Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
“GÉNERO, SEXUALIDADE E
PRÁTICAS VAGINAIS”
BRIGITTE BAGNOL
ESMERALDA MARIANO
AGRADECIMENTOS
Bagnol B. e E. Mariano 2
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 3
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
INDÍCE
AGRADECIMENTOS
INDÍCE
INTRODUCÇÃO
Antecedentes e justificação
Perfil sócio demográfico da província
Práticas vaginais conhecidas
2.1. FORMAÇÃO
2.2. AMOSTRA REALIZADA
2.3. TECNICAS PARA A CONDUÇÃO DAS ENTREVISTAS
3. TRABALHO DE CAMPO
4. RESULTADOS DA PESQUISA
5. CONCLUSÕES
Anexos:
Anexo 1: Entrevistas realizadas
Bagnol B. e E. Mariano 4
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa faz parte do “Estudo da OMS em Múltiplos Países sobre Género,
Sexualidade e Práticas Vaginais”, que está sendo realizado no Sudeste
Asiático (Tailândia e Indonésia) e na África Austral (Moçambique e África do
Sul). O estudo global em múltiplos países é coordenado pelo Departamento de
Pesquisa em Saúde Reprodutiva e Género e Direitos da OMS - Genebra. Na
África Austral, a pesquisa é coordenada pela Rede sobre o HIV/SIDA (HIVAN)
na Universidade do Kwazulu Natal (Durban - RSA). Em Moçambique, a
pesquisa está sendo realizada em colaboração com o Ministério da Saúde, a
Direcção Provincial de Saúde de Tete. A pesquisa qualitativa em Tete está
sendo coordenada pelo ICRH - Universidade de Ghent em parceria com a OMS
Moçambique. O Centro Regional para o Desenvolvimento Sanitário (CRDS)
terá um papel mais activo na segunda fase da pesquisa quantitativa.
1
Para informações adicionais sobre o estudo, queira consultar o protocolo da OMS.
Bagnol B. e E. Mariano 5
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Antecedentes e justificação
Bagnol B. e E. Mariano 6
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
No que diz respeito ao acesso à energia eléctrica e água potável, é comum nos
locais de estudo, a maioria da população fazer recurso as águas do rio
Zambeze e somente a cidade de Tete tem acesso a energia eléctrica.
Bagnol B. e E. Mariano 7
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
As mulheres por todo o país utilizam diversos agentes (Dethol, Savlon, uma
pedra especial chamada de “enxofre” ou “incenso”: uma mistura de água, sal,
limão e vinagre) ou seguem as recomendações dos curandeiros (mistura não
especificada de plantas, raízes e outros ingredientes) para secar, limpar, tratar
corrimentos vaginais e/ou apertar a sua vagina. Um estudo recente realizado
na província de Tete sobre as ITS, explica que a prática do “sexo seco” visa
aumentar o prazer sexual do homem em detrimento do da mulher (Mahomed et
al., sem data: 27). Os autores explicam também que as pessoas procuram um
apoio, tanto das unidades sanitárias como dos curandeiros, para as infecções
de transmissão sexual e outros aspectos da sexualidade, visto que algumas
são consideradas como tendo uma origem espiritual e mágica. Os curandeiros
são responsáveis por realizar a purificação da paciente.
Outra prática comum nesta região, bem como no norte do país, trata-se do
esticamento dos lábios menores da vagina. (Arnfred, 2003; Bagnol, 2003). É
necessário que seja avaliado o seu impacto sobre a saúde reprodutiva, visto
que ela pode criar esfoladuras e erupções cutâneas, aumentar a superfície em
contacto durante o sexo, e aumentar a fricção por colocar os lábios dentro da
vagina para apertá-la. Vários autores (Ironga, 1994; Enoque, 1994; Arnfred,
2003; Bagnol, 1996, 2003) investigaram o alongamento dos lábios menores na
província de Nampula. Enquanto Bagnol (2003) analisou a implicação das
Bagnol B. e E. Mariano 8
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 9
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 10
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
2.1. FORMAÇÃO
Bagnol B. e E. Mariano 11
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Tabela 1: Amostra
Realizaram-se:
- 20 Entrevistas com informantes chave
- 18 Entrevistas em profundidade
- 7 Grupos focais (nunca com indivíduos com menos 18 anos; um grupo
focal com homens adultos, um com adolescentes do sexo masculino, um
grupo misto de curandeiros, um grupo de trabalhadoras do sexo, um
grupo de mulheres com filhos, um grupo de matronas)
- 4 Grupos de referência: Mulheres da OMM, Enfermeiros homens e
mulheres, Curandeiras e jovens estudantes.
