Você está na página 1de 9

PROTEÍNAS

❖ Cadeia formada por aminoácidos unidos por ligações peptídicas. Dividem-se em


níveis estruturais: primário (resíduos de aminoácidos unidos, sendo fundamental
para a função da proteína), secundário (ex: alfa hélice), terciário (enovelado de alfa
hélices, sendo polipeptídica) e quaternário (4 estruturas terciárias unidas entre si >
exemplo: hemoglobina -duas estruturas alfas e duas betas).
❖ Estrutura: não é fixa (20 a 30% das proteínas em humanos são polimórficas).
Algumas regiões da estrutura primária podem variar sem afetar a função biológica,
mas as proteínas possuem regiões críticas essenciais a suas funções, portanto,
são conservadas. Exemplo: insulina
❖ 3/4 aminoácidos é oligopeptídeo; 7 é polipeptídeo
❖ Função
(dinâmicas)
➢ Transporte: hemoglobinas, mioglobina (O2), lipoproteínas (colesterol e
triglicerídeos), globulinas e albumina (íons metálicos no sangue)
➢ Defesa: imunoglobulinas (reconhecimento de antígenos), fatores de
coagulação (protrombina e fibrinogênio -proteínas da cascata de
coagulação), proteínas do sistema complemento (proteínas de imunidade
inata ou natural)
➢ Catálise de reações (enzimáticas): amilases (ligações glicosídicas),
proteases (ligações peptídicas), lipases (digestão de lipídios) > existe lipase
pancreática (quebra do triacilglicerol no intestino) e lipase lipoprotéica (na
parede do vaso, perto de um órgão que pede energia; quebra o quilomícron)
➢ Controle do metabolismo (hormonal): insulina, hormônio do crescimento (GH)
➢ Contração (motilidade): actina, miosina, troponina e tropomiosina
>>contratilidade das células musculares
➢ Controle e regulação da transcrição e tradução de genes: histonas
(estruturais)
➢ Sustentação estrutural da célula e dos tecidos: colágeno e elastina (ossos,
cartilagens, pele, tecido conjuntivo…); queratina (pelos, cabelos, unhas e
superfície da pele); tubulina e actina (citoesqueleto celular)
❖ Constituição
➢ Proteínas simples (apenas aminoácidos): insulina, colágeno, albumina,
caseína, etc.
➢ Proteínas conjugadas (aminoácidos ligados a grupos prostéticos adicionais,
orgânicos ou inorgânicos): hemoglobina, glicoproteína, nucleoproteína,
lipoproteína. *grupo prostético: componente de natureza não-proteica de proteínas
conjugadas que é essencial para a atividade biológica dessas proteínas
❖ Conformação
(tridimensional)
➢ proteínas fibrosas (cadeias peptídicas paralelas e relativamente extensas;
insolúveis e servem como elementos estruturais): proteínas de membrana,
colágeno, etc.
➢ proteínas globulares (cadeias polipeptídicas fortemente enoveladas;
esféricas ou globulares e com ação dinâmica): hemoglobina, enzimas,
insulina, etc.
❖ Número de cadeias
➢ Proteínas monoméricas (única cadeia polipeptídica): insulina na forma inativa
*forma ativa da insulina: se divide em duas cadeias (A e B) unidas por ponte
dissulfeto
➢ Proteínas diméricas (duas cadeias polipeptídicas geralmente idênticas ou
muito parecidas): insulina na forma ativa
➢ Proteínas oligoméricas (várias cadeias polipeptídicas): hemoglobina (4
cadeias)
❖ Níveis estruturais:
➢ Estrutura primária:
■ nível estrutural mais simples
■ determina como se enovela numa estrutura tridimensional única, que
determina a função da proteína: sequência de aa <> função biológica
■ produção de proteínas defeituosas = doenças genéticas
■ *Anemia falciforme: única mudança na sequência de aa da
hemoglobina
■ *Distrofia muscular de Duchenne: deleção de parte da cadeia
polipeptídica (deleção no gene que codifica a distrofina)
*comparações na sequência de aa:
Na insulina: sequências homólogas > substituição de um par de aa por outro semelhante = substituição
conservativa (aa regularmente na mesma posição = resíduo invariante = papel essencial na estrutura ou função)
> substituição de um aa por outro de polaridade diferente (não conservativa; pode mudar drasticamente as
propriedades da proteína)
➢ Estrutura secundária
■ arranjo estendido (folha-β) ou helicoidal (α-hélice) da cadeia
polipeptídica ao longo de um eixo: estruturas longas que se
enovelam, formando uma estrutura paralela ou helicoidal
■ é o último nível das proteínas fibrosas, mais simples estruturalmente
■ α-hélice: forma mais comum de estrutura secundária; principal força
de estabilização são as pontes de hidrogênio
■ folha-β: os segmentos adquirem um aspecto de uma folha de papel
dobrada; principal força de estabilização também são pontes de
hidrogênio
➢ Estrutura terciária
■ refere-se à maneira pela qual as cadeias polipeptídicas estão
enoveladas tridimensionalmente
■ proteínas que tem a estrutura terciária como seu último nível: tripsina
(presente no estômago), hexoquinase (catálise na via glicolítica)
➢ Estrutura quaternária
■ arranjo de cadeias polipeptídicas em uma proteína multicadeias
■ unidas por ligações covalentes (pontes dissulfeto) e não covalentes
(pontes de hidrogênio, interações hidrofóbicas)

