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Myriam Monteiro
Aula: Introdução ao conceito de Motivação
Referência principal:
REEVE, J. Motivação e emoção. Rio de Janeiro: LTC, 2019, capítulo 1
(disponível na “Minha Biblioteca”)
“No final de uma manhã de sábado, na primavera de 2003, o experiente alpinista Aron
Ralston compreendeu até que ponto a motivação pode energizar e direcionar o
comportamento.
Após conquistar praticamente todos os grandes picos do Colorado, muitos dos quais em
escalada solo e no inverno, Ralston arriscou uma subida solo por alguns cânions com um
jeito tão inofensivo que ele sequer se deu ao trabalho de contar para alguém aonde
estava indo.
No estreito cânion de Bluejohn, em Utah, faltando apenas 140 metros para o último
rappel, ele se segurou em uma rocha de 400 quilos e o desastre aconteceu: ela se
deslocou e esmagou seu pulso e o braço direito. Foi aí que começaram as 127 horas mais
longas de sua vida, e que acabaram dando nome ao filme e à tradução brasileira de seu
livro Between a Rock and a Hard Place...”
Myers, 2012
“... Ao se dar conta de que não haveria ninguém para resgatá-lo, Ralston tentou mover
a pedra com todas as suas forças. Em seguida, com seu canivete cego, tentou
desgastá-la para que se deslocasse. Quando isso não funcionou, usou as cordas para
tentar erguê-la. Para sua desgraça, nada adiantava. Hora após hora, noite fria após
noite fria, ele estava sem saída.
Myers, 2012
“....Na quinta-feira, surpreso por amanhecer ainda vivo, Ralston teve uma visão
aparentemente divina sobre seu futuro reprodutivo: a visão de um menino pequeno
sendo erguido no colo por um homem de um braço só.
Com essa inspiração, ele reuniu as últimas forças e todo seu imenso desejo de viver e,
durante uma hora, dedicou-se a quebrar deliberadamente os ossos e a usar o
canivete cego para cortar o braço fora.
Após cortar o último pedaço de pele e se soltar – e antes de descer de rappel com o
braço sangrando pela encosta de 20 metros e caminhar por oito quilômetros até
encontrar alguém – ele estava, em suas próprias palavras, “recarregado por sua
própria euforia ... após estar morto e enterrado, deixado meu testamento e últimos
desejos e de ter gravado na pedra ‘Descanse em paz’, depois de tudo isso, de partir e
voltar à vida. Foi, sem sombra de dúvida, o mais belo momento que vivi e viverei por
toda a minha existência” (Ralston, 2004).
Myers, 2012
“A sede e a fome de Ralston, seu senso de pertencimento a outros e sua
vontade bruta de viver e de se tornar pai realçam o poder de energização e
direcionamento da motivação.”
Myers, 2012
Motivação
Motivação
“As motivações ou estados motivacionais são impulsos internos que nos levam a realizar certos
ajustes corporais e comportamentos.”
“O estudo da motivação refere-se aos processos que fornecem ao comportamento sua energia e
direção. A energia implica que o comportamento é dotado de força — podendo ser relativamente
forte, intenso e persistente. A direção quer dizer que o comportamento tem um propósito — ou
seja, que é direcionado ou orientado para alcançar um determinado objetivo ou resultado.”
Reeve, 2006
Teorias da Motivação
Reeve, 2006
Motivação
• O que causa comportamento?
– Por que uma pessoa faz exercícios físicos?
http://lpprodutividade.com.br/blog/exercicio-fisico/
Reeve, 2006
Reeve, 2006
Motivação
• O que causa comportamento?
• Por que o comportamento se inicia?
• Uma vez começado, por que o comportamento se mantém
no tempo?
• Por que o comportamento se direciona para algumas metas
e ao mesmo tempo se afasta de outras?
• Por que o comportamento muda de direção?
• Por que o comportamento cessa?
Reeve, 2006
Motivação
Reeve, 2006
Reeve, 2006
Motivação
Reeve, 2006
As Fontes de Motivação
Reeve, 2006
As Expressões da Motivação
Comportamento
Há sete aspectos do comportamento que expressam a presença, a intensidade e a qualidade da motivação (Atkinson &
Birch, 1970, 1978; Bolles, 1975; Ekman & Friesen, 1975): o esforço, a latência, a persistência, a escolha, a
probabilidade de resposta, as expressões faciais e os gestos corporais.
Reeve,
As Expressões da Motivação - Fisiologia
❑ Quando as pessoas e os animais se preparam para realizar diversas atividades, os sistemas nervoso
e endócrino produzem e liberam diversas substâncias químicas (p. ex., neurotransmissores,
hormônios), que fornecem sustentação biológica para os estados motivacionais e emocionais
(Andreassi, 1986; Coles, Ponchin & Porges, 1986).
❑ Por exemplo, ao fazer um discurso, o orador pode experimentar diversos graus de estresse
emocional, e essa sensação manifesta-se fisiologicamente por meio de um aumento de
adrenalina, por exemplo. (Bolm-Avdorff et al., 1989).
❑ Para mensurar essas alterações neurais e hormonais, os pesquisadores usam exames de sangue, de
saliva, de urina, bem como de uma grande quantidade de medidas psicofisiológicas que envolvem
complexos equipamentos eletrônicos, com o propósito de observar a atividade neural do cérebro (p.
ex., EEG, ou eletroencefalograma).
Reeve, 2006
As Expressões da Motivação – O Autorrelato
• Uma terceira maneira de coletar dados para inferir a presença, a intensidade e a qualidade da Motivação é
simplesmente fazer perguntas.
• Os questionários apresentam algumas vantagens: são fáceis de aplicar, podem ser respondidos por várias
pessoas ao mesmo tempo e têm a versatilidade de tratar de informações específicas (Carlsmith, Ellsworth &
Aronson, 1976).
• Entretanto, os questionários também apresentam certas armadilhas. Pode existir uma falta de correspondência
entre a maneira como as pessoas dizem que se sentem e o que a atividade psicofisiológica delas indica que elas
podem estar sentindo (Hodgson & Rachman, 1974; Rachman & Hodgson, 1974).
• As medidas de autorrelato são utilizadas principalmente para confirmar a validade das medidas comportamentais
e fisiológicas.
Reeve, 2006
Resumindo...
Reeve, 2006