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“Toda organização, seja ela industrial ou prestadora de de trabalho, a partir do método de trabalho diretamente
qualquer tipo de serviço, precisa ser administrada vinculado à produção. Publicou o livro em 1911: Princípios
As recompensas não remuneradas têm papel principal (planejamento, organização, direção e controle) formando o
Teoria Estruturalista (Max Weber) - MEZOMO partes que interagem e se influenciam, formando um todo
complexo ou unitário. Princípios:
Estruturalismo - mostrar uma forma pela qual o poder • Os sistemas são abertos;
pudesse ser reconhecido e aceito para minimizar • Os sistemas existem dentro de outros sistemas;
conflitos. • Tratamento complexo da realidade complexa.
Chamou as organizações de burocracia com normas
A visão sistêmica revela a empresa como um sistema
impostas e regras que devem ser obedecidas para que
aberto, um conjunto de partes inter-relacionadas que
funcionem de forma eficaz.
funcionam dentro de um ambiente no qual recebem
O poder é legítimo quando as ordens são dadas ou as
provisões (inputs) e no qual lançam seus produtos (outputs),
regras estabelecidas obedecem a valores aceitos pelos
sendo necessário regular seu funcionamento por meio de
subordinados em função de uma autoridade:
retroinformação (feedback). Os inputs de energia (capital,
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mão-de obra, recursos naturais, know-how) são aparecerem nesse horizonte, desde que seja viável sob os
convertidos, por meio dos processos, em bens e serviços vários aspectos considerados.
(outputs).
Objetivos da empresa: estado, situação ou resultado futuro
Teoria da Contingência (Aguiar, 2013) que o administrador pretende atingir. Relaciona-se a tudo
que implica a obtenção de um fim ou resultado final.
Essa teoria postula que variações no ambiente ou na
tecnologia conduzem a variações na estrutura O objetivo pode ser geral e interessar a toda a empresa
organizacional, assim como a natureza da estrutura e do ou ser específico de um setor.
estilo de administração depende do caráter tecnológico da A META representa etapas para alcançar os objetivos e
indústria em que a organização se engajou. A estrutura e a a meta empresarial pode ser definida como a
dinâmica da empresa são, entre outros, meios para se obter quantificação dos objetivos.
a máxima eficácia da tecnologia adotada. Os objetivos devem ser: hierárquicos; quantitativos;
O objetivo é determinar a relação funcional “se-então” que realistas; conscientes; claros, entendidos e escritos;
pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da comunicados; desmembrados em objetivos funcionais;
organização (caráter proativo e não reativo). motivacionais; utilitários; decisórios e operacionais.
A abordagem contingencial, procurando complementar o Uma adequada administração se inicia com o
conhecimento do assunto, propõe-se a analisar a natureza estabelecimento ou a compreensão nítida dos objetivos
das relações da organização com o ambiente e a tecnologia. a serem alcançados.
mudança; mais previsível). Ambiente turbulento (muitas Direção e Controle. Para o alcance dos objetivos constituem
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dietéticos, de higiene e ajustada à disponibilidade financeira e estoque do cliente; (ii) somente fornecimento de
da empresa. As UAN podem ser: mão-de-obra.
Institucionais: dentro de empresas, escolas e outras, Taxa fixa – a cobrança é feita sobre uma
com clientela fixa; porcentagem preestabelecida do faturamento.
Comerciais: restaurantes abertos ao público;
Obs.: No “Mandato ou Taxa fixa” podem ser cobrados
Hotéis;
EPIs, utensílios, gastos com locação para eventos,
Comissarias ou caterings;
outros.
Cozinhas dos estabelecimentos assistências de saúde.
Concessão – o fornecimento de refeições é feito por refeições. Para a empresa incentivada (contratante) há
responsabilidade da gestão da UAN. Nesse tipo de entretanto, o investimento do capital inicial é maior, o
gerenciamento os contratos podem ser estabelecidos mesmo ocorrendo com o custo operacional. O controle
concessionária. alimentos;
Planejar cardápios de acordo com as necessidades dos
Quadro Resumo clientes;
Coordenar e executar os cálculos de valor nutritivo,
Tipo de Responsabilidade Responsabilidade
serviço Concessionária da contratante rendimento e custo das preparações culinárias;
Planejar, implantar, coordenar e supervisionar as
Cede as
Toda a instalações. atividades de pré-preparo, preparo, distribuição e
responsabilidade do Mantém custo inicial
transporte de refeições e/ou preparações culinárias;
Comodato processo produtivo de implantação.
desde a aquisição Controle pode ser Avaliar tecnicamente as preparações culinárias
de gêneros até a feito por
distribuição. nutricionista da Desenvolver manuais técnicos, rotinas de trabalho e
empresa. receituários;
Efetuar controle de sobras e restos;
Isenta de despesas
de espaço físico, Planejar, implantar e supervisionar as atividades de
equipamentos, gás, higienização do ambiente, veículos de transporte de
Refeições Entrega à empresa luz e água.
transportadas refeições já Maior risco na alimentos, equipamentos e utensílios;
confeccionadas. qualidade dos Implantar métodos de controle de qualidade de acordo
alimentos. Risco no
planejamento do nº com a legislação vigente;
refeições.
