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Alzira Paulo David Bersone

Edmundo Cassimo Capuepué


Yasmin Semedo

Levantamento e Reconhecimento Cadavérico


Autopsia Medico-Legal e Autopsia Patológico
Morte violenta, Morte natural e suspeito de criminalidade
Intervenções sobre Cadáveres

Licenciatura em Psicologia Clinica

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


Pemba, Abril de 2022
Alzira Paulo David Bersone
Edmundo Cassimo Capuepue
Yasmin Semedo

Levantamento e Reconhecimento Cadavérico


Autopsia Medico-Legal e Autopsia Patológico
Morte violenta, Morte natural e suspeito de criminalidade
Intervenções sobre Cadáveres

Licenciatura em Psicologia Clinica

Trabalho a ser Apresentado na Universidade


Alberto Chipande, na Faculdade de Ciências
Políticas e Sociais no curso de licenciatura em
Psicologia Clinica como requisito para
avaliação na Disciplina de Psicologia Criminal

Docente
Mcs. Viazi Maera

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE


Pemba, Abril de 2022
Índice
CAPITULO I – INTRODUÇÃO...................................................................................1
1.1. Contextualização.....................................................................................................1
1.2. Objectivos...............................................................................................................2
1.2.1. Objectivos Gerais.................................................................................................2
1.2.2. Objectivos Específicos.........................................................................................2
1.3. Metodologia............................................................................................................2
CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA..........................................................3
2.1. Tanatologia.............................................................................................................3
2.2. Tanatologia Médico-legal.......................................................................................3
2.3. Morte.......................................................................................................................3
2.3.1. Conceitos de morte na área Médica.....................................................................4
2.3.2. A Morte no âmbito legal......................................................................................4
2.3.3. Classificação Médico-legal das Formas de Morte...............................................4
2.3.4. Tipos de Morte.....................................................................................................5
2.4. Levantamento e reconhecimento cadavérico..........................................................6
2.4.1. Levantamento e reconhecimento do cadáver segundo critérios médico-legais...6
2.5. Autópsia..................................................................................................................8
2.5.1. Tipos de autópsia.................................................................................................8
2.5.2. Autopsia médica legal ou forense........................................................................9
2.5.3. Autópsia clínica ou patológica.............................................................................9
2.6. Procedimento em uma autópsia..............................................................................9
2.6.1. Âmbito da autópsia médico-legal........................................................................9
2.6.2. Principais etapas da autópsia médico-legal.......................................................10
2.6.3. Normas gerais da técnica da autópsia médico-legal..........................................10
2.6.4. Condições gerais para a execução da autópsia médico-legal............................10
2.7. Outros procedimentos em uma autópsia...............................................................12
2.7.1. Exame externo...................................................................................................12
2.7.2. Exame interna....................................................................................................13
2.8. Reconstituição do corpo........................................................................................13
2.9. Caracterização do evento do ponto de vista médico-legal....................................14
2.10. Intervenções sobre cadáveres..............................................................................14
CAPITULO III – CONCLUSÃO................................................................................17
Referencias Bibliográficas...........................................................................................18
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
O presente trabalho, abordaremos assuntos relacionados a tanatologia, que é o estudo do
processo de morte isoladamente ou associada a outras áreas académicas ou é ramo da
Médico-legal, que  ocupa-se da análise dos mais diferentes conceitos de morte, “cuida
da morte e do morto, os direitos sobre o cadáver, o destino dos mortos, o diagnóstico de
morte, o tempo aproximado da morte, a morte súbita, agónica e a sobrevivência; a
necropsia médico-legal, a exumação e o embalsamento. (França, 2011)
Morte é o processo irreversível de cessamento das actividades biológicas necessárias à
manutenção da vida de um sistema vivo.
Quando ocorre um evento de natureza criminosa ou não, seja acidente ou proposital,
neste local, encontraremos elementos materiais para resolução do ocorrido. A
interpretação correta desses acontecimentos fará com que possamos entender esse ponto
no espaço.
O profissionalismo associado ao cuidado nas acções iniciais será um factor fundamental
para a admissibilidade das evidências, tanto para fins judiciais como para eventuais
investigações.
A autoridade policial regrada à legislação penal, como responsável por todo o
procedimento investigatório de um crime, é incumbida de o procedimento estipulado no
Código de Processo Penal - CPP.
Ressalta-se que no local de crime serão pesquisados elementos físicos que configurarão
as provas materiais para a tipificação do delito e a busca de sua autoria, sendo definidos
como sendo, os vestígios que determinada acção criminosa deixa.
A perícia no local de crime trata-se de uma actividade processual penal transmitida em
um laudo, diagnosticando o demarcador da causa jurídica. (Bittar, 2021)
1.1. Contextualização
A Tanatologia, é ramo da Médico-legal, portanto,  ocupa-se da análise dos mais
diferentes conceitos de morte, “cuida da morte e do morto, os direitos sobre o cadáver, o
destino dos mortos, o diagnóstico de morte, o tempo aproximado da morte, a morte
súbita, agónica e a sobrevivência; a necropsia médico-legal, a exumação e o
embalsamento.” (França, 2011)
Morte é o fim das actividades vitais de um organismo.
Morte natural, denominada da morte por antecedentes patológicos, ou seja, oriunda de
um estado mórbido adquirido ou de uma perturbação congénita (França, 2011). Natural

