requerimento solicitando o mesmo, ao qual a Câmara Municipal até hoje nada
respondeu. Francisco considera que a actuação da Câmara Municipal viola flagrantemente a
Constituição e pretende contestá-la junto dos tribunais. Tem razão?
Leonor, funcionária da Direcção Geral da Saúde, requereu ao Director-geral que lhe fosse
concedido uma semana de férias no período do Carnaval, o que foi prontamente deferido. Em
virtude de extemporâneo aumento de volume de trabalho nessa altura e também com o objectivo
de arrecadar alguma receita para o Ministério da Saúde, o Director-geral decidiu instaurar um
processo disciplinar a Leonor por violação dos deveres de assiduidade, que findou com a aplicação
de uma multa no valor de 5000 euros. Leonor, que nunca soube da instauração de qualquer
processo disciplinar, ficou perplexa quando o Director-geral da Saúde lhe telefonou informando-a
da decisão tomada. Como pode Sara contestar a actuação do Director-geral.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
garantias, mas a jurisprudência não entende. Vamos considerar a primeira posição. 161 nº2 d)
– conteúdo essencial – nulidade.
DG Saúde: notificações por meios eletrónicos. Artigo 14 e 63 nº1 teria que haver
consentimento. Se não houve, o ato seria ineficaz.
Quid juris?
Passos:
1. Identificar o tipo de procedimento.
De iniciativa particular, decisório e de primeiro grau (rege pela primeira vez sobre a matéria).
2. Classificar os atos.
Parecer: ato primário, instrumental e opiniativo.
Autorização: ato primário, permissivo.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
b) Senhor Y não é uma PC. Ilegitimidade. 109 nº1 c). Esta ilegitimidade leva a um
Despacho de arquivamento.
Artigo 68 nº1 – n tinha direito a solicitar pq não era PC.
c) Não tínhamos quórum. 29 nº1. Vício de procedimento. Desvalor jurídico: 161 nº2 h) –
nulo.
d) Obrigatório, e como não diz nada sobre vinculatividade, não vinculativo – 91, nº2.
92 nº3: 20 dias.
92 nº 5: pode prosseguir sem o parecer.
e) Conferência procedimental – há uma lei que prevê? Artigo 78. Presumindo que sim,
conferência seria convocada. Deduzimos que o IMTT é a entidade coordenadora
(“instituidor”) – 79 nº1.
E se as entidades não compareceram? 79 nº6. Deduz-se que não tem nada a opor ao pedido.
Espécie de ato tácito positivo.
Teríamos margem para decidir se era de coordenação ou deliberativa.
79 nº6 tb se aplica às de coordenação – prof Sérvulo Correia.
f) 95 – não cabe numa destas situações, não tem fundamento. Poderia ter decidido
sozinho nos termos do 79 nº6.
Havia possibilidade de impugnação desta extinção do procedimento.
Extinção com base no 95 deve ser sempre fundamentada – 95 nº2.
92 nº5.
Caso nº2
A Lei n.º 34/2013, de 16 de Maio, que aprovou o regime do exercício da actividade de
segurança privada estabelece que esta actividade pode ser desempenhada por empresas que
obtenham uma licença a conceder pelo Ministro da Administração Interna. Aquele diploma
legal impõe, entre outros aspectos, que os administradores ou gerentes de sociedades que
exerçam a actividade de segurança privada possuam a escolaridade obrigatória e plena
capacidade civil e nunca tenham sido condenados pela prática de um crime. Além disso, exige-
se o parecer prévio favorável da Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública.
Uma empresa solicitou, em 3 de Setembro de 2013, o licenciamento da actividade de
segurança privada para todo o território nacional, não informando, contudo, a Administração
quanto à identificação do respectivo gerente.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Quid juris?
Tipo de procedimento: iniciativa particular, decisório, de primeiro grau.
Atos administrativos:
Pareceres: primário, instrumental, opiniativo.
Licença: primário permissivo.
a) 108 nº1.
Prazo para resposta da empresa: 86 nº2 - 10 dias.