Participar do recrutamento e seleção dos recursos
Refeições Convênio com humanos;
Alimentação no
convênio restaurantes
local conveniado.
comerciais. Coordenar e executar programas de treinamento e
reciclagem de recursos humanos;
Integrar a equipe de saúde ocupacional;
Quanto ao sistema de distribuição:
Participar da Comissão Interna de Prevenção de
Misto – parte das refeições distribuídas de forma Promover programas de educação alimentar;
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Detectar e encaminhar ao superior hierárquico Custo da não prevenção – ausência de programas de
relatórios de condições da UAN impeditivas das Boas qualidade, controle de processos, treinamento.
Práticas; Custo da não avaliação – ausência de auditorias,
Colaborar com autoridades na fiscalização; verificação de não conformidades, supervisão
Desenvolver pesquisas e estudos sobre a área de sistemática.
atuação; Custo de erros anteriores à entrega dos produtos –
Orientar estágio e participar de programas treinamento; desperdícios, retrabalho (detectados antes de chegar ao
Efetuar controle periódico dos trabalhos executados. cliente).
Custo de erros posteriores à entrega dos produtos –
QUALIDADE TOTAL
restos, devoluções, reclamações.
Custo dos equipamentos - más condições,
Clientes + Concorrência = aperfeiçoamento contínuo
subutilização, mau uso.
dos serviços.
O desafio organizacional é o aperfeiçoamento com revisão
(ISOSAKI) Gestão da Qualidade em Saúde
de conceitos a respeito da qualidade dos produtos e
Considera todas as dimensões da qualidade (satisfação do
serviços, bem como, estratégias para satisfazer o cliente e
cliente, profissionais, fonte pagadora e comunidade).
o mercado.
Atributos:
Definição de qualidade segundo ISO 8.402/1986: “A
Eficácia – forma mais perfeita do cuidado.
totalidade de aspectos e características de um produto ou
Efetividade – o quanto as melhorias são, de fato,
serviço que satisfazem necessidades explícitas e
obtidas.
implícitas”.
Eficiência - melhorias com menor custo.
Otimização – relação custo x benefício mais favorável.
Aceitabilidade – acessibilidade, relação equipe de
saúde-paciente, efeitos do cuidado prestado.
Legitimidade – conformidade e preferências sociais
com relação aos conceitos anteriores.
Equidade – igualdade na distribuição do cuidado.
Desafio: Converter as necessidades do usuário em Taxa ou coeficiente – nº vezes fato ocorrido / nº vezes
características mensuráveis. que poderia ter acontecido x uma base e definido no
tempo e no espaço.
O Serviço de Alimentação deve administrar de forma a:
Se integrar aos objetivos organizacionais da empresa; Ex.: taxa não conformidade no recebimento de gêneros
Atender aos anseios dos clientes;
nº itens não conformes x 100
Conhecer o impacto da UAN dentro da empresa; Total itens entregues no período
Abrir canal de comunicação;
Conquistar espaço com clientes, empregados e Índice – relação entre dois números ou razão entre
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Números absolutos – podem ser indicadores quando
comparam valores iguais, maiores ou menores a ele,
resultantes de atividades, ações ou estudos de
processos, resultados, estrutura ou meio ambiente.
especialização, estágios e visitas. when, how e how much) permite traçar plano de ação
para os problemas identificados.
Atributos necessários para os indicadores
Coleta de dados – por meio de questionários,
Disponibilidade - dados fáceis para cálculo do formulários, tabelas, fornecem base para o estudo.
indicador.
Confiabilidade - dados devem ser fidedignos. Fluxograma - representação gráfica para a
Validade - deve refletir as características do fenômeno visualização e análise do fluxo.
que se quer medir.
Diagrama de Pareto – gráfico de linhas ou barras
Simplicidade - indicador de fácil cálculo a partir de
verticais que representa a interferência de cada causa
informações básicas.
no processo.
Discriminatoriedade: deve refletir diferentes níveis
epidemiológicos ou operacionais. Programa 5S - manter em ordem o local de trabalho.
Sensibilidade - deve distinguir as variações ocasionais
Organização da área por atividades. Derivam da
de tendência do problema em uma determinada área.
palavra SEI (senso).
Abrangência - sintetizar o maior número possível de
Seiri (senso organização)
condições ou fatores diferentes que afetam a situação Seiton (senso utilização)
Utilidade – útil para aquilo que se quer medir.
Seiso (senso de limpeza)
Baixo custo - viabilidade rotineira.
Seiketsu (senso de higiene e asseio)
Objetividade - objetivo claro com fidedignidade.
Shitsuke (senso de disciplina).
Tipos de Indicadores
Benchmarketing – comparar metas, fatos, dados para
traçar planos de melhorias.
Meio ambiente – condições de saúde da população.
Estrutura – parte física, Rh, instrumentos, Ciclo PDCA ou ciclo de Deming ou de Shewhart
equipamentos, móveis. Plan (planejar), Do (executar), Check (controlar), Action
Processos – técnicas operacionais. (agir). Plano de ação para colocar em prática os princípios
Resultados – combinação de fatores (meio ambiente, da administração da qualidade. Para cada etapa do ciclo
estrutura e processos). podem ser usadas as ferramentas de qualidade.
Ferramentas da Qualidade
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Horas de treinamento profissional por funcionário
Aulas e conferências
Trabalhos publicados
Teses e dissertações
Horas como docente e como aluno
Prêmios recebidos
Acreditação Hospitalar – avaliação externa periódica. estilo de vida; faixa etária; localização geográfica;
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle desejos dos indivíduos e se é possível superá-los.
(APPCC).