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ou real é o óbito atestado pelos médicos quando identificam os sinais de cessação da
vida.
A autópsia ou necropsia,  é um procedimento médico (um exame cirúrgico) que consiste
em examinar um cadáver e seus órgãos para determinar a causa e o modo da sua morte e
avaliar qualquer doença ou ferimento que possa estar presente.
1.2. Objectivos
1.2.1. Objectivos Gerais
 Estudar a Tanatologia.
1.2.2. Objectivos Específicos
 Descrever os tipos de morte.
 Falar de levantamento e reconhecimento cadavérico.
 Fazer descrição de autópsia medico-legal e patológico.
1.3. Metodologia
A pesquisa científica depende de um “conjunto de procedimentos intelectuais e
técnicos” para que seus objectivos sejam atingidos: os métodos científicos. Neste
contexto, “o método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se
devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adoptada no processo de
pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo,
indutivo, hipotético-dedutivo, dialéctico e fenomenológico” (Marconi, 1991)
Para a realização da presente pesquisa foram usados os seguintes métodos e técnicas
científicas:
Técnica Documental: esta técnica consiste na recolha de dados sobre o tema de
pesquisa. Para Lakatos e Marconi (1991:29), esta técnica consiste na recolha e revisão
das fontes primárias e secundárias A técnica ajudou a fazer a busca e a selecção de
fontes secundárias que tornaram possível o desenvolvimento do trabalho tais como:
obras e artigos científicos que versam sobre Tanatologia.

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CAPITULO II – REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Tanatologia
A Tanatologia, estuda o processo de morte isoladamente ou associada a outras áreas
académicas. (Vanrell)
A Tanatologia, é ramo da Médico-legal, portanto,  ocupa-se da análise dos mais
diferentes conceitos de morte, “cuida da morte e do morto, os direitos sobre o cadáver, o
destino dos mortos, o diagnóstico de morte, o tempo aproximado da morte, a morte
súbita, agónica e a sobrevivência; a necropsia médico-legal, a exumação e o
embalsamento.” (França, 2011)
2.2. Tanatologia Médico-legal
A Tanatologia Médico-legal é a parte da Medicina Legal que estuda a morte e o morto e
suas repercussões jurídico-sociais (França, 2011)
2.3. Morte
Ninguém acredita na sua própria morte. Ou, dito de outro modo, no seu inconsciente,
cada um de nós está convencido da própria imortalidade. (Sigmund Freud).
Quem morre, não morreu, partiu primeiro a passar este passo estreito, tanto todos lá
havemos de ir por derradeiro. (Luís de Camões).
Se vale a pena viver; e se a morte faz parte da vida; então morrer também vale a pena.
(Kant).
Morte (do termo latino mors), óbito (do termo latino obitus), são sinónimos usados
para se referir ao processo irreversível de cessamento das actividades
biológicas necessárias à caracterização e manutenção da vida em um sistema outrora
classificado como vivo.
Morte é o processo irreversível de cessamento das actividades biológicas necessárias à
manutenção da vida de um sistema vivo.
Morte é o fim das actividades vitais de um organismo.
É um processo universal e inevitável que eventualmente ocorre com todos os
organismos vivos. Não há nenhuma evidência científica de que a consciência continue
após a morte, no entanto existem várias crenças em diversas culturas e tempos históricos
que acreditam em vida após a morte.
Desde a descoberta da anatomia o cadáver passou a fazer parte, “sem contestação
religiosa ou moral, do campo médico.” A partir daqui surge à necessidade de se detectar
no cadáver os produtos da morte e da doença. Uma vez dessacralizado o corpo pelos