❖ Proteínas Fibrosas:
➢ Predomínio de estrutura secundária: forma cilíndrica longa, baixa solubilidade
em água e função estrutural.
➢ Exemplos: colágeno (teia de aranha), queratina, seda
➢ Colágeno:
■ mais abundante em humanos (30% das proteínas)
■ forma e resistência aos tecidos: suporta estresse dos tecidos
conectivos (ossos, dentes, cartilagens, tendões, ligamentos e
matrizes fibrosas da pele e dos vasos sanguíneos)
■ composição: glicina, prolina e hidroxiprolina (GLY-PRO e 4-HYP >
GLY-X-Y)> HYP: confere estabilidade ao colágeno > resíduos de PRO
é convertido em HYP pela ação da prolil-hidroxilase (sua ação
depende da vitamina C)
■ Tipos: tipo I, presente na pele, ossos, tendões, vasos sanguíneos e
córnea; tipo II, presente na cartilagem e discos intervertebrais; tipo III,
presente em vasos sanguíneos e pele do feto
■ Deficiência: escorbuto (lesões na pele, fragilidade dos vasos
sanguíneos, ulcerações)
■ “Esclerótica azul”: o colágeno defeituoso nos olhos toma a parte
brancas dos olhos *outros aa substituem os resíduos de GLY, o que leva a
um enovelamento tardio e indevido do colágeno
➢ Queratina
■ a conformação espiral enrolada da α-queratina é uma consequência
de sua estrutura primária
■ rica em resíduos de Cys (cisteína) e por meio de ligações dissulfeto
interligam as cadeias polipeptídicas adjacentes > insolubilidade e
resistência
■ classificadas como “duras” (chifres, unhas) ou “moles” (pele cabelo)
■ Hélice α de queratina se enrola com outra, formando duas cadeias em
espiral enroladas > dois desses segmentos forma protofilamentos >
união de protofilamentos forma protofibrila > sua união forma
filamentos intermediários que formam as células do cabelo
■ Defeitos na queratina (perda da integridade da pele): epidermólise
bolhosa simples e hiperqueratose epidermolítica
■ Calor (chapinha) quebra as ligações dissulfeto da queratina
■ No “capacete” do salão de beleza: presença de agente redutor
(mercaptanas) desfaz ligações dissulfeto > possibilita que o cabelo
adquira qualquer formato. Cabelo enrolado no “bob” > coloca na
presença de agente oxidante (H2O2 ou NaBrO3) e refaz as ligações
dissulfeto de forma desemparelhada
❖ Desnaturação: temperatura, pH, solventes orgânicos e sais (proteína nativa >
proteína desnaturada)
❖ Proteínas globulares:
➢ Enzimas, proteínas transportadoras, proteínas motoras, proteínas
reguladoras, imunoglobulinas
➢ Tipos de ligações: ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas, ligações
iônicas e pontes dissulfeto
➢ Solubilidade: influenciada pela composição do meio aquoso
■ Salting-in e salting-out >> quanto maior a concentração do sal, maior
a força iônica e menor a solubilidade da proteína
➢ Grupo prostético: grupos heme > Hemeproteínas (grupo especializado)
■ Funções: no citocromo é carregador de elétrons; na catalase catalisa
a quebra do H2O2; na hemoglobina e mioglobina liga, de forma
reversível, o O2
■ Estrutura: complexo entre a protoporfirina IX e o íon ferroso (Fe2+) >
ferroprotoporfirina
■ Síntese anormal de protoporfirina > porfirias (podem ser
primárias/herdadas ou secundárias/adquiridas). *O metabolismo
anormal de ferro causa alteração na síntese da hemoglobina.