Produto: tangível (refeição) e intangível
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Avaliação da qualidade dos serviços prestados - Quem fazer implica na divisão das atividades permitindo a
Estrutura, processos e resultados. organização do trabalho de forma que os objetivos sejam
cumpridos.
Pesquisa de mercado – bom método para avaliar a
qualidade dos serviços prestados, mas apresenta limitações Os princípios gerais da administração, aplicáveis ao
tais quais: processo e erro amostral, falha na coleta dos planejamento são: o da definição do objetivo e o da
dados, erro no registro, processamento e interpretação dos flexibilidade do planejamento possibilitando as correções de
dados, não cobertura de todas as variáveis. direção necessárias.
Planejamento é instrumento de ordenação, de Missão: Porque o serviço existe? Tornar a visão tangível.
eficiência, de produtividade e é utilizado contra a rotina, Valores: De que forma fazemos? Relacionada a padrões
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Merece estudo detalhado, desde a sua instalação até a 5ª etapa: Plano diretor do serviço de alimentação:
aquisição de equipamentos e a organização dos diversos estudo detalhado de todos os dados referentes ao serviço
serviços que o integrarão como subsistemas. Detalhes da de nutrição (tipo do hospital, padrão de atendimento,
planta física, dimensionamento, localização e compra de capacidade e especialidade do hospital, número de leitos,
equipamentos levando em consideração a organização, hierarquia do Serviço de Alimentação, localização do
fluxos e atividades do serviço de nutrição. serviço, número de comensais, qualidade do serviço,
cardápios, compras, distribuição, quadro de funcionários e
jornada de trabalho).
Fatores importantes:
Tipo e especialidade do hospital; 6ª etapa: layout do serviço de alimentação: esboçado por
Capacidade do hospital; nutricionistas de acordo com dados fornecidos pelo plano
Número de leitos por especialidade; de diretor.
Tipo e número de refeições a serem servidas;
Estabelecimento do roteiro de trabalho; 7ª etapa: definição da planta física do serviço de
Sistema de transporte de refeições às unidades de alimentação: deve ser projetada por engenheiro, arquiteto
Equipamentos necessários;
8ª etapa: Construção do serviço de alimentação:
Pessoal necessário;
Organização (organogramas, rotinas, roteiros, normas
Diretrizes de acordo com a direção do hospital.
técnicas e administrativas, dimensionamento pessoal,
programas de treinamento, impressos, manual de
Etapas do planejamento do serviço de alimentação
organização do S.A.).
(S.A.)
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Menor manipulação, menor contaminação e melhor
Esteira rolante: comensal recebe sua bandeja pronta. Leva
manutenção da temperatura dos alimentos;
a desperdícios, pois não considera preferências e hábitos
Melhor conservação de temperatura dos alimentos.
alimentares.
Maior integração do pessoal do S.A
Melhor supervisão Self-Service: mais encontrado em restaurantes industriais
Supressão das copas superdimensionadas e com elevado padrão de cardápio. Não apresenta
equipadas das unidades de internação. Apenas mini desperdícios, pois o próprio comensal porciona sua
copas para distribuição de dietas fracionadas e de bandeja.
mamadeiras.
À francesa: mais requintado, mas pouco encontrado,
Sistema Descentralizado: refeição preparada na cozinha, servido em refeitório de grandes empresas com refeitório
sendo os alimentos acondicionados em carros térmicos que diversificado com cardápio diferenciado (gerência, diretoria
os transportam para as copas das unidades de internação, com pequeno número de comensais).
onde se processam o porcionamento, a identificação e
distribuição das refeições. Ideal que se tenha refeitório para refeições dos
acompanhantes independente dos funcionários e/ou
Desvantagens: lanchonetes. Obs.: mesas com espaços mínimos de
Maior manipulação, risco de contaminação; perda de 1,20m2 por pessoa; lavatórios, sanitários.
apresentação pelo excesso de manipulação e
transporte; Segundo ISOSAKI (2009), a criação dos hospitais veio com
Alteração ou perda do paladar por reaquecimento; a necessidade de atender aos doentes do qual surgiu o
conceito de hospedagem que vem da palavra “Hospital”, do
Maior evasão ou desvio de refeições nas copas,
latim “hospitali”, para atendimento de viajantes doentes por
tornando o porcionamento inadequado às exigências
médicos que não perteciam à casta sacerdotal. No Brasil,
fisiológicas dos pacientes;
os hospitais são categorizados de acordo com o Ministério
Supervisão precária e maior possibilidade de erros na
da Saúde (MS) em:
distribuição.
Maior desperdício de área física, equipamentos e
GERAL: presta assistência nas 4 especialidades
instalações.
básicas (clínica médica, cirúrgica, gineco-obstetrícia e
pediatria).
Sistema Misto: parte da distribuição é centralizada (dietas
especiais de controle) e parte e descentralizada (dieta geral
ESPECIALIZADO: presta assistência em uma
e dietas especiais de rotina).
especialidade.
Mais encontrados nos hospitais brasileiros.
Pode ser feita a distribuição centralizada para refeições PÚBLICO: integra o patrimônio da União.
principais (almoço e jantar) e descentralizada para
PRIVADO OU PARTICULAR: integra o patrimônio de
refeições intermediárias (desjejum, merenda e lanche
uma pessoa natural ou jurídica de direito privado.
noturno), ou;
Centralizada para a parte quente das refeições e
FILANTRÓPICO: hospital privado, que reserva à
descentralizada para a parte fria (sucos, saladas e
população carente serviços gratuitos.
sobremesas).
