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Bruno Bonani
Parte 1- Márcia Andréia
Com esses diagnósticos deve tentar fazer exame de imagem, então ao receber um
paciente deve buscar ativamente para ver se não tem nenhum sinal relacionado a esses
diagnósticos.
1. Pneumotórax simples
2. Tórax instável Ventilatório
3. Contusão pulmonar
4. Hemotórax
5. Contusão miocárdica Circulatório
6. Ruptura traumática de aorta
7. Lesão diafragmática traumática
8. Ruptura esofágica fechada Diagnósticos especiais
• Tem que ter um alto índice de suspensão, devendo utilizar alguns métodos
complementares para poder fazer o diagnóstico.
Após a fase inicial (exame primário), não foi encontrada nenhuma lesão que levasse a
primeira etapa. Deve então, ir para o exame secundário e reconhecer ativamente as 8
lesões potencialmente letais.
Parte ventilatória
PNEUMOTÓRAX SIMPLES
• O ar entra na cavidade pleural, mas ainda não exerce grande pressão sobre as
estruturas adjacentes, não ocorrendo um colapso hemodinâmico como no
pneumotórax hipertensivo ou uma ferida aspirativa importante como no
pneumotórax aberto. Essas referências são boas para distinguir um
pneumotórax do outro.
A drenagem de tórax sempre vai feita colocando dreno em selo d’agua, que vai
servir como uma válvula unidirecional, o ar só sai e não entra mais no tórax.
Então sempre que falar em drenagem de tórax, será com dreno em selo d’agua.
Quando o pneumotórax simples pode trazer uma surpresa e agravar o quadro clinico
desse doente?
o Paciente politraumatizado, com TCE grave, é avaliado pelo neuro cirurgião
que quer conduzi-lo ao centro cirúrgico. Porém, foi feito um diagnóstico de
pneumotórax simples, ele está instável e é levado para cirurgia sem a
drenagem de tórax. Contudo, durante o ato da drenagem ou da cirurgia será
preciso intubar esse doente, para fazer a anestesia geral, ao passar o tubo e
ventila com pressão positiva, uma fistula pequena pode se tornar maior, pois
o ar vai circular de maneira rápida dentro do tórax transformando um
pneumotórax simples em pneumotórax hipertensivo.
o Então, todo doente que tem um pneumotórax hipertensivo vai ser submetido
a ventilação por pressão positiva, tem que fazer a drenagem de tórax
durante, pois no momento da cirurgia pode fazer um pneumotórax
hipertensivo e causa complicação no momento da cirurgia.
• O tórax instável vai ocorrer quando tiver uma fratura segmentar do arco costal.
Márcia e Maria Clara
• Fratura segmentar do arco costal é uma fratura em dois pontos no mesmo arco
costal.
• Dentro desse mecanismo tem bloco fraturado, tem uma parte que está solta,
várias fraturas segmentares sequenciais. Quando o tórax e o gradil costal
puxarem, esse segmento costal fraturado (não segue o movimento) vai respeitar
a pressão intrapleural e vai colabar. Na hora que o tórax for comprimir, fazendo
esse movimento de vai e vem do gradil costal é que chamamos de respiração
paradoxal.
• Segmento costal fraturado, a pressão intrapleural vai segurar e o gradil costal vai
subir, na que inspirar a pressão dentro da pleura vai ficar positiva e empurra esse
gradil costal (na expiração negativa), que é a respiração paradoxal.
• Quando não ocorre fratura em 2 pontos, ela fica fixa, e na hora que o arco costal
vai expandir vem junto; diferente da fratura segmentar, que o bloco da fratura
fica solto/desconectado, e quando o arco costal se movimenta ele fica parado
sem fixação ao gradil.
• Entubar se for necessário, isto é, dar suporte* ventilatório se for necessário. *não
entendi a palavra 27:49’’.
Márcia e Maria Clara
• Prover aporte hídrico cauteloso, ou seja, se hidratar demais esse doente pode
ter um edema intersticial pulmonar pelo acúmulo de liquido no local, e piorar
ainda mais a contusão pulmonar, sendo preciso dosar bem a necessidade
hídrica desse doente, a reposição volêmica, para não fazer um edema pulmonar
e piorar a contusão pulmonar.
o PO2<60MMHG
o SATO2<90%
o Ficar atentos em pacientes com função pulmonar ruim, pacientes com
DPOC.
o Pacientes com INSUFICIÊNCIA RENAL, tem uma chance maior de retenção
hídrica que piora a função ventilatória desse doente.
Tratamento:
Parte circulatória
HEMOTORAX
O que deve reconhecer na parte circulatória que é importante fazer esse diagnóstico por
exame secundário?
Márcia e Maria Clara
1. Sinais e sintomas. Primeiro como está esse doente no hemotórax grau 1 e grau
2.