● Porfirias: formas neurológicas/psiquiátricas e formas cutâneas
● Secundárias ou adquiridas: origem no metabolismo (álcool,
dieta, deficiência de ferro, intoxicação por metais pesados)
➢ Mioglobina: tem única cadeia proteica; com grupo heme
■ O HEME está encaixado em uma concavidade hidrofóbica
■ Duas cadeias laterais hidrofóbicas auxiliam na manutenção da
posição HEME
■ O sistema de anel heterocíclico do HEME é um derivado porfirínico,
com quatro grupos pirrólicos (anéis com nitrogênio)
■ Encontrada nas células musculares esqueléticas e cardíacas
■ Estrutura: o átomo de ferro (Fe2+) quando exposto ao O2 é oxidado
de maneira irreversível a Fe3+, forma que não liga O2. A porção
protéica da mioglobina impede essa oxidação e torna possível a
ligação do O2 ao HEME. A oxigenação leva a mudança de coloração
da molécula de mioglobina.
■ Função: reservatório e carreador de O2 nos mm; principal função
fisiológica é facilitar o transporte de oxigênio nos músculos; aumenta
a solubilidade efetiva de oxigênio nos mm, atuando como
carregador/descarregador molecular para aumentar a velocidade de
difusão do O2. É importante reservatório de O2 nos maníferos
aquáticos (mioglobina 19x mais concentrada que nos mamíferos
terrestres).
➢ Hemoglobina: transporta 4 moléculas de oxigênio (diferente do 1 da
mioglobina)
■ Função fisiológica específica: transporte de oxigênio
■ Constitui um sistema sofisticado de transporte que fornece uma
quantidade adequada de O2 aos tecidos.
■ Estrutura: molécula tetramérica com estrutura quaternária (dímero
αβ); 4 grupamentos HEME.
● Forma T (tensa): desoxihemoglobina > os dois dímeros (αβ)
interagem por meio de ligações iônicas e pontes de
hidrogênio, restringindo o movimento da cadeia polipeptídica.
Forma de baixa afinidade pelo oxigênio
● Forma R (relaxada): oxihemoglobina > a ligação do oxigênio
causa uma ruptura de algumas ligações iônicas e de pontes
de hidrogênio. É a forma de alta afinidade pelo oxigênio
* Ligação de O2 à mioglobina e à hemoglobina: a mioglobina pode ligar-se somente a uma
molécula de oxigênio, enquanto a hemoglobina pode ligar-se a quatro moléculas de
oxigênio (tem quatro grupos HEME). O grau de saturação (Y) dos sítios de ligação ao O2
em todas as moléculas de mioglobina ou hemoglobina pode variar de 0 (sítios vazios) a
100% (sítios todos preenchidos).
A mioglobina tem maior afinidade pelo O2 que a hemoglobina (a pressão parcial de
oxigênio necessária para obter metade da saturação dos sítios de ligação é de
aproximadamente 1 mmHg para a mioglobina e 26 mmHg para a hemoglobina). A curva da
hemoglobina tem uma forma sigmoidal, mostrando que as subunidades cooperam na
ligação do oxigênio (ligação cooperativa) > a ligação de oxigênio a um dos grupos HEME
aumenta a afinidade pelo oxigênio dos grupos heme restantes, na mesma molécula de
hemoglobina.
Efeitos alostéricos afetam a afinidade da Hb pelo O2 (ficam tensas; entregam mais
oxigênio para os tecidos e se ligam menos a novos oxigênios, podendo causar hipóxia):
elevação da temperatura, alto nível de pressão parcial de dióxido de carbono e diminuição