BENEFICENTE: hospital privado, instituído e mantido
Funcionários e Acompanhantes
por contribuições e doações particulares.
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Procedimentos: higienização, controle da água,
DE MÉDIO PORTE: capacidade de 51 a 150 leitos.
equipamentos, saúde e higiene de manipuladores,
manejo de resíduos, pragas, matéria-prima.
DE GRANDE PORTE: capacidade de 151 a 500 leitos.
Dietas: patologias no hospital.
DE PORTE ESPECIAL: capacidade acima de 500 Lactário: organização e administração.
leitos. Fornecedores: normas de higiene, condições físicas e
temperatura do veículo, apresentação do entregador,
Segundo Isosaki (2009), não se sabe exatamente quando
programação entrega, notas fiscais e documentos.
se iniciou a assistência nutricional ao enfermo.
Protocolos clínicos nutricionais: conceituação da
1854 – Conflito da Criméia (Rússia) – enfermeira observou
situação clínica, diagnóstico nutricional, necessidades
a necessidade do cuidado e alimentação adequada aos
nutricionais, prescrição e condutas.
soldados. Mulheres passaram a desenvolver a dietética
Outros: de acordo com tipo de hospital e serviços.
aliada ao ensino da enfermagem.
1899 – Pela arte de cozinhar desenvolveu-se a “Cozinha de ATIVIDADES ANTERIORES À PRODUÇÃO (UAN)
dietas”. Administrada por dietistas / nutricionistas.
À LONGO PRAZO – (Teixeira)
1917 - o setor “cozinha de dietas” foi dividido em dois tipos
de serviços: o de Nutrição e Dietética (pacientes) e o de São atividades típicas de planejamento que fixam
Alimentação (coletividade sadia). parâmetros imprescindíveis à avaliação e configuram uma
administração em bases científicas, ou seja, fundamentada
Serviço de Nutrição Hospitalar no Brasil (SNH)
nos princípios de planejamento e controle.
levantamento estatísticos, relatórios e cálculos de custos), alimentação adequada que seja equilibrada em nutrientes,
financeiras (controle material de consumo, racionalização de acordo com os hábitos alimentares, segura sob o
as recomendações:
É necessário dispor de informações sobre os hábitos
Refeições Principais (almoço, jantar e ceia) alimentares da clientela e de suas necessidades calóricas.
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Ótimo parâmetro para avaliar a cobertura da comprometer a produção e qualidade das refeições. Os
alimentação oferecida. equipamentos vão determinar a escolha das
preparações do cardápio.
4. Planejamento de Cardápios
Hábitos alimentares da clientela – sondagem de
O cardápio é um instrumento gerencial que inicia o
preferências através de formulários com uma aceitação
processo de produção de refeições e que permite
de 90 a 100% é um bom indicador.
estimar antecipadamente toda a estrutura necessária
para o Serviço de Alimentação. Outros Fatores - adequação ao clima, digestibilidade,
consistência das preparações, equilíbrio de cores,
É um Instrumento de venda, normalmente apresentado repetição de alimentos em preparações diferentes.
antes do consumo e que irá influenciar diretamente a
rentabilidade da empresa. Utilizar o Guia Alimentar para a População Brasileira
(GAPB) na elaboração de cardápios e como
A partir do cardápio podem ser dimensionados: instrumento de apoio às ações de educação alimentar
Recursos Humanos e Materiais e nutricional.
Controle de custos
Planejamento de Compras GAPB (Abreu, 2016)
Lei da Adequação – dieta adequada ao indivíduo Guarnição: Se houver dois pratos proteicos e
levando em consideração os fatores que interferem no guarnição única, esta deve combinar com ambos.
cálculo de uma dieta (peso, altura, clima, idade, sexo, Caso uma guarnição seja adequada apenas para um
disponibilidade dos alimentos, poder aquisitivo, gasto prato deverá ter outra guarnição. Ex.: Peixe com pirão /
energético, estado fisiológico) e à coletividade. picadinho de carne com legumes.
Ficha Técnica ou Receituário Padrão Dietas de Rotina: sem restrições e modificações quanto
à composição, mas com alteração na consistência. Ex.:
Instrumento para padronização da qualidade, planejamento dieta geral e branda.
das operações e de custo e que permite: Dietas modificadas: com acréscimo ou diminuição de
algum componente ainda com a proporção de
Preparo seja sempre o mesmo, independente do
macronutrientes. Ex.: hipossódica e laxativa.
funcionário.
Dietas Especiais: patologias específicas com
Receita se adapte às quantidades escolhidas.
alterações nos macronutrientes e/ou na composição de
Previsão de compra e otimização de estoque.
outro componente da dieta. Ex.: para diabéticos,
Conhecer o rendimento e porcionamento das
hipogordurosa.
preparações reduzindo sobras.
Dietas infantis: porcionamento e oferta diferenciada de
Controle de custos.
alimentos.
Cálculo do valor nutricional.
Fórmulas lácteas e de nutrição enteral: definição da
Tempo, temperatura de preparo, equipamentos e proporção do % da fórmula, ou do que será
utensílios necessários. acrescentado a ela e indicação de uso.
Dar um caráter científico ao trabalho. Dietas para preparo de exames: restrições,
Podem ser classificadas por ordem alfabética, por tipo de substituições ou suplementação alimentar em caráter
preparação ou por composição de cardápio. Fichas ou temporário.
planilhas eletrônicas. Instrumento de controle
imprescindível para um programa de informatização Manual de Dietas Hospitalares e de dietoterapia
adequado.
