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DOUTRINA 2
Justa causa é o suporte probatório mínimo (probable cause) que deve lastrear
toda e qualquer acusação penal. Tendo em vista que a simples instauração de um
processo penal já atinge o chamado status dignitatis do imputado, não se pode
admitir a instauração de processos levianos, temerários, desprovidos de um lastro
mínimo de elementos de informação, provas cautelares, antecipadas ou não
repetíveis, que dê arrimo à acusação. 2
DOUTRINA 3
JURISPRUDÊNCIA 1
JURISPRUDÊNCIA 2
1 PACELLI, Eugênio. Curso de Processo Penal. 24. ed. São Paulo: Atlas, 2020, p. 155. E-book
2 LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de processo penal: volume único. 8. ed. Salvador: JusPodivm,
2020, p. 306-307. E-book
3 NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de direito processual penal. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense,
2020, p. 108. E-book
4 TJAP. Apelação 0002889-96.2019.8.03.0002. Órgão julgador: Câmara Única. Relator:Desembargador
CARMO ANTÔNIO. Julgamento em 15 de novembro de 2019.
RELAÇÃO TRABALHISTA – MEIO CRUEL – INTENSIDADE DOS GOLPES DE
FACÃO – MANUTENÇÃO – CRIME CONEXO – COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL
DO JÚRI – RECURSO DESPROVIDO EM CONSONÂNCIA COM O PARECER
MINISTERIAL. Não estando nitidamente demonstradas, pelas provas coligidas ao
longo da fase do judicium accusationis, a excludente de legítima defesa, ou a
ausência do animus necandi, é de se manter intacta a decisão de pronúncia,
conferindo ao Tribunal do Júri a soberania e a autonomia que lhe são ínsitas para
resolver as matérias correlatas aos crimes dolosos contra a vida. Deve ser
conserva a qualificadora do motivo torpe, quando houver indícios de que o crime
de homicídio foi perpetrado em razão de suposta dívida existente o acusado e a
vítima, decorrente de uma relação de trabalho anterior mantida entre as partes.
Conquanto a mera reiteração de golpes, por si só, não configure o meio cruel, a
qualificadora deve ser mantida em decorrência da intensidade empregada
pelo do agente. “Somente se admite a exclusão das qualificadoras na pronúncia
quando manifestamente improcedentes, sob pena de se suprimir a competência
constitucional do Tribunal do Júri” [Enunciado Orientativo n. 2, Turma de Câmaras
Criminais Reunidas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso]. 5 (grifo nosso)
JURISPRUDÊNCIA 3
6 TJCE. 1ª Câmara Criminal. Relator (a): MARIO PARENTE TEÓFILO NETO; Comarca: Fortaleza; Data
do julgamento: 28/05/2019; Data de registro: 28/05/2019.