Bagnol B. e E. Mariano 12
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
informantes chave, estes por sua vez convidavam outras pessoas usando a
técnica bola de neve, seguindo os critérios indicados pelas investigadoras
(idade, sexo, conhecimentos e experiência sobre praticas vaginais).
Bagnol B. e E. Mariano 13
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
3. TRABALHO DE CAMPO
Bagnol B. e E. Mariano 14
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 15
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
As entrevistas tinham uma duração que variava entre 45 minutos e três horas e
meia. Algumas entrevistas foram feitas ao longo de vários encontros tratando
se geralmente de entrevistas em profundidade e especificamente de
acompanhamento de médicos tradicionais. As vendedeiras de produtos
vaginais do mercado de Kwachena que são também médicas tradicionais
moçambicanas e zimbabueanas acompanharam a pesquisa durante toda a sua
duração.
A falta de uma máquina fotográfica digital para o registro das imagens fez-se
sentir mesmo durante as entrevistas. Imagens podiam ser usadas como
material para identificar produtos (raízes, plantas, etc.) que podiam ser
mostrados para outros, a fim de confirmar e completar informações de uma
Bagnol B. e E. Mariano 16
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
4. OS RESULTADOS
Bagnol B. e E. Mariano 17
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 18
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 19
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
“Para alguns homens tem servido de brinquedo, (…) primeiro ele diz que
vamos brincar, leva o prato, queima e começa a fazer puxa-puxa, brincar.
Então, quando vamos fazer sexo na medida em que o homem vai puxando
aquilo aumenta os centímetros (…) o homem puxa e quando é para a relação
sexual apenas pega em brincadeira (…) para motivar o sexo.” (TET6- p.7-8)
Curandeira, Tete Agosto 2005
Bagnol B. e E. Mariano 20
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
“Os homens quando vão brincar com aquela mulher é para aquilo servir de
brinquedo, brincam com aquilo é também gosta, porque aquilo fica parece
choque.” (CHA5- p.3) Grupo focal de homens, Changara, Setembro 2005
“Os homens pegam aquilo e carregam para conseguir penetrar o sexo deles
(…) os homens preferem vida (lábios vaginais) (…) aquilo faz animar. O
homem quando vão na esteira ao fazer sexo ele brinca com aquilo para
apanhar tesão, aquilo chama-se divertimento da esteira, o homem fica animado
com aquilo e é quando goza aquela outra que você não tens vida, só tens
buraco (…) serve de brinquedo para o homem poder ficar teso.” (CHI9- p. 3-4)
Grupo focal de matronas (viúvas, casadas em união poliginica) Chipembere
Agosto 2005
Da mesma forma que o alongamento dos pequenos lábios servem para fechar
o orifício vaginal considerado “aberto” após o nascimento dos filhos. O uso de
produtos vaginais e a ingestão de estimulantes sexuais também utiliza-se
para fechar a vagina e a aumentar a fricção, criar maior atrito durante a
penetração e o acto sexual. A realização destes tratamentos para fechar visa
também reter o esperma dentro da vagina. Certos mankwala, “medicamentos”
ingeridos ou inseridos na vagina procuram também secar a vagina, proporciona
o calor no corpo e na vagina quente, assim como estimulam o desejo sexual.
