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INTRODUÇÃO
Com a crescente preocupação nas questões de segurança alimentar viu o estabelecimento _______ uma
oportunidade para implementar o sistema de HACCP.
Princípio 2 – Determinar as etapas, os procedimentos e operações que podem ser controlados para
eliminar os perigos ou minimizar a sua probabilidade de ocorrência (PCC).
Princípio 3 – Estabelecer limites críticos (especificações) que assegurem que o PCC está sob controlo.
Princípio 4 – Estabelecer e implementar sistemas de monitorização dos PCC com base em testes ou
observações a efectuar periodicamente.
Princípio 5 – Estabelecer as acções correctivas a tomar quando a monitorização dos PCC indica uma
perda de controlo.
Para que a aplicação dos princípios do sistema HACCP seja possível, é necessário proceder à execução
das seguintes operações:
O sistema HACCP para além de garantir a conformidade dos alimentos, permite obter outros benefícios,
nomeadamente a melhor utilização dos recursos existentes e respostas atempadas aos problemas. A sua
aplicação facilita a inspecção pelas autoridades competentes e aumenta a confiança na qualidade dos
produtos.
Referências
O presente Manual HACCP é elaborado de acordo com as orientações descritas nos seguintes diplomas
regulamentares:
Definições
Árvore de Decisão – Sequência lógica de perguntas formuladas em relação aos perigos identificados em
cada etapa do processo, cujas respostas ajudam na determinação dos PCC’s. (Mortimore S., Wallace C.
HACCP Enfoque prático. Saragoça. 1996).
Análise de perigos – Sistema que identifica os perigos e onde possam desenvolver-se e determinar-se as
medidas de vigilância para seu controlo.
Acção de correcção – A acção efectuada para tornar a colocar dentro dos limites o valor do parâmetro
de controlo do PCC.
Acção correctiva – Acção que se tem de aplicar quando os resultados da vigilância dos PCC’s indicam
perca no controlo do processo por desvios nos limites críticos estabelecidos. (Comissão CODEX
Alimentarius. Requisitos Generales de los Alimentos: 1999).
Consumidor – Todo o individuo que ingere alimentos elaborados e/ou distribuídos pelo restaurante.
Contaminação cruzada – Processo pelo qual um agente (biológico, químico, físico) é veiculado a um
alimento através de manipuladores, outros alimentos, utensílios ou superfície empregues na sua
manipulação.
Controlo organoléptico – Controlo baseado nos sentidos: vista, olfacto, tacto e sabor.
Desinfecção – Destruição dos microrganismos. Procedimentos, agentes físicos ou químicos, para que se
reduza o n.º de microrganismos a um nível tal, que não ocorra contaminação dos alimentos que
contactem com as superfícies desinfectadas.
Diagrama de fluxo – Sequência detalhada das diferentes operações existentes no processo de elaboração
de refeições.
Equipa HACCP – Equipa multidisciplinar de indivíduos, responsáveis pela elaboração do plano HACCP.
(Comissão CODEX Alimentarius. Requisitos Generales. Higiene de los Alimentos: 1999).
Fornecedor – Pessoa física ou jurídica autorizada pelas autoridades competentes, responsável pelo
fornecimento de matérias-primas.
Limpeza – Acção mediante a qual se elimina a sujidade (manchas visíveis, ou partículas macroscópicas
inerentes ao material que se vai limpar), de uma superfície ou de um objecto, sem causar-lhe dano.
Manipulação de alimentos – Operações próprias da cadeia alimentar: preparação, transformação,
elaboração, embalamento, armazenamento, transporte, distribuição e venda de alimentos. (Comissão
CODEX Alimentarius. Requisitos Generales. Higiene de los Alimentos: 1999)
Manipuladores de alimentos – todas as pessoas que pela sua actividade laboral, tem contacto directo
com os alimentos durante a sua preparação, fabricação, transformação, elaboração, embalamento,
transporte, distribuição, venda, fornecimento e serviço.