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anatomistas, o cadáver tornou-se objecto da ciência, passando considerar apenas a sua
natureza física e biológica.
Se até o século XVIII, o médico tinha o olhar dirigido para a vida e a cura de doenças,
sendo a morte uma ameaça sombria a seu desempenho, no século XIX, o olhar médico
passa a se apoiar na morte como instrumento que lhe possibilita apreender a verdade da
vida e a natureza de seu mal (Bittar, 2021).
A morte deixa de ser sinal de fracasso para Medicina, uma vez que agora se torna
possível identificar as suas causas.
Assim, a morte passou a integrar um conjunto de conhecimentos científicos e técnicos,
seguido de orientações éticas e regras de direitos, eis que as sociedades são regidas por
estatutos normativos.
2.3.1. Conceitos de morte na área Médica
A Tanatognose é a parte da Tanatologia que estuda o diagnóstico da realidade da morte.
O objectivo primordial é estabelecer a causa jurídica na busca de determinar as
hipóteses de homicídio, suicídio ou acidental. Caso em que devem deter-se não penas ao
exame do corpo, mais também ao resultado da inspecção do local de morte, o qual é
realizado pela perícia criminal (França, 2011)
Já o diagnóstico da morte natural é feito através de inúmeros sinais, denominados de
sinais de morte. Porém, concretamente, na prática costuma-se adoptar o critério de
cessação dos fenómenos respiratório e circulatório (Vanrell), embora prevaleça o
conceito de morte encefálica.
A morte encefálica ocorre quando existe lesão irreversível de todo encéfalo.
Em resumo, a morte pode ser entendida simplesmente como a perda total e irreversível
das funções vitais.
2.3.2. A Morte no âmbito legal
No âmbito legal a morte é vista como o cessar da personalidade civil, personalidade esta
que começa com o nascimento da pessoa com vida e termina com a morte, mas a lei põe
a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
Pode-se a firmar que é o Direito quem demarca o início e o fim da personalidade civil,
ou seja, o início da vida e quando ela deixa de existir para o mundo jurídico.
2.3.3. Classificação Médico-legal das Formas de Morte
A morte não é um ponto final na existência humana, mas um elemento constitutivo dela.
Situa-se mesmo, no fio directo da evolução humana. É essencial compreender a morte
como um processo que, dependendo da intensidade e qualidade da agressão que a

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desencadeia, terá uma duração diferente, porque está constituída por uma sucessão
evolutiva de fases de desestruturação progressiva do funcionamento integrado do
organismo como unidade biológica.
No trânsito da vida para a morte, do organismo como um todo, podemos reconhecer
estágios intermediários concorrentes ou sucessivos, conforme o caso. Nestes casos que
também podem ser provocados por acidentes ou pelo uso abusivo de substâncias
depressoras do sistema nervoso central, a temperatura pode cair sensivelmente e ocorre
um rebaixamento das funções cardiorrespiratórias, há perda de consciência,
imobilidade, insensibilidade, ausência aparente de respiração, ausência de circulação,
midríase paralítica. A duração deste estado aguçou a curiosidade dos pesquisadores,
indo desde alguns minutos até dias. Sua causa é variada, podendo ser sincopai
(perturbações encefálicas, metabólicas, cardiovascular, vascular central, etc); histérica
(letargia e catalepsia); asfixia (mecânica e não-mecânica); tóxica (por utilização de
morfina ou heroína e m doses tóxicas, por anestesia.); apopléctica; traumática; eléctrica;
térmica; e por causas gerais a morte aparente pode ser observada em formas terminais
de cólera e em algumas formas de epilepsia.
2.3.4. Tipos de Morte
Eis, alguns tipos de morte:
Morte natural – é aquela que sobrevém como consequência de um processo esperado e
previsível. Por exemplo, nos casos de envelhecimento natural, com esgotamento
progressivo das funções orgânicas. Em outros casos, o óbito é um corolário de uma
doença interna, aguda ou crónica, a qual pode ter acontecido e transcorrido sem
intervenção ou uso de qualquer factor externo ou exógeno. É evidente que, a causa do
óbito não é "natural" e, sim, patológica. Todavia, habitual do termo considera o tipo de
morte como natural.
Ou, morte natural – denominada da morte por antecedentes patológicos, ou seja,
oriunda de um estado mórbido adquirido ou de uma perturbação congénita (FRANÇA,
2015). Natural ou real é o óbito atestado pelos médicos quando identificam os sinais de
cessação da vida.
Morte violenta – tem origem em causas externas. Decorre de condutas praticadas por
outrem ou contra a si mesmo, nas quais se incluem os de homicídio, suicídio e acidente
e de causas suspeita. Nesses casos pela necessidade da investigação policial e jurídica o
cadáver dever ser enviado ao Instituto Médico Legal para atestar a causa da morte,

