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SOCIAL
Fernanda Piscinin
SUMÁRIO
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1 CONCEPÇÕES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA: PSICANÁLISE,
BEHAVIORISMO, GESTALT E PSICOLOGIA SÓCIO-HISTÓRICA/HISTÓRICO-
CULTURAL
Apresentação
Olá, aluno! Seja bem-vindo (a) ao estudo da psicologia e suas interfaces com os
sujeitos e a realidade social!
Todo mundo aqui deve ter um amigo que está sempre preparado para te ouvir quando
você precisa. Muitas vezes, você já deve ter pensado que esse amigo é quase um
psicólogo! Na verdade, as pessoas acreditam, baseadas no conhecimento de senso
comum, que o fato de estarem disponíveis a ouvir o outro já o torna um psicólogo. Isso
é um engano, pois a psicologia é muito mais ampla do que isto, ela é uma ciência que
se apoia em estudos sistemáticos e tem como objeto de estudo o ser humano e seus
fenômenos psicológicos. Vamos conhecer um pouco mais sobre algumas das
concepções teóricas dessa ciência?
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1.1 Psicanálise
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O complexo de Édipo é um processo que ocorre com meninos e meninas entre
3 e 5 anos. Nessa fase, de acordo com Bock, Furtado e Teixeira (2018), a mãe torna-se
objeto de desejo do menino e o pai da menina. Para “ter” o pai, ou a mãe, a criança se
identifica com o outro (pai ou mãe) enquanto modelo de comportamento. Nesse
processo, ela passa a internalizar regras e normas sociais representadas e impostas
pela figura de autoridade.
1.2 Behaviorismo
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Apesar de Watson ter dado o primeiro passo na análise do comportamento,
outros psicólogos comportamentais ficaram bastante conhecidos nessa área da
psicologia. Um desses foi B. F. Skinner (1904-1990), que por meio da análise
experimental do comportamento, formulou a ideia de comportamento operante, ele
defendia que o comportamento poderia ser controlado pelo estímulo às respostas
esperadas e tanto o comportamento reflexo como o intencional podiam ser
condicionados.
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Figura 1 - Caixa de Skinner - Disponível em: https://slideplayer.com.br/slide/3504017/
1.3 Gestalt
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Segundo Frazão e Fukumitsu (2014) dos principais conceitos trabalhados pela
Gestalt é o que chamamos de awareness, que pode ser traduzida como “estar
consciente de”, o que importa para a Gestalt é o aqui-agora.
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contradições que se expressam nelas. A história é concebida como o movimento
constante do fazer humano, que produz ideias (inclusive a própria psicologia) a partir
da base material.
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perceber uma prática que dava ênfase a uma lógica de controle da comunidade, a
partir de uma dinâmica educacional, de maior participação social do grupo segundo
ORNELAS (1997).
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Conclusão
Referências
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 15. Ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2018.
COSTA, José Fernando Andrade. “Fazer para Transformar”: a Psicologia Política das
Comunidades de Maritza Montero. Revista Psicologia Política, v.15, n.33, 2015.
Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-
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ORNELAS, José. Psicologia comunitária: Origens, fundamentos e áreas de
intervenção. Análise Psicológica, 3, XV, p.375-388, 1997. Disponível em:
<http://www.scielo.mec.pt/pdf/aps/v15n3/v15n3a02.pdf> Acesso em: 16 ago 2019
STREY, Marlene Neves et al. Psicologia Social Contemporânea. 21.ed. Petropolis, RJ:
Vozes, 2013.
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2 ANÁLISE DA PSICOLOGIA SOCIAL: DEFINIÇÕES E OBJETOS DE ESTUDOS
Apresentação
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No entanto, ainda sim, víamos um processo de dicotomia entre indivíduos e
sociedade, visto que a sociedade era colocada enquanto plano de fundo de um
cenário, onde o indivíduo atuava, e desta forma procurava-se explicar o seu
comportamento por "causas" internas.
