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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE DIREITO
COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO
DISCIPLINA: Direito Tributário

Aluno:
Nome: Amaury de Melo
Turma: B

Resumo do Tópico 1 - Aspectos do Direito Tributário e Noções de Tributos. Noções


gerais

Conceito
Direito Tributário é o ramo do direito público que regula as relações jurídicas
concernentes a tributos ou, em outras palavras, que estuda princípios e normas
disciplinadoras do exercício das atividades de instituição, cobrança e fiscalização de
tributos.

Autonomia
Tanto o Direito Tributário como o Direito Financeiro estão intimamente ligados a
atividade financeira do Estado, mas o primeiro estuda a atividade financeira como um
todo, de forma que seria esta uma grande área onde um dos seus tópicos seria o Direito
Tributário, visto que o objeto material deste é tão somente a tributação. Assim sendo, o
Direito Tributário versa sobre uma parcela da estrutura econômica do estado (relações
tributárias), enquanto o Direito Financeiro se incumbe de toda e qualquer atividade
financeira estatal que envolva dinheiro, ou seja, orçamento, tributos, receita, relações
econômicas, etc.
A autonomia do Direito Tributário, sob o ponto de vista didático, caracteriza-se pelo seu
ensino individualizado e obrigatório nas diversas Faculdades de Direito existentes no
Brasil. Sob o aspecto científico, a autonomia decorre da existência de princípios próprios
(legalidade, anterioridade, capacidade contributiva, irretroatividade, não-cumulatividade,
etc.), de institutos específicos (crédito tributário, lançamento, obrigação tributária, entre
outros), e pela sua positividade, que é expressa em inúmeras normas próprias.

Posição
Os Tributos e o Direito Tributário têm ligações com diversos ramos do Direito Brasileiro,
como o Direito Constitucional (competências, por exemplo), D. Penal, D. Civil, D.
Financeiro, D. Administrativo e o D. Comercial.

Tributos - definição, categorias, espécies e funções

Definição - O Código Tributário Nacional, em seu art. 3°, traz a definição de tributo: Art.
3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

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Categorias Tributárias - tributo vinculado: os valores arrecadados com o tributo devem
obrigatoriamente ser empregados na área que ensejou a cobrança. tributo não-vinculado: os
valores arrecadados vão para o orçamento geral e não precisam ser empregados em área
correlata à que gerou a tributação.

Espécies Tributárias – embora na Constituição Federal (artigo 145, inc. I, II, III), sejam
previstas apenas impostos, taxas e contribuições de melhorias, a doutrina admite outras
duas espécies

a) Impostos - incidem sobre manifestação de riqueza do devedor e trazem a ideia da


solidariedade social". O estado necessita de ser mantido, precisa que lhe forneçam recursos,
e esses recursos serão revertidos para a coletividade. Vale destacar que os impostos não são
vinculados, assim como sua arrecadação não é vinculada, suas receitas são aplicadas nas
atividades gerais do Estado, o seu fato gerador independe de qualquer atividade específica
do estado, conforme o art. 16 CTN.

b) Taxas - Diferentemente dos impostos, a taxa é atrelada a ação do estado, ou seja, o seu
fato gerador está ligado a um ato preciso da administração pública, prestados ao
contribuinte e posto a sua disposição. É importante frisar que o ente competente para
instituir e cobrar determinada taxa é quem presta o serviço ou quem exerce o respectivo
poder de polícia,

c) Contribuições de melhoria - De forma sucinta, nada mais é uma contribuição que é


cobrada por uma valorização de um imóvel, e esta valorização deve decorrer devido a uma
obra pública, assim, temos que os valores devem ser cobrados apenas com o final da obra,
e, devem ser instituídos antes do início das obras. O motivo da cobrança é evitar o
enriquecimento ilícito do proprietário do imóvel que sofreu a valorização decorrente de
uma obra pública.

d)empréstimos Compulsórios - Os empréstimos compulsórios estão previstos no art. 148


da Constituição Federal: Os pontos mais importantes a se ressaltar é que a competência
para que seja criado o referido tributo é exclusiva da União. A principal diferença quanto
aos outros tributos é que este será devolvido ao sujeito a qual se tomou este empréstimo.

e) Contribuições Especiais- também chamadas de parafiscais estão previstas no art. 194 da


nossa Constituição Federal. Pode-se observar que há previsão de se criar 3 espécies de
contribuição, as contribuições sociais, as contribuições de intervenção do domínio
econômico (CIDE) e as contribuições de interesse de categorias especiais

Funções – Os tributos não se destinam apenas à função arrecadatória. Eles também são


utilizados para manutenção da estabilidade econômico-financeira, por exemplo. Deste
modo, desempenham as seguintes funções:

a) Função fiscal: todo tributo tem função fiscal, consistente na finalidade


arrendatória, isto é: sua instituição visa apenas colocar dinheiro nos cofres públicos,
fazer receita;

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b) Função extrafiscal: tem uma função que vai além da arrecadação de receitas,
exercendo também uma função regulatória de mercado.

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