(Mankwala ya kubvalira) serve para ela, a dona, como esses que nascem
alargam o corpo (vagina) na altura da saída do bebé (parto). Depois, a vagina
fica larga. Então tem que procurar este medicamento de kubvalira para contrair,
para ficar bem. (…) Mesmo aquelas que ainda não nasceram, que brincam
(tem relação sexual) com homens (usam estes “medicamentos). O homem é
que faz alargar o corpo (durante a relação sexual). Sendo assim, tem que
diminuir, contrair o corpo aplicando medicamento. Quando ela ficar aberta com
a vagina larga não fica bem. O corpo fica leve. (…) Nós somos mulher! Como
eu, se fosse nova a brincar com o meu marido… o lugar de brincar é esse… eu
a brincar com o meu marido, o sítio, esse, vagina, todos os dias ele está a me
abrir. (MPD3- p.9- 13) (Mulher de cerca de 50 anos, viúva M’padwe, Agosto
Bagnol B. e E. Mariano 21
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
2005)
“Ter água é característica de cada pessoa. Essa água é por isso que nos
levamos medicamentos para usar (kubvalira). Por causa disso! Porque as
mulheres quando têm filhos, o corpo não fica bem. É por isso que usam
medicamento para o corpo voltar ao seu estado inicial anterior, para ficar bem
com o marido. (A mulher) não pode ficar sem usar isso.” (MPD1- p. 14)
Secretária da OMM e matrona de 50 anos, casada, M’padwe Agosto
“(Mulher que usa kubvalira) sente-se com peso anda também com peso
mesmo, sente-se pessoa. (…) Ela sente, porque mesmo que não vai fazer a
relação sexual, mas ela ao andar sente-se com peso (…) O peso refere-se ao
facto de se juntar com o marido, ele se sente bem e ela também. Depois de
pouco tempo eles têm vontade de novo de voltar a estar juntos” (MPD6-p. 7-8)
Curandeira, M’padwe Agosto 2005
Práticas Motivos
Para se prepararem para as relações sexuais
Para serem e se sentirem mulheres
Para satisfazerem o parceiro sexual/estimular a erecção
Alongamento dos Para segurar o parceiro
lábios Para se satisfazerem sexualmente
Para se sentirem bem
Para o corpo ter peso
Para terem força
Para fechar o orifício vaginal
Para embelezar o corpo
Para manter a vagina quente
Para apertar o pénis
Para seguirem a tradição
Para ter vida
Inserção e utilização Para apertar a vagina antes do acto sexual, depois do
de produtos vaginais acto sexual e depois do parto
Para secar
Para reduzir/diminuir o orifício vaginal
Para aquecer a vagina
Para tratamento de masale
Para tratamento de ITSs
Para parecer virgem
Bagnol B. e E. Mariano 22
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 23
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
“Vagina da mulher é larga quando muitos homens já passaram por ai, acho que
quando a todo o momento está a fazer relações sexuais. Depois da relação
sexual a vagina fica com cavidade maior, ao fazer sexo pode fazer mais força,
aí sai agua. (…) Para diminuir lava com agua morna e sal e também com
sabão” (TET7- p.23-24) Grupo focal de raparigas estudantes, solteiras Tete
Agosto 2005
“Aquelas mulheres que saiem agua e não utilizam kubvalira quando estiver a
fazer sexo, aquilo faz barulho, antes do homem ejacular tem que tirar para tirar
aquela água. (…) Então aquele medicamento quando põe vai puxar toda
aquela água”. (CHA3- p.7) Grupo focal de curandeiros, Changara, Setembro
2005
“(Com agua) não sente gosto, porque a vagina fica larga, fica com largura
assim (…) agua mesmo, basta fazer sexo uma vez chega.” (CHA3- p. 21)
Grupo focal de curandeiros, Changara, Setembro 2005
“Com aquele medicamento até ela sente o corpo a encolher-se quando for
lavar, o dedo pode entrar lá para tirar aquela sujidade, o corpo contraiu-se,
ficou como uma menina.” (CHA3- p.8) Grupo focal de curandeiros, Changara,
Setembro 2005
Bagnol B. e E. Mariano 24
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
“Há um tipo de medicamento que (se vende no) mercado Kwachena de cor
azul, vem do Zimbabué. Quando comprei depois de tomar banho, fui colocar e
depois de um tempo a vagina toda inchou e começou a sair agua e nesse dia
no hospital tinha aparecido (também) uma senhora vindo de Marara com estes
problemas, utilizou em quantidade e fechou toda a vagina e a barriga ficou
empanturrada, com dores, andou distendida e morreu.” (MPD11- p.25) Mulher,
solteira sem filhos, M’padwe Setembro 2005
Bagnol B. e E. Mariano 25
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 26
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
“Depois de inserir as pedras tem tido reacção de corrimento que nunca passa,
corrimento vaginal. E nunca passa realmente. Quando chego aqui (no PS) elas
(as mulheres) apresentam como DTS enquanto não é DTS, então a gente, eu
como estou nas consultas faço perguntas à pessoa e eu tento lhe explicar que
por esta questão não se poderia utilizar isso. Isso não é nenhuma DTS. E as
vezes gastam mais dinheiro, não sei quanto. Nunca cura.” (MPD2 – p 1)
Provedor de saúde de sexo masculino.