Instrumento para agregar informações técnico-científicas
ISOSAKI, 2009 relacionadas ao atendimento nutricional.
Introdução / apresentação – objetivos e
Fatores a considerar:
esclarecimentos.
Tipo de paciente, preferências alimentares, média
Relato sobre as características, composição nutricional
permanência dos pacientes, recomendações
e indicações das dietas oferecidas.
nutricionais, disponibilidade e habilidade da mão de
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Frequência de utilização de alguns alimentos para
7. Definição da Política de Abastecimento
almoço e jantar (14 refeições)
Fixação de critérios para escolha de fornecedores,
Alimento Frequência
periodicidade, sistematização das requisições da recepção
Carne bovina 7 vezes (1x/mês substituir
e armazenamento das mercadorias com normas de
por suína)
operacionalização.
Carne de Frango 4 vezes
Peixe 3 vezes Escolha de fornecedores – informação da idoneidade,
Massa seca 2 vezes preço, padrões de qualidade, forma de pagamento,
Massa fresca 1 vez prazo de entrega. Licitação - deve-se respeitar as
Nesta estimativa devem ser consideradas a rigidez no comensais, sejam eles pacientes ou funcionários.
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Determinação e dimensionamento das áreas de Distribuição – Zona cliente (recepção, lavabo,
trabalho; restaurante, cafeteria, lanchonete)
Dimensionamento, adequação e distribuição dos Local de higienização do lixo
equipamentos de acordo com o fluxo estabelecido; Anexos (Administração, vestiários e sanitários dos
Planejamento dos sistemas hidráulicos e elétricos, funcionários, áreas técnicas)
bem como das instalações anexas;
Fluxos dos Alimentos
Revestimentos.
Operação da UAN:
Critérios do projeto:
Fluxo ou circuito de clientes: Trajeto que evite
Gerais: otimização de custo de investimento e interferências de circulação e com sequência lógica.
funcionamento; racionalização das áreas e dos
equipamentos e possibilidade de ampliação futura. Planejamento e Projeto
Específicos: eficiência dos equipamentos vitais O ato de planejar e projetar espaços está diretamente ligado
(produção, distribuição e tratamento de utensílios) e às atividades que as pessoas irão exercer na área
boa dissociação dos principais circuitos: cliente, considerada – a função (representada pelas pessoas
gêneros e lixo. exercendo as atividades) incide na forma (representada
pelo espaço considerado). O encaminhamento do projeto
Locais a serem previstos em uma UAN
em termos de espaços deverá percorrer os seguintes
Recebimento conceitos:
Armazenamento Espaço ergonométrico: dimensões corretas de
Pré-preparo circulação, objetos, equipamentos etc.
Confeitaria Espaço ecológico: condições ligadas às pessoas e ao
Cocção ambiente: climatização, luminosidade, acústica.
Espera para distribuição Espaço tecnológico: ligado às necessidades físicas
para implantação e operação do espaço: estrutura
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(paredes, piso, teto) e instalações ( energia, água e
Linhas de ação – Planejamento Estratégico
esgoto).
Espaço de tempo: tempo em que o espaço é utilizado.
Definição do Problema - Necessidades, tipo de
Espaço psicológico: espaço pessoal e territorialidade. público, tipo de serviço, nº da clientela, tipo de
produção, distribuição.
Espaço Cozinha
A iluminação mais recomendada para UAN é a natural por A capacidade auditiva do homem varia entre 0 e 120
ser acelerador de trocas orgânicas, bactericida (raios UV) e decibéis, porém, ruídos entre 70 a 80 db já prejudicam
age como um tônico estimulando as funções do organismo saúde e passando dos 80 db, prejudicam o aparelho
e propiciando sensações de alegria e disposição (está auditivo.
relacionada diretamente com o nível de trabalho produzido).
Cuidados necessários:
As aberturas devem ser de 1/5 a 1/4 da área do piso a ser
Paredes, quando paralelas, não mais de 17 m de
projetada.
distância a fim de evitar o eco.
NR 24 Evitar projetos circulares ou côncavos por
Refeitórios - 150W/ 6 m2 concentrarem e conduzirem o som.
Área de processamento - 150W/ 4 m2 Não instalar equipamentos nos cantos das paredes
para evitar reflexão do som.
(Mezomo) ABNT preconiza para cozinhas industriais 100
Materiais acústicos e isolantes nas paredes, teto e
lux/m2 com corrente unidade de dispersão obtidas com
bancadas.
aproveitamento máximo da iluminação natural e
Equipamentos silenciosos e carros com rodízios de
combinação adequada das cores.
borracha.
Música ambiente adequada.
Ventilação:
Treinamento de funcionários para identificar ruídos.
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IR IR e roedores. As áreas circundantes não devem oferecer
Local Cores
(Teixeira) (Mezomo) condições de proliferação de insetos e roedores.
Teto e alto Obs.: (Teixeira) Deve situar-se em andar térreo, voltada
das paredes para o nascente (conforto térmico) e em bloco isolado
Acima de
(acima da 80 a 95% Branco (para futuras ampliações e adaptações como janelas)
80
altura dos ou na esquina do prédio. Facilita a iluminação natural,
olhos) ventilação, manutenção preventiva e corretiva,
Verde,
(MEZOMO) Localização do Serviço de Alimentação
Pisos 15 a 30% 30 a 45% Cinza, Azul
escuro Deve localizar-se no andar térreo, pois permite melhor
operacionalização, além de possibilitar:
IR segundo Mezomo:
Fácil comunicação com o exterior, permitindo melhor
CORES IR (%) RECOMENDAÇÃO acesso de pessoal e de material;
Branca 85 Teto Facilidade de iluminação e ventilação natural cruzada;
Amarelo 60 Parede Facilidade de reparo nas instalações;
Azul-céu 50 Parede Elimina monta-carga e elevadores diminuindo custo de
Verde claro 40 Piso instalação e manutenção;
Cinza escuro 35 Piso Facilidade na remoção do lixo.