Medida preventiva – Acção aplicada para prevenir ou eliminar um perigo num alimento ou para reduzi-lo
para um nível aceitável. (Comissão CODEX Alimentarius. Requisitos Generales. Higiene de los Alimentos:
1999)
Monitorizar – O sistema de controlo de cada ponto crítico através de observações e/ou registos de
dados.
Perigo – Agente biológico, químico ou físico presente no alimento, que faz com que não seja seguro o seu
consumo. (Comissão CODEX Alimentarius. Requisitos Generales. Higiene de los Alimentos: 1999)
Praga – Conjunto de insectos ou roedores que se encontra numa densidade tal que pode chegar a
causar dano ou constituir uma ameaça para o Homem e seu bem-estar.
Ponto crítico de controlo (PCC) – Um ponto, etapa ou processo, no qual se pode aplicar um controlo,
que é essencial para prevenir ou eliminar um perigo relacionado com a inocuidade dos alimentos ou para
reduzi-lo a um nível aceitável. (Comissão CODEX Alimentarius. Requisitos Generales. Higiene de los
Alimentos: 1999)
Vigilância – É uma sequência planeada de observações ou medidas efectuadas num PCC, que demonstra
que o processo está funcionando dentro dos limites críticos. (Comissão CODEX Alimentarius. Requisitos
Generales. Higiene de los Alimentos: 1999)
Abreviaturas
HACCP – Hazard Analisys and Critical Control Points “Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo”
PC – Ponto de Controlo
BPL – Boas Práticas de Laboração
CAMPO DE APLICAÇÃO
Este documento compreende os meios adoptados pelo estabelecimento _______ para assegurar a
salubridade dos seus produtos, de forma a garantir a segurança alimentar, aumentando assim a confiança
e fidelização dos clientes.
Todos os produtos produzidos no estabelecimento _______ estão abrangidos pelo sistema HACCP.
EQUIPA HACCP
Compete à equipa HACCP:
A equipa HACCP criada para desenvolver, estabelecer, manter e rever o sistema HACCP é constituída
por:
Titular Nome
Gerência _______
Ative ________
PLANO HACCP
O Plano HACCP é organizado por produtos ou grupos de produtos que tenham o mesmo tipo de perigos
quer enquanto matéria-prima, quer ao longo do processo de preparação e com o mesmo nível de riscos.
Diagrama de fluxo
Caracterização das diferentes etapas do processo de fabrico
Tabela de análise de perigos
Aplicação da Árvore de Decisão
Quadro de gestão de Controlo de PCC’s
Para identificação dos Pontos Críticos de Controlo foi utilizada a Árvore de Decisão (Mortimore S.,
Wallace C. HACCP Enfoque prático. Saragoça, 1996).
PERGUNTA 1
Existe algum perigo nesta etapa do processo?
Sim Não
Não é um PCC Parar
PERGUNTA 2
Existem medidas preventivas para os perigos identificados?
Sim Nã
É necessário controlar esta etapa?
o
Modificar etapa,
processo ou produto
Sim
Não
Não é um PCC Parar
PERGUNTA 3
Esta etapa está desenhada para eliminar ou reduzir a probabilidade da aparição
do perigo para um nível aceitável?
Nã Sim
o
PERGUNTA 4
Podem aparecer perigos ou incrementar-se até níveis inaceitáveis?
Sim Não
Não é um PCC Parar
PERGUNTA 5
Uma etapa ou acção posterior elimina ou reduz o perigo para um nível aceitável?
Para que o sistema HACCP funcione é necessária uma base sólida, apoiada em regras de higiene que
devem ser entendidas e cumpridas por todos os colaboradores. Este conjunto de regras está espelhado
nos documentos que constituem o Código de Boas Práticas do estabelecimento _______ – Manual de Boas
Práticas de Higiene, Manual de Boas Práticas de Laboração e Instruções de Trabalho. Estes documentos
apoiam a formação ministrada aos colaboradores, no sentido de os envolver e consciencializar para a
problemática da segurança alimentar. Nestes documentos estão descritos, de forma sucinta, os perigos
potenciais relacionados com a manipulação de produtos alimentares, os métodos de conservação e sua
importância, as regras de higiene pessoal, as metodologias de higienização das instalações e
equipamentos e as normas gerais de laboração e de comportamento dos manipuladores de alimentos,
durante o período de trabalho.