2. Volume drenado. Volume de sangue drenado desse tórax.
3. Aspecto radiológico. Como esse Rx vai se apresentar.
Exame físico do hemotórax grau 1 e 2: a percussão com som será maciço, e murmúrio
vesicular e expansibilidade diminuídos do lado afetado. No grau 1 pode apresentar
esses sinais de forma mais leve, sendo mais intenso no grau 2.
CAUSAS PRINCIPAIS:
Márcia e Maria Clara
1. Acidente automobilístico
2. Atropelamento
3. Acidente motociclístico
4. Queda maior de 6 metros
• Ex: doente que sofreu um trauma no tórax, é muito comum pensar na dor torácica
relacionada a fratura e esquecer de pensar no trauma cardíaco associado.
• Nesse diagnóstico pensar que todo o indivíduo que teve uma energia cinética
transmitida no tórax, principalmente na face anterior (esterno), exemplo de
acidente automobilístico onde o indivíduo não estava usando cinto de
segurança, e o anteparo foi o volante (volante quebrado), recebeu uma energia
cinética sobre a topografia cardíaca muito intensa e deve pensar que sofreu uma
lesão cardíaca associada. Esse paciente não tem hipovolemia, mas mantém
hipotensão, e não pensa no trauma cardíaco que ele sofreu, sendo que no
impacto lacerou a coronária, infartou e está com baixo débito cardíaco por conta
do déficit do infarto.
1. Contusão miocárdica.
Márcia e Maria Clara
Podemos perceber que o coração que é um dos órgãos mais importantes do ponto de
vista circulatório, sofreu o dano da energia cinética do acidente, podendo lacerar câmara
cardíaca, lesar válvula, lesar a vascularização, pode ter uma ruptura com trombose,
sendo necessário ficar atento a consequência sobre a área cardíaca.
Sinais e sintomas:
Os sinais e sintomas que temos que nos atentar nesse doente são:
• Ecocardiograma.
• Eletrocardiograma.
É uma das principais causas de morte súbita imediata de trauma de tórax no acidente
automobilístico e queda de altura. Se o paciente romper a aorta na cena do acidente,
não tem como reverter.
Alguns indivíduos vão apresentar um tamponamento dessa ruptura, então ocorre uma
ruptura parcial, ele tampona e é possível leva-lo para o atendimento hospitalar.
➢ Pneumotórax.
➢ Contusão miocárdica.
➢ Trauma de aorta.
Sinais e queixas:
Qual o problema maior na hérnia diafragmática aguda? Temos que pensar que ela tem
um fator mecânico da restrição pulmonar pela presença do órgão que está dentro do
tórax, podendo ter também lesões associadas, onde a energia cinética foi tão intensa
que pode ter lesado o colo, intestino, estômago, baço, assim nossa via de abordagem
na fase aguda será do ponto de vista abdominal, sendo preciso reduzir o volume
herniado dentro do tórax, investigar todos os órgãos para saber se tem alguma lesão e
realizar o fechamento do diafragma com fio inabsorvível (geralmente usa prolene).
Pergunta Rayana: Primeiramente teremos que investigar se tem lesão em outros órgãos
e não deve mexer na lesão do diafragma?
iremos abrir e reduzir a hérnia, suturar o diafragma e assim pesquisar se temos lesões
abdominais associadas.
Conduta:
Questões
• Aluno:
• Interpretação do professor:
• Primeiro ponto importante é a idade do paciente, pois tem traumas mais comuns
de acordo com a idade. O paciente estava dentro de um carro, com colisão
frontal, esse mecanismo de trauma mostra que está somando forças, a energia
cinética transmitida no cenário do acidente é mais intensa.
Ao exame apresenta:
Parte ventilatória:
• Pneumotórax simples
• Tórax instável
• Contusão pulmonar
Parte circulatória:
• Hemotórax
• Contusão miocárdica
• Ruptura traumática de aorta
Diagnósticos especiais:
Vias aéreas prévias, coluna cervical imobilizada. O paciente não tem obstrução de
vias aéreas.
D- Glasgow 14.
Paciente de 33 anos, vítima de agressão física por arma de fogo, orifício de entrada
no 5 EID. Ao exame apresenta: A- Vias aéreas prévias, coluna cervical imobilizada.
B- Murmúrio vesicular abolio, macicez a percussão e diminuição da
expansibilidade torácica em hemitórax direito. C- Pulsos filiformes, FC 130 bpm,
PA: 40x30 mmHg. Jugulares colapsadas. D – Glasgow 14. E- Orifício de entrada
sem sinais de traumatopneia. Qual o diagnóstico e tratamento imediato:
O paciente levou um tiro no 5 espaço intercostal direito, nessa região tem a zona de
ziedler, que é a maior zona de trauma cardíaco, então pensamos em lesão cardíaca ou
hemotórax.
Próxima aula.