Bagnol B. e E. Mariano 27
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
“O uso do preservativo com o kubvalira não fica bem, porque o seu corpo… e o
seu corpo sempre não vai apertar, e aquilo fica parece tem água, porque o
preservativo tem aquele liquido, e se for a usar e colocar o sexo na vagina vai
apanhar o kubvalira que era para secar o sexo e apanha o preservativo
molhado, tudo ao contrário e não é a mesma coisa.” (MPD9- p.28) Grupo focal
de homens, M’padwe Agosto 2005
“O preservativo não serve quando se faz kubvalira, porque o homem não vai
sentir o gosto (…) tem que encontrar sangue com sangue.” (FSM9- p.9)
Curandeira, com 4 filhos, cerca de 60 anos, Tete Agosto 2005
a) Duração da entrevista:
A assinatura do consentimento informado leva cerca de 40 minutos para
apresentação do entrevistados e do objectivo do trabalho, colocar a
entrevistada a vontade, explicar o consentimento informado, responder as
dúvidas e fazer assinar o documento. Mesmo um questionário curto pode levar
até 45 minutos para ser aplicado. Para se perguntar a mulher o que ela colocou
na sua vagina e quando foi a ultima vez que usou um produto, um ambiente
específico tem que ser estabelecido a prior, sob pena de se obter respostas
que não correspondem a realidade, somente para a entrevistada se livrar da
entrevistadora. Além de mais é extremamente importante se criar um ambiente
de cumplicidade, de conversa e não de inquérito com perguntas frontais,
directas e uma atrás da outra. Por esta razão as entrevistas duram muito mais
tempo do que o simples perguntar e responder. Será que uma mulher grávida
que percorreu quilómetros para chegar ao centro de saúde e está na bicha
durante algumas horas pode ter a disponibilidade e espírito adequado para
perder mais uma hora e meia com pesquisadores?
Bagnol B. e E. Mariano 28
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bagnol B. e E. Mariano 29
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
5. CONCLUSÕES
Bagnol B. e E. Mariano 30
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
A percepção que o pessoal de saúde tem sobre os efeitos das práticas é ainda
muito limitada. Embora alguns provedores de saúde lidem frequentemente com
casos de pacientes mulheres que apresentam queixas provavelmente
relacionadas com a utilização de substâncias vaginais, o assunto nunca foi
devidamente discutido e documentado de forma sistemática.
Nesta perspectiva a primeira fase do estudo mostra em primeiro lugar que,
apesar da relutância inicial das instituições de saúde em abordar um tema
sensível e íntimo, é possível estudar e aprofundar aspectos ligados à
sexualidade. Em segundo lugar, dialogando com as pessoas e obtendo mais
informações e conhecimento sobre as noções de sexualidade, saúde, bem-
estar e doença, resulta evidente que subsistem ainda zonas de fraca
percepção do risco inerente à utilização dos produtos.
Bagnol B. e E. Mariano 31
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
BIBLIOGRAFIA
Arnfred, Signe (ed.). 2004. Re- Thinking Sexualities in Africa. Uppsala: The
Nordic Africa Institute.
Bagnol, Brigitte and Ernesto Chamo. 2003. Como Entender o Fenómeno dos
"Titios" e "Pisa-Paga" em Pebane e Quelimane. Paper presented in the
Workshop organized in September 2003 by PGM/ DFID in Quelimane
(Zambézia. Mozambique).
Bagnol, Brigitte and Zaida Cabral. 1998. Assédio e Abuso Sexual nas Escolas.
Maputo: Ministério da Educação, ONP/SNPM, Embaixada do Reino dos Países
Baixos, Embaixada do Reino da Dinamarca.
Bagnol, Brigitte. 2004. Sexuality and the Need to Integrate Men’s Perspectives.
Paper presented at the Global Forum for Health. Helping Correct the 10/90
Gap. Forum 8. Mexico City 16-20 November 2004. (To be published in the
proceedings).
Bagnol B. e E. Mariano 32
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Bataille, Georges. 1976. L' Histoire de l'Erotisme. Oeuvres Complètes, Vol. VIII.
Paris: Gallimard. 8-111.
Biesele, Megan. 1993. Women Like Meat. The Folklore and Foraging Ideology
of the Kalahari Ju/'hoan. Bloomington: Idiana University Press.