De acordo com Torres e Neiva (2011), podemos dizer que a Psicologia Social, a
partir desse momento, propõe trabalhar tendo em vista pressupostos teóricos como o
socioconstrutivismo, a análise do discurso e a psicologia marxista. Essas perspectivas
pautavam o papel político da Psicologia Social e as possibilidades de intervenção para
a transformação da sociedade.
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Diante das propostas de uma Psicologia Social que atendesse as necessidades
presentes no contexto latino-americano, como vimos no tópico anterior, no Brasil
iniciaram-se as produções científicas, ainda marcadas por rivalidades, mas,
inicialmente, com forte contribuição de Silvia Lane (1933-2006), que trouxe uma
discussão com aportes da Psicologia Sócio-Histórica. Como vimos na unidade anterior,
essa concepção parte do pressuposto de que o ser humano é um ser ativo, social e
histórico. Também é marcante a contribuição de Martin-Baró (1942-1989), que
defendia uma Psicologia Social que trabalhasse no desenvolvimento de um saber
crítico da realidade.
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Para entendermos melhor, comecemos com a compreensão de que o indivíduo
e sua subjetividade se constituem a partir de sua inserção na cultura. Dessa forma,
podemos dizer que o ser humano é diferente de outras espécies, visto que ele
desenvolve e torna cada vez mais complexa sua cultura. Esse processo, segundo Strey
et al (2013), se dá a partir da aquisição da linguagem, momento em que se inicia uma
organização complexa do pensamento, em que o ser humano aprende a simbolizar.
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conjecturas e ações que podem envolver movimentos sociais, grupos geracionais,
enfim, diferentes seguimentos socioculturais, com o objetivo de se constituir
intervenções junto a projetos na área social e políticas públicas.
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Segundo Strey et al. (2013) as relações sociais, em uma perspectiva dialética, só
se dão a partir do momento que existe a ligação com um outro. Nesse sentido, para
que haja transformação é necessária a transformação das relações existentes.
Conclusão
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Referências
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 15. Ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2018.
TORRES, Claudio Vaz; NEIVA, Elaine Rabelo. Psicologia Social: principais temas e
vertentes. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.
STREY, Marlene Neves et al. Psicologia Social Contemporânea. 21.ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2013.
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3 REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
Apresentação
Olá, aluno! Nesta unidade estudaremos as Representações Sociais, enquanto
temática importante da Psicologia Social, que permeia análises e discussões de vários
autores. Conheceremos a origem desse conceito e como ele foi discutido ao longo do
tempo. Propomos-nos também, a pensarmos juntos sobre como as Representações
Sociais são presentes na vida cotidiana. Vamos nos aprofundar mais nessa temática?
Como vimos nas outras unidades, a construção da Psicologia Social passou por
um longo percurso, tendo como base, diferentes vertentes teóricas. Uma grande
referência foi Émile Durkheim (1858-1917), considerado fundador das Ciências Sociais.
Suas teorias tiveram forte influência na construção da chamada Psicologia Social
Sociológica, vertente da Psicologia Social que se desenvolveu inicialmente na Europa,
em contraponto à Psicologia Social Psicológica, norte-americana.
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construções não podem, segundo Torres e Neiva (2011), estar somente ligadas a uma
consciência individual.
Dessa forma, podemos dizer que as Representações Coletivas são base para a
construção de ideias individuais, ou seja, o indivíduo carrega marcas de sua realidade
social relacionadas aos seus vínculos sociais. Destarte, concluímos que a estrutura
social reproduz representações coletivas.
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Dessa forma, segundo Torres e Neiva (2011), para entender o funcionamento
de mentalidades primitivas, era importante conhecer como as representações
coletivas aconteciam na sociedade, influenciando os indivíduos.