109 meramente exemplificativo “nomeadamente”. 109 nº1 – impede o desenvolvimento
normal do procedimento.
b) Parecer obrigatório – exigido por lei – e vinculativo (porque é necessário que seja
favorável).
Tb podíamos pôr o 92 nº3 se a lei não impusesse prazo.
92 º6. MAI tinha que interpelar, etc.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Quid juris?
Procedimento oficioso, decisório, de primeiro grau.
Aas aqui: parecer (primário, instrumental, opiniativo). Aprovação: ato primário permissivo.
A) 121. 124 nº1 d) teria que haver consulta pública. Há muitos interessados. Vício de
procedimento, desvalor: anulabilidade nos termos do 163 nº1 CPA.
B) Parecer obrigatório e parcialmente vinculativo. Neste caso é vinculativo, porque foi
negativo. E foi desrespeitado.
Tinha que respeitar o sentido deste parecer. Se n respeitou, viola-se a lei. Vício de
violação da lei. Desvalor: anulabilidade – 163 nº1 CPA.
[Se é só parcialmente vinculativo cai no 92 nº 5.]
C) Pareceres obrigatórios porque exigidos na lei. 91 nº2: são não vinculativos.
Se faltaram os 2, pode-se pressupor que o Min Eco pediu, e decidir sem o parecer – 92
nº 5. Outra hipótese: não foram pedidos pelo Min Eco – vício de procedimento;
desvalor anulabilidade 163 nº1.
D) Fundamentação insuficiente. 153, nº2: equivale a falta de fundamentação. Vício de
forma. Desvalor: anulabilidade – 163 nº1 regra geral.
E) Ministro da Economia aprovou. Artigo 37 nº1 e nº3. Quando há mudança de
competência a meio de procedimento, deve haver remessa oficiosa para o órgão
competente. Ministro devia ter remetido o processo para o Conselho de Ministros.
Vício: incompetência relativa. Desvalor: anulabilidade 163 nº1.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Perante isto, António impugnou este ato junto do próprio Presidente da APA,
invocando a sua invalidade porque já se tinha formado um ato de deferimento tácito.
a) Tem razão António quando invoca que se formou um ato tácito de deferimento,
mesmo atendendo a que o mesmo está dependente, nos termos da lei, da não
verificação dos pressupostos que impusessem o indeferimento? Qual a
consequência da norma legal não definir essas condições?
b) É relevante a comunicação prévia que António fez?
c) Pronuncie-se sobre a validade do ato do Presidente da APA através do qual
indeferiu expressamente o pedido de autorização apresentado por A, tendo em
conta o fundamento invocado.
1º classificar os atos.
Autorização: ato primário permissivo.
Tipo de procedimento: decisório de primeiro grau, de iniciativa particular.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Anulação: compete ao autor do ato (órgão competente). 169 nº1 e nº3. Novo Presidente do
CD era competente.
Indeferimento era ato de conteúdo desfavorável – 6 meses até máximo de 5 anos. 168 nº1. 6
meses a partir da data de conhecimento do vício. Se o conhecimento se deu 6 meses antes de
3 jan 2014 ou depois disso. Mas foi acabado de nomear. Podemos supor que está dentro do
prazo.
Revogação do ato de concessão do subsídio:
Possibilidade da impugnação. Ministro da AI não é nada ao IAPMEI. Se fosse o Ministro da
Economia, relação de tutela e superintendência. Recurso especial do 199 nº1 c) para o órgão
de tutela e superintendência. Supondo que havia competência, temos que analisar a atuação
do Ministro. Revogou o ato. Ato que concedeu o subsídio era inválido – não cumpria o
requisito do volume de negócios. Se o Min quisesse cessar os efeitos, era anulação 165 nº2.
Ministro não era competente. Quanto à competência, vício de incompetência absoluta,
desvalor nulidade – 161 nº2 b) – quem poderia anular o ato era o IAPMEI.