Parapeitos, corrimão,
Amarelo Cuidado Retangular é mais reconhecida, pois evita caminhadas
parte baixa da escada.
supérfluas; possibilita melhor esclarecimento do fluxo de
Caixa de 1ºs socorros,
produção; evita conflitos de circulação; limita espaços entre
Verde Segurança quadro de avisos,
equipamentos reduzindo fases operacionais e facilita a
exposição cartazes.
supervisão das atividades. Pavimento superior deve ter
Preto Resíduos Coletores resíduos. elevador ou monta-carga específico.
Revestimentos
Fatores que favorecem a ambiência adequada
Piso: material liso, resistente, impermeável e de cores
(Abreu) Aspectos legais de acordo com a CVS-5/2013 claras, que permita facilidade de higienização,
resistência a substâncias corrosivas (ácidos graxos dos
Localização: área livre de focos de insalubridade,
alimentos e produtos de limpeza).
ausência de lixo, objetos em desuso, animais, insetos,
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(Teixeira) Monolítico ou de cerâmica com rejunte de
asplite, material não poroso. Deve ter um único nível Aspectos Físicos Recomendação
com inclinação para os ralos e estes deverão ser Natural – 1/4 a 1/5 da área piso
sifonados para impedir entrada de insetos e roedores. Artificial:
150 W/6 m2 refeitório
Paredes: acabamento liso, impermeável, lavável, de Iluminação
150W/4 m2 cozinha
cores claras, isenta de fungos e em bom estado de
100 lux (ABNT)
conservação. Se forem azulejadas, altura mínima de 2
Ventilação Abertura 1/10 da área piso
metros. (Mezomo) até 1,5 m. Deve haver ângulos
Temperatura 22 a 26ºC
arredondados no contato do piso com a parede.
Umidade 50 a 60%
Forros e Tetos: acabamento liso, impermeável, Sonorização Máx. 80 db
lavável, de cores claras, de fácil higienização, bom Teto e paredes (acima olhos) - IR
estado de conservação; isento de goteiras, Acima de 80%
Cores
vazamentos, umidade, trincas, rachaduras, bolor e Parede (abaixo olhos) – IR 50 a
(revestimento)
descascamento. As aberturas devem ter tela com 75%
espaçamento de 2 mm e removíveis para limpeza. Pé Piso - IR 15 a 30%
direito no mínimo de 3 metros no andar térreo e 2,7 Vermelho – perigo
metros em andares superiores. Cores (sinalização) Amarelo – cuidado
ABNT Verde – segurança
Portas e janelas: Portas de superfície lisa, de cores Preto – coletor de resíduos
claras, de fácil limpeza, de material não absorvente,
com fechamento automático (mola ou similar) e protetor Dimensionamento das Áreas de Trabalho
no rodapé. Janelas com telas 2 mm, removíveis e de
fácil limpeza, sem falhas de revestimento e ajustadas Variáveis Intervenientes
aos batentes. Nº refeições e turnos
Padrão dos Cardápios
(Teixeira) - Largura e altura mínimas nunca inferiores a
Modalidade e sistema distribuição
1,00 e 2,00 metros; comunicação com visores e de
Política de compras e abastecimento
sistema de vai e vem. Janelas localizadas na parte
superior das paredes para melhor conforto térmico Dependências
evitando raios solares, ar quente que sobe e vento
sobre o fogão. NR 24: Estabelecimentos com mais de 300 operários é
obrigatório a existência de refeitório.
Instalações:
Resumo das exigências da NR 24
Tubulações de água, esgoto, vapor e elétrica devem ser Instalaçõe
pintadas nas cores indicadas pela autoridade competente Refeitório Cozinha s Vestiário
em segurança e medicina do trabalho para identificação, e Sanitárias
externas para facilidade de reparo. 1m² p/ Cozinha = 1m² p/ 1,5m² p/
usuário 35% da área cada cada
Tomadas de força individualizadas para cada equipamento abrigando do Refeitório trabalhador trabalhado
1/3 do total Estoque = r
do tipo blindado para facilitar limpeza e evitar acidente de maior turno 20% da área
trabalho. do Refeitório
75 cm Portas 1m x 1 para
circulação 2,10m cada 20
Drenagem das águas através de canaletas ou grelhas principal funcion.
sifonadas nos pontos de maior evasão de água. Instalação 55 cm Janelas Mictório
circulação madeira ou tipo calha
de peneiras removíveis para facilitar a higienização. entre ferro 60 x 60 60 cm
bancos cm mínimo
Resumo dos Aspectos Físicos da UAN: Lâmpada Lâmpada Lavatório 1/
150 w/ 6m² 150 w/ 4m² 20 funcion.