do pH > Importância fisiológica: Febre (37-41°C > há aumento da oferta de O2 a medida
que a temperatura se eleva -aceleração do metabolismo celular) e Contração Muscular
Intensa (resulta em elevação da temperatura local). Em ambas situações a diminuição da
afinidade da Hb pelo O2 é favorável.
Fatores que interferem na ligação da Hb com O2: pO2, pH, pCO2 e disponibilidade
de 2,3-bifosfoglicerato/2,3-BPG (diminui a afinidade da Hb pelo O2 por se ligar a forma T e
não à forma R; liga-se na concavidade central; estabiliza a conformação T da Hb pela
ligação cruzada de suas subunidades β; na transição T para R, as duas subunidades β se
aproxima, estreitando a concavidade central e expulsando o BPG; desloca o equilíbrio de R
para T, reduzindo a afinidade da Hb pelo O2). Função fisiológica indispensável: no sangue
arterial, a Hb está 95% saturada com O2, enquanto que no sangue venoso está com 55%.
Portanto, na ausência de BPG, somente pequena parte de O2 seria liberado, devido a alta
afinidade. BPG exerce papel importante na adaptação às grandes altitudes (aumenta
concentração de BPG para os músculos ter suprimento de O2 suficiente). Acidoses
diminuem a concentração de BPG e a perda de sangue aumenta a concentração de BPG.
■ Outras hemoglobinas:
● Hemoglobina Fetal (HbF): encontrada no feto e RN;
corresponde por cerca de 60% da Hb total no eritrócito
durante os primeiros meses do feto; começa a ser sintetizada
pelo fígado, depois pela medula óssea, que na sequência
(após 8 meses de gestação) começa a produzir a HbA,
substituindo a HbF; baixa afinidade pelo BPG
● Hemoglobina A2 (HbA2): é um componente menor da
hemoglobina normal no adulto, surgindo cerca de 12 semanas
após o nascimento
● Hemoglobina A1C (HbA1C): forma mais abundante de
hemoglobina glicosilada, com resíduos de glicose ligados aos
grupos NH2 das valinas N-terminais das cadeias de
beta-globina; quantidades aumentadas de HbA1C em
pacientes diabéticos
■ Hemoglobinopatias: família de distúrbios causados pela produção de
uma molécula de hemoglobina estruturalmente anormal e pela
síntese de quantidades insuficientes de Hb normal. Raramente
acontece os dois distúrbios.
● Anemia falciforme (HbS)
◆ Presença de uma hemoglobina mutante e encontrada
principalmente em pessoas de origem africana
◆ Substituição na molécula β globina de um resíduo de
glutamato por uma valina apolar (aumenta a rigidez
dos eritrócitos, dificultando a livre passagem pelos
capilares)
◆ Fluxo sanguíneo bloqueado > dano tecidual > dor
intensa
◆ Anemia hemolítica grave (destruição dos glóbulos
vermelhos): tempo de vida diminuído pela metade,
devido a fragilidade aumentada dos eritrócitos
◆ Heterozigotos (40% de células afetadas) para HbS
apresentam resistência para malária > traço falciforme:
vida normal, apesar de eritrócitos com 1/2 vida mais
curta
● Talassemias:
◆ Doenças hemolíticas hereditárias, nas quais ocorre um
desequilíbrio na síntese das cadeias de globina
(síntese de α e β é defeituosa)
◆ Pode ser causada por uma série de mutações: deleção
de genes, substituições ou deleções de nucleotídeos
do DNA (causa α e β talassemias)