Dava, Fernando; Zandamela, Ines; Maruassa, Leão; Pita; Guida; Ana Cristina;
Papelo, Florêncio; Gulele, Lucas. 1999. Cultura, Saúde Sexual e Reprodutiva
em Moçambique, (Versão Provisória). Maputo: ICS, FNUAP-Projecto
MOZ/98/P05 E MOZ/98/P13.
Fortune, G. and A. C. Hodza. 1974. Shona Praise Poetry. Bulletin of the School
of Oriental and African Studies 37: 65-75
Gelfand, M. 1959. Shona Ritual, with Special Reference to the Chaminuka Cult.
Cape Town: Juta and Company, Limited.
Goebel, Allison. 2002. “Men these Days, They are a Problem”: Husband-
Taming Herbs and Gender Wars in Rural Zimbabué. Canadian Journal of
African Studies 36, nº 2: 460-89.
Bagnol B. e E. Mariano 33
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Mariano, Esmeralda. 1998. Concezione Inerenti alla Sterilità della Donna e alla
Infertilità della Terra Presso la Comunità Rurale di Djabissa del Distretto di
Matutuine, Provincia di Maputo – Mozambico. Tesi di Laurea in Lettere.
Universita di Genova.
Bagnol B. e E. Mariano 34
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Moore, L. Henrietta; Todd Sanders and Bwire Kaare. 1999. Those who Play
with Fire. Gender, Fertility and Transformation in East and Southern Africa.
London: The Athlone Press.
Bagnol B. e E. Mariano 35
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
INFORMANTES CÓDIGO H M IC EP GF GR
M’PADWE
OMM, Matrona MPD 1 1 x
Enfermeiro MPD 2 1 x
OMM/parteira tradicional MPD 3 1 x
Curandeiro MPD 4 1 x
Secretario do bairro MPD 5 1 x
Médico tradicional MPD 6 1 x
Oleira MPD 7 1 x
Mulher c/ criança MPD 8 5 x
Homens assalariados MPD 9 6 x
Parteira - Enfermeira MPD10 1 x
Trabalhadora do sexo MPD11 6 x
CHIPEMBERE
Médico trad., oleira, matrona CHI 1 1 x
Oleira CHI 2 1 x
Oleira CHI 3 1 x
Secretario do bairro CHI 4 1 x
Líder comunitário CHI 5 1 x
Enfermeira, parteira CHI 6 1 x
Secretaria OMM CHI 7 1 x
Oleira CHI 8 1 x
Matronas/parteiras tradicionais CHI 9 6 x
Mulheres c/ criança CHI 10 6 x
Mulher c/ criança CHI 11 1 x
FILIPE S. MAGAIA
Secretario do bairro FSM 1 1 x
Secretaria OMM FSM 2 1 x
Médico tradicional FSM 3 1 x
Médico tradicional FSM 4 1 x
Curandeiro FSM 5 1 x
Médico tradicional FSM6 1 x
Vendedeira produtos vaginais FSM 7 1 x
VPV FSM 8 1 x
VPV FSM 9 1 x
CHANGARA SEDE
Enfermeiro CHA 1 1 x
Parteira CHA 2 1 x
Curandeiros CHA 3 3 3 x
Mulher c/ filho CHA 4 1 x
Homens jovens CHA 5 7 x
OMM CHA 6 1 x
Líder comunitário CHA 7 1 x
Secretario do bairro CHA 8 1 x
Oleira CHA 9 1 x
Trabalhadora do sexo CHA 10 1 x
Activista CHA 11 1 x
TETE
Ginecologista obstetra TET 1 1 x
Enfermeira SMI TET 2 1 x
Ginecologista obstetra TET 3 1 x
Mulheres da OMM TET 4 9 x
Enfermeiros/as SMI,Téc. Saúde TET 5 1 5 x
Curandeiros TET 6 4 x
Jovens estudantes TET 7 7 x
TOTAL 25 78 20 18 7 4
Bagnol B. e E. Mariano 36
Género, Sexualidade e Práticas Vaginais – Tete 2005-2006
Legenda:
H: Homens
M: Mulheres
IC: Informantes Chave
GR: Grupos de referencia
EP: Entrevistas em Profundidade
VPV: Vendedeira de Produtos Vaginais
GF: Grupos Focais
Bagnol B. e E. Mariano 37