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excepto quando não houver infracção penal a apurar ou quando pelas lesões externas
puder precisar a causa da morte.
A violência do latim violentia e vis, força, é u m fenómeno no qual interveio a força
externa como causa desencadeante.
Cada uma destas mortes que se atribuem a homicídio, suicídio ou acidentes apresenta
particularidades, embora, por vezes, seja difícil estabelecer diferença precisa entre
formas próximas. Morte voluntária (suicídio). "Chama-se suicídio todo caso de morte
que resulta, directa ou indirectamente de um ato positivo ou negativo, realizado pela
própria vítima, a qual sabia dever produzir este resultado'' (Durkheim).
Morte Suspeita de criminalidade – rotula-se como morte suspeita aquela que, mesmo
com testemunhas, e com alguns dados de orientação diagnostica, se mostra duvidosa
quanto à sua origem. Sua frequência é bastante elevada.
2.4. Levantamento e reconhecimento cadavérico
Do ponto de vista médico-legal, é necessário realizar o Levantamento e reconhecimento
cadavérico das vítimas para os devidos trâmites legais e inumação (enterro). Tais
técnicas são usadas rotineiramente nos Institutos de Medicina Legal (IML), seja em
cadáveres desconhecidos sem documentação ou reclamante, quando a realidade de
morte atingiu fenómenos transformativos destrutivos como a maceração e putrefacção
(fases de coloração, gasosa, coliquativa e esquelectização) que impossibilite a
reconhecimento por meio de fotos ou por familiares, quando é recebido apenas partes do
suposto cadáver, vítimas queimadas ou em grades tragédias como: queda de aviões,
queda de edifícios, cova comunitária, entre outros.
Para fazer o levantamento e reconhecimento cadavérico a um cadáver desconhecido é
necessário realizar o diagnóstico médico-legal da identidade, processo com metodologia
consolidada que leva em conta princípios periciais descritos a seguir.
2.4.1. Levantamento e reconhecimento do cadáver segundo critérios médico-legais
De maneira a assegurar que a identificação do cadáver seja realizada de acordo com O
"Guia de Identificação de Vítimas de Desastres" adoptado pela Interpol (1996), os
seguintes elementos de identificação devem ser observados: reconhecimento visual,
adereços pessoais, características físicas, exame dentário, identificação antropológica,
registo das impressões digitais e identificação genética.
Na prática diária dos serviços médico-legais a maioria dos cadáveres chega já
identificada, devendo todavia o perito médico responsável pela autópsia, certificar-se
sempre se tal identificação está ou não correta.

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Nalgumas situações, poderá ser necessário proceder ao reconhecimento do cadáver já
posteriormente à sua admissão nos serviços médico-legais.
Assim, o reconhecimento poderá ser concretizado pelos seguintes meios:
a) Reconhecimento visual do cadáver: a realizar sempre que a situação em causa o
consinta e justifique, devendo um elemento do serviço designado para o efeito,
proceder a entrevista com os pretensos parentes ou pessoas que supostamente
conheciam a vitima, para avaliar da possibilidade de se tratar ou não da pessoa que
se pretende identificar. Existindo probabilidade de identificação positiva, poderão
mostrar-se inicialmente fotografias da vítima (face, perfil direito e esquerdo da
face), bem como fotografias das roupas, de adereços pessoais, de tatuagens,
cicatrizes ou de outros elementos relevantes para o processo identificativo;
b) Reconhecimento através de objectos pessoais: a descrição de peças de adereço, de
peças de vestuário e de objectos neles contidos, deve ser cuidadosamente registada,
pois todos podem vir a constituir importantes elementos para a correta identificação
da vítima;
c) Reconhecimento através das características físicas: as características físicas
devem ser cuidadosamente registadas no decurso do exame externo e interno do
cadáver, podendo ser úteis para um posterior reconhecimento;
d) Reconhecimento através do exame dentário: o exame dos dentes e mandíbula,
quando necessário, deve preferencialmente ser concretizado por médico dentista
forense.
e) Identificação antropológica: quando o material humano a investigar se encontrar
esquelectizado ou num estado de decomposição avançada, deve procurar-se que seja
concretizada identificação antropológica, preferencialmente com colaboração de
antropólogo forense;
f) Reconhecimento através das impressões digitais: as impressões digitais devem
ser obtidas pelos técnicos ajudantes, tendo o cuidado de que tal procedimento só seja
realizado após a eventual colheita de vestígios existentes nas mãos do cadáver;
g) Identificação genética: quando apropriado, é aconselhável colher amostras
biológicas do cadáver que possam possibilitar a determinação de perfis de ADN
para identificação genética. Neste sentido, devem ser tomadas medidas que
assegurem a ausência de contaminação e garantam o acondicionamento apropriado
das amostras biológicas para posterior estudo no laboratório de Genética Forense.

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2.5. Autópsia
A autópsia  (auto = próprio + opsis = visão), ou necrópsia, ou ainda necropsia  (necro =
morte + opsis = visão) é um procedimento médico (um exame cirúrgico) que consiste
em examinar um cadáver e seus órgãos para determinar a causa e o modo da sua morte e
avaliar qualquer doença ou ferimento que possa estar presente. Às vezes, é utilizada
também para fins de estudos. Grande parte das autópsias pertence ao âmbito da
medicina legal.
Uma autópsia é realizada por um médico especializado (legista), em um local
apropriado, denominado necrotério. Uma autópsia quase sempre é realizada com
finalidades legais ou médicas, em casos em que a causa da morte não esteja bem
esclarecida.
As autópsias podem ser realizadas para determinar se a morte foi natural ou não natural,
estabelecer as causas da morte, estimar o tempo decorrido de morte, para estabelecer a
identidade do falecido ou recolher órgãos saudáveis para transplantes.
Uma autópsia compreende tanto um exame externo como um exame interno do cadáver,
para o que é necessário que o corpo seja dissecado. Quando a autópsia interna é
concluída, o corpo deve ser reconstituído. Salvo em casos de mandado judicial, a
permissão de parentes próximos é necessária para autópsia interna.
As autópsias podem fornecer informações sobre as doenças e como as mortes de
pacientes podem ser evitadas no futuro. Autópsias clínicas só podem ser realizadas com
o consentimento da família da pessoa falecida.
2.5.1. Tipos de autópsia
Existem quatro tipos principais de autópsia quanto à sua finalidade:
1. Autópsia médica legal ou forense: procuram encontrar a causa e a forma da morte
e identificar o falecido. Geralmente são realizadas em casos de mortes violentas,
suspeitas ou súbitas, mortes sem assistência médica ou durante procedimentos
cirúrgicos.
2. Autópsia clínica ou patológica: realizadas para diagnosticar uma doença específica
ou para fins de pesquisa. Elas visam determinar, esclarecer ou confirmar
diagnósticos médicos que permaneciam desconhecidos ou obscuros antes da morte
do paciente.
3. Autópsia anatómica ou académica: realizadas por estudantes de anatomia apenas
para fins de estudo.