Também constituem alicerces do plano HACCP os chamados “pré-requisitos”, cuja gestão é feita pelo
dossier de pré-requisitos, constituído pelos seguintes itens:
1. Infra-estruturas e equipamentos
2. Manutenção de Equipamentos
4. Abastecimento de Água
5. Plano de Higiene
6. Recolha de Resíduos
7. Controlo de Pragas
8. Medicina no Trabalho
9. Formação
_________________
RECEPÇÃO
ARMAZENAGEM ARMAZENAGEM
ARMAZENAGEM
Temp. Ambiente 16/18°C Refrigeração 0-6°C Congelação
-18°C
HIDRATAÇÃO DESCONGELAÇÃO
FRACCIONAMENTO LAVAGEM E
E DESINFECÇÃO DE
PREPARAÇÃO HORTOFRUTÍCOLA
S
FRITURA
ARMAZENAGEM
ARMAZENAGEM FRACCIONAMENT
EXPOSIÇÃO O
REAQUECIMENT
O
EMPRATAMENTO
SERVIÇO
Recepção: Recepção das matérias-primas que entram nas instalações, conforme o descrito na instrução
de trabalho. Inicia-se no momento da descarga do produto até à sua colocação no local de
armazenagem.
Armazenagem: Período de armazenagem às condições a que o produto fica sujeito (temperatura, local,
tipo de embalagem, entre outros).
Hidratação: Processo em que é adicionada água ou outro líquido a um produto desidratado (Ex: feijão,
grão, …).
Descongelação: Processo em que um produto congelado é descongelado, respeitando os procedimentos
descritos em instrução de trabalho.
Desinfecção: Processo de preparação de frutas e legumes que se destinem a ser consumidos crus,
respeitando os procedimentos descritos em instrução de trabalho.
Grelha: Processo de grelhar os produtos tendo atenção à temperatura no centro térmico dos
mesmos.
Reaquecimento: Processo que permite aquecer um produto que foi arrefecido, de forma a torná-lo
pronto a consumir.
- Infestantes
Recepção
Químico: S S N N Não é PCC
- Contaminação química
Físico:
- Infestantes
S S N N Não é PCC
- Presença de corpos estranhos
Biológico:
- Desenvolvimento microbiano S S N N Não é PCC
- Contaminação pelos manipuladores
- Contaminações cruzadas
Armazenagem de Químico:
matéria-prima - Contaminação química
S S N N Não é PCC
(higienização dos locais, equipamentos e utensílios)
Físico:
- Infestantes
S S N N Não é PCC
- Presença de corpos estranhos
Biológico:
- Desenvolvimento microbiano S S N S S Não é PCC
Descongelação - Contaminação pelos manipuladores
- Contaminações cruzadas
Químico: S S N N Não é PCC
- Contaminação química
ETAPA PERIGO P1 P2 P3 P4 P5 PCC?
Físico:
Descongelação - Infestantes
S S N N Não é PCC
- Presença de corpos estranhos
ETAPA PERIGO P1 P2 P3 P4 P5 PCC?
Biológico:
- Processo de lavagem e desinfecção ineficaz para eliminar
ou reduzir a carga microbiana para um valor aceitável S S S PCC1
- Contaminação pelos manipuladores
- Contaminação cruzada
Lavagem e Químico:
desinfecção de - Contaminação química
hortofrutícolas S S N N Não é PCC
- Contaminação química por resíduos de desinfectante
(dosagem excessiva ou enxaguamento insuficiente)
Físico:
- Presença de corpos estranhos
S S N N Não é PCC
- Infestantes
Biológico:
- Desenvolvimento microbiano
S S N S S Não é PCC
- Contaminação pelos manipuladores
- Contaminações cruzadas
Fraccionamento /
Preparação
Químico: S S N N Não é PCC
- Contaminação química
Físico:
- Presença de corpos estranhos S S N N Não é PCC
- Infestantes
Fritura
Químico: S S N N Não é PCC
- Contaminação química por Compostos Polares
Biológico:
- Desenvolvimento microbiano S S N N Não é PCC
- Contaminação pelos manipuladores
- Contaminações cruzadas
Cozinha Fria Químico: S S N N Não é PCC
- Contaminação química
Físico:
- Presença de corpos estranhos
S S N N Não é PCC
- Infestantes
Biológico:
- Desenvolvimento microbiano S S N N Não é PCC
Fraccionamento de - Contaminação cruzada
Produto Acabado - Contaminação pelos manipuladores
Químico: S S N N Não é PCC
- Contaminação química
ETAPA PERIGO P1 P2 P3 P4 P5 PCC?