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Pé direito Pé direto 3 Chuveiro 1/ (Mezomo) Distribuição percentual aproximada das
3m máximo m mínimo 20 funcion. áreas
Paredes Revestiment
com o em toda Área %
revestiment extensão
o Plataforma de recebimento
2,5
impermeáve (inclusive refrigeração lixo)
l até 1,5m Local de refrigeração do lixo 0,8
Telas,
Controle de mercadoria e
exaustores e 1
recebimento
coifas. Despensa 10
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Prateleiras poderão ser de fórmica, madeira
envernizada, azulejo ou aço inoxidável;
Quanto ao tipo e modalidade de distribuição (Teixeira): Prateleiras devem distar 10 cm das paredes para evitar
umidade nos alimentos;
Cafeteria - refeição distribuída através de um balcão
Balanças do tipo leque, com prato liso e capacidade de
térmico (quente e frio) utilizando bandejas e copeiros.
20 kg, com divisões de 50 g;
Francesa e Inglesa - o comensal é servido na própria Organizar em despensa geral ou mensal, despensa
mesa por um garçom. Não deve ser utilizado em diária e despensa de limpeza;
necessidade de estrutura física e RH. Pode ser feito por Janelas teladas de náilon fino.
solicitação.
NÃO PERECÍVEIS (TEIXEIRA):
Porta hermética de aço inox, ferragens cromadas e Não Perecíveis - São armazenados na despensa. Ex.:
dispositivos de segurança com abertura por dentro. sacarias e enlatados.
Frutas e Verduras 10 80
Necessário e independente do número de refeições.
Lixo 0 50
Deve dispor de bancada com tampo de material
Antecâmara: local de armazenagem provisória com adequado e com gavetas para guarda do material e
temperatura de 12ºC. balcão com cuba e local para equipamentos.
Temperatura e Umidade Relativa de Câmaras (Mezomo) Setor de Carnes (carnes, peixes e aves)
Frigoríficas (Mezomo):
Bancada de altileno; balcão de aço inox com cubas,
As câmaras poderão ser substituídas por refrigeradores do gavetas para utensílios e prateleiras inferiores
tipo vertical ou horizontal e um freezer horizontal (para gradeadas;
carnes). Tanque com água corrente;
Amaciador de bifes;
Revestidas internamente de chapa de aço inoxidável,
Picador de carnes;
com juntas calafetadas e impermeabilizadas com
Urnas sobre rodas para acondicionar e transportar
material vedante, com piso inclinado para escoamento;
carnes;
Ralos são proibidos (mesmo sifonado) dentro da
Serra de fita (quando necessário);
câmara. Deverá estar na antecâmara;
Termômetro do tipo mostrador para leitura da
Área de Pré-Preparo de verduras
temperatura do lado externo;
Interruptor de iluminação da câmara com visualização Dependendo do nº refeições, pode ser usada para
externa “ligado-desligado”; outros fins, como preparo de sobremesas e sucos.
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Dotada de balcão de aço inox, cubas e local para dispor Forno elétrico ou a gás;
equipamentos. Carro transporte para assadeiras;
Fogão pequeno;
(Mezomo) Setor de Vegetais
(Mezomo) Setor de confeitaria
Descascador de batatas e outros legumes com ponto
de água e saída para resíduos; Cafeteiras, básculas, tampo de aço inox, geladeira,
Balcão de aço inoxidável com duas cubas geminadas; freezers, extrator de sucos, batedeira, fabricador de
gelo, liquidificador, fogão, serra elétrica para pão e
Tanque para higienização dos vegetais com fundo falso
cortador de frios.
perfurado e torneiras com chuveiro próprio;
Prateleira superior perfurada.
(Mezomo) Setor de Padaria (opcional) – recomendado
apenas para hospitais de grande porte.
(Mezomo) Setor de Cereais
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Área Cozinha Dietética (em caso hospitais) Sala do Nutricionista
Salão de Refeições
Área de Lixo
Copas de distribuição em Hospitais Exclusivo para esse fim; anexo à sala inspeção e isolado do
estoque. Estante, tanque e ganchos para vassouras e
Fácil acesso às enfermarias e comunicação direta com rodos.
a área de processamento.
(Mezomo) Caixotaria: guarda de vasilhames, próxima à
Área para Higienização e Guarda de carros-transporte plataforma de descarga. Lavador de recipiente com água
Sistema de drenagem com grelhas, esguicho pressão, água quente e fria; sapata de concreto; estante ou prateleira de
quente e fria. inox. Próximo à plataforma de descarga.
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Exaustão, ventilação e ar condicionado – garantia de
Hospitais (ISOSAKI)
trocas de ar necessárias, evitar zonas de estagnação
de ar, zonas muito quentes e muito frias, evitar choque
Arquitetura
térmico, corta fogo nos dutos de ar e conforto acústico.
Área – Entre 1 e 1,5 m2 / leito
Fluxos (ISOSAKI)
Forma / dimensões – deve espelhar o processo e fluxo
de trabalho. Atentar para altura do pé direito (mais
Mercadorias - avaliar área de manobra para
altos) que permita instalação de dutos de exaustão /
caminhões, horários de recepção, controle e limpeza da
ventilação.
plataforma de carga e descarga e o trajeto entre a
Pisos – piso antiderrapante, resistentes a abrasão,
plataforma, a recepção e o armazenamento.
baixa porosidade, impermeáveis, fácil limpeza, menor
número de rejuntes. Pessoas – necessidade de vestiários e sanitários
Paredes – revestimentos impermeáveis, de fácil específicos principalmente dietas enterais e lactário.
limpeza e remoção, resistentes a impacto, poucas
Produção – unidirecional, sem idas e vindas para
juntas e frestas (insetos).
diminuir tempo, distância, qualidade e segurança das
Forros – removíveis se houver instalações dentro
preparações.
deles, resistentes a vapor, fácil limpeza e
impermeáveis.