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4. Autópsia virtual: realizadas utilizando apenas tecnologia de imagem,
principalmente imagem por ressonância magnética e tomografia computadorizada.
Neste trabalho, abordaremos a autópsia Medica legal ou forense e autopsia clinica ou
patológica.
2.5.2. Autopsia médica legal ou forense
Autópsia médico-legal permite o estudo do corpo com o objectivo de determinar a causa
e as circunstâncias da morte, como em situações de morte violenta ou quando é preciso
identificar cadáveres ou restos humanos.
Uma autópsia forense pode ser realizada quando a causa da morte foi uma questão
criminal. Ela pode ocorrer imediatamente após a morte e antes do sepultamento ou por
meio de exumação do cadáver, tempos depois do sepultamento.
Uma autópsia forense é realizada para determinar a causa da morte e maneira como ela
ocorreu. O médico legista tenta determinar a hora da morte, a sua causa exata e o que a
precedeu. Ela pode também propiciar a aquisição de amostras biológicas do corpo do
falecido, incluindo o conteúdo estomacal, para exames toxicológicos. Em várias
circunstâncias isso ajuda o judiciário a estabelecer dados precisos sobre os fatos, o que
pode ser de grande interesse em muitos processos.
2.5.3. Autópsia clínica ou patológica
Uma autópsia clínica/patológica pode ser realizada se as causas da morte forem
desconhecidas ou incertas, ou ser levada a efeito para fins de diagnóstico ou de
pesquisa.
As autópsias clínicas têm dois objectivos principais:
 Obter mais informações sobre os processos patológicos.
 Determinar quais factores contribuíram para a morte de um paciente.
2.6. Procedimento em uma autópsia
2.6.1. Âmbito da autópsia médico-legal
A autópsia médico-legal é um acto médico a ter lugar quando ordenado por despacho da
autoridade judicial, na sequência de uma morte de causa violenta ou de causa ignorada
Independentemente da causa da morte, a autópsia médico-legal deve envolver sempre
uma integrada e cuidadosa análise e ponderação das circunstâncias que envolveram a
morte (nomeadamente dos elementos obtidos no decurso do exame do local), do
vestuário, do exame dos hábitos externo e interno do cadáver, e a análise e interpretação
dos resultados dos exames complementares de diagnóstico necessários para a

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produção/confirmação de evidências, concluindo-se com a elaboração do respectivo
relatório pericial. (NP-INMLCF-008, 2013)
2.6.2. Principais etapas da autópsia médico-legal
Idealmente, devem constituir etapas a serem observadas no contexto da realização de
uma autópsia médico-legal, as seguintes:
a) Exame do corpo no local: sempre que adequado e possível, e muito particularmente
nos casos de crimes dolosos ou suspeita de crimes dolosos, deverá o perito médico
integrar equipa multidisciplinar que proceda ao exame do corpo no local onde a morte
ocorreu e/ou onde o corpo foi encontrado, elaborando o respectivo relatório;
b) Recolha e análise da informação/documentação disponível (policial, clínica, social
ou outra) sobre as circunstâncias da morte, antecedentes do falecido e outra informação
julgada útil;
c) Exame do hábito externo (incluindo exame do vestuário e de outros objectos);
d) Exame do hábito interna;
e) Exames complementares de diagnóstico;
f) Elaboração do relatório de autópsia.
2.6.3. Normas gerais da técnica da autópsia médico-legal
a) A autópsia médico-legal deve compreender sempre a abertura da cabeça, pescoço,
tórax e abdómen, envolvendo o estudo das estruturas, órgãos e sistemas existentes em
cada um deles. Sempre que indicado, deve envolver também a abertura e estudo da
coluna vertebral e dos membros, podendo exigir ainda o recurso a técnicas especiais.
(NP-INMLCF-008, 2013)
b) Na concretização da autópsia podem adoptar-se técnicas, a seleccionar em função
das especificidades do caso concreto.
c) Com excepção dos procedimentos de índole pedagógica e de investigação científica
consignados na lei, o perito médico não deverá executar procedimentos desnecessários
ao esclarecimento do caso e procurará evitar, a desfiguração do cadáver;
d) Na execução da autópsia deve o perito médico adoptar os procedimentos técnicos
definidos nesta norma.
2.6.4. Condições gerais para a execução da autópsia médico-legal
a) As autópsias médico-legais, bem como as medidas e procedimentos associados,
devem ser realizadas de maneira consistente com os princípios éticos e respeitando
a dignidade do falecido;