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É importante pontuar aqui, que Moscovici teve grande influência da teoria de
representações coletivas de Durkheim. Assim como ele, entendia que existe uma
relação entre o coletivo e o indivíduo. No entanto, podemos dizer que ele atualiza as
ideias de Durkheim, pois ele busca entender a construção dessas relações. Nesse
sentido, a teoria das representações coletivas parte da análise de uma estrutura mais
estática. Ao contrário, a teoria das representações sociais, tem um olhar mais dinâmico
para a sociedade, visto que se propõe a analisar como essas relações se dão no
cotidiano.
De acordo com Strey (2013), para entendermos essa teoria, é fundamental que
possamos considerar elementos como a cognição, o afeto e a ação/atitude e a relação
entre eles no processo de representação social. A cognição poderia ser descrita como a
capacidade de gerar imagens e conhecimento acerca da informação que chega até
mim em determinado momento. Esse contato gera uma percepção que pode alterar a
sensação e o afeto, tendo caráter simbólico significante. Já a ação/atitude é o
posicionamento a partir do que me foi informado.
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3.5 Núcleo central das representações sociais e manifestações na vida cotidiana
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denominando-o e classificando-o em função da inserção social desse
indivíduo. Assim, um novo objeto é ancorado quando ele passa a
fazer parte de um sistema de categorias já existentes, mediante
alguns ajustes (TORRES; NEIVA, 2011, p.293).
Conclusão
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enquanto ser social. Nesse movimento, vimos que conhecer o saber popular é
importante para a compreensão dos fenômenos sociais.
Referências
STREY, Marlene Neves et al. Psicologia Social Contemporânea. 21.ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2013.
TORRES, Claudio Vaz.; NEIVA, Elaine Rabelo. Psicologia Social: principais temas e
vertentes. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.
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4 DEBATES SOBRE TEMAS FUNDAMENTAIS DA PSICOLOGIA SOCIAL
Apresentação
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A teoria de Vygotsky tem como perspectiva o homem como um sujeito total
enquanto mente e corpo, organismo biológico e social, integrado em um
processo histórico. A partir de pressupostos da epistemologia genética, sua
concepção de desenvolvimento é concebida em função das interações
sociais e respectivas relações com processos mentais superiores, que
envolvem mecanismos de mediação. As relações homem-mundo não
ocorrem diretamente, são mediadas por instrumentos ou signos fornecidos
pela cultura (ALMEIDA, 2000, p. 64).
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Agora que já entendemos como se dá a construção social dos processos
mentais superiores, é interessante discutirmos o papel da realidade social na formação
do sujeito individual. Como falamos anteriormente, de acordo com Vygotsky, a
constituição do sujeito é permeada pela cultura e pelas interações sociais. Então como
podemos pensar na formação da subjetividade a partir dessa perspectiva teórica? Para
começar vamos definir subjetividade:
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4.3 O processo de socialização
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tornamos universal. E então, cadeira não cabe apenas na palavra e passa a ter
significados mais complexos, que abrangem experiências afetivas, emocionais,
informativas, a partir das trocas que vamos estabelecendo nas nossas relações.
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Sobre a consciência, podemos concluir que ela desempenha papel ativo na
realização de atividades objetivas e simbólicas, tendo no trabalho, papel fundamental
para o planejamento, a atuação e a transformação da realidade. “Ao analisar o
desenvolvimento da consciência ou do pensamento individual, Vygotsky transpôs
integralmente para a sua análise a concepção marxista de consciência social”
(PELAGRANA, 2001, s. p.). No processo de internalização da consciência social é que se
desenvolve a consciência individual.
Conclusão
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linguagem, os indivíduos vão atribuindo significados à realidade. Esse processo é
dialético e garante a constituição do ser humano enquanto ser social.
Referências
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; e TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 15. Ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2018.
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5 FAMÍLIA, ESCOLA, MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
Apresentação
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As ideias de Descartes podem ser consideradas, enquanto inauguradoras do
pensamento moderno em que é presente a valorização da razão, a ideia do ser
singular e a constituição da representação de algo interno ao indivíduo, ou seja, a
subjetividade. Alguém já ouviu a frase: “Penso, logo existo!”? (BOCK; FURTADO;
TEIXEIRA, 2018).