Último parágrafo: artigo 13, nº2. Requisitos: legitimidade da pessoa e competência do órgão
(os dois preenchidos), inteligibilidade e tempestividade (deduzimos que estão preenchidos),
mas não se pode repetir o pedido dentro de 2 anos. Aqui não passaram 2 anos. Mas há uma
alteração do quadro legal. 13 nº2 diz “com os mesmos fundamentos” – se houve alteração do
quadro legal, os fundamentos já não são os mesmos. Poderia fazer este pedido. Até hoje não
obteve resposta. Prazo de decisão: 128 nº1 60 dias. Se não se decidir nesse prazo, forma-se
omissão e o sujeito que requereu pode contestar essa omissão tanto em termos
administrativos como contenciosos.
Regulamentos Administrativos
Caso prático n.º 1
i) Admita que o preâmbulo do regulamento indica que “as medidas económicas restritivas
adoptadas no regulamento servem o propósito de estimular a economia”. A nota
justificativa do projecto limitava-se a referir que “a regulação do preço do pão, embora
possa gerar a insolvência do pequeno comércio, tem-se como uma medida urgente do
ponto de vista da comercialização de bens essenciais à população”. Quid juris?
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
a)
i) Artigo 99. Ponderação entre custos e benefícios: aqui ponderação muito leve. E a nota
justificativa contradiz o preâmbulo. Não estimula a economia se arrasa o pequeno
comércio. 153 nº2: fund insuficiente equivale a falta de fundamentação.
Consequência da falta de fundamentação ou da nota justificativa – vício de procedimento ou
de forma. Invalidade. Não há inconstitucionalidade. 144 nº2: contestação limitada pelo
prazo de 6 meses.
ii) Afeta o público e quem vende. Condição para haver AA: regulamento afeta diretamente
e imediatamente direitos e interesses dos cidadãos. Regulamento imediatamente
operativo – 100 n.º 1 e 3 c). Possibilidade de consulta pública porque número
demasiado elevado.
Precisaríamos de mais dados para assumir que o regulamento era um regulamento urgente.
Por dizer que a medida é urgente não significa que o regulamento é urgente – se fosse,
podia haver preterição de audiência dos interessados e de consulta pública.
Suponha que o Conselho de Ministros aprovou uma Resolução na qual se determinou que
todas as esplanadas, incluindo restaurantes e cafés, deveriam compreender materiais capazes
de contribuir para uma «integração urbana harmoniosa». Tendo em conta as dúvidas
interpretativas que a exigência criou, tal como regulamentarmente descrita, o próprio
Conselho de Ministros aprovou nova Resolução em que se especificou quais as condições em
que se verifica a tal «integração urbana harmoniosa».
Particularmente afectada, dada a sua especificidade, pelos termos pouco operativos com
que foi configurada a segunda Resolução, o Município de Reguengos de Monsaraz, através da
respectiva Assembleia Municipal, aprova um regulamento em que define o que, para o espaço
do concelho, é uma «integração urbana harmoniosa», o que fez em termos distintos e até
contraditórios com os constantes do regulamento governamental. Alertada para a eventual
ilegalidade das normas em causa, a Assembleia Municipal de Reguengos de Monsaraz declara,
oito meses depois, a invalidade das normas que antes havia aprovado.
Quid juris?
Pode ser aprovada nova resolução onde se densifica uma resolução anterior? Para esclarecer
dúvidas interpretativas. Interpretação autêntica.
Artigo 112 nº5 CRP. Parece não vedar. Reporta-se a atos legislativos mas podemos fazer o
paralelismo.
Norma interpretativa de outra.
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Na maior parte das vezes, violação do princípio da competência e não tanto esta hierarquia.
Parâmetros hierárquicos: 143
Regulamento praticado por uma PC interfere em competências de outra PC, problemas de
validade.
Imagine o seguinte:
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
Quid juris?
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis
16/05/2021 :::DL n.º 4/2015, de 07 de Janeiro
www.pgdlisboa.pt/leis/lei_print_articulado.php?
tabela=leis&artigo_id=&nid=2248&nversao=&tabela=leis