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b) Quando apropriado e solicitado, deve ser dado aos parentes mais próximos a
oportunidade de observarem o corpo antes de se iniciar a autópsia;
c) As autópsias médico-legais devem ser realizadas, sempre que possível, por um
médico com formação específica e, em casos de especial complexidade, serem
realizadas por dois médicos;
d) Antes do início da autópsia devem ser tomadas em conta as seguintes
indicações:
 Registar a data, hora e local da realização da autópsia;
 Registar o nome do perito, dos técnicos ajudante e de todas a outra pessoa
presentes durante a autópsia, com indicações do papel e função desempenhada por
cada um;
 Realizar fotografias a cores ou vídeos, quando apropriado, de todos os
achados relevantes, com o cadáver vestido (se for o caso) e depois despido
(em conformidade com os procedimentos específicos para a obtenção de
documentação fotográfica), partindo-se sempre do geral para o particular;
Examinar e registar as peças de vestuário e outros objectos que
acompanhem o corpo, e examiná-los cuidadosamente, na procura de lesões
ou vestígios relacionados com as circunstâncias e a causa da morte, bem
como de elementos que possam permitir a identificação do cadáver e/ou de
eventuais agressores;
 Despir o cadáver e verificar a correspondência entre as lesões no vestuário
e as nelas observadas;
 Realizar exames imagiológicos, quando apropriado. Incluem-se
nomeadamente nestas situações os casos em que haja suspeita de maus
tratos ou violência doméstica, os cadáveres carbonizados ou em avançado
estado de decomposição, os cadáveres mutilados, desfigurados e todos
aqueles em que possa ser relevante a identificação e localização de objectos
estranhos (projécteis, fragmentos de projécteis, artefactos de engenho
explosivo, etc.) ou de lesões internas identificáveis imagiologicamente;
 Colheita de eventuais vestígios biológicos para fins de identificação,
criminalística forense, toxicologia forense, palinologia, entomologia, etc.
Quando apropriado, e antes do início dos procedimentos para exame do
hábito interno, devem ser realizadas zaragatoas dos orifícios e das
superfícies corporais onde se suspeita poderem estar depositados vestígios

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relevantes; Análise dos registos clínicos eventualmente relativos à situação,
bem como de quaisquer exames complementares prévios com ela
relacionada, caso tenha havido assistência clínica.
2.7. Outros procedimentos em uma autópsia
O corpo deve ser levado ao necrotério dentro de uma bolsa especial, que na verdade é
um saco para cadáveres, para garantir que nenhuma evidência ou sinal seja perdido. Se
houver sinais especiais nas mãos  (resíduos de armas de fogo, pele sob as unhas, etc.),
um saco de papel deve ser colocado em cada mão e fechado com fita adesiva em volta
do pulso.
O corpo passará então por dois tipos de exames físicos:
 Exame externo
 Exame interna.
Esses exames frequentemente são complementados por exames toxicológicos,
bioquímicos e/ou genéticos. Amostras de cabelo, unhas ou outras partes devem ser
recolhidas e o corpo também pode passar por imagens radiográficas. Os procedimentos
variarão segundo a finalidade com que se realize a autópsia, se forense, clínica ou outra.
2.7.1. Exame externo
O exame do hábito externo do cadáver assume um papel crucial no conjunto
das diferentes etapas que constituem a autópsia médico-legal.
Com o objectivo de estabelecer os requisitos mínimos para a realização do exame
do hábito externo em todos os cadáveres, independentemente da causa de morte,
sistematizam-se os procedimentos que deverão ser adoptados.
Primeiramente, deve ser feita uma inspecção geral. Uma descrição geral do corpo deve
mencionar:
 O grupo étnico;
 Sexo;
 Idade presumível;
 Cor;
 Comprimento do cabelo;
 Cor dos olhos;
  Marcas de nascença; 
 Tecido cicatricial antigo;
 Pintas e tatuagens entre outros;