Fraccionamento de Físico: S S N N Não é PCC
Produto Acabado - Presença de corpos estranhos
Biológico:
- Desenvolvimento microbiano S S N N Não é PCC
- Contaminação cruzada
Conservação a - Contaminação pelos manipuladores
Quente de Produto
Químico: S S N N Não é PCC
Acabado
- Contaminação química
Físico:
S S N N Não é PCC
- Presença de corpos estranhos
- Infestantes
Conservação a Frio Biológico: S S N N Não é PCC
de Produtos - Desenvolvimento microbiano
Preparados e
Acabados - Contaminação cruzada
- Contaminação pelos manipuladores
ETAPA PERIGO P1 P2 P3 P4 P5 PCC?
Químico: S S N N Não é PCC
- Contaminação química
Físico:
S S N N Não é PCC
- Presença de corpos estranhos
- Infestantes
Biológico:
- Reaquecimento insuficiente para eliminar ou reduzir a
carga microbiana para um valor aceitável S S N N Não é PCC
Reaquecimento
- Contaminação cruzada
- Contaminação pelos manipuladores
LIMITE FREQUENCI
MEDIDAS SISTEMA ACÇÃO
ETAPA PCC PERIGO CRITICO/NIVEL A RESPONSAVEL
PREVENTIVAS VIGILANCIA CORRECTIVA
OBJECTIVO VIGILANCIA
Biológico: Código de Boas Concentração da Registo da quantidade A cada Repetir o processo Responsável pela
Lavagem e Desinfecção de
lavagem e Boas Práticas Concentração da solução Registo da Repetir o processo Responsável pela Trimestral Técnico Lagda Ficha de
desinfecção de desinfectante de acordo com quantidade de confecção Vigilância de
ineficaz para Manipulação
as instruções do fabricante/ água, PCCs
eliminar ou de Alimentos
reduzir a carga distribuidor quantidade de
microbiana para solução
um valor desinfectante ou
aceitável nº de pastilhas e
Tempo de mergulho dos tempo de
Contaminação alimentos de acordo com as mergulho
pelos instruções do fabricante/
manipuladores distribuidor
Contaminação
cruzada
Biológico:
Confecção Código de Adequado estado de Observação das
insuficiente para Boas Práticas confecção dos alimentos* características - Continuar Responsável pela Trimestral Técnico Lagda Ficha de
eliminar ou de organolépticas confecção até o confecção Vigilância de
reduzir a carga Manipulação Para as peças de carne com dos alimentos limite crítico ser PCCs
microbiana para de Alimentos peso superior a 0,8Kg, 70ºC para atingido
um valor ou +, pelo menos durante 2 comprovação da
aceitável minutos, no centro térmico total confecção* - Rejeitar os
Contaminação do alimento Registo da
Confecção
alimentos
pelos temperatura no
manipuladores
* De acordo com o “Safer food, better centro térmico - Investigar a causa
business for caterers”, da Food
das peças de e rectificar de
Standards Agency.
carne com peso
Contaminação acordo
superior a 0,8Kg
cruzada
* De acordo com o
“Safer food, better
business for caterers”,
da Food Standards
Agency.
REGISTO DE VIGILÂNCIA DOS PCC’s
Acção Correctiva:
Repetir o processo
DATA HORA NÃO CONFORMIDADE ACÇÃO REALIZADA RESPONSÁVEL
Acção Correctiva:
Continuar confecção até o limite crítico ser atingido
Rejeitar os alimentos
Investigar a causa e rectificar de acordo