De acordo com Antonio da Costa Ciampa (2006), psicólogo social brasileiro, o primeiro
passo para a construção da identidade é a diferenciação entre eu e o outro. Conforme
nos relacionamos, enxergamos diferenças e similaridades com vários grupos sociais.
Na unidade anterior, entendemos um pouco desse movimento a partir dos processos
de socialização primária e secundária, diante das interações construídas entre o sujeito
e a sociedade. Além disso, vimos também como se constituem os processos de
consciência e conscientização, entendendo a forma como nos inserimos nos processos
da vida social e transformamos a realidade. Segundo Strey (2013), Ciampa defenderá a
ideia de metamorfose, em que a identidade é produzida em um movimento de
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transformação contínua com a realidade, em que o sujeito transforma o mundo e é
transformado por ele.
Segundo Bock, Furtado e Teixeira (2018), foi a partir do século XIX, na denominada
Psicologia das Massas ou Psicologia das Multidões, que Gustav Le Bon (1841-1931)
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começou a desenvolver os primeiros estudos sobre os grupos, tentando entender os
fenômenos das massas e da multidão, e como estes atravessam os indivíduos.
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minorias, mas num movimento de cada um e de todos procurando
discutir suas ideias com os outros. Num confronto de ideias,
buscando conciliar apenas o conciliável, deixando claras as
individualidades, o diferente. A importância de afirmar que as
pessoas são diferentes, que pensam de maneira diferente porque
possuem valores diferentes, mas que podem produzir juntas o seu
processo grupal. Este é um embate diário das relações pessoais que
trazem consigo toda uma história de vida. Relações onde estarão
presentes as múltiplas determinações de cada sujeito. Determinações
de classe social, de gênero, de raça e de nacionalidade. Relações que
se embaterão tanto na busca consciente de uma dominação quanto
de defesas inconscientes utilizadas para lutar e/ou fugir das ameaças
que as novas situações -desconhecidas- lhe colocam (STREY, 2013, p.
202).
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5.3 Comportamento antissocial: a agressão
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5.5 Comportamento grupal
A ideologia, segundo Costa (2015), é a forma que nós encontramos para dar
significado às nossas relações, contribuindo na sustentação e reprodução dessas. A
partir da ideologia criamos juízos de valor, discriminações, estereótipos, preconceitos,
e também contrapomos às qualidades. Essa ideologia pode contribuir na reprodução
de relações tanto justas e éticas, como assimétricas, desiguais e injustas. Nesse último
caso, podemos dizer que há relações de dominação, quando amparadas por valores
discriminatórios e preconceituosos.
Conclusão
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da sociedade marcados pela globalização, a informatização e o acesso a informações.
Como dissemos, tais transformações levam também a mudanças nas relações sociais e
na própria produção cultural. Esse movimento, no contexto capitalista
contemporâneo, reproduz a ideia do ser humano como “peça de uma máquina”, tendo
sua subjetividade anulada e colocada a serviço do Estado, ou de instituições
burocráticas, enquanto reprodutoras da lógica do capital.
Para entendermos melhor esse processo, estudamos aqui sobre o papel dos grupos e
instituições que mediam as relações entre os indivíduos e a sociedade. Falamos
também sobre os comportamentos sociais pró-sociais e antissociais, e como a
compreensão destes é importante para caminhar até a prática direcionada à mudança
social.
Referências
ARONSON, Elliot; WILSON, Timothy D.; AKERT, Robin M. Psicologia Social. 8. Ed. - Rio
de Janeiro: LTC, 2018.
LANE, SILVIA & CODO, WANDERLEY (Orgs.) Psicologia Social: o homem em movimento.
São Paulo: Brasiliense, 1984.
BOCK, Ana Mercês Bahia; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi.
Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. 15. Ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2018.
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COSTA, José Fernando Andrade. “Fazer para Transformar” a Psicologia Política das
Comunidades de Maritza Montero. Revista Psicologia Política, v.15, n.33, 2015.