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 O médico observará o tipo de roupa;
 Sua posição no corpo antes de serem removidas;
 Presença de sangue;
 Manchas de tinta;
 Manchas na pele, etc.
Qualquer ferimento deve ser observado e registado. A luz ultravioleta também pode ser
usada para pesquisar as superfícies do corpo em busca de qualquer sinal que não seja
facilmente visível a olho nu. O corpo pode ser fotografado como meio de registar as
observações. Depois que a inspecção externa é concluída e os materiais pertinentes são
recolhidos, o corpo é pesado e medido em preparação para o exame interno.
2.7.2. Exame interna
Esse exame consiste em inspeccionar os órgãos internos do corpo e fazer dissecações
em busca de sinais significativos. O corpo é aberto por uma incisão que permita acesso
aos órgãos e que não fique visível quando o falecido estiver vestido com uma mortalha.
Uma tesoura é usada para abrir a cavidade torácica e expor o coração e os pulmões. O
saco pericárdio é aberto para visualização do coração. O sangue para análise química
pode ser retirada das veias pulmonares.
Os órgãos abdominais podem ser removidos um a um, após primeiro exame de suas
relações. Os diversos órgãos são examinados, pesados e são retiradas amostras
de tecido para serem posteriormente examinadas. Nesta fase, os principais vasos
sanguíneos são abertos e inspeccionados, assim como os conteúdos do estômago e
intestino.
Para examinar o cérebro, uma incisão é feita sobre o topo da cabeça, desde um ponto
atrás de uma das orelhas até um ponto atrás da outra orelha. O crânio é então cortado
com uma serra apropriada para criar uma "tampa" que pode ser retirada, expondo
o cérebro à observação directa. É incomum examinar o rosto, braços, mãos ou pernas
internamente, mas isso é feito em casos específicos ou mediante requerimento.
2.8. Reconstituição do corpo
A reconstituição do corpo é uma das etapas importantes de uma autópsia, de forma que
possa ser visto pelos parentes do falecido ou por demais pessoas num eventual velório.
Todos os órgãos e tecidos devem ser devolvidos ao corpo, a menos que a família dê
permissão para reter qualquer tecido para investigação posterior. A calota craniana
retirada é reposta em seu lugar. As incisões são então fechadas e costuradas de volta no

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lugar. É comum que as pessoas não percebam que o procedimento foi realizado, quando
o corpo é visto em uma funerária após o embalsamamento.
2.9. Caracterização do evento do ponto de vista médico-legal
O médico responsável pela autópsia deverá ter acesso a toda a informação disponível
sobre as circunstâncias que envolveram a morte antes do início da sua execução. Tal
informação será da maior relevância para:
a) Orientar a realização da autópsia e nomeadamente de procedimentos especiais ou
específicos a adoptar;
b) Facultar a obtenção de respostas a questões específicas da situação em apreço;
c) Permitir a documentação e ou interpretação de elementos diversos, tais como o
aspecto externa inicial do cadáver, artefactos, etc.;
d) Permitir a correlação de alterações nestes elementos com eventuais lesões que o
corpo apresente.
Neste sentido, devem os serviços médico-legais envidar todos os esforços para que, na
sequência da admissão do cadáver, fique desde Logo disponível toda a informação
constante dos:
a) "Auto de Notícia" elaborado pela autoridade policial que esteve presente no local
(GNR, PSP, PJ ou Polícia Marítima);
b) Eventual relatório de exame do corpo no local, realizado por perito médico, que
deverá ser entregue no serviço médico-legal aquando do momento da admissão;
c) Eventuais registos clínicos relativos á assistência médica que tenha sido prestada á
vítima, sob a forma de fotocópia ou documento digital;
d) Eventual relatório de informação social, obtida através de entrevista a familiar ou
amigo da vítima, contendo informação relevante sobre as circunstâncias que
envolveram a morte e sua caracterização, sempre em conformidade com as normas
específicas de recolha de Informação Social;
e) Eventuais elementos obtidas através da comunicação social;
f) Outras fontes.
2.10. Intervenções sobre cadáveres
Os corpos a serem submetidos a exame necroscópico deverão ser encaminhados pelo
médico assistente ou pela autoridade policial depois de feito o BO – Boletim de
Ocorrência. 
Na chegada do corpo será solicitado ao agente funerário a requisição policial de
necropsia. O agente funerário assinará o formulário de Trânsito de Cadáveres na entrada