ENZIMAS

Definição: são proteínas simples e conjugadas; catalisadores com grau de


especificidade
● Tripsina: catalisa a clivagem de ligações peptídicas apenas no lado
carboxílico
● Trombina: catalisa apenas a hidrólise de ligações entre Arg e Gly
Têm sítio ativo: local específico para ligação do substrato
Muitas enzimas necessitam de cofatores para a atividade:
● Apoenzima + cofator = holoenzima
● Cofatores: metais; pequenas moléculas orgânicas (coenzima) > NAD+ na
reação de transformar álcool em acetaldeído
● Vitamina B12 (coenzima B12): deficiência > anemia perniciosa
● Folato (coenzima tetraidrofolato): deficiência > anemia megaloblástica
● Vitamina B1 (tiamina): deficiência > beribéri
● Íons: Cr2+, citocromo-oxidase; Fe2+/3+, citocromo-oxidase, catalase,
peroxidase; Ni2+, urease ...
Nome recomendado: mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com
enzimas; utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima (urease, hexoquinase,
peptidase)
Nome sistemático: mais complexo, nos dá informações precisas sobre a função
metabólica da enzima (ATP-Glicose-Fosfo-Transferase)
Nome usual: consagrado pelo uso (lisozima, pepsina)
Como as enzimas trabalham: diminuem a energia de ativação
Componentes da reação: substrato + enzima = produto
Ligação do substrato: duas teorias de modelos
● Chave-fechadura (Emil Fischer, 1894): só funciona se o substrato for
complementar ao sítio ativo da proteína (perfeito encaixe) > hoje se sabe que
não é bem assim
● Encaixe induzido (Daniel Koshland, 1958): proteína reconhece seu substrato
sem terem conformações iguais (há modificação para encaixe)
Especificidade pelo substrato: forças não covalentes (van de waals, eletrostáticas,
hidrofóbicas, ligações de hidrogênio) > por ter que se desencaixar e catalisar outra
coisa, não formando uma ligação forte
Fatores decorrentes da natureza protéica das enzima (alteram atividade enzimática):
pH (cada enzima tem seu pH ótimo) e temperatura (mais de 40˚ altera a
conformação enzimática)
Fatores decorrentes da formação do complexo ES (enzima-substrato): concentração
do substrato (em um momento de aumento ela estabiliza, mais substrato que
enzima > cinética de ordem zero), concentração da enzima ( e afinidade da enzima
pelo substrato, presença de inibidores (sítio alostérico)
● Em baixas concentrações de substrato a velocidade de reação é de primeira
ordem, isto é, proporcional a concentração de substrato. Ordem zero não
aumenta proporcionalmente a concentração (excesso, ocupação de todos os
sítios ativos)
● Cinética enzimática: velocidade da reação pode ser medida por quantidade
de produto formato e pela quantidade de substrato transformado em unidade
de tempo
● Atividade enzimática pode ser medida pela velocidade da reação catalisada
(conclusões de Km) > quanto menor o Km, maior a afinidade da enzima pelo
substrato (pouco substrato para a reação atingir metade da velocidade
máxima)
● Conclusão sobre a cinética Michaeliana: em alta concentração, a velocidade
da reação é de ordem zero (independente da concentração do substrato)
● Consequências fisiológicas das variações de Km: sensibilidade de alguns
indivíduos ao etanol (rubor, taquicardia). A maioria das pessoas tem duas
formas de aldeído desidrogenas, uma forma mitocondrial cm Km baixo e
uma forma citoplasmática com Km alto. Nos indivíduos suscetíveis, a enzima
mitocondrial é menos ativa, devido a substituição de um único aminoácido, e
o acetaldeído só é processado pela enzima citoplasmática. Como essa
enzima tem um Km alto, ela só alcança uma velocidade de catalise elevada
na presenca de concentracoes muito elevadas de acetaldeído. Em
consequência, uma menor quantidade de acetaldeído é convertida em
acetato, o excesso de acetaldeído escapa no sangue e responde pelos efeitos
biológicos observados
Trauma/doença celular libera enzimas de forma elevada no sangue
● Atividade enzimática creatino-quinase (CK-BB/MB/MM)
● Infarto agudo do miocárdio: CK-MB e troponina > aumentam e depois baixam
menos do normal
Inibidores enzimáticos
● Inibição competitiva (tem que ter mais inibidor que substrato):
reversível.Liga-se diretamente no lugar do substrato (sítio ativo) da enzima
(forma complexo enzima-inibidor); tem configuração parecida com o
substrato
➔ metotrexato (inibição bacteriana - gram negativas usam
tetrahidrofolato como fonte de energia) : não deixa dihidrofolato se
converter em tetrahidrofolato
➔ Alopurinol substitui hipoxantina na reação com cantina-oxidase >
forma oxipurinol
➔ Síntese de colesterol inibida por estatina (statins) que age numa
proteína (enzima) chamada HMG-CoA redutase > ação no início da
cascata
➔ Intoxicação por metanol: tratado com álcool (etanol) > disputam a
mesma enzima
● Inibição incompetitiva/não competitiva: reversível
➔ Liga-seno sítio alostérico
● Inibição mista: reversível
➔ Liga-se nas duas regiões
● Inibição irreversível: do tipo suicida
➔ Enzima perda a função

Você também pode gostar