STREY, Marlene Neves (Org.) Psicologia Social Contemporânea: livro-texto. 21. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
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6 PSICOLOGIA SOCIAL COMO SUPORTE AO SERVIÇO SOCIAL
Apresentação
Olá, aluno! Estamos chegando à última unidade desta disciplina. Aqui vamos
conversar sobre como a psicologia social poderá servir de suporte para a reflexão e as
práticas do Serviço Social. Para isso, nos engajamos nas diversas leituras que envolvem
a relação entre o indivíduo e a sociedade, a importância da linguagem nesse processo
e as possibilidades de construção do trabalho social voltado para práticas mais
democráticas.
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sustentação, garantindo a coesão e manutenção social. É importante considerar que
Durkheim parte de uma matriz positivista, e por isso tende a acreditar que a sociedade
tem um movimento progressivo que respeita uma ordem natural.
Karl Marx (1818 — 1883) parte de outra perspectiva, para ele os seres humanos
são sujeitos históricos e atuam na construção da sociedade, estabelecendo ações
recíprocas entre si. Existe, de acordo com Netto e Braz (2012), um movimento
constante de criação e recriação da vida individual e coletiva, a partir de componentes
de tensão, conflitos e antagonismos, que se compõem em embates entre subjetivo e
objetivo, individual e coletivo. O homem (no sentido genérico) é um ser social e
quando falamos de ser social, estamos falando de humanidade, sociedade. Esse ser
social é capaz de transformar a natureza e a si próprio, e essa transformação se dá a
partir do trabalho. No entanto, o trabalho pode ser apreendido dentro de uma
perspectiva ontológica, mas também dentro de uma dimensão histórica. Nesse
sentido, no contexto do modo de produção capitalista, o trabalho assume um papel na
exploração e alienação do homem, quando se estabelece a divisão social do trabalho e
a propriedade privada dos meios de produção.
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6.2 Desenvolvimento da linguagem
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No trecho citado, podemos perceber que a criação dos códigos e,
consequentemente, da linguagem está diretamente relacionado ao contexto e
necessidades sociais, quando se observa também a formação de uma consciência
humana.
Outro autor que discute a linguagem em sua obra é Bakhtin (1895-1975). Ele
problematizará sobre como os fatores contextuais presentes nas relações sociais
produzem enunciados, que garantem uma trama de significações. O signo, de acordo
com Bakhtin, só existe a partir das relações sociais, onde ele se concretiza enquanto
palavra e recebe significado segundo o contexto.
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seu discurso, materializa valores, desejos, justificativas, contradições, enfim,
conteúdos e embates existentes em sua formação social” (Strey, 2013, p.129).
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- Os papéis sociais são desempenhados não só
objetivamente, mas subjetivamente através de
representação ideológicas.
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6.4 A metodologia de Educação Popular e modelo de ação da psicologia comunitária
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6.5 Preconceito, estereótipos e discriminação
De acordo com Torres e Neiva (2011), o preconceito está presente nas relações
cotidianas nos diversos espaços, no entanto, podemos perceber que no Brasil, esse
preconceito é, muitas vezes, naturalizado dentro de uma estrutura social que
reproduz, ao longo do tempo, uma série de desigualdades. Um exemplo disso é o
preconceito e discriminação que parte do racismo, que em nosso país tem cunho
estrutural e foi negado ao longo da história.
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Ao pensarmos nas possibilidades de construções de trabalho no contexto
social, é imprescindível ficarmos atentos para que possamos executar uma práxis em
que não sejam reproduzidas práticas discriminatórias, dando ênfase à valorização da
diversidade.
Conclusão
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Referências
NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica. 8 ed.
São Paulo: Cortez, 2012.
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STREY, Marlene Neves (Org.) Psicologia Social Contemporânea: livro-texto. 21. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
TORRES, Claudio Vaz; NEIVA, Elaine Rabelo. Psicologia Social: principais temas e
vertentes. Porto Alegre, RS: Artmed, 2011.
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