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de corpo, onde constará se porta ou não objecto de valor. O técnico preencherá os dados
da ficha (nome, idade, sexo, horário de entrada, data, nome da funerária e o nome do
agente funerário).
 O técnico se paramentará com: avental plástico descartável, avental de pano,
calça, bota de plástico, gorro, máscara e luva de borracha. Em caso de morte por
doenças infecto contagiosas, deverá seguir procedimento específico de protecção
biológica para cada caso, sendo que poderá até ser necessário o uso de macacão
encapsulado.
 O corpo colocado em maca será pesado, medido e obtido a temperatura corporal
e ambiente. Se algum objecto de valor for encontrado no corpo, ele deverá ser
devolvido com um recibo que será assinado pela pessoa que retirar o objecto
(agente funerário ou familiar).
 O corpo é transportado para a sala de autópsia e colocado na mesa. Aos pés do
corpo é colocado uma tábua (no lado em que o médico trabalha) para a
realização dos cortes dos órgãos e obtenção das amostras para exames.
 No parapeito da mesa é colocado um frasco (identificado com o número da
autópsia) com formol a 10% para colecta de fragmentos e as cassetes de plástico
(com o número da autópsia) para a colocação dos fragmentos que irão para o
laboratório de histopatologia.
 O material cirúrgico utilizado pelo médico e pelo técnico constam de: pinça
dente de rato, tesoura cirúrgica, facas, bisturi, costótomo, agulha para sutura,
fios. Cada técnico tem uma caixa com estes instrumentos. As facas são afiadas,
pelo técnico, em pedra de afiar, esmeril e chaira.
 O corpo é molhado para o sangue não secar e grudar e procede-se a abertura das
cavidades toraco-abdominal e craniana. Os órgãos são retirados e pesados em
balança electrónica. Todos os pesos são marcados na lousa (encéfalo, coração,
pulmão direito, pulmão esquerdo, fígado, baço, rim direito, rim esquerdo, timo,
peso, altura). Durante todo o tempo da autópsia o corpo é lavado com água
corrente nos lugares onde haja escoamento de sangue
 Os órgãos são expostos para visualização do médico plantonista para diagnóstico
e realização dos cortes histológicos.
 Após examinados os órgãos são recolocados no corpo e feita a sutura do corte
com cordonê mercerizado colorido.

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 Em seguida o corpo é lavado, fechado no saco de cadáver identificado e
colocado na maca e levado para câmara frigorífica. As roupas são colocadas
junto ao cadáver. Se não forem levadas pela funerária, são colocadas em saco
plástico branco e colocadas no lixo hospitalar.
 O material cirúrgico será secado e após guardado nas caixas.
 O piso será lavado após o término de cada autópsia.
 As luvas usadas pelo médico e pelo auxiliar de necropsia são lavadas com sabão
e água sanitária para reaproveitamento. Depois de 4 autópsias são desprezadas
em lixo hospitalar (em autópsias de doenças contagiosas são sempre
desprezadas).
 O avental de pano e a calça são colocados em hamper para serem posteriormente
encaminhados, pelo auxiliar de necropsia para lavagem.
 As cassetes com material para análise serão colocadas em vidro com formol a
10% identificado com o número da autópsia e o nome do médico.
 A sala de autópsia deverá ser limpa, pelo auxiliar de necropsia e o lixo colocado
em saco plástico e encaminhado ao lixo hospitalar seguindo as normas da
vigilância sanitária.
 Os pesos anotados na lousa, são transferidos para o livro de pesos da sala de
autópsia.
 A funerária é avisada para buscar o corpo.
 A retirada do corpo pela funerária é feita juntamente com a Declaração de óbito.
Se o corpo não for entregue imediatamente após o exame será colocado na
câmara frigorífica.
 A Declaração de óbito após preenchimento pelo médico, serão encaminhadas
aos seus respectivos destinatários

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CAPITULO III – CONCLUSÃO
O presente trabalho buscou demonstrar a importância do estudo da Tanatologia,
apresentando de forma objetiva seus preceitos e características. Trazendo conceitos
sobre a área que equivale a morte, autopsia e o levantamento e reconhecimento
caverico.
A Tanatologia Médico-legal é a parte da Medicina Legal que estuda a morte e o morto e
suas repercussões jurídico-sociais (Vanrell)
Morte é o fim das actividades vitais de um organismo. É um processo universal e
inevitável que eventualmente ocorre com todos os organismos vivos. Não há nenhuma
evidência científica de que a consciência continue após a morte, no entanto existem
várias crenças em diversas culturas e tempos históricos que acreditam em vida após a
morte.
Onde podemos encontrar alguns tipos de morte, como: morte natural, aquela que
sobrevém como consequência de um processo esperado e previsível; morte violenta,
tem origem em causas externas. Decorre de condutas praticadas por outrem ou contra a
si mesmo, nas quais se incluem os de homicídio, suicídio e acidente e de causas suspeita
e Morte Suspeita de criminalidade, rotula-se como morte suspeita aquela que, mesmo
com testemunhas, e com alguns dados de orientação diagnostica, se mostra duvidosa
quanto à sua origem.
Vale concluir que a perícia criminal muito contribuirá no êxito da investigação criminal,
contribuindo de forma objetiva e direta no caso concreto e nas decisões judiciais.

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Referencias Bibliográficas
Bittar, N. (2021). MEDICINA LEGAL E NOÇÕES DE CRIMINALISTICA (10ª ed.).
França, G. V. (2011). Medicina lega (9 ed.). São Paul: Guanabara.
Marconi, E. M. (1991). Procedimentos basicos, pesquisa bibliografica, projecto e
relatorio publicaçoe e trabalhos cientificos. Sao Paulo.
NP-INMLCF-008. (2013). Recomendaçcoes quanto aos Procedimentos Gerais de
Realizaºao de Autopsia. INMLFC.
Vanrell, J. P. (s.d.). Manual de Medicina Legal - Tanatologia.

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