Distribuição – da cozinha até o quarto do paciente o
Bancadas - impermeáveis e resistentes a impactos,
fluxo pode ser direto ou passar por copas de
fácil limpeza e assepsia e resistente a abrasão por
distribuição. A distância e o tempo envolvido devem ser
produtos de limpeza, altura regulável.
considerados no projeto.
Portas – miolo e estrutura tratados, revestimentos
impermeáveis, protegidas contra impacto de carros, Resíduos - plano de gerenciamento de resíduos
visores para evitar acidentes e colisões, fechamento
Equipamentos (ISOSAKI)
automático, protetor no rodapé e entradas principais e
câmaras, proteção contra insetos e roedores.
Compatibilidade com o processo de trabalho
Cores - combater a monotonia, estabelecer contrastes
Consumo de energia, dimensões e compatibilidade
para bem-estar da equipe.
com espaço, ergonomia, facilidade de operação,
Iluminação – natural o máximo possível sem gerar
garantia, assistência técnica, facilidade e custo de
calor excessivo, não provocar sombras, luminárias
manutenção e reposição, disponibilidade de
protegidas e estanques.
treinamento para operadores, com outros
Ventilação – natural o máximo possível, utilização de
equipamentos, durabilidade e resistência.
coifa, cuidados nas aberturas, utilização de ar insuflado
Padronização – módulo retangular de 53 x 32,5 cm
e controlado por meio de filtros ou exaustão. Direção do
fluxo de ar da área limpa para a suja nas áreas de
Layout (ISOSAKI)
preparo.
Segurança – mecanismos de detecção, alarme e
Layout clássico – mais utilizado em cozinhas
combate a incêndios, rotas de fuga.
industriais hospitalares, divisão do espaço em setores
Instalações (ISOSAKI)
por: tipo de trabalho específicos, por tipo de preparo.
Permite o controle da temperatura para cada área.
Hidrossanitárias – registros setorizados, fácil material,
Linhas contínuas de bancadas – maior flexibilidade
atender às necessidades (ex.: pressão e temperatura
de trabalho e programação.
da água de uma pia), resistentes (ácido dos alimentos),
se possível, uso de trituradores e impermeabilização,
Ilhas móveis de trabalho – se agrupam na medida das
captação e drenagem da água do piso.
necessidades com limitações nas instalações
Eletroeletrônicas - Cargas do quadro de energia
hidráulicas e elétricas.
considerando expansão da cozinha e acréscimo de
Controle da contaminação (ISOSAKI)
equipamentos, força de emergência para câmaras frias.
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Tipo de cardápio; quantidade de alimentos a serem
Lavatório de mãos em todos os setores.
preparados; políticas de compras; tipo de serviço;
Sanitários exclusivos para a equipe de cozinha.
quadro de pessoal; planta física; disponibilidade
Câmara fria para lixo e gerenciamento correto de
econômica e tipo de combustível a serem utilizados
resíduos.
pelos equipamentos.
Depósito de materiais de limpeza com área destinada
aos processos de higienização da área física.
Detalhes do local e instalações específicas;
Forros e caixas de piso com constante inspeção.
dimensionamento do espaço a ser ocupado; agrupados
Manutenção preventiva do local.
de acordo com sua finalidade e adequada disposição e
Fluxos que evitem contaminação cruzada.
distanciamento entre eles; determinação do fluxo de
Bandeja térmica com descartáveis – adequado ao bifes, picador carne, descascador legumes, máquina
Recipientes descartáveis – maior custo, mas favorece carros plataforma, cuba para pré-higienização,
o trabalho, pois reduz sobrecarga nas atividades de monoblocos, lavatório, pallets, termômetro.
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vegetais, refrigeradores, tanque para higienização de Nº refeições: 1.000
vegetais.
Resolução da questão:
Preparo sobremesas: batedeira, carro de detritos,
cortador / fatiador de frios, liquidificador, mesa inox com
80 x 3 x 1.000 = 240.000 g - 240 litros + 24 (10%) = 264 l
e sem cuba, misturador de massas e refrigeradores.
para 80 kg de arroz.
Número refeições
Tempo médio de distribuição por refeição e horário.
Tempo de cocção
Fator de cocção Exemplo:
Per capita da preparação. Parâmetro: 1 minuto para servir 10 refeições.
Tempo distribuição – 2 horas (120’)
Caldeirões Nº refeições - 2.400
1’ ________ 10 refeições
Será estimado considerando o tempo de cocção e
120’ ______ x x= 1.200_____ 1 balcão
viabilidade de sua reutilização no mesmo período de
2.40____ x x= 2 balcões
preparação.
Necessário: per capita líquido (cru), Fator de cocção e Recipientes para balcões (gastronorms)
número de refeições, valor nominal do equipamento e
Calculado de acordo com o tipo de preparação, peso de
câmara de ar (10%).
cada preparação e capacidade do recipiente.
Ex.1: Para calcular a capacidade do caldeirão a partir
Exemplo: 120 kg de arroz cozido
dos dados do produto:
Capacidade do recipiente: 30 l 120/ 30 = 4 cubas
Arroz
Per capita: 80 g Fornos
Fator Cocção: 3
100
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Calculado de acordo com o tempo de cocção da preparação
de maior “per capita” e a quantidade a ser preparada por
câmara.
Manutenção de Equipamentos
101
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